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A Comissão de Anistia abriu sua primeira sessão de julgamento, na manhã desta quinta-feira (30), no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com a nova composição indicada pelo presidente Lula (PT). A agenda tem início às vésperas da marca dos 59 anos do golpe militar, deflagrado em 1º de abril de 1964.

Na sessão foram anistiados Romario Cezar Schettino, Claudia de Arruda Campos, José Pedro da Silva Virginius e Ivan Valente. Eles foram opositores da ditadura, ex-integrantes de grupos organizados, como a Frente Nacional do Trabalho e o Ação Popular. Os pedidos haviam sido indeferidos em sessões anteriores, com a composição indicada pelo governo Bolsonaro.

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Durante a cerimônia de abertura, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, discursou defendendo a importância da redução de desigualdades. “Não nos esqueçamos que as violações dos direitos não dizem respeito apenas aos direitos civis e políticos, mas interromperam um processo de redução de desigualdade. Quantos brasileiros poderiam ter sido salvos do abandono se não fosse a ditadura com política excludente. Desigualdade, violência de estado, racismo, machismo, transfobia, são indissociáveis com a forma que o Brasil foi construído. Essa história precisa ser recontada, para que não se repita. Por isso bradamos ao lado dos movimentos, ditadura nunca mais, nunca mais”, declarou.

A presidente da Comissão, Eneá de Stutz e Almeida, afirmou que o plano é que sejam revisados de 4 a 8 mil processos que foram indeferidos ou negados na gestão anterior.

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