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A Disney anunciou na última quinta-feira (24) que, devido ao coronavírus (Covid-19), seu calendário de estreias sofrerá algumas alterações. Isso afeta os próximos filmes da saga "Star Wars", que foram adiados para 2023.

Todos os episódios da próxima trilogia serão lançados próximo ao Natal, com um intervalo de dois anos para cada filme. Assim, o primeiro longa-metragem está programado para 22 de dezembro de 2023, a sequência para 19 de dezembro de 2025 e a conclusão para 17 de dezembro de 2027.

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O primeiro filme da nova trilogia será dirigido por Taika Waititi, de "Thor: Ragnarok" (2017) e "Jojo Rabbit" (2019). Em recente entrevista para BBC, o diretor revelou já estar produzindo o novo enredo e que o trabalho vem sendo feito em parceria com o roteirista Krysty Wilson-Cairns.

O último lançamento da franquia no cinema foi "Star Wars: A Ascensão Skywalker" (2019), que não foi bem recebido por parte da crítica e dos fãs. Além disso, o filme teve o lucro mais baixo se comparado aos demais episódios da trilogia.

O cineasta neozelandês Taika Waititi escreverá e dirigirá um novo filme da franquia "Star Wars", anunciou a Disney nesta segunda-feira (04).

Waititi já comandou grandes produções de Hollywood, como o filme de super-heróis da Marvel "Thor: Ragnarok" (2017), antes de ganhar o Oscar de Melhor Roteiro este ano por "Jojo Rabbit".

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O diretor também dirigiu o último episódio da primeira temporada de "The Mandalorian", a bem sucedida série de televisão ambientada no universo "Star Wars".

Nenhuma data foi marcada para a produção do novo filme, mas a primeira parte da nova trilogia da saga "Star Wars" está programada para dezembro de 2022, na agenda de lançamentos da Disney.

Para fazer esse anúncio, a empresa escolheu o dia 4 de maio, data comemorada pelos fãs de "Star Wars" pelo trocadilho (em inglês) com a famosa fala do filme "Que a força esteja com você" ("May the force be with you").

A Disney também confirmou que a co-criadora da série "Boneca Russa", Leslye Headland, desenvolverá uma nova série de televisão no mesmo universo.

"Headland será roteirista, produtora-executiva e showrunner da série, que se une a uma lista crescente de histórias de 'Star Wars' para a plataforma de streaming da Disney, incluindo 'The Mandalorian', agora com a segunda temporada em pós-produção", comunicou a Disney através do site Starwars.com.

Segundo informações de Hollywood, a série comandada por Headland será um "filme de ação liderado por mulheres" e "ambientado em uma linha do tempo alternativa do habitual universo de 'Star Wars'".

"The Mandalorian", que inclui o já famoso Baby Yoda, foi o principal lançamento da plataforma de streaming Disney + no ano passado, alcançando um sucesso de crítica e público.

Além disso, outras duas novas séries de live action baseadas no universo da franquia espacial estão sendo trabalhadas para o Disney +, incluindo o retorno de Ewan McGregor como Obi-Wan-Kenobi e uma prévia do filme "Rogue One".

A Disney adiou o lançamento de seus próximos filmes de "Star Wars", depois que a última trilogia terminou recentemente com uma queda de bilheteria e críticas mistas.

Waititi co-escreverá o filme com Krysty Wilson-Cairns, roteirista indicado ao Oscar pelo filme "1917", sobre a Primeira Guerra Mundial.

Um diretor precisa de coragem para fazer uma comédia sobre um menino nazista de 10 anos e seu amigo imaginário Adolf Hitler e ainda mais ousadia para interpretar o ditador, com seu bigode e suástica.

Mas Taika Waititi afirma que estava determinado a usar o humor para combater o fanatismo e o fascismo no filme "Jojo Rabbit", cotado para o Oscar e que estreia esta semana nos Estados Unidos, em um período no qual, assegura o diretor, há "muitos nazistas por perto".

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"Passaram 80 anos desde que Charlie Chaplin fez 'O Grande Ditador'. Então, eu não diria que é muito cedo", declarou o cineasta neozelandês, descendente de judeus e maoris, em uma entrevista coletiva em Beverly Hills.

"Segue a tradição de algumas pessoas muito inteligentes que tinham algo a dizer e usavam comédia, que na minha opinião é uma das ferramentas mais poderosas contra o fanatismo e contra regimes e ditadores", completou o diretor de "Thor: Ragnarok".

O filme, protagonizado por Scarlett Johansson, retrata a Segunda Guerra Mundial através dos olhos de um menino alemão (Roman Griffin Davis) que foi doutrinado pela juventude nazista. Ele fica consternado ao descobrir uma menina judia vivendo no sótão de sua casa.

O jovem Jojo, que nunca havia encontrado um judeu, encara a menina inicialmente com temor e repugnância, mas ao tomar conhecimento que sua mãe (Johansson) a abrigou em segredo, correndo um grande risco, se vê obrigado a passar algum tempo com ela.

Classificado como uma "sátira anti-ódio", o filme começou a ser imaginado em 2011, quando a mãe Waititi recomendou o livro "Caging Skies", que inspirou o longa-metragem.

O lançamento - que no Brasil está previsto para janeiro de 2020 - acontece no momento em que déspotas e populistas de extrema direita estão em ascensão em todo o mundo, segundo Waititi.

"Não havia tantos nazistas naquela época", afirmou, em referência ao momento em que começou a trabalhar no projeto.

"Agora, parece estranhamente relevante, mais relevante", enfatiza.

"Você chega a 2019, quando o filme estreia, com um aumento dos neonazistas e de grupos de ódio. Intolerância e ódio avançam, assim como as pessoas que promovem o ódio e a intolerância", completou.

- Audacioso -

"Jojo Rabbit" poderia emular "A Vida é Bela", de 1997, outro filme de temática nazista polarizador que venceu três estatuetas do Oscar.

Apesar das críticas mornas, o filme de Waititi entrou definitivamente no radar do Oscar após a vitória no Festival de Toronto.

O prêmio, decidido pelo público, é um considerado um indicador confiável para o prêmio mais importante do cinema, como aconteceu com "Green Book- O Guia", "O Discurso do Rei" e "Quem Quer Ser um Milionário?".

As pessoas que assistiram o filme no festival ignoraram as preocupações dos críticos sobre a estética caricatural e "hipster" da obra, e a controversa representação de Waititi de um Hitler idiota e infantil, produto da imaginação de um garoto que sofreu lavagem cerebral.

Waititi disse que a princípio não queria interpretar Hitler, que pressiona Jojo a delatar a presença da jovem judia, mas que cedeu a pedido da Fox Searchlight, estúdio que comprou os direitos de exibição do filme.

"A principal palavra para descrever este papel é vergonha", afirmou o cineasta. "Fiquei embaraçado na maior parte do tempo por ter que me vestir daquele jeito".

Mas a decisão valeu a pena, declarou Waititi, porque ter um astro de Hollywood no papel teria desviado a atenção da verdadeira preocupação do filme: o impacto da guerra e do fascismo nas mentes jovens e inocentes.

Johansson entrou no projeto depois que Chris Hemsworth, seu colega de elenco em "Vingadores", mostrou o roteiro de Waititi.

"Era cheio de extravagâncias e aspectos infantis, mas também era realmente comovente e forte", disse a atriz.

Stephen Merchant, cocriador da série "The Office" e que interpreta um capitão sinistro da Gestapo, disse que pareceu "audacioso" fazer este filme no momento em que o "cinema convencional talvez tenha ficado um pouco mais conservador ou optado por correr menos risco".

"Isto é algo que deve ser aplaudido".

"Jojo Rabbit" conquistou neste domingo (15) o Toronto People's Choice Award, principal prêmio do festival internacional de cinema, uma recompensa que põe o filme em uma posição confortável na disputa do Oscar.

O longa, do diretor neozelandês Taika Waititi ("Thor: Ragnarok"), se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um menino alemão que tem Adolf Hitler como amigo imaginário.

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Considerado uma "sátira contra o ódio", o filme descreve como o jovem, membro da Juventude Hitlerista e aficionado dos uniformes nazistas e da queima de livros, descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma menina judia no sótão da sua casa.

"Jojo Rabbit" desbancou "Marriage Story", também protagonizado por Johansson, e o ganhador da Palma de Ouro em Cannes, "Parasite", do diretor sul-coreano Bong Joon-ho.

O Toronto People's Choice Award, totalmente decidido pelos votos do público do festival, tem um histórico sólido de prever os filmes que farão sucesso no Oscar.

Os últimos sete vencedores em Toronto foram indicados na categoria Melhor Filme nos prêmios da Academia, e dois deles ganharam o Oscar, incluindo "Green Book", o surpreendente vencedor de 2018.

Outros exemplos de filmes ganhadores do Oscar que iniciaram sua trajetória de sucesso vencendo o Festival de Toronto foram "12 anos de escravidão" (2013), "O discurso do rei" (2010) e "Quero ser um Milionário" (2008).

"Jojo Rabbit" recebeu críticas desencontradas após sua estreia mundial na mostra canadense.

A revista especializada The Hollywood Reporter advertiu que a abordagem caricatural da Alemanha nazista "não se vê bem à medida que as coisas se aprofundam e avançam", enquanto a Variety a qualificou como uma "comédia nazista inconformista para se sentir bem.

Mas os estúdios Fox Searchlight, agora de propriedade da Disney, espera que este sucesso em Toronto ajude o filme a seguir os passos de "Green Book".

O Festival Internacional de Cinema de Toronto é o maior da América do Norte. Este ano, apresentou mais de 300 filmes de 84 países, incluindo 133 estreias mundiais.

Quebrando a tradição dos anos anteriores, os prêmios de 2019 foram anunciados pela Internet.

Na segunda-feira foi celebrada a primeira festa de gala beneficente da história do festival, na qual foram concedidos prêmios especiais à trajetória cinematográfica.

Meryl Streep, que atualmente promove o thriller "The Laundromat", da Netflix, sobre os Panama Papers, foi premiada por sua trajetória como atriz.

Joaquin Phoenix, protagonista de "Coringa", que fez sua estreia mundial no mesmo dia na mostra de Toronto, obteve o mesmo prêmio na categoria masculina.

Taika Waititi ("Jojo Rabbit") recebeu o prêmio de melhor diretor, enquanto um novo prêmio que contempla os jovens talentos femininos foi para a cineasta francesa Mati Diop ("Atlantics").

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