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Os restos de uma nova espécie de titanossauro do período Cretáceo foram encontrados no Equador, onde antes não tinham sido achados fósseis de dinossauro, anunciou a Universidade Técnica Particular de Loja (UTPL), que patrocinou a pesquisa.

"Um primeiro dinossauro para o Equador (...) Uma descoberta fruto do trabalho de investigação, em aliança com especialistas da Argentina", anunciou na noite de sexta-feira (6) Juan Pablo Suárez, vice-reitor de pesquisas da UTPL, em coletiva de imprensa oferecida na cidade de Loja, capital da província de mesmo nome, na fronteira com o Peru, onde a descoberta foi feita.

O diretor de pesquisas da UTPL, o equatoriano Galo Guamán, destacou que "os estudos determinaram que se trata de um titanossauro pela primeira vez no Equador".

"Seria uma nova espécie", que foi nomeada 'Yamanasaurus lojaensis', em alusão ao local da descoberta: Yamana, que se encontra no vale Casanga, da província de Loja.

O material analisado consiste de restos de um esqueleto desarticulado e incompleto e entre os ossos descobertos destacam-se duas vértebras do sacro, uma da cauda e restos de úmero, rádio e tíbia.

O estudo o descreve como um exemplar "que era de ossos curtos e grossos, de pequeno porte, de até seis metros de comprimento, e de dois a três metros de altura; robustos e com couraça protetora".

A equipe de pesquisadores foi liderada pelo paleontólogo argentino Sebastián Apesteguía del Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) do país, juntamente com o compatriota Pablo Ariel Gallina.

Além de Guamán, também participaram os equatorianos Jhon Soto e José Tamay, professores de Geologia da UTPL. O trabalho foi publicado no último número da revista especializada Cretaceous Research.

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) começam a se debruçar sobre os ossos de um dinossauro que viveu há 70 milhões de anos e foi achado na região de Marília. Depois de cinco anos de um trabalho que envolveu a retirada do material fossilizado das rochas, a proteção dos fragmentos com gesso e o transporte até o campus de Planaltina, no Distrito Federal, o fóssil do titanossauro de Marília, está pronto para a pesquisa.

De acordo com o paleontólogo Rodrigo Miloni Santucci, que coordena os trabalhos, serão necessários cinco anos para analisar os ossos e compará-los com o de outros dinossauros. Ao final, serão usados recursos de impressoras 3D para montar réplicas do gigante, antes de devolver a ossada ao Museu de Paleontologia de Marília.

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O esqueleto foi encontrado em 2009 pelo pesquisador William Nava, coordenador do museu, ao lado da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros. De acordo com Santucci, para retirar os ossos foi necessário remover cinco toneladas de pedras com o uso de tratores e britadeiras. O trabalho se estendeu até 2012.

O local ficou protegido até que saísse o financiamento para a escavação. As escavações revelaram que boa parte do esqueleto do réptil ancestral estava intacta, como crânio, vértebras do pescoço, tronco, fêmur, cauda e ossos da costela. Os blocos de rocha foram levados inicialmente para o museu. A transferência para Brasília para facilitar os estudos ocorreu em março deste ano.

A análise da ossada permitirá comparar o titanossauro de Marília com outros dinossauros e definir se a espécie já é conhecida. Também pode ajudar a conhecer melhor o ambiente em que esses animais viviam e, com sorte, dar alguma pista sobre o que levou à extinção desses seres. Há marcas de raízes e plantas nas rochas que envolviam os ossos.

Além da UnB, participam do projeto, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG). Em todo o mundo são conhecidas 50 espécies desse dinossauro e fósseis de dez delas foram achados no Brasil. Os titanossauros se alimentavam de plantas e tinham, em média, 15 metros de comprimento por 2,5 de altura, além de um pescoço de 4 metros, chegando a pesar dez toneladas.

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