Tópicos | imigração

Gil do Vigor, de 32 anos, usou as redes sociais, na manhã desta terça-feira (9), para relatar a experiência de ser parado pela imigração ao chegar nos Estados Unidos, país onde realiza seu PhD em Economia. Na postagem, o ex-BBB define a situação como "humilhante" e afrmou que não é a primeira vez que à sala da polícia do país ao desembarcar no aeroporto. "Toda vez a mesma palhaçada de me levarem para a sala de verificação. Sério, eu quero muito meu PhD, mas cansa às vezes", desabafou o economista.

E continuou: "Eu fico com vontade de chorar. É muita vergonha. Muito humilhante! Hoje foi o dia mais humilhante. A mulher me mandou ficar em pé, o povo passando e me vendo e pensando: 'Nossa o que esse cara fez?'. Fiquei lá em pé uns vinte minutos. Depois o homem veio, abriu o computador e disse: 'Você pode ir'. Palhaçada isso! Toda vez tenho que passar por isso, estou cansado. Toda vez sendo tratado como lixo".

##RECOMENDA##

Gil do Vigor desabafa no Instagram. Foto: Reproduçõ/Instargram/@gildovigor

O economista chegou  a questionar o motivo da parada. "Eu falei: 'Não sou bandido, não sou criminoso para toda vez passar por isso. É a minha cara? O que está acontecendo, por quê toda vez tenho que passar por isso?'. Me deixaram plantado em pé, uma humilhação. Estou aqui fazendo um PhD, sou um homem íntegro e direito", concluiu.

 

Na próxima segunda-feira (4), acontece a estreia da exposição gratuita “Nonni di São Paulo”, no Centro Educacional Adamastor, em Guarulhos (SP). A exibição destaca histórias da imigração italiana no Brasil. Na abertura às 15h, haverá uma roda de conversa com o curador, o jornalista Oliviero Pluviano.

A mostra reúne mais de 70 depoimentos coletados de pessoas entre 70 e 90 anos para compor um mosaico, que inclui as famílias Faccini, Monte Santo e Trevisan. Além da trajetória de Lisena Montanaro, uma das Mães de São Vito; e de Mino Carta, responsável pela fundação das revistas Veja, IstoÉ, Carta Capital e Quatro Rodas, Jornal da Tarde, Jornal da República, entre outros.

##RECOMENDA##

Não importa se nasceram na Itália ou se são descendentes. É irrelevante se falam italiano ou o dialeto de alguma região italiana ou, ainda, somente o português. O que é importante é que tenham uma bonita história para contar, uma narrativa que faça sonhar, que se assemelhe a uma fábula fantástica: a realidade, bem se sabe, é repleta de surpresas e sonhos tanto quanto a fantasia”, comenta Pluviano.

A iniciativa é realizada com o apoio do Consulado-Geral da Itália em São Paulo, a Secretaria de Cultura de Guarulhos e patrocínio da Bauducco. A primeira exposição Nonni di São Paulo foi realizada em 2020, no Museu da Imigração. Desde então a mostra tem circulado pelo interior do Estado e a cada cidade são adicionadas novas histórias.

Serviço - Nonni di São Paulo

Data: 4 de dezembro de 2023 a 22 de fevereiro de 2024

Local: Salão de Exposições do Centro Educacional Adamastor

Endereço: Avenida Monteiro Lobato, número 734 - Macedo, Guarulhos/SP

A Associação Nordestina dos Ex-bolsistas e Estagiários no Japão (ANBEJ), e Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR) convidam a imprensa para a exposição itinerante “Nipo-Pernambucanos: memórias”, em celebração do 105º aniversário da imigração japonesa para o estado de Pernambuco e 50 anos da ACJR. O evento acontecerá do dia 22 de novembro a 3 de dezembro, na Torre Malakoff, no Recife.

A principal atração será a exposição itinerante de fotografias e artefatos antigos. Ela conta com o patrocínio da Japan Internacional Cooperation Agency (JICA).

##RECOMENDA##

O objetivo da exposição é apresentar a comunidade japonesa ao público e a sua contribuição que já faz parte da imensa diversidade que compõe a cultura pernambucana, despertando no visitante a vontade de conhecer mais e fazer parte dessa comunidade, participando dos eventos promovidos pelas associações.

O evento acontecerá da terça-feira à sexta-feira, das 10h às 17h e aos domingos das 15:30h às 20h.

*Da ANBEJ e ACJR

O Papa Francisco defendeu que os imigrantes que arriscam a vida no mar recebam ajuda gos governos, em meio a uma crise no continente europeu pelo excesso de imigrantes que estão chegando da África. Em visita a Marselha, na França, o pontífice afirmou que ajudar os imigrantes é um dever da humanidade.

"As pessoas que, abandonadas nas ondas, correm o risco de se afogar e devem ser ajudadas. É um dever da humanidade, é um dever da civilização", apontou o pontífice argentino.

##RECOMENDA##

"São nomes e sobrenomes, são rostos e histórias, são vidas despedaçadas e sonhos despedaçados. Diante de tal drama, as palavras não servem, mas as ações", frisou o Papa diante de líderes religiosos e membros de associações de ajuda aos migrantes.

O pontífice agradeceu as organizações que ajudam os imigrantes na Europa.

"O reconhecimento do nosso trabalho é muito forte e esperamos que suas palavras tenham um impacto e que a criminalização da nossa ação finalmente pare", disse à AFP Fabienne Lassalle, chefe da ONG SOS Mediterrâneo.

Lampedusa

A sua visita ocorre também dias depois de milhares de imigrantes terem chegado à ilha de Lampedusa, obrigando a União Europeia (UE) a adotar um plano para ajudar a Itália a gerir a situação.

Questionado sobre isso no avião papal, Francisco, cuja primeira viagem como pontífice em 2013 foi a Lampedusa e também visitou centros de migrantes na Grécia, lamentou a "crueldade" e a "falta de humanidade" vividas no Mediterrâneo.

Mais de 28 mil migrantes desapareceram no Mar Mediterrâneo desde 2014 enquanto tentavam chegar à Europa vindos de África, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Primeira-ministra da Itália pede ajuda na ONU

A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, apelou na quarta-feira, 20, em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas para que uma "guerra global" seja lançada contra os traficantes que contribuem para que imigrantes passem por rotas perigosas no trajeto do continente africano para a Europa.

"Pode uma organização como esta, que reafirma no seu documento fundador a fé na dignidade e no valor dos seres humanos, fechar os olhos a esta tragédia?", perguntou Meloni. "Acredito que é dever desta organização rejeitar qualquer abordagem hipócrita a este problema e travar uma guerra global impiedosa contra os traficantes de seres humanos", disse ela.

O Parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (18) uma polêmica lei sobre imigração que pretende impedir que os migrantes que entram de forma ilegal no Reino Unido possam solicitar asilo no país.

O texto é uma iniciativa crucial para o primeiro-ministro Rishi Sunak (conservador), que estabeleceu como prioridade a luta contra a imigração irregular.

O chefe de Governo prometeu "deter" as entradas de migrantes pelo Canal da Mancha, por onde mais de 45.000 pessoas chegaram às costas inglesas de forma irregular a bordo de pequenas embarcações em 2022. Desde o início de 2023 foram registradas mais de 13.000 chegadas.

A lei recebeu muitas críticas no Reino Unido e também de organizações internacionais, como a ONU, que reagiu afirmando que o texto é contrário ao direito internacional.

A legislação entra "em contradição" com as obrigações do Reino Unido sob o direito internacional no que diz respeito aos direitos humanos e aos refugiados, afirmaram em um comunicado os respectivos diretores das agências da ONU para estas questões, Volker Türk e Filippo Grandi.

Além de impedir que os migrantes sem documentos possam solicitar asilo no país, o governo britânico deseja que eles sejam rapidamente detidos e expulsos, seja para seu país de origem ou para outro Estado como Ruanda, independente de sua procedência.

No ano passado, o Reino Unido anunciou um acordo com Ruanda para enviar ao país os migrantes em situação irregular, mas até o momento nenhuma expulsão foi concretizada. O primeiro voo no âmbito do pacto, previsto para junho de 2022, foi cancelado após uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).

No fim de junho, a Justiça britânica declarou o projeto ilegal, mas o governo anunciou um recurso contra a decisão.

O projeto de lei sobre imigração ficou bloqueado durante semanas no Parlamento, depois que a Câmara dos Lordes apresentou vários pedidos de emendas, com o objetivo de restringir as detenções de menores de idade e para evitar formas de escravidão moderna.

O texto precisa ser ratificado pelo rei Charles III para virar lei.

Segundo dados levantados pela Closeer, plataforma que oferece vagas para autônomos, mais de 60% dos brasileiros aderiram ao trabalho de freelancer em 2021. Com o aumento do trabalho remoto, esse modelo acabou crescendo, isso porque se tornou possível trabalhar para empresas de qualquer lugar do mundo.  

Para se candidatar as vagas em empresas dos Estados Unidos, o profissional deve ser destaque na sua área de atuação e seguir critérios para que seja aceito. O CEO da Higlobe, Teymour H. Farman-Farmaian, aponta três dias para quem quer iniciar carreira em uma empresa norte americana.  

##RECOMENDA##

1- Exalte seu potencial no currículo 

Um detalhe importante na hora de criar seu currículo é conseguir exaltar qualidades e experiências que chamem a atenção dos recrutadores. Para os profissionais de TI, por exemplo, é interessante deixar claro em quais linguagens de programação você tem habilidade e com quais ferramentas já teve contato.  

Quanto ao idioma, não é necessário ser um falante 100% fluente, mas vale reforçar que o idioma é um aspecto fundamental. Sendo assim, se o seu foco é trabalhar para empresas americanas, busque cursos e plataformas que possibilitem seu aprimoramento.


2- Esteja preparado para as entrevistas 

Além de ter um currículo bem completo, a etapa principal da busca por uma vaga é estar bem-preparado para as entrevistas. Por isso, pesquise bem sobre o que a empresa faz e saiba explicar como você pode contribuir para o negócio. Além disso, uma dica importante é praticar em voz alta respostas para possíveis perguntas. Dessa forma, você não será pego desprevenido e conseguirá demonstrar suas habilidades. 


3- Organize-se financeiramente 

Iniciar uma nova etapa na carreira requer determinação e, sobretudo, organização. Logo, a parte financeira se torna determinante. Não fique receoso ou desconfiado: estude as principais formas de receber dinheiro em moeda estrangeira e escolha a que melhor se encaixa no seu perfil, considerando custos e praticidade. 

"Receber dinheiro do exterior não precisa ser difícil como antigamente, nem engessado devido a taxas e regras de conversão. Hoje, existem soluções que deixam os processos mais transparentes, organizados, seguros e fáceis. Ficamos orgulhosos de poder simplificar a rotina dos profissionais e fazer parte desse sonho que é trabalhar fora do país mesmo morando no Brasil”, finaliza o CEO da Higlobe.

Um homem de 53 anos e nacionalidade portuguesa foi preso na última quarta-feira (9), em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, após oito anos sendo procurado pela polícia internacional. Em 2014, ele foi condenado por lenocínio — crime que consiste na exploração da prostituição ou em coagir alguém à prática; por importunação sexual e também por cooperar com a imigração ilegal sob intenção lucrativa. Os crimes foram cometidos entre os anos de 2005 e 2008. 

A prisão foi realizada pela Polícia Federal em Pernambuco através de sua Representação Regional da Interpol. Em 2014, o europeu teve sua sentença proferida e deveria ter cumprido uma pena de quatro anos e dois meses, mas fugiu de Portugal com destino ao Brasil, para evitar a condenação. Seu nome foi colocado na difusão vermelha da Interpol em junho deste ano, e o homem passou a ser procurado em 190 países que compõem a organização. 

##RECOMENDA##

O português foi preso quando estava em seu apartamento, em Boa Viagem, por policiais federais que já haviam feito um levantamento, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal, favorável à prisão preventiva para fins de extradição, após solicitação do governo português. De acordo com a PF, não houve qualquer tipo de resistência por parte do preso. 

O homem informou que é empresário e possui um estabelecimento de culinária portuguesa no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Não existe informação de que ele tenha se envolvido em atos ilícitos ou que tenha cometido algum crime no estado de Pernambuco ou no Brasil.  

Após fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal, o preso foi encaminhado para o COTEL e, assim que for concedida sua extradição pelo Supremo Tribunal Federal, policiais federais pernambucanos irão entregá-lo aos policiais federais portugueses. 

Embarcar em um intercâmbio nos Estados Unidos é uma experiência educacional, pessoal e cultural ímpar para qualquer estudante. O país popularmente conhecido como “Terra das Oportunidades”, abre muitas portas para os intercambistas, como o desenvolvimento da proficiência no inglês, as trocas culturais com os nativos, a adição de valor ao currículo profissional, bem como a facilitação de uma possível imigração.

Contudo, por mais que esse tipo de programa seja altamente recomendado pelo repertório educacional que oferece, existem diversos mitos que podem afastar os estudantes que ainda não conhecem como realmente funciona o seu processo, entre eles, estão duvidas sobre como tirar o visto estudantil, qual o nível de fluência necessário ou mesmo sobre o que falar na hora de ser entrevistado pelo consulado. 

##RECOMENDA##

Para ajudar as pessoas que sonham em realizar essa experiência, o LeiaJá conversou com o advogado da Gondim Law Corp, Marcelo Gondim, que possui experiência nos processos de emissão de green card e vistos americanos. Na entrevista, ele listou uma série de mitos e verdades sobre a realização de intercâmbio nos EUA. Confira: 

É preciso contratar um advogado para tentar o visto de estudante

Mito 

Por mais que a ajuda de um profissional seja sempre bem-vinda, segundo Marcelo Gondim, não há qualquer obrigação de que haja a contratação de um advogado para a solicitação do visto estudantil. “Não é obrigado contratar um advogado para ter um visto de estudante, na verdade é tão simples que muitos estudantes fazem diretamente com o consulado, uma vez que a escola ou universidade te dará o formulário I-20 ”, explica. 

Esse formulário nada mais do que é uma confirmação de que o estudante foi aceito por uma instituição de ensino autorizada pelo Serviço de Naturalização e Cidadania dos EUA e serve para que os estudantes solicitem um visto da Embaixada Americana Local.

Qualquer instituição pode oferecer o visto

Mito

De acordo com o advogado, é importante buscar uma instituição autorizada a realizar esse processo de admissão. “Nem todas as escolas podem oferecer um formulário I-20 para fazer visto de estudantes. É preciso buscar escolas credenciadas com o sistema Servis. Inclusive, a dica é que os estudantes pesquisem sobre quais são as escolas da região que estão cadastradas. No site do Servis também há essa informação.”

Somente ricos conseguem fazer intercâmbio

Mito

Para Marcelo Gondim, essa ideia de que apenas pessoas que possuem condições financeiras mais abastadas podem fazer intercâmbio não é verdade. Contudo, ainda assim, é preciso que o estudante tenha bastante planejamento e uma quantidade de recursos significativa para custear não só o processo de viagem para o país, bem como também a estadia no local.

“Não é só para ricos, mas se a pessoa não tem uma boa condição financeira, muitas vezes, não tem como provar que vai poder estudar nos EUA sem ter que ir atrás de trabalho. Essa insegurança enquanto aos recursos é um grande motivo para o consulado negar o visto dos estudantes” esclarece.

Estudar nos EUA pode abrir portas para um green card no futuro

Verdade

Para quem sonha em um dia residir no país, o advogado ressaltou a importância de seguir passos graduais, e segundo ele o intercâmbio é sim um caminho para se pensar na imigração definitiva, já que possibilita uma maior proficiência no idioma, uma familiarização com os hábitos nativos, bem como a conquistar de uma oportunidade de trabalho, o que seria uma ótima oportunidade para conseguir o visto permanente. 

“Estudar nos EUA pode abrir sim o caminho para o green card porque depois que a pessoa finalizar os estudos em um curso acadêmico, por exemplo, poderá realizar o Optional Practical Training, que é tipo um estágio, que autoriza ao estudantes a trabalharem no país e nesse trabalho você às vezes consegue com que a própria empresa, se quiser lhe contratar,  aplique o green card para você”, explica. 

É preciso ser fluente no inglês para tirar esse tipo de visto

Mito

Saber se comunicar bem no idioma é, sem dúvidas, um dos passos mais fundamentais para quem busca um dia realizar o intercâmbio. Porém, de acordo com Marcelo Gondim, não é preciso ter um alto nível de proficiência. “Não é preciso ser fluente em inglês para aplicar para nenhum visto de imigração, o critério da proficiência em inglês é aplicado apenas para quem busca a naturalização.”

O visto de estudante pode virar um visto de trabalho

Mito

De acordo com o especialista em imigração, não é possível fazer essa transferência. Entretanto, o estudante pode buscar oportunidades nos EUA que possam abrir possibilidade de solicitação do visto de trabalho. Confira o que diz o advogado: 

“O visto de estudante não vai virar o visto de trabalho, mas como eu falei, vai abrir o caminho para você ter um estágio e com esse estágio você pode conseguir com que o empregador ofereça uma oportunidade de emprego que te permita ficar por mais tempo nos EUA.”, informa.

Se eu tiver planos de ficar após os estudos, não devo mencionar na entrevista

Verdade

Por mais que morar nos EUA seja o sonho do intercambista, isso não pode ser mencionado durante o processo de aplicação. “Se a pessoa mencionar na entrevista que tem planos de ficar nos EUA, automaticamente vai ser negado o visto de estudante ou de turista, porque esses vistos não são para quem tem a intenção de imigrar, de ficar no país. São vistos temporários, o estudante tem que demonstrar que entrou para fazer o que tem que fazer e voltar.”

Além disso, Marcelo Gondim ainda destaca que durante a entrevista, o estudante demonstre ao consulado que possui laços e vínculos fortes com o Brasil, como a família, o emprego e outros pontos que deem a entender que ele tem o interesse de voltar para a sua terra natal. 

Existe um prazo para ficar legal no país com o visto de estudante

Verdade

Segundo o advogado, o tempo de estadia pode se estender de acordo com o vínculo com a Instituição de Ensino, porém, ainda assim, o intercambista terá o prazo para retornar ao seu país. “O visto de estudante tem um prazo de quatro anos, mas o status da sua estadia no país pode passar de quatro anos. Não existe tempo determinado, o que vai determinar é o tempo que você estiver ligado a escola e a mesma seguir mantendo o registro válido no Servis.”

Preciso ter um sponsor para estudar nos EUA

Mito

O próprio intercambista pode custear sua estadia, contudo, de acordo com Marcelo, ter um sponsor é uma opção viável. “Não é obrigatório, mas você pode ter um sponsor sim, ele deverá mostrar que tem a condição financeira de disponibilizar o valor total do curso, mais o seu custo de vida nos EUA enquanto estiver estudando. Então, pode ser um sponsor, que não precisa ser um parente, pode ser um amigo ou um empregador, que esteja disponível.”

É difícil tirar o visto de estudante

Mito

Para Marcelo Gondim, não há tantas dificuldades na solicitação do visto estudantil para os EUA, contudo, por haver muitas pessoas que utilizam desse meio para ficar de forma ilegal no país, está aumentando a rigidez para a permissão desse tipo de imigração. 

“Não é difícil em si. Mas está se tornando mais complicado de ser aprovado agora, por conta do número de pessoas usando o visto de estudante para vir para aqui definitivamente,  Então o consulado está alerta em relação a isso e está negando a viagem de bastante pessoas”, explica o advogado. 

A Austrália é um dos locais mais procurados por brasileiros, tanto por sua diversidade cultural, quanto por seu clima quente e seco. Segundo pesquisas da Organização das Nações Unidas (ONU), ao país já foi considerada o segundo melhor lugar do mundo para se viver.

A Austrália é conhecida pela receptividade, o que proporciona aos imigrantes uma boa experiência e grandes chance de crescimento profissional, segundo o coordenador do Egali Intercâmbio, Reginaldo Acácio. “É um país que dificilmente você não vai se adaptar, conseguindo entender como ele funciona, com muita segurança, com muita tranquilidade e um acolhimento muito legal por parte dos australianos”, diz.

##RECOMENDA##

Mercado de trabalho na Austrália 

Localizado na Oceania, o país é rico em fauna e flora, além de boa qualidade de vida e do atrativo salário base, ou “mínimo”, como falamos, que fica em torno de AU$ 3.090,40, o que gira em torno de R$ 10.472,31. Segundo Reginaldo, o país tem uma forte economia e, apesar de ser um dos maiores custos de vida do mundo, também conta com um dos salários mais altos.

Dados do Tranding Economics de 2021 apontaram que 4,6% da população está desempregada, uma diferença muito grande quando comparada ao Brasil, onde segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,6% dos brasileiros estão sem trabalho.

Grande parte das vagas de empregos mais procuradas e com maiores oportunidades são para áreas de cafeterias, restaurantes, hotéis, pubs e turismo. Esses empregos exigem do imigrante uma fluência no inglês menor. Se o imigrante deseja trabalhar em cargos com maiores salários é necessária uma boa fluência, além de uma boa qualificação.

Visto

O visto de trabalho, também conhecido como Working Holiday Visa, tem validade de 12 meses e permite que o trabalhador fique seis meses em cada empregador. Para solicitar o visto de trabalho é necessário ter entre 18 e 30 anos e possuir nacionalidade de países como Bélgica, Canadá, Chipre, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Itália, Japão, Coreia, Malta, Holanda, Noruega, Suíça, Taiwan e Reino Unido.

Sendo brasileiro, é possível trabalhar tendo o visto de estudante. Reginaldo explica, ainda, que o intercambista deverá buscar por vagas de emprego na cidade. “Existem diversos sites, diversos aplicativos que facilitam esse processo”, destaca o coordenador. Além dessas possibilidades, ele pontua que ter contatos e conhecer locais facilita muito o encontro das vagas.

Melhores cidades

“Eu digo que não só para Austrália, mas para qualquer destino que você vai escolher, prefira cidades mais estruturadas. Existem algumas pessoas que preferem cidades bem pequenas, porque acham que assim vão ter mais facilidade, eu discordo. Acredito que quanto mais estruturada uma cidade é, mais ela vai poder te apresentar toda aquela cultura e mais fácil você vai se adaptar”, explica Reginaldo.

Cidades como a famosa e uma das mais conhecidas Sydney, são uma boa escolha para imigrantes, além de locais como Melbourne, Brisbane Gold Coast e Perth.

Como conseguir residência permanente 

O sonho de todo imigrante é conseguir a residência permanente no país escolhido, mas é um processo longo e que vai exigir recursos, tempo e paciência de quem deseja alcançar.

Na Austrália, é possível conseguir a residência através do Programa de Imigração para Profissionais Qualificados (SkillSelect Migration Program). Ele permite que estrangeiros possam ter um visto de trabalho sem limitações e sem data para acabar a estadia.

Para ter acesso a esse programa, são necessários quatro requisitos, sendo eles: ter uma profissão que está inserida na lista de demandas publicadas pelo governo; homologar um processo de reconhecimento da sua profissão; possuir inglês avançado e atingir a nota mínima do teste do Departamento de Imigração - o teste vai avaliar o inglês, experiência de trabalho, idade, estudos na Austrália e atributos do imigrante.

Caso o imigrante se enquadre em todas essas exigências, é necessário dar entrada no Expression of Interest junto ao Departamento de Imigração australiano, através do sistema SkillSelect.

O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) anunciou que irá acelerar os esforços para o processo de pedidos de imigração (green card) e de autorização de trabalho nos Estados Unidos. A redução no tempo de processos de Green Card pode beneficiar imigrantes brasileiros.  

O objetivo da agência americana é avaliar a maioria dos processos em seis meses, porém, para algumas categorias especificas, esse prazo pode ser reduzido até para duas semanas. As novas medidas, que deverão ser implementadas nas próximas semanas, irão beneficiar cerca de 9,5 milhões de pessoas que aguardam a conclusão de seus processos com o USCIS, além das novas solicitações.

##RECOMENDA##

O tempo médio para análise de um pedido de imigração variava de oito a dez meses, dependendo da categoria imigratória. Contudo, devido a pandemia da covid-19 e as medidas do governo anterior, geraram um grande atraso no processamento dos casos, especialmente após o fechamento temporário dos postos de atendimento do USCIS, em 2020. A partir de então, a maioria dos solicitantes têm aguardado até dois anos para serem aprovados no processo. Os atrasos também afetaram a emissão do work permit, documento que permite que estrangeiros trabalhem legalmente nos EUA enquanto aguardam o julgamento de seus processos. 

“As medidas são muito bem-vindas e chegam em um momento crucial para o USCIS, que está atolado com milhões de casos parados. A expectativa é que eles aumentem o número de funcionários para agilizar todos os processos nos próximos meses”, comentou Marcelo Gondim, advogado de imigração sediado nos Estados Unidos. 

A maioria dos green card é permitida para imigrantes qualificados por laços familiares com cidadãos americanos, investimento ou ainda para estrangeiros que possuem uma carreira profissional de destaque no país e, em muitos casos, uma formação de nível superior. O portador do green card adquire o direito a residência permanente na América, e após cinco anos residindo no país, pode dar entrada em um pedido de cidadania americana. 

“Cada vez mais brasileiros tem conseguido o green card. Só na última década foram quase 132 mil documentos de residência emitidos para imigrantes que partiram legalmente do Brasil aos EUA, e a tendência e que esta quantidade suba ainda mais nos próximos anos graças a carência que hoje existe no mercado de trabalho americano para diversas profissões em que os brasileiros são conhecidos por sua excelência, como médicos, dentistas, engenheiros, fisioterapeutas, consultores de negocios, profissionais de TI, arquitetos, etc.” – ressaltou Marcelo Gondim, que há muitos anos tem assessorado clientes brasileiros em processos de green card para os EUA. 

O USCIS busca como oportunidade arrecadar mais fundos para o governo americano. Para cada serviço é cobrada uma taxa diferente, e existe inclusive uma taxa para processamento mais rápido chamada Premium Process, que prevê a conclusão de um pedido de green card em 15, 30 ou 45 dias, mediante pagamento de 1.500 a 2.500 dólares, dependendo do tipo de processo. 

“Quase todas as operações da imigração americana são financiadas com o dinheiro arrecadado pelos pagamentos das taxas. O governo americano certamente está expandindo as categorias elegíveis para o Premium Process com o objetivo de recuperar o prejuízo financeiro causado pela pandemia. Anualmente o USCIS arrecada 5 bilhões de dólares em taxas, mas este valor caiu para menos de 4 bilhões nos dois últimos anos” – esclareceu novamente Marcelo Gondim, que também é fundador da Gondim Law Corp, escritório de advocacia imigratória localizado na Califórnia.

Mulheres ucranianas, que fugiram das bombas, após vários dias de peregrinação voltaram ao seu país, apesar dos estragos causados pela invasão russa.

A estação de trem de Lviv, no oeste da Ucrânia, está lotada de passageiros que partem e disputam assentos nos trens que saem do país devastado pelo conflito.

Mas em uma plataforma desolada, longe do saguão principal, há grupos de pessoas fazendo a viagem contrária.

Enxugando as lágrimas do neto, Svitlana Natalukha, de 60 anos, conta como sua família viajou por cinco dias: de sua casa em Kharkiv, cidade bombardeada incessantemente desde o início da guerra, para Lviv, no oeste da Ucrânia, e depois para a Polônia, antes de retornar.

Svitlana, sua filha Galyna Kanuka, de 28 anos, e os dois netos foram bem recebidos na Polônia. Mas, paralisados pela perspectiva de reconstruir suas vidas do zero, preferiram voltar ao país.

"Os voluntários nos ajudaram muito, mas só onde estavam", diz Galyna Kanuka. "Eles nos disseram para continuar para outras cidades para encontrar outros voluntários".

A barreira linguística, que dificultava o cuidado da doença de uma das crianças, também influenciou na necessidade de retorno.

"A pátria os espera"

Mais de três milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa há três semanas, segundo a ONU.

Não há números oficiais sobre aqueles que retornam. Mas a AFP observou esta semana três trens com entre 100 e 250 passageiros da cidade polonesa de Przemysl com destino a Lviv.

Entre eles, alguns voluntários estrangeiros respondendo ao pedido de apoio militar da Ucrânia, ou encarregados de levar ajuda humanitária. Mas, em sua maioria, mulheres e crianças com passaportes ucranianos.

Na estação de Lviv, uma faixa manuscrita convida os que partem a regressar: "Voltem para as suas casas, a pátria os espera".

Olexandr, um agente a bordo de um dos trens, que se recusa a revelar o sobrenome, diz que às vezes há até 300 passageiros nesses trens de volta.

"No início, não acontecia, mas ultimamente várias mulheres com filhos começaram a voltar", assegura.

Embora vários países – especialmente na UE – tenham adotado medidas para acolher refugiados ucranianos, é difícil apagar os medos dos deslocados diante do imenso desafio de reconstruir suas vidas em outros lugares.

Em Przemysl, na Polônia, os candidatos ao retorno deixam para trás uma estação repleta de voluntários que oferecem comida, abrigo e a possibilidade de continuar sua jornada.

Os trens de volta a Lviv não são anunciados no painel de embarque, e os viajantes negociam sua jornada contra o fluxo de refugiados em um portão marcado como "entrada proibida" no controle de passaportes.

Os vagões, com poucos passageiros, iniciam uma viagem de 90 quilômetros, aproximando-se de uma fronteira onde prevalecem os engarrafamentos, e sobrevoados por helicópteros no lado polonês.

Em Lviv, apesar de estar longe das linhas de frente, as janelas estão cobertas de sacos de areia e as sirenes ressoam a noite toda anunciando bombardeios aéreos.

No domingo, uma base militar perto de Lviv e da fronteira polonesa foi atingida por bombardeios russos, que mataram 35 pessoas.

Para a família de Svitlana Natalukha, a maior cidade do oeste da Ucrânia deve, apesar de tudo, se tornar um refúgio.

"Queríamos que as crianças estivessem seguras na Polônia, mas não conseguimos", explica. "Esperamos que possam ficar seguras em Lviv."

As deportações realizadas pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) caíram para os níveis mais baixos da história da agência, apesar do fluxo de imigrantes cruzando a fronteira também ser recorde. No ano fiscal de 2021 - entre outubro de 2020 e setembro de 2021 - foram 59 mil deportações, bem menos do que as 185 mil do período anterior.

De acordo com estatísticas divulgadas na sexta-feira, o ICE realizou 74 mil prisões de imigrantes ilegais. Os números também representam uma queda significativa em relação aos anos anteriores e reflete a mudança na política de fiscalização do governo de Joe Biden, agora mais concentrado em deter pessoas com antecedentes criminais. Dos imigrantes presos, 49% tinham condenações criminais, disse o ICE.

##RECOMENDA##

"Os agentes do ICE se concentram agora em casos que proporcionam maior impacto na aplicação da lei, mantendo nossos valores como país", disse Tae Johnson, diretor interino da agência, em comunicado. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Guarda de Fronteira da Polônia informou que mais de 922 mil refugiados já cruzaram a fronteira da Ucrânia nos últimos 11 dias, quando teve início a invasão russa ao país.

Em sua conta oficial no Twitter, a Agência disse que 129 mil pessoas, um recorde diário, cruzaram as fronteiras e seguiram para a Polônia no sábado, e quase 40 mil chegaram ao país entre 00h e 7h deste domingo. A Polônia é o país que atualmente está recebendo o maior número de refugiados entre os vizinhos da Ucrânia.

##RECOMENDA##

(Com informações da Associated Press)

O Texas começou a construir seu próprio "muro" - enormes barras de aço - na fronteira com o México, disse seu governador, o republicano Greg Abbott, que criticou o governo federal por não fazer o suficiente para impedir a imigração clandestina.

"O Texas está dando um passo verdadeiramente sem precedentes" no país, disse Abbott em coletiva de imprensa, com a construção de "um muro em nossa fronteira para garantir e salvaguardar a soberania dos Estados Unidos, assim como de nosso próprio estado".

Ele acrescentou que se trata de uma medida "necessária por um único motivo: o governo Biden não fez seu trabalho", afirmou Abbott de Rio Grande City, diante de um guindaste e barras de aço.

O governador, que tem ambições além das fronteiras de seu estado, denunciou as "consequências mortais" da política do presidente democrata Joe Biden.

"Este muro de fronteira que você vê atrás de nós é uma réplica do muro de fronteira que o presidente Trump ergueu. Mesmo material, mesmo conceito", acrescentou.

A construção de um muro na fronteira entre o México e os Estados Unidos foi uma das principais promessas de campanha de Donald Trump na corrida presidencial de 2016.

Durante seu mandato (2017-2021), Trump construiu algumas partes, mas Biden interrompeu as obras.

Abbott garantiu à Fox News que seu estado conseguiu avançar "rápido" com a construção, pois ocorre em terras sob a jurisdição do Texas ou de proprietários "que estão (...) fartos do governo Biden".

O presidente democrata recebe críticas por sua política migratória dos dois lados: a esquerda o considera dura demais e a direita, frouxo demais.

O guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, deixou o Brasil sem passar pela imigração um dia após ser intimado a depor pela Polícia Federal (PF), segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo. A saída de Olavo envolveu compra de passagens em dinheiro e viagem de carro até o Paraguai, de onde viajou para os Estados Unidos.

Olavo de Carvalho alegou à PF que não poderia comparecer à oitiva por motivos de saúde. Nos EUA, ele negou em vídeo ter saído do Brasil para se esconder do depoimento, afirmando que conseguiu passagens de última hora. "Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade", contou. As informações estão no inquérito que investiga as milícias digitais e que intimou o escritor.

##RECOMENDA##

A esposa de Olavo comprou duas passagens para Miami com saída de Assunção, no Paraguai, um dia depois da intimação, em 9 de novembro. Segundo a coluna da Folha, o pagamento foi feito em dinheiro a uma agência de viagens.

 Ainda no dia 10, o filósofo deixou a clínica em que estava internado sem avisar. O estabelecimento registrou o ocorrido como "evasão do paciente". Após deixar o local, a viagem foi remarcada para 13 de novembro. Ele, então, teria viajado de carro até o Paraguai e deixado o Brasil sem passar pela imigração.

Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (8) que irão aceitar a entrada de visitantes internacionais que estejam vacinados contra Covid-19 com imunizantes autorizados pelos órgãos reguladores dos EUA ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A lista inclui as seis vacinas aprovadas pela OMS, das quais quatro são aplicadas no Brasil, incluindo a CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac produzido no Brasil com o Instituto Butantan que teve o uso emergencial autorizado pela OMS em junho. Apesar de não fazerem uso da vacina, os EUA reconhecem a aprovação dos órgãos. 

As vacinas autorizadas pela OMS até o momento são as seguintes: 

##RECOMENDA##

- Pfizer/BioNTech 

- Moderna (não aplicada no Brasil)

- Oxford/AstraZeneca — produzida no Brasil pela Fiocruz 

- Janssen (Johnson & Johnson) 

- SinoPharm (não aplicada no Brasil)

- CoronaVac — produzida no Brasil pelo Instituto Butantan 

A decisão estava prevista para o mês de novembro, segundo último anúncio do governo estadunidense. Em 20 de setembro, a Casa Branca anunciou o país irá suspender as restrições de viagens a viajantes de 33 países, incluindo Brasil, China, Índia e a maior parte da Europa, que estiverem totalmente vacinados contra Covid-19, sem especificar quais vacinas seriam aceitas. Nas restrições anteriores, qualquer cidadão não-americano que estivesse em contato com esses países nos últimos 14 dias, não seriam bem-vindos à maior democracia do mundo. 

A embaixada dos EUA em Brasília informou também nessa sexta-feira (8) que foi prorrogada a validade da taxa de visto MRV (de não imigrantes) até 23 de setembro de 2023. A medida facilita o relacionamento de estrangeiros com a imigração e agiliza o agendamento de entrevistas para aqueles que foram surpreendidos com a pandemia e tiveram seus planos interrompidos. 

O governo do presidente Joe Biden renovou nesta segunda (27) os esforços para proteger da deportação centenas de milhares de imigrantes levados para os EUA ainda criança, chamados de "dreamers", na mais recente manobra de um drama sobre a legalidade dessa política. A Casa Branca propôs reformular o programa elaborado na presidência de Barack Obama, que protege os imigrantes, depois que um juiz o declarou ilegal. Biden defende uma solução legislativa definitiva para o tema.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou que a iniciativa, que será submetida a consultas 60 dias antes da sua adoção, busca preservar e fortalecer o programa batizado de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, na sigla em inglês), que protege da deportação cerca de 600 mil pessoas, a maioria do México.

##RECOMENDA##

Há dois meses, o juiz federal do Texas Andrew Hanen decidiu que Obama excedeu sua autoridade quando instaurou o Daca, em 2012, informando que só o Congresso tem poder em temas migratórios. Ele também destacou problemas de implementação do programa. A decisão, de 16 de julho, manteve os benefícios para os dreamers, mas bloqueou a inscrição de novos solicitantes.

O governo Biden, que apelou da decisão, informou que a proposta de regulamentação é um passo importante para proteger os "sonhadores" e reconhecer as contribuições que eles dão ao país, mas insistiu na necessidade de uma solução legislativa definitiva. "Só o Congresso pode dar proteção permanente", disse o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, pedindo que os legisladores aprovem rapidamente uma solução.

O Daca foi um decreto emitido por Obama quando a Lei de Fomento para o Progresso, Alívio e Educação para Menores Estrangeiros (Dream Act), não foi aprovado, em 2010, no Congresso, então dominado pelos republicanos. O acrônimo em inglês desta lei deu origem ao termo "dreamers" (sonhadores, em português).

Em 2017, o então presidente republicano, Donald Trump, buscou por fim ao Daca, alegando que ele era inconstitucional, o que provocou uma longa batalha judicial que terminou na Suprema Corte. O Daca sobreviveu às tentativas de desmonte gradual e foi reinstaurado em dezembro passado.

A norma anunciada ontem pelo governo Biden, que era vice-presidente de Obama, introduz mudanças no processo de solicitação do Daca, incluindo novos custos. Mas mantém as condições do programa original, que protege da deportação e dá visto de trabalho por dois anos, passíveis de renovação.

Para estar amparados pelo Daca, os imigrantes em situação irregular levados ainda crianças devem estar residindo nos EUA desde 2007 e ter chegado antes dos 16 anos ao país. Além disso, eles devem estar estudando, ter se formado ou ser veteranos das Forças Armadas e não podem ter sido processados por um crime, entre outros requisitos.

Até 30 de junho, cerca de 600 mil pessoas eram protegidas pelo Daca, a maioria do México (81%), seguidas de El Salvador (4%), Guatemala (3%) e Honduras (2%). No entanto, calcula-se que os "sonhadores" elegíveis ao Daca, que fazem parte da população total de quase 11 milhões de ilegais estimada no país, chegariam a uns 2 milhões.

Selo legal

Na tentativa de reforçar o programa por meio de uma regra formal - que é um processo mais rigoroso do que o memorando original, embora ainda não seja uma legislação - o governo Biden espera obter um selo legal de aprovação dos tribunais. É possível que o caso seja decidido novamente pela Suprema Corte, a menos que o Congresso aja primeiro.

A decisão do governo Biden ocorre no momento em que os congressistas democratas lutam para incluir cláusulas de imigração em seu pacote de dez anos e US$ 3,5 trilhões de iniciativas sociais e ambientais.

A linguagem nesse projeto de lei, ajudando milhões de imigrantes a permanecerem permanentemente nos EUA, tem sido o principal objetivo dos legisladores progressistas e pró-imigração. Os democratas, no entanto, não podem perder muitos votos, já que têm uma maioria apertada na Câmera dos Deputados. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agentes fronteiriços encontraram no deserto o corpo de uma brasileira que tentava entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Lenilda de Oliveira, de 49 anos, foi abandonada pelo grupo de imigrantes do qual fazia parte, e chegou a contatar a família algumas vezes antes de morrer. Parentes e amigos organizam no momento um crowdfunding para trasladar o corpo de volta ao Brasil.

Nascida em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, Lenilda era técnica em enfermagem e morava com as duas filhas em Vale do Paraíso. Ela pretendia chegar ao Estado de Ohio e, de acordo com relatos de amigos e familiares, viajava com conhecidos e amigos de infância. A travessia se iniciou no dia 7 de setembro, quando o grupo atravessou a fronteira ilegalmente em direção à cidade de Deming, no Novo México. Sob condições climáticas extremas, a técnica em enfermagem passou mal e foi deixada para trás pelo grupo, que prometeu retornar para buscá-la.

##RECOMENDA##

De acordo com o relato dos organizadores do crowdfunding, Lenilda entrou em contato com a família e compartilhou sua localização por Whatsapp. Ela também teria enviado áudios relatando que a situação era grave e que temia estar morrendo. Áudios obtidos pelo O Globo mostram que ela pediu à família que contatasse uma das amigas que fazia parte do grupo de imigrantes para pedir que eles trouxessem água na volta.

Ao jornal local Deming Headlight, o xerife do condado de Luna, Michael Brown, afirmou que a família demorou três dias para compartilhar a localização de Oliveira com a polícia. A família afirma que buscou ajuda imediatamente, acionando advogados, amigos e parentes que já residiam nos Estados Unidos, além de ter reportado o abandono à Patrulha da Fronteira.

O corpo de Lenilda foi encontrado na quarta-feira, 15, por volta das 16h, no deserto do Estado do Novo México. De acordo com as autoridades americanas, ele estava próximo ao cruzamento das rodovias Castaneda e Hondale, a 400 metros de uma residência.

Nesta quinta-feira, 16, a família iniciou uma arrecadação de fundos para repatriar o corpo de Lenilda. Até o momento, 43 pessoas doaram o total de R $2.320. A estimativa é que os custos do traslado fiquem em torno de R$ 15 mil.

Os Estados Unidos enfrentam atualmente uma crise de imigração. Neste ano fiscal, iniciado em 1o de outubro de 2020, 1.002.722 indivíduos foram encontrados por agentes fronteiriços, contra 851.513 durante o mesmo período no ano fiscal de 2019, de acordo com os dados da Customs and Border Protection. O recorde foi em julho, quando autoridades registraram 212.672 encontros ao longo da fronteira com o México, maior número registrado em 21 anos.

O número de brasileiros que tentam cruzar a fronteira ilegalmente também aumentou. Um levantamento da BBC feito a partir de dados da Customs and Border Protection mostra que, entre outubro de 2020 e agosto de 2021, 46.410 brasileiros foram detidos na região - seis vezes mais do que o registrado no ano fiscal de 2020.

"Nestes tempos turbulentos, quando os afegãos procuram refúgio, rezo pelos mais vulneráveis entre eles. Oro para que muitos países os recebam e protejam aqueles que buscam uma nova vida", pediu o Papa Francisco neste domingo, 05, durante sua bênção semanal na Praça de São Pedro.

Milhares de afegãos evacuados pelos Estados Unidos estão esperando nos chamados centros de trânsito em países como Catar, Alemanha e Itália. Centenas de outras pessoas estão tentando sair por meio de travessias de terra com países vizinhos, como o Paquistão.

##RECOMENDA##

"Eu também rezo pelos deslocados internos para que tenham ajuda e proteção necessária. Que os jovens do Afeganistão recebam uma educação, que é um bem essencial para o desenvolvimento humano", disse Francisco. A última vez que os militantes islâmicos estiveram no poder no país, as mulheres não podiam trabalhar e as meninas não podiam ir à escola.

O aeroporto de Cabul retomou os voos domésticos no sábado, 04, paralisado desde a vitória do Taleban em 15 de agosto, e que operava apenas com voos de evacuação até segunda-feira, 30, data em que as últimas tropas americanas deixaram o país.

O Papa também ofereceu suas orações e condolências pelas vítimas do furacão Ida, que matou dezenas de pessoas nos Estados Unidos. "Garanto minhas orações pelo povo norte americano, que foi atingido nos últimos dias por um forte furacão", disse.

Mais de 44 pessoas morreram nos estados do nordeste dos EUA e pelo menos 12 na Louisiana, onde a tempestade atingiu o continente há uma semana. O presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Nova Jersey e Nova York, devastadas pela tempestade, na terça-feira, 07, dias depois de viajar para Louisiana.

(Com agências internacionais)

O Brasil autorizou a concessão do visto humanitário aos cidadãos afegãos que desejarem deixar o Afeganistão em razão da retomada do regime talibã. A informação foi anunciada nessa sexta-feira (3), pelos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública. Mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e seus familiares serão considerados prioridade na fila de imigração. O grupo de 270 juízas afegãs que pediu ajuda para deixar o país poderá dar entrada no pedido deste documento, segundo o governo brasileiro.

Os grupos prioritários são considerados de maior risco, uma vez que a interpretação que o talibã tem do islã faz alusão à sharia e ao cerceamento dos direitos básicos de mulheres e crianças, como o livre arbítrio - garantido pelo próprio islã -, o direito à educação e ao lazer.

##RECOMENDA##

"A medida é baseada nos fundamentos humanitários da política migratória brasileira", disseram os ministérios em nota. "Reafirmando o compromisso brasileiro com o respeito aos direitos humanos e com a solidariedade internacional”, escreveram os ministérios.

Em agosto, o Itamaraty afirmou que preparava a concessão dos vistos humanitários "em termos semelhantes aos concedidos a haitianos e sírios”. O pedido de visto humanitário, diferentemente do de refúgio, tem de ser feito fora do Brasil, em alguma autoridade consular.

No caso do Afeganistão, a mais próxima é a embaixada de Islamabad, no Paquistão. Segundo o ministério, as embaixadas em Teerã, Moscou, Ancara, Doha e Abu Dhabi também estarão habilitadas a processar os pedidos de visto para acolhida humanitária.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando