Considerada uma das grandes revelações da música brasileira, a cantora e compositora curitibana Thaís Gulin aporta pela primeira vez na capital pernambucana nesta terça (23), às 20h30, no Teatro de Santa Isabel. Com o show que tem o mesmo nome do seu segundo disco, ôÔÔôôÔôÔ, a namorada de Chico Buarque traz no repertório canções de Adriana Calcanhoto, Tom Zé, Roberto Carlos, além das suas músicas próprias.
Além do show no Teatro de Santa Isabel, Thaís também fará parte da programação do Festival de Inverno de Garanhus, no dia 25 de julho. A cantora conversou com o LeiaJá e falou sobre as influências musicais e seus shows em Pernambuco.
##RECOMENDA##Essa é a sua primeira vez na capital pernambucana. O que o público recifense pode esperar do seu show?
É a primeira vez que vou fazer um show completo. Mas minha primeira vez no Recife, de fato, foi no carnaval deste ano. Eu cantei na abertura do carnaval no Marco Zero com a Elba Ramalho um frevo do Moraes Moreira. O público recifense pode esperar tanta coisa. Faz um tempo que estou animada e querendo realizar um show meu na capital pernambucana. Vou cantar as músicas do primeiro e segundo discos. Na verdade, vou encerrar esse show com o qual estou na estrada há dois anos.
Na próxima quinta (25), você canta no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Será o mesmo show do Teatro de Santa Isabel?
Vai ser o mesmo show. Vou mudar um pouco o roteiro, pois os lugares são diferentes. Mas será o mesmo show praticamente e a música Até Pensei, do Chico Buarque, que está na novela Sangue Bom, vai ser a primeira vez que vou cantar no palco.
A sua relação com o cantor Chico Buarque tem influência nas suas composições?
Na essência não. Mas é claro que sofri muita influência por ele fazer parte da minha vida e, principalmente, no disco ôÔÔôôÔôÔ.
Por falar nesse disco, de onde surgiu o nome ôÔÔôôÔôÔ?
É uma parte da letra que fala, justamente, 'ôÔÔôôÔôÔ'. Essa canção eu fiz um ano antes de lançar o disco. Foi durante o carnaval em que desfilei pela primeira vez na Mangueira. Meus amigos ficavam me ligando perguntando se eu já tinha decorado o samba, pois não tenho muita disciplina e eles ficavam falando que eu tinha que saber o samba se não a escola iria perder pontos. E isso começou a me irritar um pouco e decidi fazer esse música que conta a história de uma mulher que destrói o desfile da escola de samba do coração.
Em abril deste ano, você lançou o clipe de Cinema Big Butts, junção de Cinema Americano com Baby Got Back (Sir Mix a Lot), com direção de Gringo Cardia. Como surgiu a ideia?
Quando eu morei nos EUA, na época da minha adolescência, eu adorava esse rap e colocava várias vezes ele para tocar, tirando sua letra. Depois que lancei o meu segundo disco, quando eu já estava na estrada com a turnê, por acaso durante o ensaio da música Cinema Americano eu puxei o rap sem querer. Eu não estava pensando nisso e a banda veio atrás. Só que acabou ficando muito legal e resolvemos colocar no show que fiz aqui no Rio de Janeiro, no Studio RJ, e o público foi bem receptivo. E quando chegou a hora de gravar o clipe, que seria o meu primeiro, não pensei em outra coisa a não ser essa mistura do Cinema Brasileiro com o Cinema Big Butts.
Em agosto você vai gravar seu DVD em Curitiba. O que o público pode esperar dele? Já tem alguma novidade? Terá participações especiais?
Ou em agosto ou setembro. Ainda não decidi as participações. Mas esse DVD será uma mistura dos meus dois discos e um fechamento de um ciclo para mim. A música Até Pensei, do Chico, e Cama e Mesa, do Erasmo Carlos, com certeza estarão no repertório.
Há planos para o próximo disco? Quais e para quando?
Já estou compondo faz um tempo e não estou partindo de nenhum objetivo. Vou deixar rolar.
O que você conhece da música pernambucana?
Conheço muito! As pessoas que mais admiro são pernambucanas, como Otto, Lula Queiroga e a Karina Buhr.
Serviço
Show ôÔÔôôÔôÔ
Terça (23) l 20h30
Teatro de Santa Isabel (Praça da República)
R$ 20 (inteira) l R$ 10 (meia)