Em tempos de crise econômica, hídrica e até energética, muitos se perguntam como é possível manter o equilíbrio e contribuir para que nós e o país possamos “sobreviver”. O consumo consciente nada mais é do que consumir de forma responsável, pensando nas conseqüências de seus atos tanto para a economia pessoal quanto para a qualidade de vida no planeta.
O consumo consciente é uma questão de hábito. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o ser humano já consome 50% a mais do que o planeta é capaz de repor. Cerca de 16% da população mundial consome 78% dos recursos retirados da natureza e, à medida que a população vem consumindo de forma exagerada, e até descontrolada, os impactos causados pela estiagem e a campanha tardia para economia de água e energia, por exemplo, vem afetando grande parte dos brasileiros.
Existem três verbos que nos transformam em consumidores conscientes e nos ajudam a manter o controle: planejar, avaliar e escolher. Planeje e, com isso, compre menos e melhor, não seja impulsivo. Avalie a necessidade. Estamos em um momento delicado da economia e excessos podem acabar gerando problemas maiores. Escolha com calma, pesquise antes de realizar uma compra, essa postura ajuda a encontrar melhores preços e até juros mais baixos.
Economizar água, energia e aprender a controlar gastos pessoais têm sido tarefa árdua para muitas pessoas, no entanto, essa dificuldade poderia ter sido minimizada se mudarmos nossos atos no dia-a-dia, promovendo melhores condições de vida. É preciso inovar no setor elétrico, buscando novas formas de produção de energia diferentes das hidrelétricas. Também devemos debater formas de consumo da água, pois este não é um problema novo, porém ainda pouco debatido.
Devemos utilizar as atuais crises de escassez de água e de energia elétrica como aprendizado e um divisor na maneira que consumimos tais recursos. Toda crise é uma ótima oportunidade para aprender, mudar comportamentos e atitudes. Além disso, ela pode e deve ser usada para criar novas oportunidades.
De nada irá adiantar campanhas para redução de consumo se elas ficarem restritas apenas aos períodos críticos. Mais vale a educação e a propagação do consumo consciente do que, em 2016 e a cada período de dificuldade, precisarmos mudar nossos hábitos de forma drástica.
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