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As seleções da Inglaterra e da Austrália se classificaram para as quartas de final da Copa do Mundo feminina nesta segunda-feira. Nos pênaltis, as inglesas derrotaram a Nigéria em jogo que contou com a expulsão de Lauren James. Já as anfitriãs não tiveram dificuldades e, no contra-ataque, construíram a vantagem que eliminou a Dinamarca.

LAUREN JAMES É EXPULSA, MAS INGLATERRA AVANÇA NOS PÊNALTIS

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O jogo não foi dos melhores, mas a Inglaterra bateu a Nigéria nos pênaltis e avançou para as quartas de final. As nigerianas, no entanto, não venderam sua eliminação barata. Valentes, elas chegaram a ser superiores às favoritas ao Mundial e só não abriram o marcador por falta de precisão.

Foto: Patrick Hamilton/AFP

Em dia pouco inspirado, as europeias viram suas chances de vitória ruírem quando a atacante Lauren James foi expulsa após pisar nas costas de Alozie no final da segunda etapa. Elas se seguraram na defesa e, nas penalidades, garantiram um 4 a 2 para passarem de fase. Agora, a Inglaterra enfrentará nas quartas de final a vencedora do confronto entre Colômbia e Jamaica.

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AUSTRÁLIA VENCE A DINAMARCA EM ESTÁDIO LOTADO

Se a máxima de que seleções anfitriãs costumam desempenhar bons resultados em Copas do Mundo é verdadeira, a Austrália está seguindo roteiro de forma perfeita. Com o apoio de um estádio lotado, com mais de 75 mil pessoas presentes, as "Matildas" fizeram bonito e despacharam a Dinamarca com propriedade.

Foto: Franck Fife/AFP

As australianas apostaram no contra-ataque e, com gols de Raso e Foord, construíram a vantagem que as garantiu nas quartas de final. Além da vaga conquistada, a outra ótima notícia para a torcida de casa é o retorno de Sam Kerr, principal jogadora da seleção.

Acionada somente nos minutos finais da segunda etapa, a atacante do Chelsea pouco produziu, mas seu retorno é um ótimo indicativo para os sonhos australianos de um título. Agora, a Austrália aguarda o vencedor de França e Marrocos.

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A seleção portuguesa feminina de futebol conquistou sua primeira vitória na história da Copa do Mundo feminina ao bater o Vietnã, nesta quinta-feira. Já a anfitriã Austrália perdeu para a Nigéria, diante de sua torcida, e se complicou na disputa para buscar uma vaga nas oitavas de final.

Na cidade de Hamilton, em Nova Zelândia, as portuguesas venceram Vietnã por 2 a 0 em jogo válido pelo Grupo E. E agora mantêm vivo o sonho da classificação para as oitavas de final. Com três pontos, Portugal ocupa o terceiro lugar da chave, atrás de Estados Unidos e Holanda, ambos com quatro pontos. O time americano, forte candidato ao título, será o próximo adversário de Portugal.

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O domínio europeu foi evidente desde o começo da partida, mas a seleção portuguesa desperdiçou inúmeras chances ao longo das duas etapas. O gol saiu no início do primeiro tempo com Telma Encarnação. Não demorou muito e, ainda no primeiro tempo, Kika Nazareth ampliou o placar, sacramentando o resultado.

NIGÉRIA BUSCA VIRADA

Em Brisbane, na Austrália, australianas e nigerianas fizeram um jogo de cinco gols, três deles nos acréscimos. O time africano levou a melhor, por 3 a 2, após estar perdendo por 1 a 0. De quebra, a Nigéria alcançou a liderança do Grupo B, com os mesmos quatro pontos do Canadá, porém com vantagem nos critérios de desempate.

Já a seleção da casa estacionou nos três pontos, conquistados na vitória na estreia, e ocupa o terceiro lugar. Na terceira e última rodada da fase de grupos, a Austrália vai encarar o Canadá, atual campeão olímpico. As canadenses são vice-líderes do grupo, com quatro pontos.

Sem a craque Sam Kerr, a seleção australiana se jogou ao ataque enquanto as africanas buscavam o contra-ataque. Os gols só foram sair nos acréscimos do primeiro tempo, com Van Egmond abrindo o placar e Kanu empatando.

Na etapa final, a Nigéria cresceu no jogo e a Austrália não conseguiu acompanhar o ritmo forte das rivais. Ohale marcou o gol da virada e, em uma falha da defensora Kennedy, Oshoala ampliou a vantagem. As Matildas lutaram até o fim e, no apagar das luzes, ainda conseguiram descontar com Kennedy, mas a derrota era inevitável.

Confira os próximos jogos da Copa do Mundo:

27/07

21h - Argentina x África do Sul

28/07

5h30 - Inglaterra x Dinamarca

8h - China x Haiti

Extremistas do grupo jihadista Boko Haram mataram 20 mulheres acusadas de praticarem bruxaria na Nigéria, após a morte repentina dos filhos de um comandante do grupo, informaram os parentes e uma sobrevivente à AFP.

As fontes disseram no domingo (13) que cerca de 40 mulheres foram presas na semana passada e mantidas na aldeia de Ahraza, perto da cidade de Gwoza, no estado de Borno, por ordem do líder jihadista Ali Guyile.

Guyile "disse que investigaria nosso envolvimento na morte de seus filhos e nos puniria apropriadamente se fossemos consideradas culpadas", disse Talkwe Linbe, sobrevivente que fugiu para Maiduguri, capital regional.

"Na quinta-feira [10] ele ordenou que matassem 14 de nós. Tive sorte de não ser uma delas e meu parceiro, que estava entre os homens que nos mantinham sob custódia, me ajudou a escapar naquela mesma noite", acrescentou a mulher de 67 anos.

Acusações de bruxaria são comuns na Nigéria, um país dividido entre o norte predominantemente muçulmano e o sul majoritariamente cristão.

Moradores informaram que outras 12 mulheres foram mortas no sábado, dia em que Linbe chegou a Maiduguri.

As forças de segurança nigerianas estão lutando contra o Boko Haram e outros jihadistas vinculados ao grupo Estado Islâmico, cuja insurgência matou mais de 40.000 pessoas e forçou mais de dois milhões de pessoas a deixarem suas casas desde 2009.

Os funcionários das usinas de energia na Nigéria entraram nesta quarta-feira (17) em greve por tempo indeterminado, mergulhando o país mais populoso da África na escuridão, disse um funcionário do sindicato.

O sindicato nacional dos eletricistas convocou uma greve para exigir que o governo respeite os termos de um acordo de 2019, que prevê uma indenização para funcionários aposentados de uma antiga companhia de energia pública.

"Cortamos todas as usinas e plantas elétricas do país", afirma o líder sindical Joe Ajaero à AFP.

Segundo Ajaero, a greve já deixou algumas regiões do país com mais de 200 milhões de habitantes no escuro e será suspensa quando o governo aceitar suas demandas.

No entanto, ele acrescentou que o sindicato está "aberto para negociações".

Os habitantes de Lagos, capital econômica no sudoeste do país, de Cano, ao norte, e de Port Harcourt, capital petroleira ao sudeste, relataram quedas de energia desde a manhã de quarta-feira.

A Nigéria tem a capacidade de gerar 7.000 megawatts, mas distribui apenas 4.000 megawatts aos consumidores devido a dificuldades técnicas, o que provoca apagões diários.

A família de Lariya Abdulkareem cultivava soja em sua cidade no estado de Katsina, no noroeste da Nigéria, antes que ameaças de ataques de bandidos os obrigassem a deixar suas terras para trabalhar em outro lugar.

Alimentar sua família está se tornando mais difícil, diz sua avó, com a insegurança nas estradas complicando as entregas de milho e soja.

Sua família é uma das milhares com crianças que sofrem de desnutrição crescente no noroeste da Nigéria, enfrentando uma combinação de insegurança, aumento dos preços dos combustíveis e alimentos e um flagelo de doenças como o sarampo, segundo autoridades médicas e agências humanitárias.

"Não podemos acessar os lugares que costumávamos ir antes", conta Abdulkareem com sua neta de sete meses nos braços, em uma clínica criada um ano antes pelas autoridades de saúde e Médicos Sem Fronteiras (MSF).

O noroeste da Nigéria tem sido devastado por gangues de milícias que invadem cidades, roubam gado e sequestram pessoas em troca de resgate.

Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas nas regiões central e noroeste, e milhares morreram na violência, bem como no conflito jihadista de 13 anos que deixou mais de 40.000 mortos.

A maioria das agências de ajuda opera no nordeste da Nigéria, onde dois milhões de pessoas foram deslocadas, mas poucas operam no noroeste.

O aumento da desnutrição grave é um resultado da complexa crise no noroeste da Nigéria, que ameaça dezenas de milhares de crianças, segundo MSF, com quase 44.500 menores admitidos em programas nutricionais em Katsina de janeiro a junho deste ano.

Somente em Katsina, MSF e as autoridades locais de saúde se preparam para atender 100 mil crianças desnutridas este ano.

Nafisa Sani, uma autoridade de saúde de Katsina, diz que o estado tem números "altos" de desnutrição, mesmo para uma região acostumada a lidar com esse fenômeno.

Dentro das clínicas em tendas, crianças menores de cinco anos, algumas em atendimento de emergência, são pesadas, medidas e diagnosticadas com desnutrição, de acordo com a equipe médica.

"Temos casos de sarampo, fome e com a bandidagem temos muitos deslocados. Isso afeta as crianças", lamenta o pediatra Yakub Abubakar, que trabalha em uma clínica da MSF na cidade de Katsina. "E isso é apenas em um estado."

Bandidos e inflação

O escritório de MSF em Gummi, no estado vizinho de Zamfara, disse que suas equipes examinaram mais de 36 mil crianças com menos de cinco anos em junho, após um alerta nutricional.

Mais da metade das crianças estava desnutrida e uma em cada quatro sofria de desnutrição grave e precisava de atenção médica urgente.

De acordo com o Unicef, a Nigéria ocupa o primeiro lugar na África e o segundo no mundo em desnutrição infantil. Cerca de 8 milhões de crianças no noroeste estão desnutridas, de acordo com a agência. A insegurança aprofunda cada vez mais o fenômeno.

O medo de ataques de milícias de bandidos sediados nas florestas vizinhas de Rugu, nas áreas de Katsina, perto da fronteira com o Níger, afastou muitas famílias de suas terras agrícolas.

Somente este ano, cerca de 1.000 pessoas foram deslocadas por violência ou ameaças em três áreas da região de Jibiya, segundo moradores e uma fonte do governo local.

Muitos cruzaram a fronteira para ficar com suas famílias no Níger, outros estão com parentes na cidade de Katsina e outros estão em dois acampamentos próximos à cidade.

"As pessoas têm medo de serem sequestradas, mortas ou deslocadas", afirma Nuhu Iliya, funcionário de saúde do governo local em Jibia.

O noroeste da Nigéria muitas vezes enfrenta insegurança alimentar, especialmente nos meses pós-colheita, quando os estoques ficam baixos.

Enquanto isso, a invasão russa da Ucrânia atinge o abastecimento de trigo e aumenta os preços dos combustíveis e dos alimentos.

O boxeador Miracle Amaeze, de 18 anos, faleceu após ser nocauteado duas vezes durante um treino ao ar livre, em Lagos, na Nigéria. O jovem era considerado uma das maiores promessas do esporte no país.

O nigeriano não resistiu aos golpes sofridos e teve grande dificuldade para se manter de pé. Ele recebeu tratamento no local, foi encaminhado às pressas para um hospital, mas não resistiu.

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“É com muita dor que anunciamos o falecimento do boxeador nigeriano meio-pesado Miracle Amaeze. Ele perdeu a consciência após sofrer dois nocautes durante uma sessão de sparring em Festac Town, Lagos’’, informou o portal Fight Gist Media, da Nigéria.

Homens armados suspeitos de pertencerem ao grupo jihadista Boko Haram atacaram com explosivos uma prisão perto de Abuja, capital da Nigéria, na noite de terça-feira (5), e soltaram centenas de detentos - anunciou o governo nesta quarta (6).

Moradores locais disseram ter ouvido grandes explosões na noite de terça perto do presídio de segurança média de Kuje, nos arredores de Abuja.

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"O que sabemos é que eles são Boko Haram. Vieram especificamente para buscar seus coconspiradores", declarou o secretário do Ministério do Interior, Shuaibu Belgore, à imprensa.

"Por enquanto, recuperamos cerca de 300 dos 600 que saíram das celas da prisão", relatou, acrescentando que alguns dos detentos se entregaram, e outros foram capturados.

Um segurança foi morto no ataque, informou o porta-voz do serviço penitenciário Abubakar Umar.

De acordo com Umar, estão sendo feitas tentativas para determinar o número exato de presos ainda foragidos.

Este é o mais recente de uma longa série deste tipo na Nigéria, o país mais populoso da África, onde as prisões costumam sofrer de excesso de lotação.

No ano passado, mais de 1.800 detentos fugiram, depois que homens fortemente armados bombardearam uma prisão no sudeste do país.

Poucas horas antes do ataque à prisão de Kuje, homens armados fizeram uma emboscada para um comboio dos serviços de segurança do presidente Muhammadu Buhari perto de sua cidade natal, Daura, no noroeste.

O presidente não estava presente neste ataque que deixou dois agentes levemente feridos. A identidade dos autores é desconhecida até o momento.

Buhari deve viajar para esta localidade no fim de semana, por ocasião de um feriado muçulmano.

As forças de segurança se encontram mobilizadas em várias frentes no país. No nordeste, uma insurreição jihadista causa estragos desde 2009; no noroeste e no centro, operam várias gangues criminosas; e, no sudeste, há mobilizações separatistas.

Um grupo de homens armados atacou neste domingo (5) uma igreja católica na região de Ondo, sudoeste da Nigéria, e matou uma grande quantidade de fiéis, informaram o governo e a polícia.

O ataque aconteceu durante a missa matinal na igreja católica de São Francisco na localidade de Owo, situada no sudoeste do país, uma região onde os atentados jihadistas e de grupos criminosos não são comuns.

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"Ainda é cedo para dizer quantas pessoas morreram. Mas muitos fiéis perderam suas vidas e outros ficaram feridos", disse à AFP Ibukun Odunlami, porta-voz da polícia na região de Ondo.

Abayomi, testemunha do ataque, afirmou que pelo menos 20 pessoas foram mortas. "Eu passava pelo bairro, quando ouvi uma explosão e tiros dentro da igreja", contou.

Por ora, não se sabe quem foram os responsáveis nem a motivação do ataque, descrito pelo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, como "um assassinato odioso de fiéis".

O Papa lamentou a "morte de dezenas de fiéis" e disse que rezava pelos mesmos.

Há 12 anos, a Nigéria enfrenta uma insurreição jihadista no nordeste do país, enquanto grupos criminosos cometem sequestros envolvendo grandes quantidades de pessoas no noroeste e grupos separatistas operam no sudeste.

Cerca de 24 pessoas foram mortas por homens armados no estado de Benue, no centro da Nigéria, no mais recente atentado atribuído a gangues armadas, informaram autoridades locais nesta quarta-feira (13).

"Suspostos pastores mataram oito pessoas em Mbadwem, na região de Guma, e outras 16 em Tiortyu, na região Tarka", disse o porta-voz das autoridades locais, Nathaniel Ikyur.

"Dezenas de pessoas ficaram feridas e estão sendo tratadas em um hospital público", esclareceu Ikyur em um comunicado.

A polícia local apenas confirmou o ataque em Tiortyu, com um total de nove mortos.

O centro do país mais povoado da África é palco de inúmeros conflitos entre pastores nômades, majoritariamente muçulmanos, e agricultores cristãos, que lutam pelo controle da água e das terras.

Com a mudança climática, os conflitos se multiplicaram e diferentes comunidades têm mobilizado grupos armados para garantir sua proteção. Alguns recorrem a atividades ilícitas.

Estes "bandidos", como são conhecidos na região, realizam sequestros em massa nas escolas, saqueiam as aldeias e matam todos que resistem ou aqueles cujas famílias não podem pagar os resgates.

Os extremistas islâmicos mataram dois homens e sequestraram 20 crianças no estado de Borno, epicentro de uma insurgência islâmica na Nigéria, informaram um líder comunitário e residentes nesta sexta-feira (21).

Os extremistas do grupo Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, nas siglas em inglês) invadiram na quinta-feira a aldeia de Piyemi, matando dois homens adultos e sequestrando 13 meninas e sete meninos, segundo as fontes.

O ataque de quinta-feira ocorreu perto da cidade de Chibok, onde há oito anos os extremistas do Boko Haram sequestraram mais de 200 estudantes em um ataque que gerou condenação internacional.

Os membros do ISWAP, vestidos com uniformes militares, começaram a atirar e saquear os comércios da cidade e a incendiar as casas, segundo os moradores. "Mataram a tiros dois homens e levaram 13 meninas e sete meninos de entre 12 e 15 anos", disse à AFP por telefone Samson Bulus, um dos habitantes.

Os extremistas colocaram as "20 crianças sequestradas na aldeia em um caminhão e as levaram para a floresta" de Sambisa, perto dali, contou outro dos habitantes, Silas John. As autoridades militares não estavam disponíveis até o momento para comentar o ataque, mas um funcionário do governo local de Chibok confirmou os fatos, sem mais detalhes.

"Esse ataque foi o terceiro nos últimos dias e evidencia os riscos que as cidades dos arredores de Chibok correm em relação aos extremistas", declarou Ayuba Alamson, um líder dessa cidade.

Os moradores voltaram na sexta-feira para a aldeia de Piyemi após passarem a noite no monte para escapar dos atacantes. Os extremistas destruíram parte da aldeia, incluindo uma igreja, e queimaram 10 veículos no ataque que durou três horas, disse John.

O ISWAP, que nasceu em 2016, é uma divisão do Boko Haram e é reconhecido pelo grupo Estado Islâmico. Desde que começou a rebelião do grupo islâmico radical Boko Haram em 2009, no nordeste da Nigéria, o conflito deixa quase 36.000 mortos e dois milhões de deslocados.

O governo nigeriano anunciou nesta quarta-feira (12) à noite que suspenderá a proibição do Twitter após sete meses no país mais populoso da África.

"O presidente Muhammadu Buhari aprovou o levantamento da suspensão do Twitter na Nigéria a partir da meia-noite de hoje", disse o chefe da Agência Nacional de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação, Kashifu Inuwa Abdullahi, em comunicado.

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As autoridades nigerianas dizem que após vários meses de negociações, o Twitter concordou com “todas as condições estabelecidas pelo governo federal”, especialmente no que diz respeito à tributação e gestão de conteúdos que não respeitam as leis nigerianas.

Contactado pela AFP na noite de quarta-feira, o Twitter não confirmou o anúncio.

O governo nigeriano anunciou em junho de 2021 a suspensão do Twitter por "duração indeterminada", após acusar a rede social de ter uma "missão suspeita" contra o Executivo, e tolerar mensagens do chefe de um grupo separatista em sua plataforma incitando a violência no sudeste do país.

A suspensão do Twitter ocorreu dois dias depois que a rede social suprimiu uma mensagem do presidente Muhammadu Buhari. O chefe de Estado ameaçou "tratar com uma linguagem que eles entendem" os autores da violência no sudeste da Nigéria - que, segundo as autoridades, seriam os separatistas ibos - o que reacendeu memórias dolorosas da guerra de Biafra, que deixou mais de um milhão de mortos na década de 1960.

A suspensão do Twitter e o fato do governo ter ordenado que os meios audiovisuais apagassem suas contas na rede, em sinal de “patriotismo”, causaram grande comoção na Nigéria, um país jovem e com uma população altamente conectada às redes sociais e no qual o Twitter é uma ferramenta relevante para protestos.

A União Europeia, o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá manifestaram sua rejeição à suspensão do Twitter.

A Nigéria destruiu nesta quarta-feira (22) mais de um milhão de doses de vacinas anticovid da AstraZeneca doadas recentemente por países desenvolvidos, mas que atualmente passaram da data de validade.

O país mais populoso da África vacinou até agora apenas quatro milhões de pessoas, menos de 3% de sua população adulta e muito abaixo do objetivo de seu governo, de imunizar 112 milhões de pessoas até o fim do ano que vem.

"Eliminamos 1.066.214 doses da vacina da AstraZeneca vencidas", informou Faisal Shuaib, funcionário da agência nacional de atenção primária da saúde.

"Quando nos doaram essas vacinas, sabíamos que tinham uma validade muito curta, mas estamos em um lugar onde o fornecimento de vacinas contra a covid-19 é muito escasso", afirmou, culpando os países ricos de acumular doses e doá-las somente quando estão prestes a vencer.

A ONU alerta há muito tempo que as desigualdades na distribuição mundial de imunizantes estão deixando muitas pessoas vulneráveis nos países mais pobres sem uma só dose, inclusive em um momento em que os mais ricos lançam campanhas de dose de reforço.

Funcionários nigerianos afirmaram na segunda-feira que o país africano enfrenta atualmente uma quarta onda da pandemia e solicitaram um cumprimento rigoroso das restrições durante as festas de fim de ano.

Este país da África ocidental, com 220 milhões de habitantes, registrou oficialmente 225.000 casos desde o começo da pandemia, com menos de 3.000 mortes vinculadas à covid-19.

No entanto, os especialistas atribuem os números baixos de infectados e mortalidade em parte às baixas taxas de testes específicos e a uma ausência generalizada de informação sobre a doença.

Os serviços de emergência da Nigéria resgataram nesta terça-feira (2) dois sobreviventes do arranha-céu em construção que desabou na segunda-feira (1) em Lagos, capital econômica da Nigéria, matando pelo menos sete e prendendo dezenas de trabalhadores.

Um total de sete pessoas foram resgatadas das ruínas do prédio de 21 andares, informou à AFP Ibrahim Farinloye, funcionário da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências (Nema).

"Há sete mortos e sete sobreviventes", disse ele à AFP, acrescentando: "Ainda há esperança, muitos mais estão lá dentro. Falei com alguns deles há poucos minutos e suas vozes estão fortes".

As equipes de resgate continuam trabalhando na montanha de escombros deste edifício localizado em uma das avenidas mais ricas de Lagos, no distrito de Ikoyi, e que desabou na tarde de segunda-feira quando dezenas de trabalhadores estavam no local.

Pela manhã, jornalistas da AFP no local ouviram a voz fraca de um homem gritando por socorro dos escombros, enquanto uma dúzia de membros dos serviços de emergência e da polícia tentavam alcançá-lo. Duas retroescavadeiras cavavam entre os escombros.

Em um comunicado divulgado na segunda à noite, o presidente nigeriano Muhammadu Buhari instou as autoridades a "intensificarem os esforços nas operações de socorro" às vítimas.

A Gerrard Road, artéria muito movimentada onde ficava o prédio, foi parcialmente bloqueada pela manhã para facilitar a chegada ao local do socorro.

No dia anterior, um enorme congestionamento impediu que os serviços de emergência e as equipes responsáveis pela retirada dos entulhos tivessem acesso ao local por quase duas horas.

Mais de cem pessoas, a maioria delas próximas das vítimas ou desaparecidas, bem como testemunhas, estavam reunidas em frente aos escombros.

Os serviços de resgate retiraram os dois sobreviventes dos escombros sem que a multidão aos gritos pudesse vê-los.

Uma mulher, cujo marido estava dentro do prédio quando ele desabou, chorava.

Testemunhando o colapso no dia anterior, Enahoro Tony voltou para expressar sua raiva. "Extraí três corpos e fomos expulsos pelo exército".

"O que está acontecendo neste país?", reclamou, apontando para a montanha de entulho com mais de dez metros de altura. "Eu odeio esse país de merda!"

O desabamento de prédios é uma tragédia frequente na Nigéria, o país mais populoso da África, onde milhões de pessoas vivem em imóveis degradados e as leis de construção são rotineiramente desrespeitadas.

Sentados perto dos escombros, os irmãos Fawas Sanni, de 21 anos, e Afolabi Sanni, 17, esperam em choque por notícias de sua irmã.

"Nossa irmã está lá dentro", lamentava Fawas, chorando. "Fui o último a falar com ela antes de ela ir trabalhar ontem de manhã", disse o irmão mais velho, cobrindo a cabeça com as mãos.

Em um dos piores desastres, um prédio pertencente a uma igreja desabou em 2014 em Lagos, matando mais de 100 pessoas, a maioria sul-africanos.

Uma investigação revelou que o prédio havia sido construído ilegalmente e apresentava falhas estruturais.

Dois anos depois, 60 pessoas morreram quando o telhado de uma igreja evangélica desabou em Uyo, capital do estado de Akwa Ibom, no leste do país.

O desabamento de um prédio em construção na cidade nigeriana Lagos causou ao menos três mortes nesta segunda-feira (1º) e há outras pessoas sob os escombros.

Um correspondente da AFP disse que uma escavadeira levanta placas de concreto em busca das pessoas presas no edifício de 21 andares no distrito Ikoyi na capital comercial nigeriana.

Equipes de resgate disseram que "muitos" trabalhadores ficaram presos dentro do prédio, mas ainda não podem confirmar o número de pessoas presas ou mortas.

Dezenas de pessoas cercaram o edifício após o desabamento e muitos gritaram pela lentidão nos trabalhos de resgate.

O comissário da polícia de Lagos, Hakeem Olusegun Odumosu, disse que três corpos sem vida foram resgatados, assim como três pessoas.

"Foram resgatados três corpos e as operações continuam", disse à imprensa.

Acrescentou que ainda é muito cedo para saber quais são as causas do desabamento.

"Muitos trabalhadores estão presos entre os escombros", disse Femi Oke-Osanyintolu, diretor-geral da agência estatal de assuntos de emergência.

Os sequestradores de 121 estudantes de um colégio do noroeste da Nigéria libertaram um novo grupo de 10 reféns, após dois meses de cativeiro, informou neste domingo (19) o representante de uma associação de pais.

"Os bandidos liberaram ontem 10 estudantes e estes se reuniram com suas famílias", declarou neste domingo à AFP Joseph Hayab, representante de uma associação de pais dos alunos sequestrados.

Segundo a associação, 100 dos estudantes sequestrados já foram libertados ou fugiram de seus captores.

"Ainda temos 21 estudantes nas mãos de seus sequestradores e esperamos conseguir sua libertação logo", acrescentou Hayab.

Os estudantes foram sequestrados em 5 de julho em um colégio do estado de Kaduna (noroeste) por dezenas de homens armados que atacaram a escola.

Grupos armados nigerianos libertaram dezenas de estudantes sequestrados este mês no estado de Zamfara, no noroeste do país, segundo uma fonte do governo local e um vídeo que mostra autoridades junto com os menores de idade.

A libertação dos estudantes da escola Kaya aconteceu depois que o Exército iniciou uma operação contra os grupos armados neste estado e de as autoridades locais terem bloqueado as telecomunicações em Zamfara para impedir o contato entre eles.

Mais de 70 alunos e alguns professores foram levados como reféns em Kaya, em 1º de setembro, no mais recente de uma série de sequestros em massa em instituições de ensino cometidos por homens armados.

"No domingo à noite, foram libertados 75 reféns da escola pública de ensino médio de Kaya", disse uma fonte do governo local. "Pareciam em bom estado de saúde e ilesos", acrescentou.

Um vídeo divulgado pelo gabinete do governador de Zamfara, Bello Matawalle, mostra o momento em que saudou, durante a noite, ônibus cheios de estudantes, enquanto perguntava se estavam feridos.

Os grupos criminosos atuam há muito tempo nos estados do noroeste e do centro da Nigéria, invadindo e saqueando aldeias, roubando gado e sequestrando pessoas para pedir resgate.

Desde dezembro passado, eles tomaram as escolas como alvo. Mais de mil alunos foram feitos reféns este ano.

A maioria dos estudantes foi libertada após negociações, e alguns conseguiram fugir. Dezenas deles continuam, no entanto, em cativeiro.

- Ataque deixa mais de 10 mortos -

Durante as operações do exército em Zamfara, homens armados executaram um ataque no fim de semana e mataram 12 agentes das forças de segurança nigerianas em uma base militar no estado.

De acordo com fontes militares, os invasores desta base roubaram armas e incendiaram edifícios.

"Os agressores invadiram a base às 10h30 locais e enfrentaram as tropas em um tiroteio intenso", afirmou uma fonte local.

O ataque aconteceu na manhã de sábado (11) e terminou com as mortes de nove oficiais da Marinha, um soldado e dois policiais.

Situada no distrito de Dansadau, a 80 km da capital do estado, Gusau, a base de Mutumji é um local-chave do ponto de vista logístico para a luta do exército contra os criminosos da região.

Os extremistas do noroeste da Nigéria atacam com frequência bases militares no estado de Borno. Esta área é núcleo de uma insurgência iniciada há 12 anos e que já deixou mais de 40.000 mortos.

Homens armados sequestraram 140 estudantes na região noroeste da Nigéria, na madrugada de segunda-feira (5) - informou um professor, no episódio mais recente de uma longa lista de ações do tipo contra centros de ensino.

Os criminosos armados escalaram uma cerca para entrar no internato da Bethel Secondary School, na cidade dede Chikun, estado de Kaduna, onde dormiam 165 alunos.

"Os criminosos levaram 140 estudantes, 25 conseguiram escapar", disse à AFP Emmanuel Paul, professor da escola.

O porta-voz da polícia do estado de Kaduna, Mohammed Jalige, confirmou o ataque, mas não citou o número de estudantes sequestrados.

"Equipes táticas da polícia estão procurando os sequestradores. Ainda estamos na missão de resgate", afirmou.

Quase 1.000 estudantes foram sequestrados em vários estados nigerianos. Muitos foram soltos após negociações com autoridades locais, mas alguns continuam em cativeiro.

Grupos criminosos aterrorizam as regiões noroeste e central do país mais populoso da África, com ataques a cidades, roubo de gado e sequestro de personalidades locais, ou viajantes, para exigir o pagamento de resgate.

Desde o início do ano, os grupos parecem ter fixado escolas e universidades como alvo.

Eles operam de acampamentos localizados na floresta de Rugu, que se estende pelos estados nigerianos de Zamfara, Katsina e Kaduna, assim como pelo Níger.

Apesar da ação estimulada pelo lucro, alguns são próximos a grupos extremistas islâmicos presentes no nordeste da Nigéria, a centenas de quilômetros de distância.

- Terceiro ataque em três dias -

Este foi o terceiro grande ataque em Kaduna nos últimos três dias, e o quarto sequestro de estudantes, desde dezembro.

O governador de Kaduna, Nasir Ahmad El Rufai, é um dos líderes políticos que mais insistem na mensagem de não se pagar resgate aos grupos criminosos.

No domingo (4), ao menos oito funcionários de um hospital do estado foram sequestrados, segundo a polícia. Fontes locais afirmam, no entanto, que 15 pessoas foram feitas reféns.

Sete pessoas morreram em ataques no domingo à noite em cidades vizinhas, informou o secretário de Segurança do governo de Kaduna, Samuel Aruwan.

O presidente Muhammadu Buhari, um ex-general que está no poder desde 2015, prometeu acabar com as atividades dos grupos criminosos, mas os sequestros em larga escala são apenas um de seus muitos desafios.

As forças de segurança nigerianas combatem desde 2009 a insurgência extremista no nordeste do país, um conflito que matou 40.000 pessoas e deixou quase dois milhões de deslocados.

A suspensão do Twitter pela Nigéria e a ordem para que os meios audiovisuais apaguem suas contas na rede social indignaram o país mais populoso da África, cuja população jovem e altamente conectada adotou a plataforma como ferramenta de protesto social.

Dos 200 milhões de habitantes da Nigéria, mais de 120 milhões têm acesso à internet e, destes, cerca de 40 milhões (20% da população total) afirmam ter uma conta no Twitter, segundo o gabinete de pesquisa estatística NOI Polls, com sede em Lagos.

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Este número elevado é explicado em especial "por sua população numerosa e jovem, mas também pelo peso de sua diáspora, sobretudo nos Estados Unidos ou pela notoriedade mundial das estrelas nigerianas" do cinema ou da música afropop, analisa Manon Fouriscot, cofundador da Afriques Connectées, agência de monitoramento digital na África.

Mas estudos também revelam que o Twitter, diferentemente de outras redes sociais, é usado na Nigéria para "dar voz a quem não tem", inclusive "para questionar o governo sobre o que há de errado no país", de acordo com a NOI Polls.

Em outubro do ano passado, o movimento #EndSARS contra a violência da unidade policial SARS, que se tornou uma plataforma dos jovens contra o poder, estourou no Twitter antes de tomar as ruas.

Apoiada por ícones afropop com milhões de seguidores e importantes influenciadores internacionais, a hashtag foi a mais compartilhada do mundo por dois dias. Seguiram-se os maiores protestos da história moderna da Nigéria, que levantaram temores de uma desestabilização do governo antes de serem brutalmente reprimidos.

- "Volta à ditadura" -

"Nos últimos anos, o governo nigeriano aumentou o controle dos meios de comunicação digitais", disse Kian Vesteinsson, pesquisador da Freedom House, uma organização de direitos humanos.

“Jornalistas e grupos de imprensa nigerianos afirmam ter sido alvo de vigilância digital e vítimas de ciberataques relacionados às forças de segurança”, afirma o especialista em tecnologia e democracia.

Mas ao suspender completamente o Twitter por tempo indefinido, as autoridades, que dizem que a rede queria desestabilizar o país ao permitir que os separatistas de Biafra se manifestassem e suprimir os tweets do presidente Buhari, foram mais longe.

Na segunda-feira, o órgão regulador nacional do audiovisual (NBC) pediu a todas as emissoras que excluíssem suas contas no site e alertou que qualquer uso seria considerado "antipatriótico".

A utilização de uma VPN, rede privada virtual que permite o acesso ao Twitter contornando o bloqueio na Nigéria, também será considerada crime, advertiu o Ministério da Informação, embora nenhuma lei com este teor tenha sido votada no Parlamento.

"O Twitter deve primeiro se registrar como uma empresa na Nigéria, deve obter uma licença da comissão de radiodifusão e deve impedir que sua plataforma seja usada por aqueles que promovem atos hostis" contra o país, declarou à AFP o ministro da Informação, Lai Raufu Mohammed.

Organizações de direitos humanos afirmam que há violação das liberdades fundamentais estabelecidas na Constituição de 1999, data oficial do fim dos regimes militares.

“O amordaçamento do Twitter é antes de tudo um meio de amordaçar os meios de comunicação”, afirma o diretor digital de um grande canal de televisão. "Temos que reagir, se não eles podem ir ainda mais longe."

Alguns veículos, como a Arise TV, continuaram a usar o Twitter para compartilhar notícias a partir de seus escritórios na Inglaterra ou nos Estados Unidos, a fim de contornar a diretriz.

"A Nigéria voltou à ditadura", disse Kola Tubosun, um escritor nigeriano, em um editorial na revista internacional Foreign Policy.

A juventude, porém, já está se reorganizando nas redes sociais sob a hashtag #KeepItOn e tenta planejar uma manifestação para o dia 12 de junho.

As autoridades nigerianas confirmaram que 136 crianças foram raptadas de uma escola muçulmana no estado do Níger, no centro da Nigéria, no domingo (30), por um grupo de homens armados.

"O governo do estado do Níger confirma que o número de estudantes sequestrados pelos bandidos é de 136", anunciou o governo local em uma mensagem postada no Twitter na quarta-feira (2) à noite.

As forças de segurança e as autoridades "fazem todo o possível para garantir o retorno seguro das crianças", afirmou o governo local.

No entanto, estão agindo "com prudência na perseguição dos bandidos para evitar danos colaterais", conclui a mensagem.

As autoridades estaduais também solicitaram a ajuda do governo federal para "equipar melhor" as forças de segurança que devem enfrentar "esses bandidos".

Na tarde de domingo, vários homens armados chegaram em motocicletas à cidade de Tegina, onde começaram a atirar, matando um morador e ferindo outro, antes de sequestrar as crianças.

Cerca de 200 menores estavam na escola no momento do ataque. Muitos conseguiram escapar, enquanto os sequestradores deixaram vários para trás, com entre 4 e 12 anos, porque "eram muito pequenos para andar", informou à AFP um dos funcionários da escola.

Desde o ataque, os pais dos alunos sequestrados esperam, sentados em frente à escola, por notícias de seus filhos.

"Peço ao governo que faça tudo para proteger seus cidadãos e nossos filhos", declarou à AFP Sa'idu Umar, pai de uma das crianças sequestradas. "Esperamos que as autoridades façam mais para trazer nossos filhos de volta".

- Série de sequestros -

Este ataque é o mais recente de uma série de sequestros de estudantes nos últimos meses no centro e noroeste da Nigéria, onde gangues armadas aterrorizam as populações há uma década, com saques a vilas, roubo de gado e sequestros em massa para exigir resgate.

Sem contar os alunos raptados no domingo, pelo menos 730 crianças e adolescentes foram sequestrados desde 2020.

Vários desses sequestros chegaram às primeiras páginas de jornais internacionais e causaram comoção mundial, especialmente quando, no final de fevereiro, 279 meninas, com entre 12 e 16 anos, foram sequestradas e libertadas cinco dias depois no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria.

Esta série teve início em dezembro de 2020, com o sequestro de 344 meninos de sua escola em Kankara (norte). Eles foram soltos depois de uma semana, após negociações.

A multiplicação desses sequestros levanta a preocupação de um agravamento do número de crianças fora da escola, principalmente das meninas, nas regiões pobres e rurais que já apresentam as maiores taxas de menores que não vão à escola na Nigéria.

Diante dessa situação, vários estados decidiram fechar provisoriamente seus centros de ensino e internatos.

As autoridades nigerianas confirmaram que 136 crianças foram raptadas de uma escola muçulmana no estado do Níger, no centro da Nigéria, no domingo (30), por um grupo de homens armados.

"O governo do estado do Níger confirma que o número de estudantes sequestrados pelos bandidos é de 136", anunciou o governo local em uma mensagem postada no Twitter na quarta-feira (2) à noite.

As forças de segurança e as autoridades "fazem todo o possível para garantir o retorno seguro das crianças", afirmou o governo local.

No entanto, estão agindo "com prudência na perseguição dos bandidos para evitar danos colaterais", conclui a mensagem.

As autoridades estaduais também solicitaram a ajuda do governo federal para "equipar melhor" as forças de segurança que devem enfrentar "esses bandidos".

Na tarde de domingo, vários homens armados chegaram em motocicletas à cidade de Tegina, onde começaram a atirar, matando um morador e ferindo outro, antes de sequestrar as crianças.

Cerca de 200 menores estavam na escola no momento do ataque. Muitos conseguiram escapar, enquanto os sequestradores deixaram vários para trás, com entre 4 e 12 anos, porque "eram muito pequenos para andar", informou à AFP um dos funcionários da escola.

Desde o ataque, os pais dos alunos sequestrados esperam, sentados em frente à escola, por notícias de seus filhos.

"Peço ao governo que faça tudo para proteger seus cidadãos e nossos filhos", declarou à AFP Sa'idu Umar, pai de uma das crianças sequestradas. "Esperamos que as autoridades façam mais para trazer nossos filhos de volta".

- Série de sequestros -

Este ataque é o mais recente de uma série de sequestros de estudantes nos últimos meses no centro e noroeste da Nigéria, onde gangues armadas aterrorizam as populações há uma década, com saques a vilas, roubo de gado e sequestros em massa para exigir resgate.

Sem contar os alunos raptados no domingo, pelo menos 730 crianças e adolescentes foram sequestrados desde 2020.

Vários desses sequestros chegaram às primeiras páginas de jornais internacionais e causaram comoção mundial, especialmente quando, no final de fevereiro, 279 meninas, com entre 12 e 16 anos, foram sequestradas e libertadas cinco dias depois no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria.

Esta série teve início em dezembro de 2020, com o sequestro de 344 meninos de sua escola em Kankara (norte). Eles foram soltos depois de uma semana, após negociações.

A multiplicação desses sequestros levanta a preocupação de um agravamento do número de crianças fora da escola, principalmente das meninas, nas regiões pobres e rurais que já apresentam as maiores taxas de menores que não vão à escola na Nigéria.

Diante dessa situação, vários estados decidiram fechar provisoriamente seus centros de ensino e internatos.

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