Tópicos | Ação eleitoreira

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) rebateu, em nota encaminhada à imprensa, os argumentos do governador Paulo Câmara (PSB) e seus aliados que classificaram o pedido do colegiado para que seja solicitada a ajuda das Forças Armadas visando conter os índices de violência no estado como “eleitoreira”. Assinada pelo líder da bancada, deputado Silvio Costa Filho (PRB), o documento diz que lamenta “profundamente a postura” do pessebista ao “ reduzir o drama enfrentado pela população”. 

“Não admitimos que os mais de 12 mil assassinatos nos 32 meses de vossa gestão sejam tratados desta forma, nem tampouco os quase 85 mil casos de roubos e assaltos, os mais de 20 mil casos de violência contra mulher, nem os mais de 1.300 registros de estupros. O que o governador do Estado classifica de ação eleitoreira, na verdade é o drama vivido no dia a dia por milhões de pernambucanos, do litoral ao sertão”, destaca no texto. 

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Na nota, a bancada afirma que a preocupação deles com o crescimento da criminalidade no estado não é apenas do grupo, mas de outras entidades. “O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por exemplo, relembrou em nota recente que Pernambuco foi responsável por metade do aumento da criminalidade registrado no país registrado este ano, enquanto estamos vizinhos como a Paraíba e a Bahia apresentam queda nos índices de homicídios. Estariam todos com ação eleitoreira?”, indaga.  

A oposição sustenta também no documento que “diferentemente do que afirma o governador à imprensa, a escalada da violência é reflexo da forma como a segurança é tratada em sua gestão”.  O grupo lembrou que apesar de esta semana ter sido incluído 1,5 mil novos policiais no efetivo do estado outros 1.576 militares já com previsão de aposentadoria a partir dos próximos meses. 

“A Bancada de Oposição vem tratando deste tema e cobrando ações emergenciais desde o início da atual gestão. Solicitamos audiências com o governador, assento para a Assembleia Legislativa no comitê gestor do Pacto pela Vida, instalação de Gabinete de Crise, convocação da Força Nacional, entre outras medidas. Mas, infelizmente, tivemos apenas o silêncio como resposta. Esperamos que, agora que o governador Paulo Câmara resolveu romper o silêncio, que o Governo do Estado tenha o equilíbrio e a responsabilidade necessária para compreender e agir, de maneira enérgica e estrategicamente, para tirar o Estado desta grave crise”, destaca a nota.

Por fim, o colegiado diz que sempre se colocou à disposição para ajudar a construir uma saída para essa realidade. “Se alguém tem a intenção de eleitoralizar esse debate, não somos nós”, conclui.

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