Em muitos jogos eletrônicos os deuses são usados como elemento de jogabilidade, seja como personagem escolhido para ser jogado, como inimigo para ser enfrentado ou como parte do cenário (ou seja: ele nem é personagem para ser usado nem como inimigo para ser enfrentado). Embora esse uso superficial sirva para uma banalização da figura divina, o recurso de jogo é muito válido.
Então vamos dar uma olhada em alguns jogos que de diferentes formas utilizam deuses em sua estrutura.
1) God of War
O cenário no qual o jogo se passa é a mitologia Grega, onde uma coletânea de histórias, contos e afins incluem os deuses como personagens das histórias. Nesse jogo, o próprio enredo narra a jornada de um mortal, Kratos, lutando para se tornar um deus (o Deus da Guerra... dããã), e nessa jornada ele encontra, interage e PRINCIPALMENTE luta contra vários deuses. Tal qual a mitologia grega, os deuses no jogo são impulsivos, vingativos e se envolvem nos assuntos dos humanos.
2) Castlevania
A franquia existe há muitos anos... décadas na verdade... completará TRINTA ANOS em 2016. Desde 1986 no console MSX (tipo um computador de gerações atrás) até os dias de hoje no PS3 vão-se 35 jogos e as histórias vão cada vez mais se tornando complexas, até porque nos primeiros jogos não havia basicamente histórias, apenas enredos gerais baseado nos filmes e histórias de vampiros (e demais filmes de terror). À medida que os consoles foram melhorando de capacidade de imagem, espaço para vídeos, e com isso os jogos ficaram mais longos e permitiram que as histórias fossem melhor tratadas, e invariavelmente trata da origem dos vampiros. Nisso entra a presença de Deus, já que a origem dos vampiros está ligada com a linhagem dos Belmont e com o conflito de Deus e do anjo caído (mas que eu não vou dar spoiler).
3) Okami
Abordando aqui uma outra visão religiosa totalmente diferente, o jogador controla a deusa Amaterasu, e sua função básica é trazer o mundo de volta à vida, ou de volta á harmonia. As missões do personagem incluem usar tinta sagrada para fazer as árvores mortas brotarem de novo e tal. Diferente da visão colocada nos outros dois jogos aqui mencionados, neste a principal utilização dessa divindade não é luta, mas manter o mundo em harmonia (o que se aproxima um pouco da visão ocidental da teologia).
E caso você esteja se perguntando, a imagem lá em cima é do jogo Civilization V. Nesse jogo há um elemento de jogabilidade interessante envolvendo deuses, já que nesse jogo ao definir a divindade à qual seu povo será fiel. Divindades guerreiras ou pacifistas, ligadas à colheita ou outra característica, será significativo para o desenvolvimento desse povo, permitindo diferentes tipos de construção, entre outras. Esse exemplo mostra como a presença divina pode ser usada na sua realidade social e de como isso impacta a vida de um povo.