Tópicos | Tutancâmon

Após um século do seu descobrimento, a tumba do Faraó Tutancâmon, mumificado há mais de três mil anos, foi revitalizada e reaberta. O local onde o corpo do 'rei-menino' estava sepultado estava deteriorado pela ação do tempo, da poeira, umidade e danos provocados por visitantes. Além de restauração dos complexos afrescos que decoram as paredes, o teto também foi reformado.

Conforme matéria publicada pelo Extra Online, o processo de restauração de 10 anos teve que ser adiado devido à instabilidade política que o Egito passou em 2011, conhecido como “Revolução do Nilo”. Período no qual protestos derrubaram Hosni Mubarak do poder. Nesse período, pisos de madeira, iluminação e rampas internas da tumba foram substituídos, o que culminou na remoção temporária do próprio Tutancâmon. “É uma peça incrivelmente preciosa, então era um momento muito estressante para mover a múmia com segurança", declarou o diretor de comunicações do Instituto de Conservação Getty Neville Agnew, responsável pelo trabalho.

##RECOMENDA##

A Região do Vale dos Reis, localizada na margem oeste do Rio Nilo, é o espaço onde foram construídas diversas tumbas aos faraós e nobres da época. O local já havia sido revitalizado algumas vezes, mas nunca com tamanho rigor. Conservacionistas, arquitetos, especialistas ambientais e cientistas iniciaram a revitalização com cerca de cinco anos de análise, e descobriram impactos ambientais, assim como danos causados por visitantes como pichações, arranhões e itens perdidos. Sobre o translado da múmia em um sarcófago de 250 kg, o diretor revelou que “foi aterrorizante”.

Oito diretores e funcionários do Museu Egípcio, acusados de restaurar com cola a máscara mortuária de Tutancâmon, de 3.300 anos de idade, enfrentam sanções administrativas, afirmou à AFP a promotoria do Cairo neste domingo.

O ex-diretor do Museu, o diretor de Serviço de Restauração, quatro diretores e dois funcionários deste departamento foram "convocados por um julgamento de urgência para comparecer ante um tribunal disciplinar", explicou à AFP Mohamed Samir, porta-voz da promotoria.

##RECOMENDA##

Os funcionários "trataram uma peça de mais de 3.300 anos de idade com um desleixo extremo, ocasionando danos que ainda são visíveis", comentou Samir.

No comunicado, a promotoria detalha que eles enfrentam denúncias por "negligência grave" e "violação flagrante dos processos científicos e profissionais de restauração".

Em agosto de 2014, durante a realização de obras de iluminação do Museu Egípcio, a máscara de ouro maciço sofreu um golpe e sua barba se desprendeu. Os funcionários utilizaram cola epóxi para remendar a peça, o que deixou uma marca na borda da simbólica barba do menino faraó.

Imediatamente após o incidente, os oito suspeitos foram transferidos para outro departamento para que fosse iniciada a investigação.

Em 16 de dezembro, a famosa máscara voltou a ser exposta, depois de dois meses de restauração por uma equipe alemã encarregada de aquecer a cola para dissolvê-la, mas sem danificar o metal.

Descoberta em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter no Vale dos Reis, em Luxor, o tesouro de Tutancâmon é um dos mais prestigiados da coleção do Museu Egípcio.

Cientistas britânicos acreditam ter desvendado o mistério em torno da morte do faraó Tutancâmon, que teria morrido em um acidente de carruagem e cuja múmia teria sido consumida espontaneamente após um embalsamamento malfeito.

Os cientistas, conduzidos pelo britânico Chris Naunton, constataram após uma "necropsia virtual de Tutankamon" realizada a partir de radiografias de seus restos mortais, que o jovem faraó tinha "ferimentos característicos em um lado de seu corpo".

A partir de reconstruções informáticas, os pesquisadores concluíram que "o acontecimento mais plausível que pode ter causado estes ferimentos" seria um acidente de carruagem. Esta possibilidade já havia sido levantada por egiptólogos, mas "ninguém havia estabelecido o vínculo entre os ferimentos da múmia e o cenário exato" de sua morte, afirma a rede britânica Channel 4 em um comunicado.

Os cientistas, seguidos em um documentário, analisaram também um fragmento da pele do faraó obtido em 1968 por um antropólogo de uma universidade britânica de Liverpool, Robert Connolly, membro da equipe que radiografou pela primeira vez os restos de Tutancâmon.

Testes químicos realizados a partir deste fragmento de pele "confirmaram que a múmia havia se consumido no interior de seu sarcófago", mostra o documentário. Especialistas em incêndios demonstraram que uma "incrível reação química de óleos de embalsamamento utilizados para a múmia de Tutancâmon conduziram a sua combustão espontânea, fornecendo assim novas provas de que seu embalsamamento foi malfeito", afirma o Channel 4.

"Apesar de toda a atenção dada há anos à múmia de Tutancâmon, a importância de seu estranho estado foi amplamente ignorada. A possibilidade de que uma mumificação malfeita tenha queimado espontaneamente o corpo pouco depois de seu sepultamento era completamente inesperada", afirma Chris Naunton no documentário.

Tutancâmon morreu aos 19 anos, em 1324, após um breve reinado de nove anos. É conhecido pelo grande público pelo excepcional tesouro encontrado em seu túmulo, que inclui uma máscara mortuária de ouro com incrustações de lápis-lazúli e de pedras semi-preciosas. Há várias teorias sobre sua morte: malária, anemia falciforme ou inclusive doença de Kohler, que limita o fluxo sanguíneo em direção aos ossos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando