O assunto PPP (Parceria Público-Privada) da Compesa parece estar longe de sair de cena. Isto porque depois do presidente da Compesa, Roberto Tavares conceder entrevista coletiva tratando o tema, os candidatos não deixaram o assunto de fora em um debate de TV nesta terça-feira (25).
Além disso, a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE) e o Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb/PE) convocaram a imprensa para esclarecer as informações repassadas pela direção da Compesa. O convite diz que as entidades irão expor o ponto de vista dos trabalhadores e técnicos da Compesa, que fizeram um minucioso estudo sobre o Projeto defendido pelo Governo do Estado de Pernambuco e a Direção da Companhia.
##RECOMENDA##Segundo a nota, as “entidades estudam sobre a Parceria Público-Privada há anos e através destes estudos conseguiram levantar dados relevantes e negativos sobre a PPP”. “A FRUNE e o Sindurb/PE solicitam a imprensa pernambucana o direito de resposta sobre o assunto, pois entendem que os dois lados devem ser ouvidos”, pontua a nota. A coletiva acontecerá na sede do Sindurb/PE, na Rua Barão de São Borja, 218, no bairro da Boa Vista.
A coligação “Para o Recife Seguir Mudando”, que tem como candidato a prefeito, Humberto Costa (PT) e vice, o ex-prefeito da cidade, João Paulo, também se posicionou sobre as declarações do presidente da Compesa. Em nota, a coligação negou o edital assinado por João Paulo, tenha qualquer relação com a PPP da Compesa.
Confira a nota na íntegra.
Sobre as declarações do presidente da Compesa, a coligação Para o Recife Seguir Mudando esclarece:
1 – O documento assinado pelo então prefeito do Recife, João Paulo, não tem qualquer relação com o edital de licitação da PPP da Compesa, lançado em 2012, quatro anos depois de o ex-prefeito ter deixado o cargo.
2 - O documento assinado por João Paulo apenas formalizou a transferência do sistema de água e esgoto do Recife para a Compesa, atendendo a uma determinação do Marco Regulatório do Saneamento, aprovado pelo Congresso. A mesma medida foi adotada por outros municípios de Pernambuco e do Brasil.
3 – É importante deixar claro para a população que não somos contra o instrumento da Parceria Público Privada. Nos opomos ao modelo adotado para o caso da PPP da Compesa, que penaliza as áreas desurbanizadas, exclui cerca de 20% da população mais pobre da cidade e vai acarretar em aumento das contas de água.