Um homem foi preso acusado de tentar comprar votos de eleitores de Goiana, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A informação foi repassada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que disse ter recebido a denúncia contra Salatiel Tomás da Silva na última terça-feira (18). De acordo com o órgão, o acusado chegou a ser detido em flagrante, confessar a prática irregular e passou por uma audiência de custódia na quarta (19), onde foram adotadas medidas cautelares diversa da prisão e ele foi liberado.
O MPPE afirmou que Salatiel Tomás da Silva foi detido em casa, onde foram encontradas cópias de documentos de 64 pessoas e material de campanha de candidatos a deputado estadual e federal. Segundo a promotora de Justiça eleitoral Patrícia Ramalho, um grupo de aproximadamente 20 pessoas denunciaram o crime eleitoral. Eles informaram que Salatiel Tomás da Silva teria abordado os eleitores com a promessa de contratação em empresas da área de construção civil em troca dos votos. Não há informações sobre quais candidatos seriam beneficiados com a atuação dele.
##RECOMENDA##“O detido recolheu cópias de documentos de identificação e títulos de eleitor e também ficou com as carteiras de trabalho originais dessas pessoas. Já encaminhamos cópias de todo o material apreendido e dos depoimentos colhidos à Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), para que sejam tomadas as providências cabíveis”, ressaltou Patrícia Ramalho.
Ainda segundo a promotora, na audiência de custódia foi determinado pelo juiz que Salatiel Tomás da Silva deve comparecer mensalmente em juízo, para prestar informações sobre suas atividades, e não deve se ausentar da comarca sem a autorização da Justiça. Apesar de ter sido concedida a liberdade provisória, Salatiel irá responder ao processo. Entretanto, o inquérito policial ainda será remetido pela Polícia Civil, quando concluída a investigação.
Procurada pelo LeiaJá, a Polícia Civil, por sua vez, disse que a Delegacia de Goiana registrou cinco boletins de ocorrência sobre uma suposta promessa de emprego na área de construção civil, mas não há confirmações de que se tratava de compra de votos. O caso está sendo investigado.