Crias do Curro Velho vai desfilar com sonhos de criança

No carnaval 2018 de Belém, escola de samba reedita enredo para falar de anseios da infância e chamar a atenção para inclusão, sustentabilidade e cidadania

| sex, 19/01/2018 - 17:21
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Completando 27 anos de atividade, o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Crias do Curro Velho leva para as ruas de Belém, este ano, o tema “O que você quer ser quando crescer”, remetendo aos sonhos das crianças e seus anseios para o futuro. O desfile será no dia 3 de fevereiro, às 8 horas, na Praça Brasil, no bairro do Umarizal, em Belém. O bloco também promove a importância da inclusão social das pessoas com deficiência com a companhia “Do Nosso Jeito”, na ala da inclusão.

No carnaval 2018 o Curro Velho reedita o enredo que já foi apresentado anteriormente, “Quando eu crescer eu quero ser/Quando eu crescer eu quero ver”, que nasceu das respostas de crianças e jovens que participam dos projetos da instituição. Com as respostas, os instrutores e responsáveis pelas alas começaram a criar alas, figurinos e personagens. “O carnaval todo o ano tem uma temática diferente, e normalmente a gente pensa em um tema que leve a uma reflexão, tanto dos participantes quanto do público geral que vai assistir ao desfile”, explicou o coordenador do carnaval, Jorge Cunha.

Uma média de 500 pessoas participa do carnaval das “Crias” todos os anos, e atualmente o corpo de instrutores das alas é composto por ex- alunos da escola e de outros projetos da instituição. As temáticas do carnaval, além de trazer reflexões para sociedade, também buscam discutir cidadania, sustentabilidade e relação com o próximo.

Há 20 anos na coordenação da bateria, Muca de Souza dirige 170 músicos, com a participação de crianças e jovens da comunidade, divididos em vários instrumentos. “A bateria é uma ala muito procurada pelas crianças, principalmente as daqui da comunidade. As inscrições esgotaram, e ela agora está praticamente pronta pra ir para a avenida”, destaca Muca de Souza.

Preparando um ritmo de Afroaxé e Olodum, o coordenador revela que a expectativa aumenta todos os anos para a saída do desfile. “A expectativa é a de sempre, de fazer o público vibrar e participar efetivamente do desfile, a ideia é fazer o povo cantar na avenida”, contou.

Inclusão - A ala inclusiva do carnaval traz dançarinos do projeto “Do nosso Jeito”, que é realizado durante todo o ano dentro da instituição, trabalhando as habilidades artísticas de cadeirantes. A instrutora da ala, Jeniffer Soares, conta que os alunos estão empolgados para sair no desfile. “Esse processo de ensaio está sendo maravilhoso, eles estavam de férias, então está todo mundo com a energia lá em cima, querendo se apresentar, porque eles gostam muito e a gente está aqui pra potencializar as habilidades artísticas deles através da fundação”, contou.

O aluno e dançarino Valter Estimado revela que, depois da primeira vez, tem vontade de participar todos os anos. “Ano passado eu participei e esse ano eu estou voltando porque eu achei muito legal, ótimo de estar com as pessoas como os cadeirantes e saber que mesmo em uma cadeira de rodas existe a possibilidade de se divertir e dançar um carnaval”, disse Valter.

Por Ariela Motizuki.

 

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