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Com 9,32% das seções apuradas em Salvador (BA), o candidato do DEM, ACM Neto, tem 53.307 votos e lidera a apuração com 44,69% dos votos válidos. O candidato do PT, Pelegrino, vem na sequência com 45.572, ou 35,69% dos votos válidos. Mário Kertese, do PMDB, (11.549 votos) está com 9,68%. Os números são Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Pesquisa boca de urna feita pelo Ibope indica segundo turno em Salvador. O candidato do PT a prefeito, Nelson Pelegrino, tem 43% das intenções de voto. O candidato do DEM, ACM Neto, tem 36%.

O Ibope ouviu 4.000 eleitores e registrou a pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número de protocolo BA-00541/2012. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

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A coordenação de campanha do deputado ACM Neto (DEM) à prefeitura de Salvador conseguiu na Justiça a retirada, da propaganda eleitoral do petista Nelson Pelegrino, do vídeo e do áudio de trecho de um discurso que Neto fez em 2005, na Câmara, no qual dizia que daria "uma surra no presidente da República" - à época, Luiz Inácio Lula da Silva.

As imagens vinham sendo usadas pela campanha do petista Nelson Pelegrino desde a semana passada e a fala de Neto foi citada pelo ex-presidente Lula em comício realizado na capital baiana, na sexta-feira. No palanque, Lula disse que "se esse cidadão (Neto) teve a coragem de dizer que queria bater no presidente, imagine o que ele não vai fazer com um camelô de Salvador."

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Na liminar, o juiz eleitoral Paulo Casali Bahia alega "desvirtuamento do contexto" do trecho exibido na campanha petista, para "transmitir ao eleitorado a ideia de que o impetrante seria capaz de praticar atos de agressão contra qualquer pessoa, sem qualquer justificativa ou fundamento".

Antes da decisão, ACM Neto vinha ocupando parte de seus pouco mais de cinco minutos de propaganda para justificar a ameaça. "O discurso foi feito sete anos atrás, na época em que eu estava investigando o mensalão e minha família estava sendo ameaçada pelo governo do PT, e eu reagi", disse em seus mais recentes programas eleitorais.

À época, Neto participava da CPI dos Correios e havia a suspeita de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava monitorando os integrantes da CPI. "Reagi, realmente, de forma indevida, não tinha a experiência que tenho hoje", justificou. "Mas o mais importante é que os réus do mensalão estão sendo julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal."

O deputado e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, ACM Neto (DEM), comemorou no início da tarde desta quarta-feira (20) a aliança do o Partido Trabalhista Nacional (PTN), que será oficializada à noite.

ACM Neto também adiantou que o partido está “negociando outros apoios”. A decisão de marchar junto com o DEM nas eleições de Salvador este ano foi tomada pelo PTN na noite desta terça-feira (19).

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Com esta aliança, a pré-candidatura do Democratas conta com cinco partidos em sua coligação, que é composta pelo DEM, PV, PSDB, PPS e PTN.

Mesmo sem conseguir costurar a "união das oposições", que vem sendo negociada na Bahia desde o início do ano passado entre os três principais partidos de oposição ao governador Jaques Wagner (PT), DEM, PSDB e PMDB, o DEM anunciou, na tarde desta sexta, em Salvador, a pré-candidatura do deputado ACM Neto à prefeitura da cidade.

"Viemos fazer uma convocação, em nome do partido, para que ele aceite disputar a prefeitura", justificou o presidente nacional da legenda, senador Agripino Maia (RN), presente no evento, junto com toda a direção do partido na Bahia e com 12 deputados federais da legenda.

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"Ele é líder do partido, apesar da pouca idade, tem uma força de trabalho extraordinária e está muito bem nas pesquisas. Ele poderá ser o mais importante dos candidatos a prefeito do partido no País. A eleição de ACM Neto à prefeitura é, para nós, emblemática."

O deputado aceitou a proposta. Chorou ao ler uma carta de Jorge Amado a seu avô, o senador Antônio Carlos Magalhães, e disse que, se eleito, vai fazer de seu mandato um "ato de amor" por Salvador. "Estou diante do maior desafio da minha vida", disse. "Não tenho o direito de errar e não vou errar."

Sobre a articulação com outros partidos, ACM Neto disse que vai continuar negociando. "São até dez partidos que podem caminhar conosco nessa proposta de construir um futuro diferente para Salvador", afirma. "Mas é claro que nem todos podem confirmar essa aliança."

O pré-candidato pelo PMDB ao pleito, o ex-prefeito e radialista Mario Kertész, mostrou descontentamento com a posição do DEM. Em seu programa na Rádio Metrópole, ele não escondeu a contrariedade com o que chamou de "decisão unilateral" do DEM. "Se não houver unidade da oposição, vamos repetir 2008, quando (a oposição) não chegou sequer ao segundo turno (disputado pelo prefeito João Henrique, então no PMDB, que disputava a reeleição, e o petista Walter Pinheiro, hoje senador)."

O PSDB na Bahia não se pronunciou oficialmente sobre a pré-candidatura de ACM Neto. Na semana passada, em reunião da executiva do partido no Estado, ficou definida a posição da legenda de continuar buscando a unidade das oposições. Caso não seja concretizada, o grupo propõe o nome do deputado Antonio Imbassahy, ex-prefeito de Salvador, para o pleito.

Nos bastidores, comenta-se o possível acordo pela troca de apoios entre PSDB e DEM em São Paulo e Salvador - o DEM apoiaria o tucano José Serra na capital paulista em troca do apoio do PSDB à candidatura de ACM Neto. As lideranças dos dois partidos na Bahia, porém, negam que exista tal acordo, o que foi ratificado por Agripino nesta segunda. Ele, porém, afirma querer que ele seja concluído. "Não fechamos nada, mas é desejo nosso que o acordo aconteça", afirma.

Demóstenes - O líder do DEM também nega que as investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as relações do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários possam enfraquecer a imagem do partido - e prejudicar o desempenho da legenda nas eleições.

Um dos envolvidos nas investigações é o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que integrava o DEM até pedir a desfiliação da legenda, no início do mês. "Pelo contrário, nosso partido sai fortalecido, porque o eleitor vai ver que a gente fez o que os outros partidos não fizeram", avalia. "O Democratas cortou na carne, coisa que nem o PT, nem os outros partidos que estão acusando tiveram coragem de fazer. O eleitor está cansado de ouvir palavras da boca para fora e, na hora da ação, ficar como o que o PT fez."

Depois da deputada Alice Portugal, do PC do B baiano, partir para o ataque, ontem, no Twitter, contra o colega ACM Neto, do DEM da Bahia, por causa das acusações contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, hoje quem usou a rede social para agredir o líder do Democratas na Câmara foi o secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo da Bahia, Ney Campello, também correligionário do ministro.

Ontem, a deputada disse que ACM Neto "representa o que há de mais retrógrado, elitista e autoritário na política nacional". Hoje, Campello foi bastante mais agressivo. "O pequeno metralha, ACM Neto, terá a devida resposta a suas acusações contra o ministro Orlando...", disse o secretário, em sua página no Twitter. "Quadrilha e bandido são do universo familiar de grampinho e seu inesquecível avô!"

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No complemento, Campello fez referência ao escândalo dos grampos, descoberto pela Polícia Federal em 2003. À época, foi constatado que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia aproveitou investigações criminais para monitorar desafetos e concorrentes políticos do então senador Antônio Carlos Magalhães (morto em 2007).

Também pelo Twitter, ACM Neto havia dito, ontem, que viu que tinha sido atacado por "alguns integrantes do PC do B" no site. "Juro que não esperava tanto desespero...", ponderou.

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