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A Praia do Itaguá, localizada na região central de Ubatuba, litoral norte paulista, é uma das mais visitadas por turistas nesta temporada de verão. É lá onde a maior parte dos visitantes de cruzeiros marítimos gosta de frequentar, devido à proximidade com o píer de desembarque e à estrutura comercial.

A alta concentração de turistas e o forte cheiro de esgoto que exala na praia há algumas semanas fez com que o Aquário Municipal de Ubatuba, situado na praia, realizasse testes de qualidade da água do mar. Segundo a entidade, os resultados foram "alarmantes" e contradizem relatórios semanais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que vêm indicando boa balneabilidade da praia, ou seja, própria para o banho de mar.

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Segundo o diretor executivo do Aquário, Hugo Gallo Neto, o rio Acaraú, que deságua na praia e onde estaria a maior parte do problema, nasce limpo no Parque da Serra do Mar e, em um curto espaço geográfico, chega à praia "em níveis críticos de poluição".

De acordo com o oceanógrafo, o rio é considerado o mais poluído do Litoral Norte, se comparando aos existentes nas regiões metropolitanas.

"Após sua passagem pelas estações da Sabesp e Coambiental, a qualidade do rio se deteriora drasticamente", denuncia. Nesta quarta-feira (15), o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Ubatuba iria se reunir para discutir o problema e preparar uma representação que será encaminhada ao Ministério Público para a instauração de um inquérito e uma ação civil pública para tentar reverter o quadro.

Análise Microbiológica

Em nota, a Cetesb informou que segue a mesma metodologia para amostragem e análise microbiológica consolidadas "há muitos anos" e que não é possível comentar outros resultados, sem conhecer a metodologia e os indicadores utilizados pelo Aquário de Ubatuba. Ainda de acordo com a estatal, é preciso conhecer os locais onde foram realizadas as amostragens e em que condições elas foram feitas.

"A Cetesb não define pontos de amostragem na foz de rios ou córregos que afluem às praias que possam constituir uma fonte de poluição fecal. Se as amostras foram tomadas muito próximo à foz do rio Acaraú, por exemplo, podem apresentar valores mais elevados de indicadores microbiológicos fecais, o que não representa a real situação ao longo da praia", prossegue a empresa em nota.

Ainda segundo a Cetesb, a Praia do Itaguá possui dois pontos de amostragem na rede de monitoramento de balneabilidade, cuja classificação semanal é baseada nos critérios da Resolução do CONAMA 274/00 e o indicador microbiológico utilizado é o enterococos. "Esses pontos obtiveram, em 2013, a classificação anual Ruim por terem permanecido impróprios para banho de mar entre 25% e 50% do tempo. Essa classificação mostra que a qualidade dessa praia não foi boa durante o ano passado, permanecendo imprópria durante várias semanas de 2013", completou a empresa.

O deputado federal José Genoino (PT) está hospitalizado em observação desde a manhã desta quarta-feira na Santa Casa de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Genoino sentiu um mal-estar e os médicos ainda avaliam as causas do desconforto. Não há previsão de divulgação de boletim médico e nem a definição sobre uma possível internação.

Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estiveram em Ubatuba e no início da noite desta segunda-feira e conseguiram uma liminar na Justiça Federal para barrar a retirada de moradores da comunidade remanescente de quilombos localizada na Praia de Cambury, ao norte da cidade. A legislação prevê que a Justiça Federal tem a competência para atuar em conflitos envolvendo comunidades de quilombos.

A Justiça de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, determinou a retirada de moradores da comunidade remanescente de quilombos para o cumprimento de uma ação de reintegração de posse de parte da área, movida em 1976. Um oficial de Justiça e 12 policiais militares chegaram ao vilarejo na manhã desta segunda-feira para cumprir a decisão, mas a ação ficou marcada para a manhã desta terça-feira, 23, devido ao número insuficiente de policiais, ante os 200 moradores do local.

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Policiais federais poderão ser acionados na manhã desta terça para que a Polícia Militar não cumpra a ordem judicial. A área estava sendo reivindicada por João Bento de Carvalho, morto aos 105 anos, mas o processo continuou sendo movido por sua esposa. Segundo o monitor ambiental Fábio Tomaidis, 39, morador do local, a área é reconhecida pelo Incra e pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). O local também é certificado pela Fundação Cultural Palmares. A área está protegida pelo Parque Estadual da Serra do Mar e pelo Parque Nacional da Bocaina. Segundo ele, Carvalho teria tomado posse de parte da área de forma clandestina. "Ele requeria 10% da área remanescente".

Até as 19h30 desta segunda, as 39 famílias que residem na área estavam de prontidão. "Tememos que os policiais cheguem de madrugada e nos surpreendam", disse uma das moradoras. Tomaidis declarou que caso a reintegração de posse seja cumprida, os moradores tentarão impedir a entrada dos policiais no local, que é cercado por cachoeiras com diversos caminhos abertos na mata.

 

 

#ET

Equipes de buscas formadas pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Guarda Municipal de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, localizaram por volta das 10 horas desta segunda-feira o corpo de Zenilda Monteiro Marcolina, de 32 anos, que estava desaparecida desde domingo. Ela foi surpreendida juntamente com outras seis pessoas por uma enxurrada na Cachoeira do Tombador, localizada na região do Sertão de Ubatumirim, a 30km do centro de Ubatuba, já próximo à divisa com o Estado do Rio de Janeiro.

O grupo foi levado pela correnteza após uma tromba d'água atingir a região. Três pessoas foram resgatadas mortas no próprio domingo, uma ficou gravemente ferida e duas conseguiram sair ilesas - entre elas um adolescente de 15 anos, após serem socorridas por outros banhistas.

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Segundo os bombeiros, todas as vítimas são de Ubatuba, entre elas, um empresário, um comerciante e um advogado. Segundo o sub-tenente Cruz, do Corpo de Bombeiros, o local é de difícil acesso e não há comunicação. Até as 12h30 a perícia da Polícia Civil ainda permanecia no local.

"Não é possível saber o que causou o acúmulo de água, se foi a quantidade de chuva, se a correnteza foi represada por algum tronco de árvore ou ainda se houve queda de barreira na cabeceira, já que testemunhas afirmaram que momentos antes do acidente, a água da cachoeira estava barrenta", disse o sub-tenente. Segundo ele, fortes precipitações são uma "peculiaridade" local.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão realizando monitoramento nas áreas de risco devido às intensas chuvas, que nesta segunda permanecia atingindo o litoral norte. A tromba d'água de domingo derrubou árvores e alagou ruas de diversos bairros.

O início do feriado foi marcado por uma série de crimes em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Os crimes ocorreram em diversos bairros do município, principalmente na região sul. A violência também vitimou quem mora na cidade.

Entre as ocorrências, a polícia registrou um assalto na Praia do Lázaro, que ocorreu por volta das 21h da última sexta-feira, na Rua Grumixama. Três homens armados e encapuzados invadiram uma residência e fizeram turistas reféns. Um quarto bandido teria dado cobertura do lado de fora da casa. A Polícia Militar teria sido avisada por um vizinho, que testemunhou a invasão de sua casa. Os criminosos levaram celulares, notebooks, bebidas, perfumes, dinheiro e fugiram no carro de uma das vítimas, um Honda Fit, com placas de Rio Claro, interior de São Paulo, em direção à Rodovia Rio-Santos.

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Minutos depois, a quadrilha bateu o carro em outro veículo e fugiu por um matagal. Policiais militares se depararam com o acidente na Estrada Saco da Ribeira, a poucos metros da residência roubada, e perseguiram os bandidos. Dois deles foram presos e os demais conseguiram fugir. Parte dos pertences foi recuperado.

Por volta da 0h30 de ontem, um homem foi baleado após uma briga na Rua Jabaquara, no bairro Estufa 2, periferia da cidade. Ele foi atingido por um dos três disparos que teriam sido efetuados por dois homens que estavam em uma moto. Ninguém foi preso.

Ainda na madrugada de ontem, uma mulher teve sua bolsa roubada em frente ao Aquário Municipal, na Praia do Itaguá, por volta das 2h40. O bandido, que estava em uma bicicleta, levou sua bolsa contendo cartões bancários, celular e a chave de seu carro. Ele não foi preso.

Em São Sebastião, uma turista foi assaltada na Avenida Mãe Bernarda, a principal da Praia de Juquehy, por volta das 20h15 de sexta, próximo a um shopping. O homem, que estava armado de revolver, levou sua bolsa e celular e também não foi preso.

Um castelo em estilo medieval construído em uma das praias mais isoladas de Ubatuba, no litoral norte paulista, tem aguçado a imaginação de pescadores e despertado a ira de ambientalistas. Com quase 9 mil m² de área construída, a propriedade fica ao lado da paradisíaca Praia do Pulso, cercada por Mata Atlântica e mar azul. Mas, para erguer o empreendimento, o grupo católico Arautos do Evangelho não precisou de licença ambiental: o palácio foi classificado como "igreja", o que livrou os responsáveis pela obra de pedir qualquer autorização à Companhia Ambiental do Estado (Cetesb).

Indignados, moradores da região moveram uma ação civil pública que pedia ao Ministério Público Estadual a demolição do imóvel. Mas o castelo, que estava misteriosamente fechado havia quase um ano, acabou vendido para um grupo do mercado imobiliário americano. Com mais de cem cômodos e torres com guaritas, o lugar está em obras. Ninguém sabe dizer ao certo o que será feito ali.

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Na prefeitura de Ubatuba, a obra consta como "ampliação de instalação religiosa" e ainda pertence ao grupo católico. Mas não é isso o que os funcionários dizem. "Aqui é agora uma propriedade particular, não é mais dos padres. No momento adequado, os americanos vão divulgar", diz o funcionário responsável pela obra, que pediu para não ter o nome divulgado. "Não podemos falar sobre o que vai ser aqui com ninguém."

Brechas

Outro mistério para os poucos moradores vizinhos e donos de casas de veraneio, todos acostumados a respeitar severas regras impostas pela Polícia Ambiental, é como alguém conseguiu autorização para construir um castelo em um dos pedaços mais preservados de Ubatuba, ao lado da Fazenda Caçandoca. Trata-se de uma região quilombola tombada pelo patrimônio histórico nacional.

O que agora pode até virar um resort ecológico com 20 bangalôs, segundo uma das versões apresentadas por funcionários da obra, nasceu das brechas que existem atualmente na legislação ambiental. Para a construção de igrejas e escolas públicas, não existe a necessidade de autorização prévia de órgãos ambientais do Estado.

Reconhecidos como ordem religiosa pelo Vaticano, os Arautos do Evangelho só tiveram de pedir uma autorização para construção de um templo ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat), em 2004. O grupo assinou um termo de responsabilidade com o órgão, assumindo o compromisso de manter intacta a área verde nativa. A Secretaria de Meio Ambiente e a Cetesb não precisaram ser consultadas.

E assim nasceu o castelo, como igreja, apesar de seus enormes portões com 8 metros de altura nunca terem sido abertos a ninguém que não fosse integrante dos Arautos do Evangelho, uma dissidência ultraconservadora da ala Tradição, Família e Propriedade (TFP) da Igreja Católica. Os padres venderam há dois anos o imóvel para os americanos da Sunrise Homes International, um grupo que constrói casas para estudantes em Santa Bárbara, na Califórnia.

Se quiserem fazer um hotel no local que era, na verdade, para ser uma "igreja", os americanos também não vão precisar consultar os órgãos do governo estadual, pois esse tipo de empreendimento é liberado pela prefeitura de Ubatuba. O zoneamento municipal permite um empreendimento hoteleiro naquela área.

Desde que o castelo foi aberto, em 2005, a Polícia Ambiental nunca constatou nenhuma irregularidade. "Mas eles cortaram muito da mata. Só que todos os guardas sempre fecharam os olhos para o que eles fazem", acusa o pescador Adilson da Silva, de 32 anos, que leva turistas para passear de escuna a partir da Praia de Maranduba.

Desde que o castelo começou a ser construído, a Cetesb abriu cinco procedimentos para penalizar condôminos da Praia do Pulso, o loteamento bem ao lado do castelo, por infrações cometidas em áreas de preservação. "E, mesmo assim, deixaram erguer um castelo de arquitetura horrorosa no meio da floresta", reclama a dona de casa Lucinda Cano, de 51 anos, proprietária de um imóvel no local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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