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A Polícia Federal (PF) enviou uma equipe até o Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife, para realizar uma perícia em contêiner encontrado com lixo hospitalar. O objetivo é avaliar se existe crime de atribuição da Polícia Federal.

Cerca de 15 toneladas de mangueiras, bolsas de sangue e dispositivos para medicação endovenosa foram encontrados dentro de um contêiner no Porto de Suape. Os materiais foram enviados de Portugal.

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A investigação foi instaurada na última quarta-feira (22), após a apreensão na Alfândega da Receita Federal. Caso comprovado o cometimento de algum crime de competência federal, a PF assegurou que vai instaurar um inquérito para identificar as circunstâncias do envio do material e responsabilizar os envolvidos.

Todos os dias na China, agentes vestidos com proteção completa utilizam centenas de milhões de cotonetes descartáveis para realizar testes de PCR em larga escala. O problema é que tudo isso gera uma enorme quantidade de resíduos médicos.

Com sua estratégia de covid zero, o país asiático é a única grande economia a tentar prevenir infecções a qualquer preço, oficialmente para evitar que os hospitais fiquem sobrecarregados com a baixa taxa de vacinação dos idosos.

No arsenal: quarentenas obrigatórias, confinamentos seletivos e testes em massa, que se tornaram quase diários em alguns lugares.

De Pequim a Xangai, passando por Shenzhen, sede de inúmeras empresas de tecnologia, as cidades agora estão cheias de postos que oferecem testes PCR gratuitos.

Centenas de milhões de pessoas são obrigadas a fazer os testes a cada dois ou três dias e, em alguns casos, diariamente.

Os testes PCR, que criam uma enorme massa de resíduo médico, constituem um fardo econômico crescente para as comunidades locais, já fortemente endividadas, que devem gastar dezenas de bilhões de dólares com eles.

"A quantidade de lixo hospitalar que é gerado diariamente é de uma magnitude quase sem precedentes na história da humanidade", estima Yifei Li, especialista em meio ambiente da Universidade de Nova York em Xangai.

– Multiplicado por seis –

A China tenta alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060, meta ambiciosa e incerta, tendo em conta a dependência do gigante asiático do carvão.

A generalização dos testes representa um novo desafio ambiental.

Para algumas dezenas de casos positivos detectados todos os dias na China, são testadas centenas de milhões de pessoas - com o emprego de tubos, cotonetes, invólucros e combinações de proteção.

Se não forem descartados adequadamente, os resíduos hospitalares podem contaminar o solo e os rios.

De acordo com uma contagem da AFP, as cidades e províncias chinesas onde vivem um total de 600 milhões de pessoas anunciaram de uma forma ou de outra testes gerais e regulares de sua população.

Não há dados nacionais disponíveis, mas as autoridades de Xangai disseram no mês passado que 68.500 toneladas de resíduos médicos foram produzidas durante o confinamento da cidade entre meados de março e início de junho.

Isso representa uma quantidade diária seis vezes maior do que o habitual.

De acordo com a regulamentação chinesa, as autoridades são responsáveis por selecionar, desinfetar, transportar e armazenar esses resíduos antes de descartá-los, geralmente por incineração.

Algumas comunidades locais podem não saber como tratar essa grande quantidade de resíduos, ou simplesmente as armazena em aterros sanitários, estima Benjamin Steuer, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong.

Questionado pela AFP, o ministério da Saúde indicou que formulou "exigências específicas relativas à gestão de resíduos hospitalares".

O governo exige que as capitais provinciais e cidades com pelo menos 10 milhões de habitantes implementem locais onde sejam realizados testes a uma distância de 15 minutos a pé de cada morador.

Mas generalizar os testes regulares e obrigatórios para toda a China pode custar de 0,9% a 2,3% do PIB do país, estimaram analistas do banco Nomura no mês passado.

Para Jin Dong-yan, professor da Escola de Ciências Biomédicas da Universidade de Hong Kong, esses testes generalizados de PCR são "ineficazes e caros" e forçam as comunidades locais a renunciar a outros investimentos úteis no setor de saúde.

As autoridades também correm o risco de ignorar casos positivos, já que a variante ômicron se espalha muito rapidamente e é mais difícil de detectar, segundo ele.

"Não funciona. É como jogar milhões de dólares pela janela", conclui.

A Receita Federal apreendeu cerca de 20 toneladas de lixo hospitalar em um contêiner no Porto de Suape, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. A carga é de uma empresa de Portugal e saiu do Porto de Barcelona, na Espanha. 

Segundo a Receita Federal, havia no contêiner mangueiras, bolsas para sangue e outros objetos. A carga foi declarada como "mangueirinha de PVC". O importador alegou que o material nunca havia sido usado e que seria reciclado em sua empresa.

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Nesta sexta-feira (9), após ser acionada pela Receita Federal, a Anvisa vistoriou as mercadorias e confirmou se tratar de resíduo sólido hospitalar. 

O auditor-fiscal Carlos Eduardo da Costa Oliveira, delegado da Alfândega do Recife, lembrou que houve um caso semelhante em 2011, quando um importador recebeu alguns contêineres com lençóis hospitalares usados. "O caso atual chama a atenção pois estamos no meio de uma pandemia e o material pode ter sido utilizado, inclusive, em pacientes", disse o delegado. 

Para a coordenadora da Anvisa no Estado de Pernambuco, Thaís Ferreira,  mesmo que não tenham sido utilizados, os resíduos sólidos hospitalares estão contra as normas de saúde pública por terem sido declarados como outro produto. Os nomes das pessoas e empresas envolvidas não foram divulgados devido ao sigilo fiscal.

Uma grande quantidade de lixo hospitalar foi encontrada nessa segunda-feira, 23, em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo. Ao menos dois hospitais são suspeitos e os responsáveis serão ouvidos na semana que vem. "Descartaram o lixo a céu aberto à beira de uma estrada vicinal perto do aeroporto", acusa André Luís Felício, de 47 anos, promotor do Meio Ambiente Urbano do Ministério Público Estadual(MPE).

Até bolsa de sangue foi achada entre agulhas, ampolas, seringas, luvas, máscaras e outros materiais usados em hospitais. "Havia até bolsa de sangue que possui um risco grande de contaminação. Animais, como cachorros e pássaros, poderiam beber esse sangue e contaminar pessoas com alguma doença", alerta o promotor.

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Depois de afirmar que "a responsabilização deve ser exemplar", ele lembra que as crianças também corriam riscos: "Elas poderiam se cortar com agulhas e se contaminar". Frascos de medicamentos também foram descartados. "Encontramos frascos com algum resíduo", explica o promotor, que considerou o descarte irregular como "muito grave".

O promotor não quis citar os hospitais suspeitos. "Seria uma leviandade de minha parte citar os nomes (dos hospitais), porque o caso está sendo investigado e ainda não dá para saber se houve má-fé", justifica, lembrando que os hospitais podem não ter culpa. "Eles (hospitais) podem ter gerenciado corretamente o descarte. Há a possibilidade de que uma empresa terceirizada fez o descarte irregular e nós vamos investigar isso", explica. Se houver condenação, a pena prevista é de um a cinco anos de prisão.

Multa

A exemplo do promotor André Luís Felício, o comandante regional da Polícia Ambiental, tenente Julio César Cacciari de Moura, de 30 anos, disse também que "não dá para fazer uma responsabilização direta aos hospitais".

Ele, no entanto, lembrou que a multa por crime ambiental, incluindo a contaminação do solo, é pesada:"A multa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões".

Os envolvidos na importação irregular de lençóis usados em hospitais dos Estados Unidos foram denunciados à Justiça Federal, através do Ministério Público Federal (MPF) de Palmares, na Mata Sul do Estado. Todo material chegou até o Porto de Suape, no Recife, em setembro de 2011. Na ocasião, dois contêineres foram usados na importação dos produtos, que seria destinada a confecção de roupas e revenda no interior do estado. Na época, a importação fraudulenta foi deflagrada pela Alfândega do Porto de Suape. 

As empresas “Na Intimidade”, com sedes em Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, e "Império do Forro de Bolso", de Toritama, além de seus responsáveis - Altair Teixeira de Moura, Maria Neide de Moura e Lorena de Moura Pinto - são acusados pelo MPF de exportar, importar, processar e comercializar produtos perigosos e nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. o comerciante Cid Alcântara Ribeiro, responsável pela empresa "Texport", situada nos Estados Unidos, que exportou a carga irregular, também é réu na ação

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Na declaração de importação da empresa “Na Intimidade” consta um registro referente a tecidos novos com defeitos. Porém, a fiscalização identificou lençóis e fronhas com manchas de fluídos orgânicos, além de materiais hospitalares usados, como cateteres, gazes, aventais, luvas, seringas, algodão e máscaras. Alguns dos produtos tinham logomarcas de hospitais norte-americanos. 

Todo material apreendido foi analisado pela perícia, que concluiu que tratava-se de lixo hospitalar. Se os envolvidos no processo forem condenados pela Justiça Federal, poderão pegar até quatro anos de prisão e ainda pagarão uma multa, cujo valor ainda não foi estabelecido. 

Os responsáveis já foram multados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

 

Com informações da assessoria 

 

 

Em outubro do ano passado, as sociedades pernambucana e brasileira ficaram estarrecidas com uma descoberta da Receita Federal. Um contêiner vindo dos Estados Unidos com lixo hospitalar foi apreendido no Porto de Suape, Ipojuca, antes de ser enviado ao polo de confecções de Pernambuco como carga de tecidos com defeito.

Uma atitude no mínimo irresponsável da empresa importadora que colocou em risco a vida de trabalhadores, dos consumidores e expôs produtores e comerciantes do polo de Confecções de Pernambuco, embora todos sabemos que os empreendedores honestos do nosso Estado não poderiam ser julgados pelo ato de um empresário.

As investigações conduzidas pelas autoridades aduana chegaram à empresa que fez a importação do material. O Ibama aplicou multas que totalizaram R$ 6 milhões. As instalações da fábrica foram interditadas pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O caso passou a ser alvo de investigação conduzida pelas polícias Federal e Civil, Anvisa, Apevisa e o  Ministério Público Federal. O governador Eduardo Campos formou comissão para tratar da questão com representantes do estado e das cidades do Pólo de Confecções, no caso Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru. Enfim, as autoridades competentes não se furtaram de coibir e punir essa prática danosa à saúde pública e lesiva ao setor produtivo.

Eis que agora em meados de maio a imprensa divulga mais um caso preocupante, abortado em tempo graças à atuação eficiente da Receita Federal. O órgão impediu a entrada de 20 toneladas de lixo hospitalar no Porto de Itajaí, em Santa Catarina. Era um contêiner de lençóis sujos de hospitais da Espanha. A mercadoria foi declarada como “outros tecidos atoalhados de algodão”. Situação semelhante ocorreu no mesmo porto, em março deste ano, quando a Receita interceptou a entrada de 40 toneladas de lixo procedentes do Canadá.

É triste, indignante e lamentável a iniciativa das empresas envolvidas nessas importações, as estrangeiras exportadoras e o descuido das autoridades desses países. O Brasil não pode ser visto como depósito do mundo. O governo e a sociedade brasileira não aceitam esse tratamento e descaso.

Infelizmente, esse é um crime que pode voltar a ocorrer. Temos de estar atentos e sermos rigorosos nas investigações e punições. Como senador da República, sou ator de projeto de lei que altera o Código Penal para criminalizar a venda, importação e o descarte irregular de resíduo hospitalar.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 653/2011 prevê pena de reclusão de dois a seis anos e multa para quem vender, expor à venda, ter em depósito, importar ou exportar material hospitalar já utilizado por serviço de saúde. A pena aumenta um terço se o material contiver tecido humano, restos orgânicos, substância química ou agente infeccioso que posa colocar em risco a saúde de outro.

Tramitando hoje na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, o Projeto também estabelece pena de reclusão de dois a quatro anos e multa para quem descartar de forma indevida material hospitalar já utilizado por serviço de saúde, colocando em risco a saúde de outrem. O correto seria o material estar acondicionado de forma adequada e seguir as normas regulamentares expedidas pela autoridade sanitária competente.

Mas é preciso esclarecer que não há crime se o material hospitalar é reutilizado pelo próprio serviço de saúde após a devida higienização, nos casos admitidos e conforme regulamento expedido pela autoridade sanitária.

Se aprovado na CAS, o projeto será enviado a Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e, em seguida, à Câmara dos Deputados. A perspectiva é que seja votado esta semana na CAS. Creio que essa pode ser uma importante contribuição para coibir essa prática. Mas estaremos sempre atentos para nos manifestarmos sempre que ocorrer crimes dessa natureza, que põem em risco vidas inocentes

A auditora da Receita Federal em Itajaí (SC) Christiane Larcher informou nesta sexta-feira que a carga de 19 toneladas de lixo contaminado, contendo lençóis e uniformes de um hospital de Valência, na Espanha, será devolvida até o dia 13 de junho. A carga foi descoberta em um contêiner no porto, resultado do trabalho de inteligência desencadeado pela Operação Maré Vermelha, que começou em 19 de março. Foi a maior ação já realizada contra fraudes no comércio exterior.

Com o maior rigor na fiscalização, a Receita Federal solicitou a presença dos técnicos do Ibama, na semana passada, para verificar a carga suspeita, que deveria ter apenas "tecidos atoalhados de algodão", que seriam usados para fabricar pequenas toalhas de limpeza. Ao abrirem o material, técnicos encontraram lençóis e uniformes usados e sujos, além de outros materiais contaminados, que teriam sido descartados por redes hoteleiras e hospitais.

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O material foi analisado pelo Ibama, que considerou a carga nociva ao meio ambiente e à saúde. Em setembro, a Receita Federal em Itajaí devolveu uma carga de seis contêineres com garrafas PET e há dois meses apreendeu 40 toneladas de lixo doméstico do Canadá.

Uma ação da Vigilância Sanitária do Recife e da Delegacia de Meio Ambiente interditou um depósito de reciclagem que utilizava, entre os materiais de reutilização, lixo hospitalar. A operação aconteceu na manhã desta quarta-feira (21), no estabelecimento que funcionava na rua Edgar Werneck, na comunidade do Pilar, bairro do Recife, área central da capital do Estado.

Após receber denúncias de que no local havia materiais sujos de sangue e que estavam sendo reutilizados para reciclagem, a Vigilância Sanitária acionou a Delegacia para realizar a investigação. Chegando ao local, os agentes encontraram junto com garrafas pet e diversos tipos de plásticos, seringas, frascos de soro, luvas sujas de sangue, entre outros materiais. Em alguns, constavam nomes de hospitais pernambucanos, como Restauração e De Ávila.

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O proprietário do estabelecimento, identificado apenas como José Carlos, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Segundo o comissário especial da unidade, Abraão dos Anjos, o homem era quem fazia o transporte do material para o deposito. “Ainda não se sabe como ele tinha acesso ao lixo hospitalar e nem quem são os outros envolvidos. Apenas, ele está sendo ouvido (nesta tarde) pela delegada, que vai dizer quais medidas deverão ser tomadas”, pontuou o policial.

O comissário adiantou também que representantes dos hospitais que estavam com os nomes envolvidos entre as apreensões serão chamados para se pronunciar sobre o caso.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) multou em R$ 1 milhão a empresa têxtil Na Intimidade, responsável pela importação de dois contêineres de lixo hospitalar importados dos Estados Unidos.

Em outubro do ano passado, os contêineres com cerca de 46 toneladas de lençóis usados em hospitais norte-americanos e manchados de sangue foram descobertas pela Vigilância Sanitária e Receita Federal no Porto de Suape. A empresa havia informado que a importação tratava-se de tecidos de algodão com defeito.

Na época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a empresa, proprietária da loja Império do Forro de Bolso, em R$ 6 milhões pelos danos causados por exposição do material ao meio ambiente.

Em janeiro, parte do lixo hospitalar foi devolvida aos Estados Unidos. Cerca de 40 toneladas, que estavam nos galpões da Império do Forro de Bolso, foram incineradas por determinação da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) condenou a empresa N.A Intimidade Ltda. a pagar multa de R$ 1 milhão por importar dois contêineres com lixo hospitalar dos Estados Unidos para o Brasil. A penalidade foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira, 13. O material - lençóis, batas, fronhas - foi apreendido após desembarcar no Porto de Suape, no litoral Sul de Pernambuco.

Em outubro de 2010, a Anvisa identificou irregularidades em dois contêineres importados após fiscais constatarem que o valor declarado pelo importador não era compatível com o volume e o tipo de carga. Aproximadamente 46 toneladas de material foi encaminhada para inspeção física. Na inspeção, verificou-se que a empresa declarava às autoridades brasileiras que importava tecido de algodão com defeito para fraudar a Alfândega Nacional.

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As peças importadas eram lençóis sujos com manchas características de sangue e dejetos biológicos com logomarca de vários hospitais norte-americanos. As peças, que seriam revendidas por empresas que atuavam no interior de Pernambuco, foram devolvidas aos Estados Unidos em janeiro deste ano. Os custos para mandar o lixo hospitalar de volta para o país de origem foram pagos pela empresa N.A Intimidade Ltda.

Cerca de 50 toneladas de tecidos hospitalares, encontrados em depósitos dos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, começaram a ser incineradas nesta quarta-feira (25), pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). O material foi localizado durante inspeções sanitárias realizadas em outubro do ano passado, depois que dois contêineres com lixo hospitalar foram apreendidos no Porto de Suape.

O processo de incineração está sendo realizado pela empresa Serquip e começou com a queima de três toneladas de tecidos, devendo ser concluído até o final de fevereiro. Na última segunda-feira (21), os dois contêineres com lixo hospitalar vindos dos Estados Unidos, foram devolvidos ao país de origem.

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A carga de lixo hospitalar apreendida em outubro do ano passado pela Alfândega do Porto de Suape, na região metropolitana do Recife (PE), será devolvida aos Estados Unidos amanhã, informou hoje a Receita Federal. O navio que fará o transporte vai atracar no porto hoje, e os dois contêineres serão embarcados no sábado, às 6 horas.

Na documentação dos contêineres, constava a existência de tecidos de algodão com defeito, mas foram descobertas 46 toneladas de lixo hospitalar, com lençóis e toalhas com manchas de sangue, juntamente com seringas, luvas e cateteres usados em hospitais norte-americanos.

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A devolução estava marcada para o dia 7 de janeiro, mas, devido a problemas nos documentos, teve de ser adiada. Os custos da devolução serão pagos pela empresa importadora Na Intimidade, de Santa Cruz do Capibaribe (PE), cidade do polo têxtil do agreste pernambucano.

A Receita Federal divulgou em nota oficial que a data para o embarque da carga contendo lixo hospitalar, vinda dos Estados Unidos, será adiada. O material que foi encontrado em dois contêineres no Porto do Recife, em abril do ano passado, seria devolvido no dia 7 de janeiro e agora só deverá sair da cidade no próximo dia 21.

De acordo com a Receita, o adiamento se deu em função da solicitação do transportador Hamburg Süd. O horário e o nome do navio que transportará o material ainda não foram divulgados. Estima-se que num prazo de oito dias, depois de enviada, a carga chegue aos Estados Unidos.

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Relembre o caso - Os dois contêineres, cada um com 23,3 t, vieram dos Estados Unidos carregados de lençóis sujos, luvas usadas, seringas, batas, fronhas, entre outros objetos. Parte da carga estava suja de sangue e continha a identificação de hospitais norte-americanos. A mercadoria estava endereçada a empresas de confecções do interior do estado.
Todo o material foi apreendido pela Receita Federal e em seguida foi periciado. As lojas revenderoras dos lençóis foram fechadas, e a empresa pernambucana que importou o lixo, a Na Intimidade, foi multada em R$ 6 milhões pelo Ibama.

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) determinou a incineração de 50 toneladas de tecidos hospitalares que haviam sido importados por empresas pernambucanas e estavam em galpões de cidades do interior do estado. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial de Pernambuco.

De acordo com o gerente da Apevisa, Jaime Brito, dois contêineres de lixo hospitalar com origem dos Estados Unidos, contendo aproximadamente 46 toneladas, serão devolvidos ao país de origem no próximo dia 7 de janeiro. O material estava interditado no Porto de Suape, em Recife, desde outubro. “O [material] que está no porto vai voltar para os Estados Unidos. Esse material [que está nos galpões] já estava nacionalizado, foi fruto de diversas importações e, por isso, será incinerado”.

O laudo técnico do Instituto de Criminalística de Pernambuco constatou a presença de sangue nas amostras recolhidas. “O laudo pericial que foi pedido pela Polícia Federal detectou que os tecidos que estavam nos três depósitos vieram de materiais procedentes de hospitais e foram taxados como resíduos de serviços de saúde”.

As empresas N.A. Intimidades, que possuía depósitos nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, e Império do Forro de Bolso, em Caruaru têm 15 dias para recorrer da decisão. Os depósitos estão interditados desde outubro. As empresas já haviam sido notificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e multadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Brito ainda não sabe quem vai custear a incineração do material apreendido. “Vamos discutir internamente e verificar quem vai bancar a incineração, porque é um custo alto. Esse material tem de ser inutilizado e não pode ser reaproveitado”.

A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira (21), que o proprietário da empresa Texport Inc, responsável por exportar material hospitalar dos Estados Unidos para Pernambuco, é um brasileiro nascido no estado do Ceará, no Rio Grande do Norte. O caso está sendo investigado pela PF desde outubro de 2011, quando foram apreendidas 46 toneladas de lixo hospitalar em contêineres no Porto de Suape, no Município de Ipojuca. O produto estaria direcionado a empresa Na Intimidade, situada em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado.

Um dia antes do pronunciamento da PF, agentes federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em três bairros de Fortaleza, no Ceará. Os policiais foram à residência do empresário e do irmão dele, que é proprietário de uma importadora de tecidos, também alvo de investigação na operação. Foram encontrados computadores, documentos e mais de R$ 320 mil em dinheiro, além de materiais hospitalares similares aos que foram apreendidos no Porto de Suape e nas empresas do Agreste de Pernambuco.

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Todo o material recolhido foi levado para a PF do Recife, e será entregue ao Instituto Nacional de Criminalística para realizar perícias. O resultado deve ficar pronto dentro de 40 dias. Segundo o diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Nilson Antunes da Silva, o dono da exportadora mora nos Estados Unidos e revendia os tecidos de hospitais americanos para as importadoras do irmão e as da empresa Na Intimidade. Ele acrescentou que, até o momento, só foram identificados apenas esses dois clientes da Texport Inc. Nenhum nome foi revelado.

 

Devolução - Todo o material que estava nos contêineres confiscados no Porto do Recife, voltou para seu país de origem na ultima terça-feira (20), segundo uma decisão tomada pela Alfândega da Receita Federal do Brasil, que autorizou a empresa Na Intimidade a fazer a devolução da carga.

Os contêineres com lixo hospitalar dos Estados Unidos, que em outubro deste ano chegaram ao Porto do Recife ilegalmente, irão voltar para seu país de origem, segundo a decisão tomada pela Alfândega da Receita Federal do Brasil, que nesta terça-feira (20) autorizou a empresa pernambucana Na Intimidade a devolver a carga.

A Receita declarou, em nota oficial, que a importadora já havia sido notificada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a devolução da carga.

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Além da decisão, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal em Fortaleza. A ação, que dá continuidade às investigações da entrada do lixo hospitalar em Pernambuco, resultou na identificação de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao envio da carga. Nas buscas, foram apreendidos computadores, documentos comerciais de importação e exportação de tecidos, além de aproximadamente R$ 320 mil em espécie.

O material deve partir do Recife no navio Cap Henvi, no dia 7 de janeiro do próximo ano (2012), e em um prazo de oito dias deverá chegar ao seu local de origem.

 

Relembre o caso - Os dois contêineres, cada um com 23,3 t, vieram dos Estados Unidos carregados de lençóis sujos, luvas usadas, seringas, batas, fronhas, entre outros objetos. Parte da carga estava suja de sangue e continha a identificação de hospitais norte-americanos. A mercadoria estava endereçada a empresas de confecções do interior do estado.

Todo o material foi apreendido pela Receita Federal e em seguida foi periciado. As lojas revenderoras dos lençóis foram fechadas, e a empresa pernambucana que importou o lixo, a Na Intimidade, foi multada em R$ 6 milhões pelo Ibama.

Uma ambulância foi apreendida hoje na Rodovia BR-101, em Laranjeiras (SE), transportando sacos plásticos e caixas contendo lixo hospitalar. Segundo o condutor, a ambulância é terceirizada e presta serviço para as prefeituras dos municípios sergipanos de Rosário do Catete, São Cristóvão e Maruim.

Ele disse aos policiais rodoviários que o lixo hospitalar dentro do veículo foi recolhido de postos de saúde no município de São Cristóvão e de lá seguiria para o município de Rosário de Catete, onde o lixo seria recolhido. Após o recolhimento, o material seria descartado em lixões de São Cristóvão ou no bairro Santa Maria, em Aracaju.

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Além de transportar irregularmente produtos perigosos (infecto-contagiosos), o motorista não possuía o curso Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP). A empresa responsável pelo transporte enviou ao posto da PRF um representante que se prontificou a contratar outra empresa que atenda todos os requisitos para o recolhimento e descarte do material.

Nos últimos dias, a imprensa noticiou o triste e lamentável episódio da importação de mais de 40 toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos pelo Porto de Suape, no Estado de Pernambuco.

Segundo vários especialistas, há uma grande probabilidade desses materiais, inclusive dejetos, conterem microorganismos vivos, como bactérias e vírus, com grave ameaça à saúde das populações que tiverem contato com esses produtos.

Além desse fato da maior gravidade, esse episódio também compromete a imagem de um dos pólos econômicos mais competitivos de Pernambuco: o pólo de confecções da região agreste do estado. Nele, hoje, estão instaladas aproximadamente 20 mil pequenas empresas que oferecem mais de 125 mil postos de trabalho.

Diante desses fatos, encaminhei dois requerimentos que foram aprovados, na última quarta-feira, na Comissão de Relações Exteriores e Segurança Nacional.

O primeiro questiona a Anvisa, a Receita e a Polícia Federal sobre que falhas aconteceram para que ocorresse tamanho descalabro. Indaga, ainda, que providências estão sendo tomadas em relação a este fato e quais as providências futuras para que outros não se repitam.

O outro requerimento é uma solicitação à Embaixada dos Estados Unidos para que ela esclareça qual a legislação e qual a política do país em relação à exportação de lixo hospitalar. A motivação desse ofício é uma estranha declaração da Consulesa dos Estados Unidos em Pernambuco, que afirma ser legal no seu país a exportação de resíduos hospitalares. Essa declaração, no entanto, é contraditória com os termos da Convenção de Basiléia que determina só ser possível a exportação de resíduos perigosos com a aceitação do país destinatário. Vale salientar que tanto o Brasil como os Estados Unidos são subscritores dessa Convenção.

Ficamos no aguardo, portanto, das informações que venham esclarecer essa passagem sombria na atuação dos nossos órgãos de controle e da nossa relação com os Estados Unidos.

A descoberta de importação do lixo hospitalar americano pelo Brasil é um fato grave à saúde pública e que nos leva a refletir sobre as brechas existentes na legislação e na fiscalização em nossas fronteiras.

Como senador da República e pernambucano, procurei entender como poderia atuar efetivamente para evitar novas importações dessa natureza. Apresentei, semana passada, projeto de lei que torna crime a venda, a importação e o descarte irregular de resíduos hospitalares.

O projeto permitirá não somente punir os responsáveis do ponto de vista administrativo, mas também pelo Código Penal. O texto de minha autoria prevê penas de prisão de dois a seis anos para quem vender, manter em depósito ou exportar material hospitalar já utilizado.

Ao mesmo tempo, a matéria não inclui como crime a reutilização do material hospitalar pelo próprio serviço de saúde após a correta higienização, em casos definidos pela autoridade sanitária. Considero aqui o regulamento da Anvisa, de 2003, com regras claras e definidas para o gerenciamento de resíduos hospitalares, a fim de prevenir e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente.

Assim como todos os demais pernambucanos, fiquei perplexo ao tomar conhecimento da importação de lençóis hospitalares, seringas e material contaminado dos hospitais norte-americanos para Pernambuco. No dia 11 de outubro, a Receita Federal apreendeu 46 toneladas de objetos contaminantes, que infelizmente ainda foram reutilizados dentro do estado.

As investigações precisam ser levadas até o fim, mas também precisamos discutir e aprimorar os instrumentos legais que podem evitar futuras e perigosas irregularidades como essas.

É importante, no entanto, que se diga que o problema do lixo hospitalar não se restringe aos comerciantes de Santa Cruz do Capibaribe, como alguns quiseram fazer. É um problema do Brasil. Não podemos deixar que uma questão isolada atrapalhe o Polo de Confecções que é a fonte do sustento de milhares de pessoas na região e que vem trabalhando de forma séria, primando pela qualidade dos serviços. Precisamos criar novos mecanismos para que coisas como essas sejam punidas com o rigor necessário. Mas o Polo é muito mais que isso.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou, em Ouricuri, no Sertão, cerca de cem quilos de fronhas com marcas de hospitais norte-americanos. A carga estava sendo transportada por um Novo Uno, preto, placa PFA-3347, de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, e tinha como destino o estado do Maranhão. A proprietária da mercadoria e o seu genro foram conduzidos à Delegacia de Salgueiro.

A apreensão ocorreu durante o procedimento de rotina dos policiais do posto fiscal da PRF por volta das 17h. Os tecidos trazem os nomes de instituições como Nanticoke Memorial Hospital, St. Joseph’s Hospital e do Memorial Hospital of Martinsville.

 O casal detido informou aos policiais que comparam os tecidos em uma pequena confecção da cidade de Santa Cruz do Capibaribe. O nome da empresa não foi revelado.

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