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O Produto Interno Bruto (PIB) acumulou queda de 7,2% no biênio 2015-2016, informou nesta terça-feira (7)  o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na série de crescimento econômico do IBGE, iniciada em 1948, foi a primeira vez que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Segundo Rebeca, com a queda de 7,2%, é possível dizer que a recessão atual é a pior desde 1948. A pesquisadora relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948.

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Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.

Além disso, a queda anual de 6,6% no PIB da agropecuária em 2016 é a maior da série histórica com a atual metodologia, iniciada em 1996.

11 trimestres de queda

A queda de 2,5% no PIB brasileiro no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior foi o 11º trimestre consecutivo de recuo, informou o IBGE. Apesar da manutenção dos resultados negativos, a perda foi a menos intensa desde o primeiro trimestre de 2015, quando o PIB caiu 1,8%. "A gente continua com taxas negativas, mas taxas menores. A queda veio desacelerando", definiu Rebeca Palis.

O mesmo movimento foi percebido na indústria. A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda em 11 trimestres consecutivos de perdas.

No PIB da Agropecuária, o recuo de 5,0% foi o quarto consecutivo, mas o menos intenso do período. Já o Consumo do governo teve ligeira redução de 0,1%, menor recuo em sete trimestres seguidos de perdas.

A retração de 2,9% no Consumo das famílias no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre de 2015 completou oito trimestres consecutivos de quedas, mas foi o menos intenso desde o segundo trimestre de 2015.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que indica o cenário de investimentos, despencou 5,4%, mas teve o recuo menos intenso em 11 trimestres seguidos de perdas. Com a queda de 2,4%, o PIB de Serviços recuou por oito trimestres consecutivos.

Já as exportações brasileiras tiveram recuo de 7,6% no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior, a primeira queda após sete trimestres seguidos de altas. A redução de 1,1% nas importações foi o menor recuo em nove trimestres seguidos de perdas.

Indústria extrativa mineral

O PIB da indústria extrativa mineral cresceu 0,7% no quarto trimestre de 2016 na comparação com o período imediatamente anterior, segundo dados do IBGE.

Já a indústria de transformação apresentou queda de 1% na mesma base de comparação. Enquanto isso, a construção retraiu 2,3%. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou variação negativa de 0,1% no trimestre.

Nos serviços, todas as atividades apresentaram resultado negativo, especialmente os serviços de informação (-2,1%) e transporte, armazenagem e correio (-2%), seguidas por comércio (-1,2%), outros serviços (-0,9%), intermediação financeira e seguros (-0,7%), administração, saúde e educação pública (-0,6%) e atividades imobiliárias (-0,2%).

O consumo das famílias caiu 4,2% em 2016 ante 2015. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta terça-feira (7), os resultados das Contas Nacionais Trimestrais que contaram com os números do Produto Interno Bruto (PIB).

No quarto trimestre de 2016, o consumo das famílias caiu 0,6% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2015, o consumo das famílias mostrou queda de 2,9%.

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O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6% em 2016 ante 2015. No quarto trimestre de 2016, esse indicador subiu 0,1% em relação ao terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2015, o consumo do governo mostrou queda de 0,1%.

Revisões do PIB

O IBGE também anunciou que revisou o PIB do terceiro trimestre de 2016 na comparação com o período imediatamente anterior, que passou de queda de 0,8 % para recuo de 0,7%.

O órgão também revisou a taxa do PIB do segundo trimestre de 2016 ante o primeiro trimestre de 2016, de -0,4% para -0,3%. Já o PIB do primeiro trimestre de 2016 na comparação com o período imediatamente anterior foi de -0,5% para -0,6%.

Enquanto isso, o PIB do quarto trimestre de 2015 ante o terceiro trimestre de 2015 foi de -1,1% para -1,2% Por último, o PIB do terceiro trimestre de 2015 frente o segundo trimestre de 2015 passou de -1,6% para -1,5%.

A Força Sindical considerou "pífio" o crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e afirmou, em nota assinada pelo presidente da entidade, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), "que o desempenho é resultado da equivocada política de governo e da incompetente equipe econômica".

Paulinho avaliou que o "pibinho, aquém de quaisquer expectativas, é decepcionante para toda a classe trabalhadora". O parlamentar lembra, no documento, que o PIB de 0,9% irá impactar no reajuste do salário mínimo em 2014, que será feito a partir da inflação mais a variação do indicador de 2012. "Infelizmente, com esta nefasta política econômica, o governo prejudica os trabalhadores, enfraquecendo a renda e, consequentemente, injetando desânimo no mercado interno".

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Como sugestão, sem propostas específicas, o presidente da Força Sindical avalia, na nota, que o governo precisa, "em sintonia e diálogo com os trabalhadores e com todo o setor produtivo, aprofundar a política de fomento à economia, visando, com ações proativas, um desenvolvimento sustentável".

Defesa

Num contraponto às críticas do dirigente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Teixeira (PT) saiu em defesa da política econômica do governo Dilma Rousseff, alegando que o baixo crescimento do PIB em 2012 é um "reflexo da crise europeia" e deve ser superado já em 2013 devido às "medidas econômicas" adotadas pelo governo.

"O Brasil está contornando a crise europeia e eu creio que esse índice, que é um índice muito baixo, tende a crescer em razão de todas as medidas que foram adotadas pelo governo da presidenta Dilma Rousseff", afirmou o petista nesta sexta-feira após evento na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no centro da Capital.

Para o petista, a taxa de investimento em relação ao PIB, que fechou o ano em 18,1% ante 19,3%, em 2011, tende a aumentar neste ano devido às novas regras de retorno de investimento das novas concessões. "Acho que o problema da taxa de investimento está sendo resolvido com a definição de uma taxa de retorno do investimento em concessões mais alto. Isso eu acho que resolve o grande problema do investimento", disse.

O deputado lembrou que o governo petista já enfrentou a crise de 2009, deflagrada nos Estados Unidos, e, na sua visão, esse momento foi "superado". "Depois de 2009 nós entramos em uma crise que aprofundou a crise do capitalismo internacional e repercutiu no Brasil", afirmou.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou aumento de 0,90% em 2012 ante 2011, anunciou na manhã desta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções (de 0,80% a 1,20%) e ficou em linha com a mediana projetada de 0,90%.

No quarto trimestre de 2012, o PIB cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior, resultado dentro das estimavas dos analistas, que iam de alta de 0,40% a 1,00%, com mediana de 0,80%.

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Na comparação com o quarto trimestre de 2011, o PIB apresentou alta de 1,40% no quarto trimestre de 2012, dentro das estimativas do AE Projeções, que variavam de 0,90% a 2,10%, e abaixo da mediana de 1,60%.

Ainda segundo o IBGE, o PIB de 2012 totalizou R$ 4,403 trilhões.

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