Tópicos | Vara Criminal de Moreno

Um homem de 41 anos, identificado como Heronildo Quintino de Lira Júnior, foi preso preventivamente, na manhã da última quarta-feira (17), após ser acusado de ter assassinado a própria mãe, em agosto do ano passado, na cidade de Moreno, Região Metropolitana do Recife. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o suspeito fingiu ter encontrado a professora aposentada morta dentro da residência, quando, na verdade, tinha matado a vítima para obter vantagens financeiras.

A idosa de 59 anos, identificada como Euda Cavalcanti, morava sozinha na sua casa, localizada na rua Oscar Tolentino de Oliveira, no bairro da Cohab. Na época, o corpo foi encontrado com marcas de perfuração na cabeça. Além disso, a polícia constatou que os cartões bancários da mulher, assim como o cartão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seu aparelho celular, foram levados do local.

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Segundo o inquérito policial divulgado na semana do assassinato, Heronildo disse que tentou entrar em contanto com a mãe e, quando não conseguiu o retorno, foi até a residência dela e arrombou a porta. Ele afirmou que ao entrar na casa, encontrou Euda morta.

O LeiaJá teve acesso ao mandado de prisão contra Heronildo, que foi assinado pelo juiz Gabriel Araújo Pimentel, da Vara Criminal de Moreno. O documento revela que testemunhas afirmaram que mãe e filho tinham discussões constantes, o que levou a professora a trocar, por diversas vezes, as fechaduras da moradia para tentar impedir a entrada do filho no local. Ele também fazia transações nos cartões da idosa, sem a autorização dela.

“Os depoimentos indicam que o representado e a genitora tinham discussões constantes, bem como a vítima tencionava trocar as fechaduras da casa, a fim de evitar a entrada do filho, que ainda se encontrava na posse das chaves que davam acesso à residência. O representado tinha acesso a compras pelo cartão da mãe, realizando, inclusive, compras não autorizadas por ela”, explica o juiz no mandado de prisão.

Heronildo afirmou as autoridades que encontrou o corpo da sua genitora no dia 29 de agosto, porém testemunhas disseram que a morte dela aconteceu na noite de dois dias antes, em 27 de agosto, momento em que o aparelho celular dela parou de receber ligações telefônicas e mensagens enviadas por pessoas próximas.

O juiz Gabriel Araújo Pimentel também explicou no documento, que as testemunhas consideraram que a reação do rapaz era suspeita, pois ele não demonstrava “emoções condizentes de uma pessoa que acabara de saber que a mãe foi morta de forma violenta".

O suspeito foi denunciado pelo caso em 5 de dezembro do ano passado, mas, de acordo com a Justiça, o mandado de prisão preventiva foi expedido após analisarem que a liberdade dele abalaria "a paz e a tranquilidade da comunidade morenense, ao ver o algoz da própria mãe solto, usufruindo dos bens que esta deixou em vida".

Heronildo responde a homicídio qualificado e, caso seja condenado, pode cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão.

 

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