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O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), informou que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, só vai participar de uma audiência pública no Congresso se tiver uma autorização do governo norte-americano. O parlamentar reuniu-se mais cedo com Shannon na embaixada dos EUA em Brasília.

Na semana passada, a comissão aprovou uma série de convites para ouvir autoridades a respeito das denúncias de espionagem dos Estados Unidos ao Brasil feitas a partir de documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da Agência Central de Inteligência Edward Snowden. Entre elas, o embaixador dos EUA.

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Segundo Ferraço, Shannon dispõe de imunidade diplomática, o que desobrigaria de comparecer ao Parlamento brasileiro. O diplomata, de acordo com o parlamentar, vê com "simpatia" o convite e espera um aval de Washington para ir ao Congresso. "Eles nos disse que vê nisso a oportunidade de explicar os fatos", afirmou o presidente da comissão, que não deu prazo para dar uma resposta.

Na conversa entre os dois, o presidente da CRE disse que o embaixador afirmou-lhe que as informações interceptadas são dos chamados metadados. Essas informações conteriam, por exemplo, os registros telefônicos de pessoas, com local e hora das ligações, sem adentrar, contudo, no conteúdo dos diálogos.

Ferraço afirmou ainda que o diplomata justificou a captura desses metadados como providência adotada no combate ao terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2011. Questionado por jornalistas se Shannon confirmou a existência de uma base contra brasileiros na capital do País, o senador disse não ter aprofundado na conversa sobre pontos específicos, que gostaria de fazê-los em audiência pública.

Jornalista cancela ida ao Senado

 

O jornalista Glenn Greenwald, responsável por expor os documentos secretos que apontaram as atividades de espionagem dos Estados Unidos, desmarcou o depoimento que prestaria nesta terça-feira, 16, à Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Em ofício enviado à comissão, o jornalista, colunista do jornal The Guardian, desculpou-se por não comparecer ao Congresso.

Greenwald alegou que não poderia comparecer por estar trabalhando em uma matéria sensível. O jornalista se disse disposto a comparecer à comissão em outra oportunidade. A assessoria de imprensa do presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), informou que a vinda do profissional seria importante para esclarecer as suspeitas de espionagem do governo norte-americano, inclusive no Brasil.

Em correspondência encaminhada nesta quarta-feira (19), o governador Eduardo Campos solicitou ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, a designação, por parte do governo americano de uma “autoridade que possa acompanhar as investigações aqui em PE a fim de facilitar o fluxo de informações necessária ao imediato esclarecimento dos fatos relacionados com a importação irregular de material hospitalar por empresa instalada em Santa Cruz do Capibaribe”.

A carta de Eduardo teve resposta imediata. Em telefonema no final da tarde, o embaixador americano deu conhecimento ao governador não apenas do atendimento da solicitação, como também da chegada, prevista para as primeiras horas desta quinta-feira, de uma equipe do FBI americana, para acompanhar as investigações.

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Na carta ao embaixador, o governador relatou o grande impacto causado pela divulgação das notícias sobre a importação irregular de resíduos de serviços hospitalares. “Embora restrito à incidência de um único estabelecimento, parte do noticiário tem permitido uma interpretação de que a prática irregular seria generalizada. Esta generalização tem causado grande instabilidade em toda a indústria de tecidos e confecções da região, atividade existente há 50 anos e que, gradativamente, vem modernizando o seu processo produtivo, inclusive para adequá-lo às exigências sócio-ambientais”, esclareceu.

ITAMARATY – Eduardo Campos dirigiu também correspondência ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, depois de ter feito gestões telefônicas e de ter recebido orientação do secretário geral do ministério, Rui Nogueira.

Na carta a Patriota, Eduardo solicitou que sejam adotadas as providências para que o Governo brasileiro encaminhe ao estado norte-americano o pedido de abertura formal de investigações que conduzam à identificação e punição dos responsáveis, bem como para que possam ser evitadas novas exportações similares por empresas sediadas naquele país

“As incertezas geradas pelo fato atingem seriamente, portanto, toda uma região que tem nas confecções a sua principal matriz econômica e social. Já na primeira feira realizada depois da interdição da referida empresa, registrou-se uma queda de 50% nas vendas”, disse o governador.

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