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O presidente em exercício Michel Temer convidou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para participar da comitiva do governo brasileiro que participará da reunião do G-20 na China no início de setembro, logo após a votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Renan ainda não informou a Temer se aceitará.

Caso aceite o convite, o presidente do Senado integrará a comitiva logo após dar posse a Temer, já que, caso o impeachment seja mesmo aprovado, há a previsão de uma sessão solene no Congresso. O modelo da cerimônia ainda está sendo estudado e cabe a Renan a definição.

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Aproximação

O cortejo de Temer a Renan é mais um gesto da aproximação entre os dois. Na quinta-feira (18) o presidente do Senado acompanhou o presidente em exercício numa visita ao Rio. Isso levou Renan a adiar um encontro com Dilma para sexta-feira pela manhã. Na tarde do mesmo dia, Renan se encontrou novamente com Temer em São Paulo, na reunião com líderes a fim de discutir a votação de propostas do ajuste fiscal no Congresso.

Na semana passada, Renan ainda impediu que Temer sofresse a primeira derrota do governo interino no Senado, ao adiar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que recria a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que deve voltar à pauta nesta terça-feira, 23. Se fosse a voto, o governo seria derrotado por não ter mobilizado os senadores da base. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas de concluir a reforma ministerial que deverá extinguir ministérios, entre eles a secretaria das Mulheres, a presidente Dilma Rousseff fez discurso na Organização da Nações Unidas com um balanço das ações do governo nesta área e apresentando compromissos para o futuro. "Mudemos esta realidade, no Brasil e no mundo. O lugar da mulher é na política - e onde mais ela quiser", afirmou a presidente no discurso, provocando risos na plateia. "Aliás, a sabedoria chinesa diz que a mulher é a metade do céu. Há 20 anos, na 4ª Conferência resolvemos que queríamos ser também a metade da terra", completou.

Após discursar na conferência de mulheres, a presidente Dilma, em coletiva, não quis falar sobre o destino desta e de outras pastas na reforma ministerial. "Não vou responder nada que seja de mudanças da minha reforma administrativa", afirmou a presidente, ao ser questionada pelo Estado se não era um contrassenso anunciar o que seriam avanços na área das mulheres e acabar com a Secretaria de Política para Mulheres. Dilma deixou claro, assim, que não tratará de questões de política interna durante sua viagem aos Estados Unidos, que se encerra nesta segunda-feira, 28, no final do dia.

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A ministra Eleonora Menicucci, titular da Secretaria de Política para as Mulheres, integra a comitiva da presidente Dilma aos Estados Unidos, mas ainda não foi comunicada por Dilma oficialmente a extinção de seu cargo. A ideia da presidente é juntar três pastas da área social - Direitos Humanos, Política para Mulheres e Igualdade Racial - no novo Ministério da Cidadania, que poderá ser comandado pelo ministro Miguel Rossetto, atualmente na Secretaria Geral da Presidência.

Discurso para mulheres

Em seu discurso na conferência das mulheres, Dilma lembrou os "importantes avanços" obtidos após a 4ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher: Ação para a Igualdade, o Desenvolvimento e a Paz, há 20 anos, mas reconheceu que "muito ainda falta por fazer". Segundo a presidente, "obtivemos avanços notáveis em matéria de legislação, de políticas de gênero, equipamentos públicos e ações voltadas para assegurar os nossos direitos".

A presidente Dilma citou que está "implantando, em todo o País, a Casa da Mulher Brasileira, para dar apoio, assistência e proteção às mulheres vítimas de violência". Informou ainda que "as mulheres também vêm sendo protagonistas do processo de inclusão social, em curso no Brasil", acrescentando que elas "são as principais receptoras das políticas de renda e de acesso à moradia, à saúde e à educação".

Em seguida, a presidente listou compromissos de seu governo com a política de mulheres que passam pela universalização do atendimento humanizado a todas as mulheres em situação de violência doméstica e sexual, garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, redução da mortalidade materna, busca por salários iguais para trabalhos iguais, ações que garantam a participação das mulheres em cargos de poder nas empresas, combate a todo tipo de discriminação contra todas as pessoas, ampliação das creches na área urbana e sua implantação nas áreas rurais, a garantia da igualdade de oportunidades no acesso e ascensão em todos os níveis educacionais, da creche à pós-graduação e o desenvolvimento de ações que promovam maior participação das mulheres na política".

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