Os funcionários das usinas de energia na Nigéria entraram nesta quarta-feira (17) em greve por tempo indeterminado, mergulhando o país mais populoso da África na escuridão, disse um funcionário do sindicato.
O sindicato nacional dos eletricistas convocou uma greve para exigir que o governo respeite os termos de um acordo de 2019, que prevê uma indenização para funcionários aposentados de uma antiga companhia de energia pública.
"Cortamos todas as usinas e plantas elétricas do país", afirma o líder sindical Joe Ajaero à AFP.
Segundo Ajaero, a greve já deixou algumas regiões do país com mais de 200 milhões de habitantes no escuro e será suspensa quando o governo aceitar suas demandas.
No entanto, ele acrescentou que o sindicato está "aberto para negociações".
Os habitantes de Lagos, capital econômica no sudoeste do país, de Cano, ao norte, e de Port Harcourt, capital petroleira ao sudeste, relataram quedas de energia desde a manhã de quarta-feira.
A Nigéria tem a capacidade de gerar 7.000 megawatts, mas distribui apenas 4.000 megawatts aos consumidores devido a dificuldades técnicas, o que provoca apagões diários.