Ao discursar no encontro com líderes do Under 2 Coalition, na Semana do Clima de Nova York, nos Estados Unidos, o governador Paulo Câmara (PSB) defendeu o desenvolvimento sustentável e a construção de uma agenda ambiental avançada para o país. Representando os governadores do Nordeste nos eventos, o pessebista disse que a região e seus gestores não aceitarão, passivamente, a adoção de medidas ultrapassadas, criminosas e ambientalmente irresponsáveis.
"Estamos assumindo posições e ações que nos permitam avançar no que for possível e também atuar para barrar os retrocessos. Somos muitos no nosso País, atentos a esse debate, inquietos com as ameaças que a própria humanidade e algumas lideranças têm causado ao meio ambiente", observou Câmara nessa terça-feira.
##RECOMENDA##A fala de Paulo reagiu diretamente ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na assembleia geral da Organização das Nações Unidas também nessa terça.
O governador reafirmou sua disposição de dedicar esforços, estudos e experiências no combate aos processos destrutivos e na construção de alternativas renováveis para proteger e conviver de forma saudável com os recursos naturais. "Isso não se efetiva sem uma política clara, com ações contundentes a favor de um meio ambiente protegido, com trocas positivas, e jamais na agressão, exploração e destruição. Uma ideia não pode abrir mão de gestos, de atitude e de coragem para enfrentar interesses mesquinhos, imediatistas e materialistas", disse.
Paulo Câmara participou do HUB Ação e Recompensa em nome do Fórum Nordeste e do grupo Governadores pelo Clima, formado em abril, com o auxílio do Centro Brasil Clima (CBC) e da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA).
Na ocasião, o pessebista reafirmou que, diante dos riscos de retrocesso por parte do governo federal, os Estados brasileiros assumiram resolutamente seu papel na preservação e conservação ambiental.
"As batalhas decisivas dar-se-ão nos territórios dos Estados. Pernambuco, desde o meu saudoso antecessor, o governador Eduardo Campos - tragicamente desaparecido em 2014 - vem desenvolvendo grandes trabalhos de adaptação às mudanças climáticas. Somos muito vulneráveis à elevação do oceano e à desertificação e estamos promovendo as energias limpas, como a solar, o uso de biocombustíveis para reduzir o uso dos combustíveis fósseis, o reflorestamento e a defesa do nosso grande ecossistema regional: a Caatinga", explicou.