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Uma em cada três crianças e adolescentes usuárias de internet (37%) declarou ter visto alguém ser discriminado no ambiente online no último ano – o equivalente a 8,8 milhões de jovens. Os dados são da pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada nesta segunda-feira (10) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

A discriminação mais vista é pela cor ou raça, mencionada por 23% dos jovens. Além disso, 13% mencionaram aparência física, 10% relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, 8% por ser pobre, 7% pela religião, 7% por não usar roupas da moda, 4% pelo lugar onde mora, 4% por ser adolescente ou jovem, 3% por ser mulher e 2% por não estar trabalhando.

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A pesquisa também mostra que o contato com casos de preconceito online é maior entre os adolescentes. Entre os usuários de 15 a 17 anos, a proporção chega a 51%. No caso das crianças de 9 e 10 anos, o percentual é de 11%. Uma parcela menor dos jovens usuários (6%) ainda declarou ter sofrido algum tipo de discriminação na internet no último ano.

"Assim como no mundo offline, a criança também está exposta a riscos na internet. Eles precisam ser tratados não só no âmbito familiar, mas também no sistema educacional e em políticas públicas, no sentido de garantir a proteção dos direitos da infância”, aponta oi gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.

A pesquisa TIC Kids Online Brasil tem o objetivo de compreender de que forma a população de 9 a 17 anos utiliza a Internet e como lida com os riscos e as oportunidades decorrentes desse uso. O levantamento entrevistou 3.068 crianças e adolescentes, bem como seus pais ou responsáveis, entre novembro de 2015 e junho de 2016.

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