Tópicos | 2013-2014

O prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), apresentou, nesta quarta-feira (26), um balanço dos dois primeiros anos da gestão na cidade. Primeiro gestor de cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) a divulgar dados concretos do andamento do governo, Matuto considerou um resultado positivo nos últimos dois anos. Apesar de, segundo ele, ter recebido o comando da prefeitura com “graves problemas” a gestão segue “em ritmo acelerado”. 

“Foram muitas dificuldades no primeiro ano, mas nós não quisemos chorar pelo leite derramado. Hoje começamos a colher os frutos, aos poucos”, cravou.  Indagado se a prefeitura conseguiu equilibrar a gestão fiscal e retomar os convênios estaduais e federais, o socialista destacou ter conquistado espaço entre as outras esferas de governo. “Deu para equilibrar sim. O grande complicador é que Paulista tem um orçamento que não acompanha as demandas. Você tem diversos problemas com um curto orçamento. Temos que ter criatividade e parcerias com o governo federal e do estado”, pontuou.

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Mesmo com muitos prefeitos enumerando queixas sobre o repasse das verbas do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), Matuto afirmou que em Paulista a ajuda de custo estadual tem sido paga normalmente à prefeitura. “O primeiro FEM investimos 50% na saúde e 50% em educação. Recebemos a primeira parcela do 2º FEM e falta à segunda parcela, estamos fazendo tudo no cronograma, em breve estaremos recebendo”, disse. Apesar de garantir não haver problemas com os repasses do Fundo Estadual, Matuto afirmou que a segunda parcela da primeira etapa do programa ainda não foi entregue aos cofres municipais. 

Quanto aos 30 convênios paralisados no início da gestão, por terem sido deixados pelo governo anterior sem verbas de custeio, o socialista pontuou que atualmente apenas uma delas segue em análise de projetos. “Fizemos um realinhamento de preços e mudamos o planejamento de trabalho para aumentar a meta física. Um exemplo disso é a contenção do avanço do marno Janga, o recurso que era para fazer três pontos fizemos cinco”, esclareceu Matuto. 

Gestão Fiscal é o desafio da Prefeitura de Paulista

Ainda com os avanços enumerados pelo gestor municipal, o equilíbrio fiscal da é um dos principais desafios da gestão para os próximos dois anos, de acordo com o secretário de Administração, Lúcio Genú. Segundo ele, uma das maiores despesas da prefeitura é com o pessoal, o que nos últimos meses ultrapassou a meta estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

“Em agosto fechamos em 55%, em outubro, pelas informações preliminares baixamos dos 54%, sem demissão. O desafio é manter neste nível. Se mantivermos maiores de 54% ficamos legalmente impedidos de realizar convênios”, observou Genú.

De acordo com o secretário, a meta é fechar 2014 entre os municípios capazes de firmar novos convênios estaduais e federais.  “Estamos pagando em dia, antecipamos todos os salários, ao contrário de outros municípios, estamos conseguindo manter a estrutura, mas precisamos fazer uma gestão melhor de despesas de pessoal”, pontuou. “Esperamos ser um dos 80 municípios pernambucanos a poder captar recursos”, acrescentou o secretário. 

Novos convênios

Assim como o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foi convidado para tratar de convênios federais no Ministério das Cidades esta semana, assim que concluiu o balanço do biênio, Júnior Matuto seguiu para Brasília, onde se reúne na tarde de hoje com o ministro Gilberto Occhi. Segundo Matuto o encontro é para afinar os trâmites para o saneamento da cidade. 

"Fomos contemplados para ser a primeira cidade 100% saneada da Região Metropolitana, mas como numa PPP não podia ter recursos federais o projetos foi suspenso e agora será retomado, apenas com o convênio federal", observou. 

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