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O desaparecimento de um adolescente de 13 anos terminou com final feliz na cidade de São Paulo. Após perceber que o menino saiu em sua bicicleta e demorava a voltar, a família deu queixa do sumiço. A ação, que mobilizou agentes dos setores de inteligência das polícias paulistas na última segunda-feira (15), só terminou pouco mais de 24 horas depois. O empenho de uma equipe da Polícia Militar (PM) permitiu o resgate do jovem no Terminal Rodoviário da Barra Funda, região oeste da capital.

Segundo a família, as forças de segurança pública foram avisadas do sumiço do jovem logo após os próprios parentes iniciaram uma busca pela região da Aclimação, bairro em que residem. Ainda de acordo com os mais próximos, o menino não costuma ter atitudes preocupantes. Entretanto, no dia do desaparecimento, a avó do adolescente encontrou um mapa com alguns pontos da cidade que o avô o incentivara a conhecer, o que pode ter motivado a escapada do menor.

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O papel encontrado pela avó tornou-se então peça importante na busca pelo menino. A PM espalhou o comunicado do desaparecimento nos pontos marcados no mapa com as características físicas do adolescente. Ao serem comunicados que alguém parecido estava no Terminal Rodoviário da Barra Funda, uma equipe do 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) entrou em ação. "As ocorrências que marcam a vida de um policial são partos e encontro de desaparecidos. É uma satisfação enorme ter ajudado", comentou o soldado Ednilson Batista de Souza.

Na abordagem, o jovem foi identificado e houve a constatação que era a pessoa dada como desaparecida. A família foi comunicada pela polícia, se deslocou ao terminal rodoviário, apresentou a documentação do menor e o levou para casa a salvo.

Duas das três vítimas baleadas pelo administrador de empresas Fernando Gouveia na manhã de quinta-feira (18), na Aclimação, zona sul de São Paulo, apresentaram melhora no quadro de saúde. O técnico em enfermagem Márcio Teles de Lima, de 27 anos, atingido no rosto, deixou a UTI do Hospital Alvorada neste domingo (21) e o oficial de Justiça Marcelo Ribeiro de Barros, de 49 anos, alvejado no peito, deveria deixar a UTI do Hospital Bandeirantes nesta segunda-feira, de acordo com a assessoria da unidade. A psicóloga Silvia Helena Godin, de 45 anos, também atingida no rosto por Gouveia, estava internada no Hospital São Camilo, mas não teve o estado de saúde divulgado a pedido da família.

Os três foram atacados por volta das 8h20 de quinta-feira, quando o oficial, o enfermeiro e outros integrantes de uma equipe médica compareceram à casa onde estava Gouveia para cumprir um mandado judicial autorizando sua internação. Com distúrbios psicológicos, segundo a família, o administrador atirou contra o grupo, atingindo até mesmo Silvia, sua amiga e proprietária da residência. Depois do crime, Gouveia se trancou no sobrado e só se rendeu após quase nove horas de negociação com a Polícia Militar.

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As vítimas receberam o primeiro atendimento no Hospital do Servidor Público Municipal (HSAPM). Com um dos quadros mais delicados, o oficial de Justiça levou um tiro que passou rente ao coração e perfurou seu pulmão. Antes que seu quadro se estabilizasse, ele teve uma hemorragia grave e foi submetido a uma drenagem que removeu cerca de um litro de sangue infiltrado no órgão.

O técnico em enfermagem, por sua vez, foi alvejado na face e teve o maxilar quebrado com a bala, que se alojou na sexta vértebra cervical, um pouco abaixo do pescoço. Nem ele nem o oficial tem previsão de alta hospitalar. Gouveia continua preso na carceragem do 31.º Distrito Policial (Vila Carrão), destinada a pessoas com nível superior. Ele deve ser indiciado por seis ou até oito tentativas de homicídio (dependendo do entendimento do Ministério Público sobre o caso).

O administrador de empresas Fernando Gouveia, de 33 anos, continua preso na carceragem do 31º Distrito Policial (Vila Carrão) neste sábado (20), sem previsão de transferência para uma unidade psiquiátrica, de acordo com funcionários do local. Gouveia vai responder por tentativa de homicídio, depois de atirar contra seis pessoas, atingir três - um oficial de justiça, um enfermeiro e sua própria amiga - na quinta-feira, 18.

Por volta das 8h20 de quinta-feira, um oficial de justiça, três enfermeiros, um psiquiatra e o advogado da família foram dar cumprimento à uma ordem judicial, cuja determinação era a interdição de Gouveia. Ele seria levado para uma avaliação psiquiátrica seguida de internação em uma clínica no interior de São Paulo. O administrador estava na casa da psicóloga Silvia Helen Gomes Cardim Moreira Guerra, na Rua Castro Alves.

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Desconfiado, Gouveia, considerado uma pessoa com esquizofrenia pela família, reagiu à internação e atirou contra o grupo. O oficial de justiça, Marcelo Ribeiro de Barros, de 49 anos, um dos enfermeiros, Márcio Teles de Lima, de 27 anos, e a psicóloga, Silvia Helen, foram atingidos.

A polícia foi acionada e o administrador se escondeu no interior do sobrado. A negociação durou quase nove horas. Após se render, ele foi levado primeiramente ao 6º DP (Cambuci) para prestar depoimentos, passou no Instituto Médico Legal (IML), onde afirmou ter agido em legítima defesa e, por fim, preso no 31ºDP.

O delegado que o interrogou, José Gonzaga Marques, titular do 6ºDP, afirmou que ele falou com clareza, e raciocínio lógico. Segundo o atirador, o grupo não se identificou ao entrar na residência e ele pensou ter a casa invadida por ladrões.

Marques deve relatar à Justiça as condições psicológicas do atirador no momento do crime. Se comprovada, em laudo, a insanidade de Gouveia durante a ação, ele não responderá pelas tentativas de homicídios. A orientação é de que ao invés de preso, ele seja encaminhado a um hospital de custódia.

 

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