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Pelo 18º ano, o Encontro de Sanfoneiros do Recife reúne gerações de músicos e fãs do forró e da sanfona, numa celebração a estes instrumentistas e em uma homenagem aquele que imortalizou esta cultura, Luiz Gonzaga. O evento é realizado no restaurante e espaço cultural Nosso Quintal, no Torrões, Zona Oeste da cidade, com duas noites de muita música nordestina e com uma média de 100 sanfoneiros participando do encontro a cada ano. Neste sábado (5), a segunda noite da festa animou o público que compareceu ao local para ouvir e dançar forró.
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O Encontro de Sanfoneiros é uma idealização do produtor Marcos Veloso, que decidiu tirar o Rei do Baião do período junino e fazer com que sua música tocasse também em outras épocas do ano. Além disso, ele também sentiu necessidade de dar mais visibilidade aos sanfoneiros, que sempre ficavam atrás dos cantores nos palcos e apesentações: "Você via os sanfoneiros tocando e os cantores na frente cantando. Quis fazer uma vitrine para eles", disse. E completou: "A sanfona é a alma do forró". Com este mote, nascia o evento que, para Marcos, "não é um festival, é uma confraternização de sanfoneiros".
Pela primeira vez no Encontro, o empresário Ronildo Cantareli acompanhou animado às apresentações. Levado pelo cunhado, o engenheiro Luiz Carlos Borba, Ronildo, delcaradamente fã de forró, garantiu que repetirá a existência: "Adoro Luiz Gonzaga, com certeza todo ano virei aqui", disse. Já Luiz Carlos acompanha o evento desde sua sétima edição: "Venho todo ano e sempre arrasto alguém pra vir comigo", disse. Ele também é um adorador sanfona e confessou que arranha alguma coisa no instrumento. A operadora Jaqueline Costa também estava em sua primeira vez no evento. Levada pelo namorado, o eletrotécnico Albérico Inácio, ela contou que o casal curte junto o ritmo. Albérico, fã do Encontro, deixou um recado: "Adoro esta festa e recomendo para outras pessoas".
Popular e erudito
No dia 22 de dezembro, o 18º Encontro de Sanfoneiros vai levar a música do sertão nordestino para o palco do Teatro Santa Isabel. Pelo quarto ano consecutivo, sanfoneiros de diversos lugares do Estado sobem ao palco do teatro, local onde o velho Lua nunca pôde tocar, para uma noite muita música. "É a parte virtuosa do Encontro", explica Marcos Veloso.
O momento fecha com chave de ouro a homenagem a um dos maiores artistas nordestinos: "Ele era negro, pobre, do Sertão de Pernambuco e revolucionou a música. Ele mostrou a identidade de um povo para o Brasil", concluiu Veloso.
Serviço
18º Encontro de Sanfoneiros
22 de dezembro | 20h
Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio)
R$ 20 e R$ 10
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