Mais uma edição do VIRTUOSI – Festival Internacional de Música de Pernambuco chega ao Estado, no período de 9 a 16 de dezembro. Pela terceiro ano consecutivo, o Festival acontece em localidades dieferentes. Além do Recife, as cidades de Olinda, Belém e João Pessoa, entram na rota de grandes solistas e orquestras nacionais e internacionais que se apresentam no evento.
Comemorando 15 anos em 2012, o VIRTUOSI também celebra o centenário de Luiz Gonzaga com uma programação dedicada ao Rei do Baião. A homenagem traz a obra A coragem e a cara - Memorial Musical de Luiz Gonzaga, encomendada pelo Festival aos compositores Eli-Eri Moura e Marcílio Onofre e que teve sua estreia no Virtuosi Gravatá 2012. O Convento de São Francisco, em Olinda, foi o palco escolhido para a abertura do evento no dia 9, com o Quarteto Radamé Gnatalli, indicado ao Grammy Latino 2012. No Recife, a programação se divide entre o Teatro Eva Herz da Livraria Cultura - Shopping RioMar e o Teatro de Santa Isabel, onde acontecem a programação de música de câmara e os principais concertos do Festival, respectivamente.
##RECOMENDA##Destaque para as obras Três vezes sete poemas do Pierrot Lunaire de Albert Giraud, um ciclo de canções de autoria de Arnold Schönberg composto a partir de 21 poemas da tradução em alemão que pertencem ao ciclo de poemas homônimo de Giraud; o poema sinfônico Prélude à l’après-midi d’un faune, composto por Claude Debussy entre 1892 e 1894 - além dos 24 Caprichos de Paganini, obra que tornou-se a base da técnica virtuosa do violino. Em alusão aos 15 anos do Festival, o evento traz a Orquestra Virtuosi sob regência do Maestro Rafael Garcia - diretor artístico do evento - que tem como solista o violoncelista pernambucano Leonardo Altino na execução de duas obras para cello e orquestra: Variações sobre um tema Rococó e o concerto para violoncelo e orquestra de Dvorak.
O VIRTUOSI conta com incentivo do Governo do Estado através do Funcultura. Apesar do incentivo, o dilema financeiro ainda é um desafio, segundo o Maestro Rafael Garcia. Para ele, falta mentalidade e sensibilidade nas empresas para que se mobilizem e busquem parcerias na viabilização do Festival. "Felizmente, os artistas se adequam às nossas dificuldades. Apesar do pouco recurso, é sempre surpreendente ver a plateia que conseguimos atrair. Cerca de 60 a 70 por cento do público que vai aos concertos é jovem", diz o diretor artístico.
Rafael Garcia é casado com a pianista pernambucana e produtora do Virtuosi Ana Lúcia Altino, que acredita que o objetivo de alcançar novas plateias é um fator consagrado no festival. "Apesar da guerra, o Virtuosi vem sendo um festival bem sucedido. Prova disso é o nosso público e a nossa história, que inclui as oito edições em Garanhuns e quatro em Gravatá. Na última edição em Gravatá, tivemos que colocar dois telões do lado de fora da igreja para atender a demanda do público que queria assistir os concertos", reflete. Mais informações disponíveis em http://www.virtuosi.com.br/.