Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Política com Inteligência

Perfil: Jornalista, formado pela UFPE com especializaação em jornalismo politico pela Universidade de Brasília e Georgetow University (EUA). Passou pelas principais redações de Recife e Brasília e foi observador eleitoral pela OEA.

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A falta que a vergonha faz

Ricardo Antunes, | qua, 18/07/2012 - 09:35
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Os politicos costumam viver numa país de faz de conta. E se o fazem, é porque sempre, do outro lado, há gente tentando perpetuar os seus privilégios – no caso, o pobre eleitor que vota. Afinal, não existem parlamentares bionicos. A eleição é o passe de mágica, a varinha de condão que permite o faz de conta.

Abstraindo essa “culpa” que todos carregam, e é usada para a desculpa de que o “povo é que vota errado”, não há como não adjetivar a resistência da Assembléia Legislativa de “vergonha”.

Uma casa que já produziu nomes do quilate de Gregório Bezerra, Marco Maciel, Miguel Arraes, Roberto Magalhães, Silvio Pessoa  e Egídio Ferreira Lima, em um estado altivo como Pernambuco, de tradição libertária da Confederação do Equador e da Revolução Praieira, não poderia se dar ao papel que está reduzida: a de mera resistente do que  de pior existe de atraso em termos de ética e respeito ao povo.

Defender privilégios não é primazia apenas da AL. Mas a rigor, se julgarmos a nota que a Mesa Diretora soltou contra a OAB e o MP em defesa da manunentação do auxílio, é jogar na contramão da história. Remar contra a maré da ética.O  Senado Federal já manifestou a inconstituciomalidade do pagamento do 13 e 14 salarios de parlamentares.  O “ juridiquês” é apenas mais um motivo pra se constatar o receio dos senhores parlamentares em perder uma mordomia que rende aos bolsos de cada mais de R$ 100 mil.

A ética não espera determinação judicial, como tentou passar a nota da AL. Ela, apenas e quando existe vontade politica, se faz.

Não existe razão qualquer para que aqui, os nobres palamentares não se rendam a uma conclusão que qualquer criança de 14 anos teria. E que a rigor já foi feita pelas assembleias de diversos estados: não existe como sustentar e defender isso.

Resistir nessa direção e sob o manto do anonimato e da vergonha – ninguem consegue uma palavra  de qualquer deputado que tenha coragem de defender o indefensável - é  apenas postergar um julgamento que a opiniao pública já fez:

A de que esse privilégio acintoso  vai acabar, queiram ou não suas excelências.

Com maior ou menor desgaste na imagem de sua representação política e da história pernambucana.

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