Tópicos | Sanfona

O que seriam do forró, xaxado, baião, entre outros ritmos, sem a safona? O instrumento é considerado um dos símbolos da cultura nordestina e um dos responsavéis por embalar as comemorações juninas.

Para conhecer melhor esse instrumento, que também é chamado de acordeão e já foi muito utilizado por nomes consagrados da música, como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, a equipe da TV LeiaJá bateu um papo com o sanfoneiro e multi-instrumentista Neném Oliveira, que falou sobre a sua paixão pela sanfona e "puxou o fole" para o arrasta-pé. Confira a entrevista no vídeo abaixo:

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Entrevista gravada em ambiente aberto e controlado, respeitando o distanciamento social preconizado pelas autoridades sanitárias

Uma viagem por dentro do universo da sanfona e do forró. Assim é o projeto Vou Contar Pra Vocês, que reúne seis aulas-espetáculo com o Mestre Gennaro, para abordar a história da sanfona, do forró, do “arrasta-pé” e a relação com os sanfoneiros mais importantes do Brasil. Os encontros acontecerão nos dias 19, 20 e 21 de novembro e 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Boa Vista, área central do Recife. Para participar, basta se dirigir à bilheteria do teatro uma hora antes do início de cada espetáculo e adquirir o ingresso gratuitamente. Todos deverão usar máscaras. O projeto é da Tangram Cultural, de Germana Pereira, com o incentivo do Governo de Pernambuco por meio do Funcultura.

As aulas-espetáculo são temáticas e envolvem a trajetória do Mestre Gennaro com a sanfona, apresentação das principais composições que influenciaram sua formação musical, a relação da sanfona com o Nordeste, com a paisagem sertaneja, com a seca e com as festas juninas, os diferentes tipos de sanfona e a versatilidade de sons que o instrumento produz, entre outros assuntos. Todos os encontros são gratuitos e contam com recursos de acessibilidade comunicacional, com intérpretes de libras e audiodescritores ao vivo.

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Vou Contar Pra Vocês também está promovendo uma oficina gratuita de sanfona 120 baixos no dia 14 de dezembro, das 9h às 17h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. As vagas são limitadas e para participar é preciso ter uma sanfona 120 baixos e o mínimo de conhecimento sobre o instrumento. Interessados devem se inscrever gratuitamente até o dia 30 de novembro através do e-mail oficina120baixos@tangramcultural.com.br.

Trazida ao Brasil pelos imigrantes europeus e tocada em várias regiões do Brasil, foi nas mãos de Luiz Gonzaga que a sanfona ganhou características nordestinas e passou a fazer parte da cultura da região. “Por um momento achei que a sanfona ia se extinguir. Fico feliz por ela continuar se perpetuando na nossa cultura e me alegra poder contribuir para isso. Sou um sanfoneiro por natureza e vivo da sanfona. Por isso, convido todos que gostam da sanfona ou tem curiosidade sobre a nossa cultura, para participar desses encontros que foram preparados com muito carinho para vocês”, convida Gennaro.

“Vou Contar Pra Vocês é uma experiência única, que vai contar histórias da sanfona de forma didática, divertida e musical, ensinando técnicas de interpretação, ritmo, harmonia e improvisação. É um momento único para emergir nesse enredo cultural e histórico da nossa região”, ressalta a idealizadora e coordenadora geral do projeto, Germana Pereira.

O diretor artístico das aulas-espetáculo, Jair Pereira, destaca a oportunidade das pessoas se aproximarem da arte popular, do forró, da cultura nordestina e da influência da sanfona na música mundial, através da troca de experiências com o Mestre Gennaro. “O poder da palavra é incontestável na construção da identidade cultural dos povos e preservação da arte popular. Gennaro e a proposta do projeto Vou contar pra vocês se completam nesta direção”, finaliza Pereira.

Sobre o mestre Gennaro

Com quase meio século de carreira, Gennaro foi integrante da segunda geração do Trio Nordestino e é hoje considerado uma das maiores referências, no Brasil, como sanfoneiro e compositor de “arrasta-pé’’. Ele conviveu com uma geração consagrada de mitos musicais, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Lindu. Memória viva do forró pé de serra, Gennaro foi homenageado com o título de cidadão pernambucano, em 2019, por seu trabalho de preservação e divulgação da cultura do Estado.

Serviço | Aulas-espetáculo

Ingressos: Para participar, basta se dirigir à bilheteria do teatro, uma hora antes do início de cada espetáculo, e adquirir gratuitamente.

Quando: 19, 20 e 21 de novembro e 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h 

Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna, localizado na Rua da Aurora, nº 457, no bairro da Boa Vista

Observação: É obrigatório o uso de máscara.

Da assessoria

O programa Governo Sombra, da emissora lusitana SIC Notícias ridicularizou a homenagem proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos mortos da Covid-19. A cena do presidente ao lado do ministro Paulo Guedes embalados por uma sanfona durante sua última live, na quinta-feira (25), já havia se tornado piada no Brasil.

Sob a batuta do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e sanfoneiro da banda de forró Brucelose, Gilson Machado Neto, a execução da Ave Maria de Schubert não agradou aos comentaristas portugueses. "Essa música pode ser tanto a Ave Maria do Schubert, como os Parabéns para você [...] a homenagem reproduz o som de gatos que estão doentes", brincou o comentarista Ricardo Araújo Pereira.

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Em uma avaliação sobre a atual condição política do Brasil, João Miguel Tavares parece confuso e questiona, "nós olhamos para aquilo e pensamos: 'o que que aconteceu com o Brasil?'". Aos risos da bancada, o debate prosseguiu com o comentário feito por Bolsonaro sobre o turismo gay no país.

De acordo com a atualização do Ministério da Saúde, o Brasil se aproxima dos 56 mil mortos pela pandemia e tem 1.274.974 infectados.

Acompanhe

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A banda paraense Hits, criada há sete anos pelo músico Marcello Mariano Braga, está ganhando força no Pará e no Nordeste do Brasil. Com elementos como percussão e sanfona, a banda lançou o último EP “É tudo nosso!”, com cinco músicas inéditas, e está finalizando a produção do clipe das músicas “Temporal” e “A dança do caranguejo”, remasterizadas em São Paulo, tudo voltado para a pegada sertaneja.

Hits, hoje com dez integrantes, entre vocalistas, músicos, bailarinos e produção, começou como banda de bailes, e hoje viaja o Brasil inteiro, levando alegria para quem participa dos shows. “Quando a gente percebe que a nossa música está começando a acontecer, que tem aceitação, que até empresários olham para nós com um jeito especial, nos dá alegria e é o reconhecimento de todos os anos de trabalho e dedicação”, explicou Marcello Mariano, músico há 26 anos e um dos vocalistas da banda.

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As músicas da banda já estão entre as mais tocadas nas rádios do Nordeste do Brasil, o que também serve de vitrine para promover os músicos do Pará. “A banda Hits toca boa música e alegria, acima de tudo. Sempre que eu começo um show, digo que a galera pode esperar uma explosão de alegria, porque a banda é muito alegre e concentrada naquilo que faz. Procuramos vender alegria”, disse o músico. 

Hits também faz sucesso no interior do Pará. “A gente procura tocar um pouco da nossa música, do bregaço, muita pisadinha, forró e sertanejo”, disse Marcello Mariano.

Apesar de eclética, a banda foca em estilos como o sertanejo. “Mesmo tocando um ritmo que não é daqui, no nosso CD a gente também coloca ritmos paraenses para não nos distanciarmos da nossa cultura, da nossa identidade musical”, destacou Marcelo.

Com agenda lotada, a banda analisa as propostas para 2020. “Vai ser um ano muito decisivo para a gente. Muita gente quer levar a banda para fora. Tem gente que quer que a gente se mude do Pará, mas ainda temos agenda para cumprir aqui e a gente fica entre a cruz e a espada, sem saber o que de fato vai acontecer”, concluiu o vocalista.

Quem quiser conhecer mais sobre a banda paraense basta seguir nas redes sociais @oficialbandahits.

 

Cultura popular não costuma ser aprendida nos bancos das escolas. O lugar de aprendizado das expressões mais genuínas do povo brasileiro é dentro de casa mesmo, método de ensino que não exige didática específica. A arte do povo é passada, de geração para geração, à medida em que avós, pais, filhos e netos naturalmente convivem. Foi assim na casa de Nadinho, que hoje vê no neto, Allyson, a continuidade da  arte de tocar sanfona.

Aguinaldo Alves de Lima, o Nadinho, aposentado de 67 anos e ‘tocador’ de sanfona há mais de duas décadas, é o responsável por Allyson Martins, de 19, desde o nascimento do menino. À medida que o neto crescia, em sua casa, em Abreu e Lima, o interesse pelo instrumento do avô  foi ganhando espaço: “Toda vez eu via a sanfona em cima da cama, comecei a pegar e quando ele viu, me ensinou”, conta o jovem. Nadinho fez logo gosto pela curiosidade do garoto: “Ele começou pegando devagarzinho, o que eu sabia fui passando pra ele. Depois botei ele no Conservatório. Eu não estudei nada, ele tá no estudo, vai ser melhor do que eu, se Deus quiser”.

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O investimento - de tempo, carinho e estímulo do avô - tem dado certo. Hoje, Allyson trabalha com música e, além de ter tornado a sanfona seu instrumento de profissão, compartilha com o seu ‘mestre’ a paixão por ela: “Para mim é tudo, é o que eu gosto de fazer”, diz com sorriso largo. Seu Nadinho é só orgulho. Ele acompanha o neto nas apresentações, inclusive no Encontro de Sanfoneiros do Recife, que acontece todos os anos no Recife - evento no qual Allyson se apresenta desde os 10 anos de idade. E numa prova de que os ensinamentos da cultura e tradição populares não acabam nunca, o avô garante: “Ele agora tá me ensinando”.  

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No dia 13 de dezembro de 1912, nascia no sertão pernambucano, na cidade de Exu, aquele que se tornaria um dos maiores símbolos da cultura Nordestina. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, ressignificou o uso da sanfona e criou um estilo musical para representar o povo e realidade do Nordeste. Para homenagear essa história e o legado do Mestre Lua, há 20 anos, o Encontro de Sanfoneiros do Recife reúne músicos de todas as partes do Estado para festejar e divulgar esta cultura.

“Um ‘cabra’ negro, pobre, do sertão de Pernambuco, e revolucionou a música popular brasileira”, assim se refere a Gonzagão, Marcos Velozo, realizador do Encontro. Grande fã do Rei do Baião, ele resolveu criar o evento para homenagear o ídolo e, assim, zelar pela tradição por ele deixada. Comemorando duas décadas da festa, neste ano, ele recebeu sanfoneiros de Floresta, Exu, Limoeiro, Caruaru, Passira, Pesqueira, Arcoverde e de Alagoas e Paraíba. “É uma grande confraternização sanfônica”, resume Marcos.

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Esta edição começou na última sexta (1º), e segue por todo o sábado (2), até às 22h, na Praça Luiz Gonzaga, no bairro dos Torrões, zona oeste do Recife. O público poderá conferir o verdadeiro ‘xenhenhém’ e curtir o tradicional forró conduzido por sanfoneiros apaixonados pela arte do baião e pelo instrumento que o imortalizou.

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Nesta terça (13), às 18h, a capital pernambucana será palco para a 19ª edição do Encontro de Sanfoneiros do Recife. O evento, que coincide com o aniversário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, propõe divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações.

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Entre os artistas escalados, a programação conta com Beto Hortis, Marco César, Julio Cesar, Rafael Malaquias, Johnanthan Malaquias, Rubem França, Paulo Henrique dos Oito Baixos e o mestre Chocho com o Chorinho do Nosso Quintal fazem parte da programação. Além deles, haverá participação especial de Juh Lopes, Lourdes Alves, Arlindo Moita e Geno Melo.

O encontro é gratuito e aberto ao público. Já na quarta-feira (14), as comemorações se encerram no Teatro de Santa Isabel, área central do Recife, às 20h, sob a animação de duetos de vários artistas, além de uma apresentação de chorinho com a artista homenageada deste ano, Joana Angélica. A entrada para o segundo dia varia entre R$ 40 (inteira) e R$20 (meia). Confira a programação completa:

Terça-feira (13) |18h

*Dia do aniversário de Luiz Gonzaga

Vários sanfoneiros em homenagens a Luiz Gonzaga, também conhecido como Mestre Lua.

Local:Nosso Quintal (Rua Leila Félix Karan, 15, Torrões - Recife)

Gratuito

Quarta-feira (14) |20h

Duetos

- Marco César x Beto Hortis

- Júlio César x Rafael Marques

- Johnathan Malaquias x Rubem França

- Apresentação Chorinho do Nosso Quintal e homenageada Joana Angélica

 

Teatro Santa Isabel

Praça da República, s/n - Santo Antônio, Recife

R$ 40 e R$ 20 (meia)

Até o próximo sábado (16), Juazeiro da Bahia realiza o IV Festival Internacional da Sanfona. Os visitantes e moradores do local vão conhecer um pouco da sua sonoridade do instrumento, através das técnicas e, além disso, vão aproveitar o ritmo dos acordes nas apresentações musicais e oficinas. 

Nesta quinta-feira (14), o instrumentista Chico Chagas vai promover um workshop de harmonia e acompanhamento da sanfona. Quanto às atrações musicais, o tocador Renato Borghetti, juntamente com o americano Murl Sanders e o Quinteto Sanfônico da Bahia, fazem um concerto para os visitantes, de forma gratuita.

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Entre as atrações que vão se apresentar até o próximo domingo (16), estão Jam Sanfona, Oswaldinho, Vania Tagini, Fagner, Flávio Baião e Silas França. A programação completa pode ser conferida através do site do evento.

 

 

O Teatro Santa Isabel será palco para a cultura popular nordestina no encerramento do 18º Encontro de Sanfoneiros. Nesta terça (22), diversos músicos que tocam estre instrumento se apresentam em memória do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e para exaltar 'a alma do forró', a sanfona. 

Este é o quarto ano que o Encontro realiza essa celebração no Santa Isabel, teatro onde Luiz Gonzaga nunca se apresentou, já que a música popular não tinha espaço em palcos clássicos na sua época. Nesta edição, a cantora Irah Caldeira abre a noite e, em seguida, o Coral da UFRPE, o sanfoneiro Vynicius Amorim, o grupo Choro Sanfonado e a Orquestra sanfônica se apresentam. Fechando a noite, um dos homenageados do 18º Encontro, Beto Hortiz, faz seu show.

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Confira este e muito mais eventos naAgenda LeiaJá.

Serviço

18º Encontro de Sanfoneiros

Terça (22) | 20h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 20 e R$ 10

(81) 3355 3322

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--> Encontro de Sanfoneiros: uma vitrine para a 'alma do forró'

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--> Luiz Gonzaga - O Inventor do Nordeste

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Pelo 18º ano, o Encontro de Sanfoneiros do Recife reúne gerações de músicos e fãs do forró e da sanfona, numa celebração a estes instrumentistas e em uma homenagem aquele que imortalizou esta cultura, Luiz Gonzaga. O evento é realizado no restaurante e espaço cultural Nosso Quintal, no Torrões, Zona Oeste da cidade, com duas noites de muita música nordestina e com uma média de 100 sanfoneiros participando do encontro a cada ano. Neste sábado (5), a segunda noite da festa animou o público que compareceu ao local para ouvir e dançar forró.

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O Encontro de Sanfoneiros é uma idealização do produtor Marcos Veloso, que decidiu tirar o Rei do Baião do período junino e fazer com que sua música tocasse também em outras épocas do ano. Além disso, ele também sentiu necessidade de dar mais visibilidade aos sanfoneiros, que sempre ficavam atrás dos cantores nos palcos e apesentações: "Você via os sanfoneiros tocando e os cantores na frente cantando. Quis fazer uma vitrine para eles", disse. E completou: "A sanfona é a alma do forró". Com este mote, nascia o evento que, para Marcos, "não é um festival, é uma confraternização de sanfoneiros". 

Pela primeira vez no Encontro, o empresário Ronildo Cantareli acompanhou animado às apresentações. Levado pelo cunhado, o engenheiro Luiz Carlos Borba, Ronildo, delcaradamente fã de forró, garantiu que repetirá a existência: "Adoro Luiz Gonzaga, com certeza todo ano virei aqui", disse. Já Luiz Carlos acompanha o evento desde sua sétima edição: "Venho todo ano e sempre arrasto alguém pra vir comigo", disse. Ele também é um adorador sanfona e confessou que arranha alguma coisa no instrumento. A operadora Jaqueline Costa também estava em sua primeira vez no evento. Levada pelo namorado, o eletrotécnico Albérico Inácio, ela contou que o casal curte junto o ritmo. Albérico, fã do Encontro, deixou um recado: "Adoro esta festa e recomendo para outras pessoas".

Popular e erudito

No dia 22 de dezembro, o 18º Encontro de Sanfoneiros vai levar a música do sertão nordestino para o palco do Teatro Santa Isabel. Pelo quarto ano consecutivo, sanfoneiros de diversos lugares do Estado sobem ao palco do teatro, local onde o velho Lua nunca pôde tocar, para uma noite muita música. "É a parte virtuosa do Encontro", explica Marcos Veloso. 

O momento fecha com chave de ouro a homenagem a um dos maiores artistas nordestinos: "Ele era negro, pobre, do Sertão de Pernambuco e revolucionou a música. Ele mostrou a identidade de um povo para o Brasil", concluiu Veloso. 

Serviço

18º Encontro de Sanfoneiros
22 de dezembro | 20h
Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio)
R$ 20 e R$ 10

LeiaJá também:

--> Há 25 anos, Gonzagão nos deixava com sua música

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O Mestre Camarão, um dos maiores acordeonistas do Brasil e fundador da primeira banda de forró do país, morreu na manhã de hoje, 21, no Hospital Santa Joana, onde estava internado desde o dia 18. Reginaldo Alves Ferreira, seu nome de batismo, nasceu no Brejo da Madre de Deus, tinha 74 anos, fez história no cenário musical e desde  maio de 2002, tinha o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. 

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Segundo informações da assessoria do Hospital Santa Joana, Mestre Camarão era paciente renal crônico e deu entrada com quadro de hipertensão arterial severa. O falecimento aconteceu as 8h10 desta terça-feira, após o paciente apresentar complicações cardiorespiratórias. 

Confira o programa Arraiá LeiaJá especial com o Mestre Camarão 

Camarão foi um dos difusores da sanfona no Brasil, tendo começado com a sanfona de 8 Baixos e se tornando um dos mestres de 120 baixos - tornando-se referência na técnica e na formação de sanfoneiros, com mais de 60 anos dedicados ao instrumento. O meste Camarão foi apadrinhado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e foi contemporâneo de outros grandes nomes da sanfona, como Dominguinhos e Arlindo dos 8 baixos. Atualmente o sanfoneiro dava aulas na Escola Acordeon de Ouro, localizada em Areias.

Confira a entrevista que o Portal LeiaJá fez com o mestre Camarão no último São João.

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O Teatro de Santa Isabel será palco para a música popular e regional nesta terça (16). O Encontro de Sanfoneiros do Recife leva, pela terceira vez, diversos sanfoneiros para tocar no teatro onde o mestre Luiz Gonzaga nunca pôde se apresentar. O evento é gratuito e começa às 20h.

O Encontro de Sanfoneiros do Recife acontece há 17 anos com o propósito de divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações. O realizador e produtor do evento, Marcos Veloso, apaixonado pela obra de Luiz Gonzaga, vem trabalhando desde 1998 para manter viva sua memória.

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Programação

Abertura - Vaqueiros e aboiadores encourados / Geno Melo e José Mário Austregésilo

Apresentação - Marcos Veloso

Participação especial - Lêda Dias

Participação - Rubem Braga e Valdir Livramento

Sanfoneiros participantes - Ivison Santos (Caruaru), Luizinho Calixto, Truvinca, Mestre Camarão, Vinicius Soares Amorim (aluno de Camarão), Beto Hortis, Johnanthan Malaquias (Carnaíba) e Mahatma Costa 

Apresentação do homenageado Geraldo Correia

Serviço

Encontro de Sanfoneiro no Teatro de Santa Isabel

Terça (16)| 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Bairro de Santo Antônio)

Gratuito

(81) 3355 3322

O Encontro de Sanfoneiros do Recife acontece há 17 anos com o propósito de divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações. Na edição deste ano, que acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, os homenageados são Geraldo Correia (mestre dos 8 baixos), Pinto do Acordeon, Anselmo Alves, Edinho da Zabumba, Zé Ronaldo da Zabumba e os Bacamarteiros de Abreu e Lima. Em memória, serão homenageados os bacamarteiros Zé Carlos e Cícero Luís. O Encontro acontece no restaurante Nosso Quintal, bairro dos Torrões, e tem entrada gratuita. 

O realizador e produtor do evento, Marcos Veloso, apaixonado pela obra de Luiz Gonzaga, vem trabalhando desde 1998 para manter viva sua memória. Este ano, Marcos levará os sanfoneiros, pela terceira vez consecutiva, para uma apresentação no Teatro de Santa Isabel, onde o mestre da sanfona nunca pôde tocar. A apresentação será no dia 16 de dezembro, às 20h.

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Para esquentar o público para o 17º Encontro de Sanfoneiros do Recife, neste sábado (29), haverá trios de forró pé de serra nos mercados públicos de Casa Amarela, Cordeiro, Madalena, Encruzilhada, Afogados e Boa vista, às 11h. No restaurante Nosso Quinta, das 10h às 12h, acontece uma oficina de sanfona gratuita para quem tiver interesse em aprender a tocar o instrumento. 

Programação

Sexta (5)

Apresentação de O Matuto (Nerilson Buscapé)

Abertura: Pe. Moura e Irah Caldeira

Mostra do documentário Luiz Gonzaga – A luz dos Sertões, com produção executiva de Anselmo Alves.

Apresentação de sanfoneiros, grupo de xaxado Cabras de Lampião (de Serra Talhada), Banda de Pífano de Caruaru Zé do Estado

Show especial de Terezinha do Acordeon, Lula do Acordeon e Ceiça Morenno

Sábado (6)

Apresentação de O Matuto (Nerilson Buscapé)

Apresentação de sanfoneiros

Apresentação da dupla de violeiro Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira

Tributo a Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva com Arlindo Moita, Biliu de Campina, Nerilson Buscapé

Apresentação do homenageado Pinto do Acordeon

Serviço

17º Encontro de Sanfoneiros do Recife

Sexta (5) e Sábado (6)| 18h

Nosso Quintal (Rua Leila Félix Karan, 15 - Torrões)

Gratuito

No penúltimo programa da temporada 2014 do Arraiá LeiaJá, o apresentador Thiago Graf conversa com um dos ícones da sanfona. Reginaldo Alves Ferreira, ou, simplesmente, Mestre Camarão, é um dos principais acordeonista da região, e é o responsável por difundir o instrumento e a autêntica música nordestina.

A sua relação com a música começou quando ele ainda era um menino em Fazenda Velha, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano. Aos 7 anos começou a tocar, inspirado apenas no que via o pai fazer.  "Eu comecei acompanhar meu pai, muito novo. Ele me carregava juntamente com a sanfona durante todo os São Joãos. Eu comecei a tocar com os bacamarteiros, fazendo música para eles", relembra.

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Considerado Patrimônio Vivo da Pernambuco, o apelido que o deixou conhecido veio de um amigo, durante uma apresentação. "Isso foi no auditoria, numa época de muito calor. Eu faz um programa, e um cantor estava me esperando para acompanhar ele. Quando eu cheguei, já cheguei um pouco atrasado e entrei já pra fazer a introdução, mas o cabra não soube entrar. Então ele virou-se pra mim, eu muito vermelho, e disse: 'de novo, Camarão'. E até hoje ficou", relata o mestre.

Confira o programa completo no podcast abaixo:

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Você acompanha o último programa da temporada desse ano no próximo sábado (28). Confira abaixo também o making off de gravação:

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O documentário Dominguinhos entra em circuito comercial na próxima quinta-feira (5) no Cinema São Luiz, localizado no Centro do Recife, às 19h40. Após a sessão, às 21h, acontece debate sobre Cinema, Música e Cultura Pernambucana com um dos diretores do filme, Joaquim Castro, a produtora executiva, Deborah Osborn, e a pesquisadora Eloá Chouzal. Fazem parte da mesa também Nando Cordel e o produtor cultural Roger de Renor.

Já na sexta (6), a filha de Dominguinhos, Liv Moraes, faz pocket show no Museu Cais do Sertão às 19h. Dominguinhos, narrado em primeira pessoa, traz imagens raras de arquivo e conta a vida do músico, cuja importância transcende o ritmo e seu instrumento, a sanfona. O filme também foi dirigido por Eduardo Nazarian e Mariana Aydar. O longa será exibido em Fortaleza, Garanhuns, Salvador e João Pessoa.

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Serviço

Dominguinhos

Quinta (5) l 19h40

Debate às 21h

Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 / Boa Vista - loja 2) 

R$ 4 e R$ 2

(81) 3184 3157

Show Liv Moraes

Sexta (6) l 19h

Museu Cais do Sertão (Av. Alfredo Lisboa, s/n - Bairro do Recife)

Localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, o Bar & Comedoria Sala de Reboco recebeu nesta quinta (20), a 12° edição do Baile dos Artistas Forrozeiros. A casa existe há 15 anos e é um recinto apreciado pelos amantes do forró pé-de-serra. Para Rinaldo Ferraz, dono do estabelecimento "É sempre uma grande satisfação, ver essa comunidade forrozeira aqui na minha casa".

Depois de ter passado por locais como o restaurante Azulzinho, Casa da Rabeca e o Palácio Enéas Freire, sede do Galo da Madrugada, o evento se fixou na Sala de Reboco como conta a idealizadora Terezinha do Acordeom "Desde o ano passado eu decidi que ia ser sempre aqui, afinal é o reduto de forrozeiros e sanfoneiros", Terezinha conta ainda "Eu estou aqui com a adrenalina pura!".

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Na ocasião Derico Alves e Nadia Maia passaram seu reinado para Josildo Sá e Fabiana. Para Nadia Maia, "É um prazer grande, nós que fazemos parte da Nação Forrozeira, ter o nosso baile de carnaval. Um frevo sanfonado, e estar passando o meu reinado para a rainha" de 2014, a cantora Fabiana. Já para Derico Alves, "É uma coisa diferente, esse é o segundo ano que estou participando, e é uma alegria gigantesca. Essa coisa de misturar o forró com o carnaval mostra que realmente o carnaval é multicultural. Que todos os ritmos se juntam e fazem uma festa só".

Josildo Sá é um dos idealizadores do Bloco Sanfona do Povo e do Baile dos Artistas Forrozeiros, mas devido à sua agenda lotada durante o carnaval nunca conseguiu comparecer ao bloco. Este ano o Sanfona do Povo completa 10 anos e por isto, Josildo decidiu que compareceria a todos os eventos. Daí a homenagem da organização, coroando-o como Rei dos Sanfoneiros 2014. A cantora Fabiana ficou lisonjeada com o título de rainha e compartilhou com o público a sua emoção em receber o título.

O quinteto da Sala de Reboco deu início ao forró pé-de-serra que embalou a noite levando o público a se levantar das cadeiras e encher o salão. Nesta hora, as bebidas da casa ainda estavam quentes, mas esfriaram rápido ao passo que na atração seguinte - o espetáculo do sanfoneiro Camarão - já estavam 'prontas para consumo'.

Camarão mostrou aos forrozeiros presentes a razão de ser Patrimônio Vivo de Pernambuco, dando um show ao tocar clássicos do forró e do frevo. Sobre o assunto ele comenta "Todas as músicas bem tocadas são lindas, todo músico tem que ter sentimento para transmitir através do instrumento, o sentimento que ele tem".

Presença ilustre do carnaval pernambucano, Ed Carlos, comenta sobre este evento singular "Essa minha afinidade com o forró vem de muito longe, até por que forró e frevo para mim é que nem feijão com arroz, eu não vivo sem os dois", brinca. Ed Carlos, completa dizendo que já foi rei do Baile dos Astistas Forrozeiros, em 2009, e que "o LeiaJá tem tudo a ver comigo porquê ele está presente em tudo, no forró, no frevo, no maracatu, na ciranda, no Carnaval, no São João. Estamos juntos, sempre exaltando e divulgando a cultura pernambucana".

Uma das grandes atrações da noite, Cezzinha fez sua apresentação sentado pois está com o tornozelo machucado, nas palavras dele, "devido a uma trela". O prestigiado sanfoneiro conta que "Desde o começo que eu faço parte deste evento, que (hoje) é grandioso, não deixando o forró de fora (do carnaval) e ao mesmo tempo a gente faz essa mistura toda que é importantíssima para a cultura nordestina".

O 16° Encontro de Sanfoneiros, que este ano acontece no Recife a partir desta quarta (4) e termina no próximo sábado (7), reúne artistas de vários estados do país que se relacionam com a sanfona. As apresentações acontecem no Teatro Santa Isabel nesta quarta (4), às 20h, e no restaurante Nosso Quinta, no Torrões, na sexta (6) e sábado (7), às 18h. A entrada é gratuita, mas os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência.

Este ano o evento homenageia Truvinca e Waldonys, além dos músicos Dominguinhos, Arlindo dos 8 Baixos, Duda da Passira e Juarez, em memória. Além dos sanfoneiros, o encontro reúne desde 1998 grupos de xaxado, aboiadores, violeiros, bacamarteiros e trios de forró pé de serra com a prooposta de divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações.

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O evento, que busca manter viva a memória de Luiz Gonzaga e o instrumento que o imortalizou, traz a oportunidade de músicos de diferentes regiões de Pernambuco e de outros estados brasileiros trocarem experiências. A ideia teve início no quintal do produtor Marcos Veloso, que mantém no restaurante Nosso Quintal uma parede dedicada à história do Rei do Baião.

Serviço

16º Encontro de Sanfoneiros do Recife

Quarta (4) | 20h; De quinta (5) a sábado (7) | 18h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Bairro de Santo Antônio) e Restaurante Nosso Quintal (Rua Leila Félix Karan, 15 - Torrões)

Gratuito (Ingressos devem ser retirados no local com uma hora de antecedência)

(81) 3228 6846

O sanfoneiro Arlindo dos 8 Baixos, 72 anos, faleceu por volta das 13h desta quarta (23), no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), localizado no bairro dos Coelhos. Considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2012, o músico deixa esposa e quatro filhos. O local do velório ainda não foi confirmado. Entre as opções estão a Assembleia Legislativa e o Forró de Arlindo.

Diabético há 40 anos, Arlindo morreu durante sessão de hemodiálise, que realizava três vezes por semana. Nos últimos cinco anos, a doença se agravou e o artista já havia perdido a visão, amputado as duas pernas e também já tinha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Em 2012, Arlindo não se apresentou durante o São João em virtude da saúde estar debilitada.

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O músico começou a tocar sanfona de 8 baixos com dez anos de idade. Conheceu Luiz Gonzaga em um show no Parque de Exposição do Cordeiro e durante 22 anos tocou com o Rei do Baião. Dominguinhos foi também referência para o artista durante sua carreira.

“O mundo perdeu um dos maiores músicos da face da terra. Tive a honra de conhecer Dominguinhos gravando no Recife, aos meus 17 anos. Ele me ajudou muito, tanto como músico, quanto como pessoa”. Com a voz emocionada o cantor pernambucano Beto Ortiz falou sobre Dominguinhos, que faleceu nesta terça-feira (23), em São Paulo, após lutar contra um tumor e problemas respiratórios.

Segundo Ortiz, o seguidor de Luiz Gonzaga proferiu muitos conselhos. “Quando eu tinha 17 anos, ele chegou para mim e disse: você é um menino novo, toca muito bem, mas, eu não quero que você se envolva com bebida. Quero que você seja um grande profissional”, relatou. “Dominguinhos também me incentivou a tocar e cantar, porque eu só tocava sanfona, completou”, Ortiz.

O último contato que Beto teve com o artista foi na última semana, quando o visitou no Hospital Sírio Libanês. “Foi uma coisa para ficar guardada para o resto da minha vida. Quando cheguei ao hospital, o médico perguntou se eu era um sanfoneiro que sempre acompanhava Dominguinhos nos shows, firme e forte cantando. Respondi que sim e ele perguntou se eu estava preparado para ver ele em outra situação. Quando entrei no quarto e vi como ele estava debilitado, fiquei todo arrepiado. Foi uma emoção muito forte. Mas, procurei não chorar e passar paz para Dominguinhos”, contou.

De acordo com Ortiz, nesta semana, ele e outros artistas estão ensaiando para o show que será realizado na próxima quinta-feira (25), no Chevrolet Hall, em Olinda. Elba Ramalho, Nando Cordel, Fagner, Jorge de Altinho, Geraldo Azevedo, Flávio José e Liv Moraes, filha do compositor, são algumas das atrações que, segundo Ortiz, devem homenagear Dominguinhos. “Nós vamos fazer o show e homenagear Dominguinhos”, afirmou. 















 



















 































As principais festas de São João Brasil afora tem muita coisa em comum. É a época de se esbaldar com as delícias do milho, brincar com fogos de artifício, acender fogueiras e dançar agarradinho muito forró, xote e baião. Mas neste ano de 2013, para muitos, foi um São João de saudades. A fala de Maciel Melo, homenageado da Prefeitura do Recife no Ciclo Junino 2013, resume bem a situação. “Fez muita falta a presença de Dominguinhos nesse São João. Desde que eu me conheço por gente que ele era atração certa nas programações juninas dos principais arraiais do Nordeste”, comentou Maciel.

“Dominguinhos é um gênio da raça. A sanfona nunca mais foi a mesma depois dele. Tá sendo estranho não tê-lo por perto mas ele está em espírito onde a gente vai. Com certeza Dominguinhos está em todos os polos juninos através da sua energia”, concluiu, emocionado, Maciel Melo.

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Sou seguidor de Dominguinhos e isso significa não arredar o pé de nossa verdade", comentou Jorge Altinho ao Portal LeiaJá. De fato, Dominguinhos é daqueles artistas que cantam com a alma. Nascido no dia 12 de fevereiro de 1941, o sanfoneiro teve como mestres Luiz Gonzaga e Orlando Silveira, outros grandes nomes do São João nordestino. 

Nádia Maia, artista pernambucana, também falou sobre a sensação da ausência do mestre da sanfona. “É doloroso porque a gente sabe o carinho e responsabilidade que ele tinha com a música nordestina. Mas a gente canta hoje não com tristeza, e sim com a alegria que ele queria que a gente passasse pro público. Em todos os shows que tenho feito, ele é meu grande homenageado”, disse Nádia. 

“Ele está fazendo uma falta danada. Existem sanfoneiros e gênios e ele é um gênio. Richard Galliano, considerado por ai como o melhor sanfoneiro do mundo, já declarou que aprendeu a tocar o instrumento com Dominguinhos”, revelou o cantor Santanna, colocando a foto do sanfoneiro no lado esquerdo do peito.

Ausência nos palcos - Indiscutivelmente um dos melhores sanfoneiros do mundo, José Domingos de Morais , mais conhecido como Dominguinhos, de 72 anos, se apresentou pela última vez no dia 13 de dezembro de 2012, em Exu, Pernambuco, em uma homenagem aos 100 anos do nascimento de Gonzaga. Quatro dias depois, Dominguinhos foi internado no Recife, com problemas de saúde. Há cinco meses está internado em um quarto de um hospital em São Paulo. 

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