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Após quatro meses de avanço, a produção das fábricas brasileiras caiu em setembro, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam retração, o índice ficou em 49 pontos no mês passado.

De acordo com a entidade, o resultado foi o pior para meses de setembro desde 2019. Em agosto, o indicador de produção havia ficado em 54,5 pontos, indicando crescimento naquele mês.

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Da mesma forma, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no setor recuou de 73% em agosto para 72% em setembro, a primeira retração no uso do parque industrial neste ano. O patamar retornou para o mesmo nível em que estava em setembro de 2021 e 2020.

Já o índice de estoques ficou praticamente estável no mês passado, em 50,1 pontos - próximo à linha divisória de 50 pontos. O índice que mede o estoque efetivo em relação ao planejado pelas fábricas também recuou, de 51,4 pontos para 50,9 pontos, indicando uma menor sobra de produtos.

Com a atividade em menor ritmo, a criação de empregos na indústria também desacelerou em setembro. O indicador recuou de 52,2 pontos para 51,4 pontos, ainda no campo de geração de novas vagas, mas com menos ímpeto do que o visto em agosto.

A CNI destaca ainda que os preços das matérias-primas mostraram forte desaceleração no terceiro trimestre de 2022, após dois altos de alta disseminada. O indicador de evolução dos preços dos insumos ficou em 56,2 pontos no período de julho a setembro, ante 66,9 pontos no trimestre anterior.

Problemas na aquisição de matérias-primas ainda atingiram 38,1% das indústrias no terceiro trimestre do ano, mas um conjunto bem inferior aos 52,8% das firmas que relataram a questão no segundo trimestre.

"Apesar da desaceleração da produção em setembro e das expectativas menos otimistas, a normalização da cadeia de suprimentos é um elemento central para a retomada do ritmo de produção industrial", avaliou a economista da CNI, Larissa Nocko.

A sondagem mostra ainda que as expectativas dos empresários da indústria para os próximos seis meses se deterioraram em outubro, embora ainda estejam no terreno otimista - acima dos 50 pontos.

O indicador de demanda recuou de 59,3 pontos para 56, 9 pontos. O índice de número de empregados caiu de 53,9 pontos para 52,3 pontos. E a variável de intenção de investimento retraiu de 59,0 pontos para 57,4 pontos.

Foram consultadas 1.739 empresas, sendo 696 pequenas, 601 médias e 442 grandes, entre os dias 1º e 11 de outubro.

A atividade industrial começou o ano seguindo a tendência de desaceleração verificada no segundo semestre de 2021. A informação é da Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira (15) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa aponta ainda que a utilização da capacidade instalada, a produção e o emprego recuaram de dezembro de 2021 para janeiro de 2022.

"O resultado do mês é uma continuidade do que já vinha acontecendo. Dificuldades na produção por conta do problema nas cadeias de suprimentos e demanda mais fraca, por conta da incerteza da economia, desocupação ainda elevada e a perda do poder de compra das famílias por conta da inflação", avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

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De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção manteve-se em 43,1 pontos, o que reforça a tendência de queda da produção industrial. O indicador varia de zero a 100, sendo que números abaixo de 50 indicam queda na produção. O emprego industrial apresentou recuo em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2021. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,8 pontos em janeiro ante 48,6 pontos registrados em dezembro do ano passado.

Com relação à utilização da capacidade instalada (UCI), ela foi de 67% em janeiro, o que representa um recuo de um ponto porcentual em relação ao último mês de 2021. De acordo com a CNI, esse é o segundo mês consecutivo de queda da UCI. O resultado ainda é dois pontos porcentuais menor que o registrado em janeiro de 2021 (69%).

O indicador de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 41,4 pontos em janeiro. Esse resultado é 2,2 pontos menor que o verificado em dezembro de 2021 e é o menor indicador para o mês dos últimos cinco anos.

O índice que mede o nível de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 49,9 pontos em janeiro, o que significa, de acordo com a CNI, que o estoque efetivo se encontra praticamente no nível do planejado pelas empresas.

"Desde outubro de 2021, os resultados desse índice vêm ficando próximos aos 50 pontos, ou seja, há quatro meses que o nível de estoques se encontra próximo do planejado pelo empresário", diz a pesquisa.

Já o índice de evolução do nível de estoques foi de 49,4 pontos, um pouco abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando uma pequena queda dos estoques em relação ao mês anterior.

Expectativas

Apesar da desaceleração na atividade industrial, as expectativas dos empresários seguem otimistas em fevereiro, mas assim como em janeiro, "o otimismo é moderado".

Segundo o levantamento, todos os resultados seguem acima da linha dos 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses. Apesar disso, todos os índices estão entre os menores para meses de fevereiro de anos recentes.

O índice de expectativa de demanda teve alta de 1,3 ponto na comparação de janeiro com fevereiro, chegando a 56,7 pontos. O índice de expectativa de exportação registrou 54,0 pontos, um recuo de 1,1 ponto em relação a janeiro. O indicador que mede expectativa de número de empregados ficou em 52,1 pontos, um aumento de 0,5 ponto em relação a janeiro. O índice de expectativas de compras de matérias-primas ficou em 54,1 pontos, o mesmo registrado em janeiro.

Com relação à intenção de investimento, a pesquisa mostrou que o indicador ficou praticamente inalterado, passando de 57,9 pontos em janeiro para 58,2 pontos em fevereiro.

"Assim, permaneceu acima da média histórica, de 50,9 pontos, o que releva intenção elevada de investir", destaca a CNI.

A Sondagem Industrial foi feita de 1º a 10 de fevereiro, com 1.806 empresas, sendo 760 de pequeno porte, 625 médio porte e 421 de grande porte.

A indústria continua operando com ociosidade elevada. Segundo pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), desde janeiro, o setor opera, em média, com 66% da utilização da capacidade instalada. "O nível de atividade permanece baixo, com elevada ociosidade do parque produtivo e a indústria está trabalhando com estoques indesejados pelo terceiro mês consecutivo", destaca o documento da CNI.

O índice de utilização de capacidade instalada em relação ao usual para o mês ficou em 42,4 pontos em abril, 1,4 ponto acima do registrado em março, mas ainda distante da linha dos 50 pontos.

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Os dados da pesquisa revelam um mês de abril de fraca atividade industrial e de redução do otimismo. O índice de produção registrou 49,6 pontos em abril e o índice de estoque em relação ao usual atingiu 51,3 pontos no mês passado. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda na produção e dos estoques frente ao mês anterior.

A Sondagem mostra ainda que em abril houve destruição de postos de trabalho na indústria. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,8 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a combinação de fraca produção industrial com acúmulo de estoques faz com que as empresas priorizem a venda dos produtos estocados antes de planejar o aumento da produção. "Se continuar esse cenário, a tendência é que se reduza a atividade industrial", afirma em nota divulgada pela CNI.

Com relação às expectativas dos empresários industriais, houve queda de todos os indicadores e a mais expressiva foi em relação à demanda, cujo indicador caiu 2 pontos frente a abril e atingiu 56,8 pontos neste mês. Mesmo com a retração, os valores estão acima dos 50 pontos, o que sinaliza otimismo.

"O otimismo ainda é bem elevado, apesar da fraca atividade. Houve um crescimento significativo desses indicadores e, agora, estamos passando por uma reavaliação das expectativas", destaca Azevedo.

O índice de expectativa para a quantidade exportada caiu de 54,1 pontos, em abril, para 53 pontos em maio. O indicador de perspectivas para compras de matéria-prima teve retração de 56,1 pontos para 54,6 pontos e o de número de empregados foi de 51,7 pontos para 51 pontos no período. A intenção de investimentos também caiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 52,5 pontos em maio.

A pesquisa da CNI foi realizada entre os dias 2 e 13 de maio, com 1.911 empresas.

A atividade industrial continua em queda neste início do ano, segundo revela a pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice que mede a evolução da produção ficou em 39,7 pontos em janeiro ante 35,5 pontos em dezembro. Embora maior que o observado no final do ano passado, destaca a CNI, o índice ficou abaixo dos 50 pontos, o que revela queda da produção.

"Destaca-se que o índice de janeiro de 2016 é o menor para o mês desde o início da série mensal, o que significa dizer que a intensidade da queda da produção para o mês é a maior registrada pela série" (que começou em 2011), afirma a entidade.

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A pesquisa revela ainda que o emprego industrial continua em queda. O índice que mede a evolução do número de empregados ficou em 41,4 pontos em janeiro (ante 41,5 pontos em dezembro), abaixo dos 50 pontos. O documento destaca que, quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a queda da produção ou do emprego. Na pesquisa, os índices de evolução da produção e do emprego variam de 0 a 100 pontos.

Essa retração na atividade fez com que os estoques da indústria caíssem em janeiro, registrando o índice de 48,4 pontos. "Essa redução permitiu manter os estoques no nível planejado pelas indústrias pelo segundo mês consecutivo", destaca a CNI. O índice que mede o estoque efetivo em relação ao planejado passou de 49,8 pontos em dezembro para 50,3 pontos em janeiro.

Capacidade instalada

A Sondagem Industrial mede também a ociosidade do parque industrial. Segundo os dados da pesquisa, em janeiro, 38% da indústria ficou ociosa. A utilização da capacidade instalada (UCI) foi de 62% no período, a mesma registrada em dezembro de 2015, mantendo-se no piso da série histórica iniciada em 2011. O porcentual alcançado em janeiro deste ano é cinco pontos menor que o registrado em janeiro de 2015.

Expectativas

Os empresários continuam pessimistas em relação à demanda, ao número de empregados e compras de matérias-primas para os próximos seis meses. O índice de expectativa sobre a demanda ficou em 45,6 pontos, o de empregados registrou 42,1 pontos e o de compras de matéria-prima foi de 43,6 pontos. Também nesse caso, valores abaixo de 50 pontos indicam perspectivas negativas.

Somente com relação às expectativas sobre as exportações foi registrado otimismo. O índice nesse caso ficou em 53,5 pontos em fevereiro, ante 52,4 pontos registrados em janeiro. "A baixa demanda no mercado doméstico faz com que os empresários voltem suas atenções cada vez mais para o mercado externo", explica o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.

As intenções de investimentos dos empresários industriais continuam baixas. O índice teve a segunda queda consecutiva em fevereiro, registrando 39,8 pontos ante 41,6 pontos de janeiro.

A Sondagem Industrial divulgada hoje foi feita entre os dias 2 e 18 de fevereiro, com 2.480 empresas.

A indústria brasileira encerrou 2015 com queda na produção e no emprego e ociosidade recorde. De acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador de produção industrial ficou em 35,5 pontos em dezembro, ante 40,9 pontos em novembro de 2015. Pela metodologia da pesquisa, valores abaixo dos 50 pontos indicam redução em relação ao mês anterior. O dado de dezembro divulgado nesta sexta é o menor valor da série mensal, iniciada em janeiro de 2010. Em dezembro de 2014, o indicador estava em 38,3 pontos.

Em dezembro, a utilização média da capacidade instalada (UCI) caiu para 62%, ante 66% registrados no mês anterior. É o menor porcentual já registrado em um mês pela pesquisa. Em dezembro do ano anterior, a utilização da capacidade instalada estava em 68%.

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"A atividade industrial se reduziu em dezembro, movimento que ocorre todo o ano, refletindo o período de fim de encomendas para o fim do ano. Contudo, a queda da produção de dezembro de 2015 foi mais intensa que a observada em anos anteriores", afirma a pesquisa.

Houve queda também no emprego em dezembro, com o indicador do número de empregados em 41,5 pontos (era 42 em novembro). Já o indicador que mede os estoques ficou em 46,6 pontos, menor da série. "O índice mostra queda intensa dos estoques. Essa queda nos estoques propiciou o ajuste ao nível planejado pelas empresas", completa a pesquisa. O índice de estoques efetivo-planejado recuou de 51,4 pontos para 49,8 pontos.

Condições financeiras

Houve uma redução na satisfação com a situação financeira das empresas. No quarto trimestre, os índices de satisfação com a margem de lucro operacional e com a situação financeiras das empresas marcaram 33,2 e 38,8 pontos, respectivamente - valores menores do que 50 pontos indicam insatisfação. Em relação ao quarto trimestre de 2014, houve queda de 7,4 e 7,2 pontos nos indicadores.

A pesquisa também indica que os empresários estão com dificuldade de acesso ao crédito (30,5 pontos no quarto trimestre). Já os preços das matérias-primas desaceleraram, mas ainda estão em elevação. O indicador ficou em 67,2 pontos no quarto trimestre, dois pontos abaixo do terceiro.

Expectativas

Os empresários começam o ano pessimistas em relação aos próximos seis meses. Quase todos os indicadores que medem expectativas estão abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica perspectiva negativa. A expectativa de demanda está em 44,8 pontos, para o número de empregados em 41,3 pontos, para a intenção de investimento em 41,6 pontos e para a compra de matéria-prima em 43,6 pontos.

A única expectativa positiva é em relação à quantidade exportada, que os empresários esperam crescimento. O indicador ficou em 52,4 pontos.

A indústria brasileira teve em setembro mais um mês de recuo nas atividades. A pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o índice de evolução da produção ficou em 42,0 pontos no mês passado ante 42,7 pontos registrados em agosto. Os indicadores da pesquisa variam no intervalo de zero a 100, com valores abaixo de 50 indicando evolução negativa.

De acordo com o levantamento, a utilização da capacidade instalada ficou estável em 66% pelo terceiro mês consecutivo. A Confederação ressalta que a estabilidade na passagem de agosto para setembro já era observada em outros anos, mas em 2015 o quadro se dá em nível mais reduzido, seis pontos porcentuais abaixo do registrado em 2014.

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A CNI destaca, entretanto, que a indústria conseguiu ajustar parcialmente o excesso de estoques. No mês passado, o índice de evolução dos estoques ficou em 49,7 pontos, o que indica estabilidade. Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado recuou de 53 para 51,6 pontos. "Isso indica que há progresso no processo de ajuste nos estoques nas empresas", diz o documento.

Com relação ao emprego, ficou mantida a queda, ainda que em ritmo menos intenso. O índice que trata do número de empregados ficou em 41,4 pontos em setembro, contra 41,2 no mês anterior.

Expectativas

O pessimismo predominou no levantamento das expectativas da indústria para os próximos seis meses. A previsão dos empresários ficou negativa com relação à demanda, ao número de empregados, à intenção de investimento e às compras de matérias-primas. A exceção ficou com a quantidade exportada, que apresentou evolução de 50,2 pontos no levantamento do mês passado para 52,5 pontos neste mês.

De acordo com a CNI, as empresas exibiram otimismo com relação às vendas externas. Além disso, a intenção de investimento, apesar de indicar retração, voltou a aumentar, indo de 39,2 pontos em setembro para 40,7 pontos em outubro. O dado rompe uma sequência de quedas no índice que foram registradas nos últimos nove meses.

A expectativa da demanda da indústria caiu de 45,8 para 44,2 pontos. "O índice revela grande preocupação com a demanda interna", avalia. Para as compras de matérias-primas, as perspectivas ficaram estáveis em 42,8. Com relação ao número de empregados, o índice recuou de 41,8 para 40,5.

A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira permaneceu inalterada em abril ao marcar 67%, o mesmo número de março. A Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira, 21, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou intensa queda na atividade produtiva, que atingiu 39,7 pontos em abril, contra 48,2 pontos no mês anterior. O indicador segue muito abaixo dos 50 pontos - nível limite para indicar melhora na atividade industrial.

De acordo com a CNI, o dado reforça as perspectivas pessimistas para maio. O nível de estoques apresentou uma alta em abril, com 51,8 pontos, ante 50,7 pontos no mês anterior. Na média geral das empresas, o nível de estoque efetivo-planejado ficou em 51,8 pontos em abril, contra 52,1 pontos em março.

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A desaceleração da atividade produtiva atingiu também o número de empregados, que caiu mais uma vez. O índice atingiu 43,1 pontos em abril, ante 43,6 em março, distante dos 50 pontos. "É o pior índice da série histórica e valores abaixo de 50 indicam queda no número de empregados", registrou na pesquisa a CNI.

O quadro negativo contribuiu para a indústria reduzir a perspectiva de investimento para maio (44,2 pontos), 2,3 pontos a menos na comparação com a projeção feita em abril (46,5 pontos).

A atividade industrial continua fraca e já começa a impactar o emprego. Os dados da Sondagem Industrial de julho, divulgada nesta quarta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostraram uma pequena melhora do índice de utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria, que atingiu 70% ante 69% em junho, mas apontam para uma atividade industrial ainda baixa, assim como o emprego do setor.

"A dificuldade do setor já impacta o emprego industrial. Em 2013, tivemos um arrefecimento do emprego. Agora, já é possível sentir, que não só não está crescendo, mas estamos perdendo postos de trabalho", avaliou o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

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Segundo ele, os dados da produção industrial são muito fracos, corroborando um primeiro semestre bastante difícil para a indústria. O indicador que mede a produção industrial ficou em 48,8 pontos em julho ante 39,6 pontos em junho. Apesar da elevação, o índice ficou abaixo da linha dos 50 pontos, o que revela retração na produção. Além disso, lembra Castelo Branco, o indicador de junho foi influenciado negativamente pela realização da Copa do Mundo. "O usual é que comece o período mais forte da indústria (em julho), mas ainda ficou abaixo do que seria normal para o período", destacou.

A pesquisa mostra que apenas as grandes empresas apresentaram crescimento na produção em julho. Além disso, houve recuo na produção nas regiões onde se concentra a maior parte da indústria, no Sul e Sudeste do País.

O gerente lembra que, apesar de ter havido uma leve melhora no uso da capacidade instalada, o indicador que mede o uso da capacidade efetiva em relação ao que seria usual para o período ficou ainda muito abaixo dos 50 pontos, em 39,7 pontos. "Diria que está menos pior", afirmou.

Para reforçar o quadro de baixa atividade, os estoques da indústria ainda estão acima do desejado e as expectativas para o futuro são moderadas, principalmente, no que diz respeito à exportação e ao emprego. "A expectativa é ruim também para o emprego no próximo semestre", disse Castelo Branco. Lembrando, a previsão da CNI é de que o PIB da indústria tenha uma retração de 0,5% neste ano.

Eleição

Castelo Branco lembra que a variável principal a ditar a atividade industrial é o investimento. Mas, afirma, os empresários estão bastante reticentes quanto a novos projetos. "O horizonte está relativamente turvo e, evidentemente, um dos principais fatores é a eleição."

O economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo, responsável pela Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira (18) afirmou que o setor está se preocupando mais com a falta de demanda. "A falta de demanda se tornou o segundo principal problema da indústria, só perdendo para a carga tributária", comparou Azevedo.

Segundo ele, isto está elevando o nível de estoques das empresas - em especial as grandes companhias. "Houve um acirramento, mesmo com a produção caindo em junho. Os estoques ficaram acima do planejado", disse.

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A CNI não conseguiu medir o "efeito Copa" sobre o recuo da produção apontada pela Sondagem, mas a entidade avalia que o número de empregados da indústria "deve continuar caindo" nos próximos meses. De acordo com o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, o ano está sendo pior que o esperado quando ele começou. "A indústria esperou um 2014 melhor do que ele está sendo", afirmou.

Fonseca disse ainda que a expectativa do setor produtivo sobre uma eventual melhora no nível de demanda é uma das mais baixas dos últimos anos. De acordo com a Sondagem Industrial, a expectativa saltou de 27,6 pontos no primeiro trimestre para 40,7 pontos no segundo semestre.

"Essa expectativa de demanda está muito baixa, deveria estar próxima de 60 pontos", disse. Fonseca avaliou que o fato de a indústria ter começado a demitir, o que custa caro e significa perder mão de obra qualificada, é um sinal de que a confiança na retomada da economia no segundo semestre é pequena.

"A confiança pode mudar ainda este ano. Agora, dificilmente a produtividade vai responder rápido, principalmente porque agora você começou a perder emprego", considerou. "É difícil a economia retomar um crescimento forte neste ano, porque as condições internacionais não são muito boas."

Um levantamento divulgado nesta sexta-feira, 19, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a elevada carga tributária foi o principal problema enfrentado pela indústria no segundo trimestre do ano. A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de julho com 1.953 empresas. O item competição acirrada de mercado aparece em segundo lugar entre os problemas, seguido do alto custo da matéria-prima. A taxa de câmbio está na sexta posição e taxas de juros elevadas, em oitavo lugar.

A CNI aponta, ainda, que as condições financeiras são as piores em quatro anos. O índice de satisfação com as margens de lucro recuou pelo segundo trimestre consecutivo, para 42,2 pontos. O resultado do segundo trimestre de 2013 é o menor desde o segundo trimestre de 2009. Os preços das matérias-primas continuaram a crescer no segundo trimestre do ano, na comparação com o anterior, segundo a CNI.

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A satisfação dos empresários com a situação financeira de suas empresas também caiu no trimestre. O índice recuou de 48,5 para 47,5 pontos. Além disso, a pesquisa aponta que as empresas estão enfrentando considerável dificuldade de acesso ao crédito. O índice de facilidade de acesso ao crédito recuou 1,5 ponto no trimestre, atingindo 40,8 pontos. Esse resultado também é o menor desde o segundo trimestre de 2009.

A Confederal Nacional da Indústria (CNI), que divulgou nesta sexta-feira, 19, a Sondagem Industrial do mês de junho, aponta que o setor está "ainda distante da recuperação". Segundo a entidade, no fim do primeiro semestre deste ano, a indústria "não conseguiu recuperar os espaços perdidos tanto no mercado doméstico quanto externo".

O documento divulgado informa que "cresceram as dificuldades das empresas industriais, refletidas no aumento da insatisfação com as margens de lucro e a situação financeira, problemas acentuados pela maior dificuldade de acesso ao crédito". A CNI coloca, ainda, que as empresas estão mais preocupadas com a falta de demanda e que a falta de mão de obra qualificada continua sendo um problema que compromete o setor e pressiona custos com pessoal.

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O fato de os estoques de produtos finais ficarem acima do nível planejado pelas empresas voltou a preocupar o setor, segundo a CNI. Para a retomada da atividade industrial, conforme a entidade, é necessário reduzir custos de produção, além de fortalecer fundamentos macroeconômicos, como controle da inflação e dos déficits fiscal e transações correntes. A entidade também defende a desoneração dos investimentos.

CNI: expectativa de empresários para demanda nos próximos 6 meses segue positiva em julho -

Expectativa de demanda

A expectativa dos empresários em relação à demanda nos próximos seis meses continua positiva em julho. O índice de 58,9 pontos, entretanto, está abaixo do registrado em junho, que foi de 60 pontos. Isso significa que apesar de continuar positiva, está menos favorável que no mês anterior.

Em relação ao crescimento das exportações, os empresários também se mostraram confiantes em julho, mas também sofreu leve redução na comparação com o mês anterior. O índice passou de 55,1 pontos em junho para 54,2 pontos em julho.

Os indicadores variam de zero a 100. Os valores acima de 50 indicam expectativa de crescimento da demanda ou da quantidade exportada nos próximos seis meses. A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 12 de julho com 1.953 empresas, informou a CNI.

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