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Na contramão do que defende o PSDB nacional, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira (11), que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não é a melhor solução para o Brasil. Apesar de acreditar que a petista “perdeu todas as condições de liderar o país”, na ótica dele este deveria ser o “último recurso”. Para Gomes, a instalação do parlamentarismo com um “governo de coalizão” seria a principal via para modificar o cenário. 

“Há saídas fora do impeachment. Não consideramos a renúncia, pois este é um ato unilateral, não tem como se colocar como uma possibilidade política. A melhor forma de, ao mesmo tempo, ter uma solução menos traumática e atribuir responsabilidades ao Congresso Nacional, que hoje age mais como incendiário do que como bombeiro, seria o parlamentarismo”, defendeu. “No parlamentarismo, o Congresso deixaria a pauta-bomba para trilhar o caminho do ajuste da máquina pública e das reformas necessárias para viabilizar a retomada do crescimento, preservando-se o  mandato da presidente”, acrescentou.

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Em suas observações, Elias alertou ainda que as oposições precisam analisar bem se o impeachment seria um caminho estratégico. Para ele, o “efeito político” de um processo deste tipo pode, ao contrário, fortalecer,  num determinado espaço de tempo, o ex-presidente Lula e o próprio PT, com o “discurso da vitimização”.  

“No caso de um impeachment, quem iria governar era a base [do governo Dilma], o principal partido da base [o PMDB, do vice-presidente Michel Temer]. E aí, Lula iria se vitimizar, alegando um golpe das elites, e estaria na mesma hora na oposição. Lula e o PT teriam três anos para se reestabelecer na oposição. Isso seria bom para o Brasil? Do ponto de  vista estratégico, seria o melhor caminho para a oposição?”, indagou. 

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