Não é novidade para ninguém o fato de que o país enfrenta um período recessivo e os indicadores econômicos, inflação, desemprego, PIB, etc., estão andando para trás. Na verdade existe um contágio de pessimismo neste começo de ano, façamos um teste simples, ao digitar em um buscador da internet ‘Crise no Brasil’ aparecem 37,4 milhões de resultados em 0,36 segundos, enquanto se fizermos o mesmo teste com o termo ‘Como crescer profissionalmente’ encontramos 446.000 resultados em 0,39 segundos. Moral da história, vivemos e alimentamos um processo de crise, não que a culpa direta dos erros na política e economia sejam nossos, mas estamos olhando demais para o problema e deixando de lado as oportunidades que o ano de 2016 nos reserva.
Segundo a teoria econômica, um processo de baixo crescimento é revertido com a ampliação do investimento. O mesmo princípio pode se aplicar a nossa vida profissional e financeira, em um período de crise precisamos investir para crescermos, mas como isto pode ocorrer?
Vejamos duas importantes áreas para investimento: qualificação e finanças pessoais.
Qualificação
- O mercado de trabalho tem fechado vagas em uma proporção superior a abertura. No entanto, existem áreas do mercado com ociosidade de vagas há meses. Logo, ao invés de se lamentar e culpar a crise por um infortúnio na carreira, podemos investir na qualificação. Existem vários cursos presenciais e a distância que podem dar um upgrade no currículo. Para algumas competências básicas como manipulação de planilhas eletrônicas, existem tutoriais na internet gratuitos que podem ser de grande valia. O poder público também oferece oportunidades de cursos profissionalizantes.
- O trabalhador brasileiro precisa ser mais produtivo, e isto virá pela aquisição de novas e melhores competências, então, mãos à obra. Existe um percentual significativo de analfabetismo funcional em parcela da nossa força de trabalho. Precisamos buscar mais instrução, ler mais, o Brasileiro lê em média 2 livros por ano, em uma escola de referência no Japão os estudantes chegam a ler mais de 120 livros por ano. Será que a diferença no padrão de vida dos brasileiros e japoneses é apenas culpa das ‘crises’?
Finanças pessoais
- Muitas pessoas podem estar perdendo o sono com a ampliação das contas a pagar e o achatamento do salário, esta é uma situação que nos leva a cortar desperdícios de nosso orçamento. Em 2016 precisaremos distinguir os desejos das necessidades, promover mudanças de hábitos em nossas casas, seja no consumo de energia, seja nas atividades de lazer. O brasileiro de maneira geral encara a frequência aos shopping centers como atividade de lazer, ou seja, lazer de alto custo, e deixa de lado a oportunidade de utilizar os bens públicos, praias, praças e parques que podem representar atividades mais econômicas e saudáveis.
- Também é hora de checar as cobranças indevidas e o desperdício de recursos. Em 2015 cresceu o número de cobranças indevidas realizadas por bancos. O consumidor lesado deve procurar os órgãos de defesa do consumidor para o devido ressarcimento. O consumidor também pode transformar a sua conta corrente em uma conta gratuita, ou seja, livre de taxas. Alimentação é o destino de grande parte dos recursos das famílias de mais baixa renda, no entanto, o desperdício de alimentos ainda é grande, segundo a FAO 30% dos alimentos são desperdiçados no Brasil, ou seja, você pode reduzir seu gasto com alimentação com um melhor uso.
Outras dicas específicas para o começo do ano são:
- Pagar os impostos de início de ano a vista a fim de obter descontos,
- Comprar material escolar com antecedência e reaproveitar o que for preciso,
- Verificar o material pedido pelas escolas e não comprar itens de uso coletivo,
Ao utilizar nosso tempo em 2016 para investir em nossa formação e nossas finanças, superaremos a crise e sairemos dela mais bem preparados.