Jornalista
Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito presidente da República derrotando em segundo turno o petista Fernando Haddad, interrompendo um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002. A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Aos 63 anos, capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991, Jair Bolsonaro ratificou o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais e em viagens pelo Brasil para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022. Na campanha, por meio das redes sociais e do aplicativo de mensagens WhatsApp, Bolsonaro apostou em um discurso conservador para um país conservador nos costumes, acenou para um discurso liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda.
Sucesso
Com esse discurso e andanças pelo Brasil se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer a corrida presidencial filiado a uma legenda sem alianças formais com grandes partidos, com pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV e distante das ruas na maior parte da campanha, em razão do atentado no qual sofreu uma facada que o perfurou no abdômen.
O gosto da derrota
Após quatro vitórias consecutivas do PT em eleições presidenciais (2002, 2006, 2010 e 2014), o novo presidente eleito se apresenta como um político de direita.
Sem diluir a derrota
Na manhã deste domingo (28), o professor Fernando Haddad recebeu alguns de seus mais antigos assessores em casa. Ciente de que o mais provável era perder mesmo o pleito o petista pediu para que não o abandonassem, pois via risco de ser alvo de uma tentativa de isolamento no PT.
Conforto
Os aliados disseram a Haddad, em resposta, que qualquer que fosse o resultado ele havia vencido, pois sairia maior da disputa. O candidato disse que precisaria de ajuda para enfrentar “o que vai vir pela frente”, abraçou os amigos e chorou.
PT definha e prova do veneno que destilou
Na reta final de aproximação entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na última semana da eleição mostraram que talvez tenha faltado tempo ao petista para se tornar bem mais competitivo do que foi. O tempo passou o PT não aprendeu a perder e foi feio o que Haddad fez, não parabenizou o novo presidente do Brasil, dando sinais de revolta e não aceitação perlo resultado de uma maioria no país.
Acalmando o país
O presidente eleito Jair Bolsonaro, PSL, fez um discurso conciliador nas redes sociais após vitória no pleito deste domingo. "Vamos unir a todos. Não haverá distinção entre nós. Seremos um só povo, um só país. Construiremos então o futuro do nosso Brasil", disse Bolsonaro, em transmissão no Facebook. Bolsonaro usou um discurso conciliador que se difere dos pronunciamentos duros e críticos do período de campanha. Segundo Bolsonaro, a vitória vem "para mostrar que o eleitor brasileiro não é refém desse ou daquele partido. Vocês votaram no candidato do Brasil. Quando assumimos no ano que vem, serei o presidente de todos", afirmou.
Lembranças
Bolsonaro também relembrou o percurso turbulento que enfrentou para vencer - disputa que começou, segundo ele, há três anos. "São quase três anos de muito sacrifício, mas também muito compensador, quando no final de tudo aquilo que plantamos, vem a vitória".