Mudar de país é um desejo de muitos brasileiros que sonham com uma vida diferente no exterior. Entre os possíveis destinos, um dos países mais buscados é o Canadá, devido à sua abertura e boa receptividade a estrangeiros, além da relativa facilidade de absorver imigrantes no mercado de trabalho.
O Brasil, no entanto, é um país no qual a parcela de pessoas que falam línguas estrangeiras é pequena, o que torna a mudança para o exterior um desafio maior. Porém, quem não fala inglês ou francês e deseja se mudar para o Canadá, não precisa desanimar. De acordo com Daniel Braun, CEO da empresa de soluções em imigração para o Canadá 'Cebrusa', há diversas outras situações importantes a considerar em seu perfil ao iniciar um projeto de mudança.
##RECOMENDA##“Uma pessoa pode migrar sem falar inglês desde que aprenda no país, mas nesse período não pode trabalhar. Para [solicitar] residência permanente, vai precisar. O idioma é importante, mas é a última parte. Pelo perfil da pessoa, às vezes ela está mais pronta do que imagina e pode dar entrada no processo”, explicou ele.
Daniel conta que é necessário analisar o perfil da pessoa (ou família) para entender em qual dos mais de 60 programas de imigração haverá maior pontuação no Express Entry (sistema do governo canadense para selecionar estrangeiros qualificados a trabalhar no país) e, consequentemente, chances de sucesso. A proficiência em inglês ou francês é um critério importante de pontuação, mas há ainda outras maneiras de imigrar. No caso de contratação por parte de empresas canadenses, a companhia cuida de todos os trâmites burocráticos da imigração.
Para quem não falam o idioma nem conseguiu um emprego, é possível imigrar por meio de cursos universitários (college) fazendo preparatórios de inglês, em que o aluno que não tem certificado de proficiência na língua exigida é aceito assinando um termo de pendência e ingressa no curso chamado University Pathway. O aluno recebe uma carta condicional da instituição de ensino e terá que cumprir as condições propostas pelo curso, de atingir um nível no idioma em um tempo determinado pela instituição antes de iniciar o curso desejado.
Durante o Pathway, não há permissão para trabalho e, após entrar no college, o aluno tem direito de exercer atividades laborais por 20 horas semanais no período de aulas e 40 horas nas férias. Após o início do curso, o aluno pode reunir os documentos necessários para pedir a residência permanente no País. O processo inteiro, segundo o CEO da Cebrusa, pode durar de seis meses até dois anos.
De acordo com Daniel, conseguir um emprego não é difícil devido à carência de profissionais qualificados para diversas áreas no Canadá. “O governo tem uma meta de receber mais de 1 milhão de estrangeiros com residência permanente até 2023. O País precisa de gente urgentemente, o mercado de trabalho é muito carente. Desde o nível técnico há vagas, mas também existem oportunidades para quem tem nível médio e graduação, por exemplo, em mais de 300 áreas”, comentou.
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