Até o instante, o governo Dilma se caracteriza pelo capitalismo de estado, forte influência do ex-presidente Lula e nacionalismo exacerbado. Dilma escolheu este caminho. Estas características estão presentes em razão das suas escolhas.
Não convém realizar juízo de valor quanto às escolhas de Dilma. Porém, é necessário vislumbrar o que poderá ocorrer no Brasil e no seu governo. O capitalismo de estado se caracteriza pela forte presença do estado na economia, através de bancos públicos, protecionismo e retóricas.
O BNDES é o instrumento, e isto desde o governo Lula, do capitalismo de estado. Através dele, Dilma tenta criar ou fortalecer, supostamente, empresas nacionais. Na defesa intransigente do mercado produtivo nacional, Dilma esbraveja nacionalismo.
A influência do ex-presidente Lula é nítida. Inclusive na escolha de ministros. Recentemente, após a saída de Nelson Jobim do ministério da Defesa, Lula indicou (segundo a imprensa) Celso Amorim. Diversas vezes, Lula opinou publicamente sobre o governo Dilma.
O capitalismo de estado ativo esconde as necessidades do Brasil no âmbito do setor produtivo. Em vez da ação enérgica do BNDES, por que não reduzir o custo Brasil? Por que não investir em infraestrutura? A defesa do nacionalismo deve estar presente no âmbito do mercado consumidor. Dilma precisa dar condições para a ampliação do deste mercado. Ressalto que a economia capitalista exige concorrência e competitividade.
A influência de Lula esconde as boas ações de Dilma. Faz com que ela não tenha identidade junto ao eleitor. Impossibilita a conquista de capital eleitoral próprio. Dilma faz escolhas, as quais lhe trarão custos.
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