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O candidato do União Brasil ao governo da Bahia, ACM Neto, que disputará o segundo turno das eleições na Bahia contra o ex-secretário da Educação Jerônimo Rodrigues (PT), decidiu se manter distante da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e não vai declarar apoio para a disputa ao Palácio do Planalto. Para analistas ouvidos pelo Estadão, o ex-prefeito de Salvador pode até perder votos se declarar apoio a Bolsonaro.

Na disputa pelo governo do Estado, ACM Neto, que figurava como favorito nas pesquisas, obteve 40,88% dos votos válidos e Jerônimo, apoiado por Lula, seu principal cabo eleitoral, surpreendeu e ficou com 49,45%, faltando pouco para a vitória em primeiro turno. O resultado foi bem diferente das pesquisas divulgadas na véspera por institutos como Ipec e Datafolha, que mostravam ACM Neto com 51% dos votos válidos.

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O ex-ministro da Cidadania de Jair Bolsonaro, João Roma declarou apoio ao ex-prefeito. Roma, que foi aliado de ACM Neto, mas hoje é seu desafeto, ficou em terceiro lugar nas urnas, com pouco mais de 738 mil votos ou 9,08% do eleitorado.

Em uma live feita pelo Instagram na terça-feira (4), o ex-ministro justificou que o "principal adversário na Bahia e no Brasil é o PT". Porém, "para ganhar os eleitores bolsonaristas", na visão de analistas, o ex-prefeito de Salvador precisaria apoiar Bolsonaro.

Esse apoio, porém, pode trazer mais prejuízos do que benefícios nas urnas, uma vez que o associaria ao presidente e poderia. No primeiro turno da eleição presidencial, a diferença entre as votações de Lula e Bolsonaro na Bahia foi maior que a média nacional. O petista foi votado por 69,6% dos eleitores do Estado, enquanto o candidato à reeleição teve 24,3% dos votos. Em todo o País, o placar ficou 48,43% para Lula, ante 43,2% para Bolsonaro.

"Ele não podia apoiar Bolsonaro (no primeiro turno), se não, teria menos votos. Seria um suicídio", afirmou o cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Jorge Almeida. A mesma desvantagem ocorreria em uma associação a Roma. Para Almeida, seria "o beijo na serpente". "Vai ficar clara a identificação com Bolsonaro", disse.

"ACM Neto não vai procurar Bolsonaro, porque Lula teve quase 70% dos votos na Bahia. Ninguém pede voto contra Lula na Bahia. Não apoiar Bolsonaro foi pura estratégia política", afirmou o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), condenado por lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-prefeito de Salvador, portanto, continua "neutro" e não quer se associar à polarização da eleição presidencial, mesmo após Bolsonaro demonstrar interesse em uma aproximação entre os dois. O presidente afirmou se colocar "à disposição" de ACM Neto, em coletiva realizada nesta semana.

Para o cientista político e professor da UFBA Cloves Oliveira, membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), colocar-se "em cima do muro" pode ser sua única saída para ACM Neto.

"O partido dele não tem (candidato a) presidente para validar e mobilizar votos em favor, numa escala regional. Então, ele tem que se articular numa função independente, porque Lula goza de enorme prestígio na Bahia, capaz de conseguir 70% dos votos", disse. A candidata do União Brasil à Presidência foi a senadora Soraya Thronicke, que recebeu 600.955 votos.

João Roma vê essa neutralidade como "o grande erro" de ACM Neto nessas eleições. "Não definir uma visão para o Brasil faz ele perder força, porque as pessoas buscam um líder que aponte caminhos. A eleição geral está muito mais forte e ele tentou negar e fugir disso desde o princípio, amedrontado com o cenário as pesquisas", afirmou ao Estadão.

"Passei pelos governos de Dilma (Rousseff), (Michel) Temer e Bolsonaro e Salvador nunca teve prejuízo. Se eu tiver oportunidade de ser governador da Bahia, estarei pronto para governar com quem o Brasil escolher. O baiano quer ver o governador da Bahia construindo pontes, dialogando com o governo federal. Essa linha que vamos apresentar aos baianos, pois é a linha mais coerente", disse ACM Neto em entrevista a uma rádio do município de Vitória da Conquista, na quarta-feira (5).

A força PT na Bahia

Na visão do cientista político Cloves Oliveira, não acreditar nessa força de mobilização do PT no Estado também foi um dos desacertos da campanha de ACM Neto. "A reeleição dá uma vantagem muito grande ao mandatário. Desde que Jaques Wagner se elegeu, em 2006, ele tem puxado para sua base todos os políticos e lideranças influentes da região, articulando junto aos prefeitos do Estado, e o governo estadual tem sido uma força centrípeta", afirmou.

No primeiro turno, Jerônimo teve 703.119 votos a mais que ACM Neto. Essa preferência pelo petismo também foi confirmada no Legislativo. ACM Neto não só não conseguiu eleger seu candidato ao Senado, Caca Leão (PP), como não terá maioria na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se for eleito.

A coligação de Jerônimo conseguiu eleger 35 deputados de um total de 63 cadeiras da AL-BA, enquanto a base de ACM elegeu 24. Apesar disso, o União Brasil ganhou duas cadeiras, enquanto o PT perdeu duas. Na Câmara dos Deputados, a bancada baiana de seu partido tem um deputado federal a menos, mas os dois estão empatados se considerada toda a coligação.

A declaração do candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) como pardo rendeu desgastes durante o último debate, antes do primeiro turno, na TV Bahia, anteontem. Chamado de "afroconveniente" pelo ex-aliado e hoje adversário João Roma (PL), Neto disse que foi amigo do ex-ministro durante 20 anos e que "a característica principal dele é a deslealdade e sede de poder".

Em resposta, Roma afirmou que "passou 20 anos limpando o chão para ACM Neto" e que o ex-prefeito de Salvador tem "sanha de poder". O ex-ministro disse ainda que, quando foi convidado por Jair Bolsonaro para assumir a pasta da Cidadania, Neto foi contra. "Podia ser qualquer um, desde que não fosse eu, o amigo."

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Roma ironizou Neto ao afirmar que, em 20 anos de amizade, nunca o ouviu dizer que é "negão". Segundo Neto, ele se declara pardo desde 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um policial que atuava na segurança do candidato ao Governo da Bahia ACM Neto, o sub-tenente Alves, foi morto numa ação da Polícia Militar na noite da terça-feira (27), em Itajuípe, no interior do Estado. Um outro policial da segurança de ACM Neto também foi baleado e está internado no Hospital Regional de Itabuna. 

Os assessores estavam dormindo num hotel e preparavam o roteiro para uma agenda do candidato, quando equipes da polícia invadiram o quarto atirando. De acordo com o Bahia Notícias, os policiais teriam recebido a informação de que um traficante de drogas estava na pousada e confundiram os seguranças com criminosos. 

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No Twitter, ACM publicou: “Estamos todos consternados com a morte do sub-tenente Alves e rezando pelo pronto restabelecimento do sargento D’Almeida. Apresentamos nossa total solidariedade com os familiares, e informamos o cancelamento de nossa agenda de hoje. Nesse momento, estamos em luto pelo ocorrido”. 

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Candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil) afirmou ao Estadão que sempre se identificou como pardo. No pleito deste ano, a autodeclaração do ex-prefeito de Salvador tem gerado controvérsias. Ele avalia que críticas representam "falta de caráter" e "desespero" dos adversários. O candidato também negou ter passado por qualquer procedimento de bronzeamento artificial.

Conforme levantamento do Datafolha, divulgado na quarta-feira, 21, ACM Neto lidera a disputa na Bahia com 48% da intenção de voto. Mas a vantagem sobre o segundo colocado, Jerônimo Rodrigues (PT), voltou a diminuir e, agora, é de 17 pontos porcentuais.

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"Sempre me identifiquei como pardo. Veja que em 2016, quando não havia fundo eleitoral, não havia financiamento partidário e não havia definição de cotas, eu já me autodeclarava dessa forma. É assim que eu me identifico e a autodeclaração, entendo eu, que é resultado da sua identificação", disse.

Em 2020, o TSE decidiu que a distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de propaganda eleitoral gratuita deve ser proporcional ao total de candidatos negros que o partido apresentar ao pleito.

Segundo ele, seus adversários não têm o que falar dele. "Então criam esse tipo de discussão que não tem absolutamente nenhum impacto concreto sobre as pessoas, pra tentar desviar o foco do essencial que são os problemas da Bahia."

Ele também deu a entender que os questionamentos relativos a sua autodeclaração se dão por não ser um "político de esquerda". "Quando você olha do lado dos meus adversários que estão me atacando, o atual governador da Bahia, Rui Costa, do PT, que tem uma cor de pele igual a minha, também se declarou pardo quando disputou a eleição em 2018. O candidato a vice-governador do PT que tem uma cor de pele igual a minha, também se declarou pardo agora nessa eleição, Geraldo Junior. A deputada federal Alice Portugal do PCdoB que é muito mais clara do que eu, tinha uma declaração anterior de branca e agora se declarou parda", declarou.

"Agora toda essa discussão acontece em torno de mim, por quê? Somente políticos de esquerda podem ser pardos ou se autodeclararem como pardos? Eu não entendo isso, não concordo e estou muito tranquilo em relação a isso", completou.

ACM Neto também pediu respeito, pois, na opinião dele, na política "não vale tudo". "Existe um limite para as coisas. A pessoa tem que ser respeitada na sua individualidade, como se enxerga, a gente tem que respeitar as pessoas."

‘Bronzeado’

A polêmica alcançou o ápice quando, em entrevista à TV Bahia, afiliada da Rede Globo, no último dia 12, ACM Neto foi questionado sobre a autodeclaração. "Eu me considero pardo. Você pode me colocar ao lado de uma pessoa branca, há uma diferença bem grande. Negro não, jamais diria isso", disparou o candidato. Ao ser explicado que pardos compõem a população negra segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o candidato reagiu: "Então o erro é do IBGE, não é meu. Simplesmente isso".

Internautas também apontaram que ele estava "bronzeado". Ao Estadão, o candidato negou ter passado por qualquer procedimento de bronzeamento artificial.

"Só quem pode ter feito esse comentário é quem vive dentro de gabinetes com ar condicionado. Porque eu vivo - e esses dias, principalmente - no chão, andando pelas ruas da Bahia, ou em cima de um carro em carreata", afirmou. "Esse tipo de comentário ou de questionamento é uma palhaçada. Inclusive, se quiser, mande examinar minha pele."

Justiça eleitoral

Conforme mostrou o Broadcast/Estadão, Jorge X, candidato a deputado federal pelo PSOL, entrou com ação na justiça eleitoral, argumentando que o ex-prefeito de Salvador e sua vice na chapa, Ana Coelho, cometeram crime de abuso de poder econômico ao se declararem pardos. Ele sustenta que ambos teriam vantagens financeiras em relação aos adversários porque teriam acesso às cotas partidárias para candidatos negros.

Neto nega qualquer interesse financeiro com a autodeclaração. A vice, por sua vez, mudou a declaração racial para branca. Segundo o ex-prefeito, isso ocorreu pois ela "não aceitaria receber nenhuma cota como mulher parda". "Ela não era da política, nunca tinha disputado nenhuma eleição, então quando identificou que o registro foi feito desta forma, foi lá e corrigiu."

Na reta final da campanha, a corrida eleitoral para o governo da Bahia, que até então transcorria sem obstáculos para o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) começou a mudar de clima, apesar de o candidato ainda manter liderança folgada nas pesquisas contra o seu principal adversário, Jerônimo Rodrigues (PT).

Uma confluência de eventos nas duas últimas semanas acendeu o alerta para o ex-prefeito da capital e levou otimismo aos petistas: a oscilação do resultado de pesquisa eleitoral, a punição da Justiça Eleitoral à coligação de ACM Neto, que suspendeu tempo de rádio e TV, e até uma polêmica envolvendo sua autodeclaração como "pardo" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A começar pela terceira rodada da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira, 21, que mostrou ACM Neto com 48% das intenções de votos e Jerônimo com 31%. Na primeira rodada, em 24 de agosto, o ex-prefeito tinha 54% e, na semana passada, 49%. Já Jerônimo começou com 16% e passou a 28% e agora cresceu 3 pontos porcentuais. Antes desconhecido da população, o petista passou a ser o "candidato de Lula" e se beneficiou com a sua capacidade de transferir votos - avaliam as mesmas fontes.

Justiça Eleitoral retira 10 mil segundos da propaganda de ACM Neto

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) puniu a coligação de ACM Neto suspendendo quase 10 mil segundos do tempo da propaganda do rádio e TV dando pareceres favoráveis às reclamações do adversário petista.

A campanha de ACM Neto diz que a inflexão na última pesquisa do Datafolha já seria reflexo da suspensão que avalia como "injusta" do tempo no rádio e TV do candidato. O TRE-BA entendeu que houve irregularidade pelo candidato ao invadir os horários destinados às candidaturas para os cargos proporcionais.

Reclamações idênticas contra a campanha de Jerônimo ainda não foram apreciadas pela Corte, alegam os advogados de ACM Neto. O jurídico da campanha do candidato recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve o entendimento do TRE-BA em decisão na última sexta-feira, 16.

ACM Neto chegou a gravar um vídeo pedindo "isonomia" de parte da Justiça Eleitoral. "Estou passando aqui para fazer uma cobrança: que a Justiça Eleitoral dê tratamento isonômico. Nós não queremos nenhuma vantagem. Mas também não vamos aceitar ser prejudicados. Queremos a mesma celeridade e o mesmo tipo de julgamento para a nossa coligação e para a coligação dos nossos adversários", disse ele.

Autodeclaração de ACM Neto como ‘pardo’ causa polêmica

O fato de ACM Neto ter se autodeclarado como pardo no TSE começou a gerar polêmica em um Estado no qual quase 80% da população se autodeclara negro. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra no Brasil é formada por todos os que se autodeclaram pretos e pardos.

A polêmica alcançou seu ápice quando em entrevista ao jornal da TV Bahia, afiliada da Rede Globo no Estado, no último dia 12, foi questionado sobre sua autodeclaração como pardo. ACM Neto, que estava muito bronzeado, perguntou ao repórter quem o considerava socialmente branco, ao que o repórter respondeu: "Toda a sociedade". "Eu me considero pardo. Você pode me colocar ao lado de uma pessoa branca, há uma diferença bem grande. Negro não, jamais diria isso.". Ao ser explicado que pardos compõem a população negra segundo o IBGE, o candidato reagiu: "Então o erro é do IBGE, não é meu. Simplesmente isso".

Ele disse, ainda, que o governador Rui Costa (PT) e o candidato a vice na chapa petista, Geraldo Junior (MDB) têm a mesma cor de pele dele e se declaram pardos. "O político que se diz de esquerda pode se declara pardo e outro não? Isso é preconceito", disse ACM Neto. Dias depois a sua vice, Ana Coelho, alterou no TSE a cor de parda para branca.

Ex-prefeito de Salvador ainda aposta em desnacionalização da disputa na Bahia

A estratégia de desnacionalizar a campanha e manter-se longe da polarização nacional Lula-Bolsonaro supostamente beneficia ACM Neto com votos de eleitores de ambos os presidenciáveis no Estado, uma vez que o candidato reafirma que manterá bom diálogo com qualquer que seja o presidente eleito, em benefício da Bahia.

Essa vantagem, porém, também virou combustível para a campanha de Jerônimo, que o tem taxado de "candidato do tanto faz". Praticamente todas as peças do PT e aliados tocam nessa questão. "A Bahia tem lado" ou "Sem essa de tanto faz, muda Brasil, avança Bahia".

O candidato do presidente Bolsonaro, João Roma (PL), também toca no tema, de outra forma: exibe as imagens de ACM Neto em entrevista declarando que ele não defende o que governo Bolsonaro fez nos últimos 4 anos. "Tanto não que não estou fazendo campanha pra ele (Bolsonaro). Ele (Bolsonaro) tem outro candidato no estado", disse ACM Neto. Roma finaliza: "Quem vota Bolsonaro, vota Roma na Bahia".

A campanha do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) viu com surpresa, mas ainda sem motivo para alerta, o crescimento de 12 pontos porcentuais de Jerônimo Rodrigues (PT) na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (14), sobre a disputa pelo governo da Bahia.

O petista saiu de 16% para 28% em relação ao levantamento anterior, do fim de agosto, enquanto ACM recuou cinco pontos, chegando a 49%. Apesar da análise de que Jerônimo chegou a um patamar maior do que o captado por pesquisas internas feitas pela equipe, fontes da campanha disseram ao Broadcast Político que o grupo mantém a aposta de que o ex-prefeito deve liquidar a eleição em primeiro turno.

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A avaliação é de que ACM mantém liderança folgada e teria uma "gordura para queimar" em relação à perda de votos porque tem situação eleitoral confortável. Outro ponto apontado como positivo pela campanha é o fato de o ex-prefeito ter crescido sete pontos porcentuais no voto espontâneo, chegando a 34%. "Esse porcentual tem certeza de voto nele", analisa uma fonte. Jerônimo, por outro lado, subiu 11 pontos e bateu os 18%.

O crescimento do petista já era esperado pelo grupo de Neto, afirma o presidente do União Brasil na Bahia, deputado federal Paulo Azi. "Nós recebemos esse resultado com absoluta tranquilidade. Imaginávamos que ele iria crescer. É o candidato do governo, com a máquina trabalhando pesado, o governador prometendo céus e terra", afirmou.

A estagnação do ex-ministro da Cidadania João Roma (PL) nas pesquisas também é vista como fator que pode ajudar a definir a disputa em primeiro turno, avalia Azi. Segundo o Datafolha, o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 7%. Na pesquisa anterior, tinha 8%. A campanha acredita que Jerônimo precisa tirar parcela considerável dos votos de ACM e torcer pelo crescimento do bolsonarista para levar a corrida ao segundo turno, o que considera improvável.

Na cúpula petista, no entanto, o resultado foi recebido com entusiasmo. O partido aposta na repetição de um fenômeno ocorrido em 2006 e 2014. Naquelas eleições, Jaques Wagner e Rui Costa largaram em desvantagem considerável, mas venceram em primeiro turno após viradas históricas às vésperas da eleição. "As pesquisas na Bahia, tal qual aconteceu em 2006 e 2014, passam a captar somente na reta final uma realidade que a gente vê nas ruas de todas as cidades todo santo dia: vai dar PT, com Lula presidente e Jerônimo governador. Essa é a percepção de quem está conversando, dialogando e ouvindo o povo. Jerônimo disparou e será eleito governador", afirmou Éden Valadares, presidente do PT na Bahia.

Na reta final da campanha, o partido deve colar ainda mais a imagem de Jerônimo à de Lula, estratégia considerada responsável pelo crescimento do petista nas pesquisas. "Nós temos lado, projeto e estamos ao lado de Lula para superar a fome, o desemprego, a inflação e as questões sociais. Nem prefeito, nem governador, sozinho, isolado, resolve as principais questões do povo."

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), que está concorrendo ao Governo da Bahia, e a sua candidata a vice-governadora, Ana Coelho (Republicanos), se autodeclararam pardos no registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-prefeito já havia se autodeclarado pardo para concorrer à prefeitura da capital baiana em 2016.

Levantando a bandeira da representatividade feminina durante a campanha, Ana Coelho também se autodeclarou como parda no TSE. Ambos têm parentesco com políticos; ela é sobrinha do ex-governador da Bahia, Nilo Coelho. 

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A autodeclaração acontece por conta de mudanças na distribuição de recursos do Fundo Eleitoral, já que a Câmara dos Deputados aprovou, no passado, novas regras para incentivar a candidatura de mulheres e pessoas negras. Agora, os votos em candidatos com esse perfil contam em dobro para a distribuição dos recursos do fundo entre os partidos.

Com a maior fortuna entre os candidatos aos Governos do Nordeste, ACM Neto (UB) possui um patrimônio que supera a soma dos concorrentes mais ricos de cada estado. Nem Fernando Collor, Helder Barbalho ou outros nomes conhecidos do cenário nacional se aproximam da riqueza que o baiano declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

No topo isolado da lista, ACM Neto (UB) informou que seus bens correspondem a R$ 41.718.572,69. Na Bahia, o montante declarado pelo segundo candidato mais rico, o ex-ministro João Roma (UB), foi de R$5.561.182,61, não passa de uma mera fração da riqueza do ex-presidente do Democratas.  

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Do Piauí, o governador Helder Barbalho possui a segunda maior fortuna. Valter Campanato/Agência Brasil

Quem chega mais próximo do baiano na região é Helder Barbalho (MDB), que declarou R$ 18 milhões à Justiça Eleitoral. O montante do postulante à reeleição ao Governo do Piauí também está distante do valor apresentado pelo Major Marcony (Solidariedade), que segue na segunda posição com R$ 2,7 milhões. 

A disparidade é menor em Alagoas. O ex-presidente Fernando Collor (PTB) apontou que todo o seu patrimônio equivale a R$ 6.208.817,09. A quantia representa uma diferença de pouco mais de R$ 1 milhão se comparada aos R$ 5.139.384,67 de Paulo Dantas (MDB). 

No Maranhão, a distância entre os concorrentes mais ricos se estreita ainda mais. Lahesio Bonfim (PSC) detém R$ 4,6 milhões declarados, enquanto Weverton Rocha (PDT) tem R$ 4,2 milhões. 

João Azevedo chega na disputa à reeleição com o mais rico da Paraíba. Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Nas eleições no Sergipe, os R$ 2,1 milhões de Jorge Alberto (PROS) lhe deixam na posição mais privilegiada em comparação ao R$ 1,2 milhão apontado por Fábio (PSD). Na Paraíba, o atual governador João Azevedo (PSB) informou que possui R$ 1.431.545,85 e teve uma superioridade apertada em relação a Veneziano Vital do Rêgo (MDB), com R$ 1.186.262,52 declarados. 

O comparativo também ficou apertado em Pernambuco, onde Miguel Coelho (UB) lançou a campanha com R$ 1,9 milhão e Anderson Ferreira (PL) com R$ 1,7 milhão. No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) informou que possui R$ 978 mil em bens. O valor é menor que o da adversária Clorisa Linhares (PMB), que registrou R$ 1,7 mil no TSE. 

Já no Ceará, Capitão Wagner (UB) lidera com o patrimônio de R$ 1.057.122,45. Seguido pelo candidato Roberto Cláudio (PDT) com R$763.108,65 em bens.

O candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB), que realizou convenção nesta sexta-feira, 5, reafirmou a estratégia de manter-se distante da polarização nacional ao dizer que "fala com todo mundo" e que é o "tipo de cara que: passou a eleição, passou a eleição".

"Minha experiência de 10 anos no Congresso me deu bagagem suficiente para ter condições de lidar com todos os tipos de pensamento das mais diferentes correntes ideológicas. Para mim não tem isso. Engraçado que a gente vê especulações na imprensa: Neto está falando com a direção nacional de tal partido, de um lado. Depois, está falando com outro. Eu falo com todo mundo" disse o candidato em coletiva pouco antes de iniciar a convenção.

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Nas últimas semana tem circulado a informação de que o PT estaria conversando a União Brasil com vistas ao apoio de Lula no primeiro turno das eleições. A conversa teria esbarradão na disputa da Bahia onde PT e as correntes ligadas a ACM Neto são adversários históricos.

As direções nacionais dos partidos negam as conversas. O candidato, contudo, não se aprofundou no assunto.

"A gente vê outros candidatos falarem mais de seus próprios partidos do que de si próprios. Só que a questão é a seguinte: dia 1.º de janeiro quem é que vai ter que responder pela Segurança Pública, Saúde (...)? É na porta do presidente? Eu não estou dizendo que vai ser o presidente A, B ou C. É na porta do governador".

O principal adversário de ACM Neto na disputa é Jerônimo Rodrigues, candidato do PT, cujo cabo eleitoral é Lula. A aposta do PT baiano é a de que Lula consiga transferir votos a Jerônimo para provocar um segundo com Neto. O ex-ministro João Roma (PL) da palanque a Jair Bolsonaro, mas até agora nada indução que irá ampliar.

A chapa de ACM Neto tem como vice a empresária Ana Coelho (Republicanos) e Caça Leão (PP). A coligação contempla 13 partidos (UB, PP, Republicanos, PSDB, PDT, PSC, Solidariedade, Cidadania, Podemos, PRTB, PTB, DC e PMN).

Líder nas pesquisas de intenção de voto, que indicam eleição em primeiro turno para o governo da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do Brasil, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) tem se mantido neutro em relação à disputa presidencial. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva testará sua capacidade de transferência de votos ao candidato Jerônimo Rodrigues (PT), desconhecido da maioria do eleitorado baiano.

Ex-secretário da Educação do governo Rui Costa (PT), Rodrigues tende a crescer quando Lula apontá-lo como seu candidato, avaliam cientistas políticos ouvidos pelo Estadão. A dúvida que fica é quanto desse apoio se transformará em votos. Na Bahia, Lula aparece com 63% das intenções de votos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 17%, conforme pesquisa Genial/Quaest, de maio.

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O petista ainda terá um adversário que vem de dois mandatos bem avaliados à frente da capital baiana e fez seu sucessor em 2020. Na mesma pesquisa, ACM Neto tem 67%, e Rodrigues, 6%. Correndo por fora, o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), candidato de Bolsonaro, aparece com 5%. Ele tentará tirar votos de ACM Neto ligando-o a Lula, enquanto o PT vai tentar colar no ex-prefeito o rótulo de bolsonarista. Os demais candidatos ao governo da Bahia são Kleber Rosa (PSOL) e Giovani Damico (PCB), que somam 1%.

Secretário-geral do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, não garante que o correligionário Luciano Bivar terá palanque único nos Estados, caso o partido mantenha a candidatura dele à Presidência.

Apesar de enfatizar que a entrada de Bivar na disputa foi decisão unânime da sigla, ACM destacou que a pré-candidatura própria não altera a liberdade para que os diretórios estaduais apoiem quem quiser em âmbito nacional.

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"Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado. No nosso caso aqui da Bahia, de não ter candidatura à Presidência oficial, de deixar o palanque aberto", afirmou o pré-candidato ao governa da Bahia em entrevista coletiva nesta terça-feira, 3.

"Mais adiante, caso a pré-candidatura se oficialize, vamos ver qual será a posição do União Brasil sobre isso", ponderou o também ex-prefeito de Salvador.

O União Brasil pretende desembarcar da chamada terceira via, que articula lançar um único nome na corrida presidencial, e colocar Bivar na disputa por fora da aliança. Como mostrou o Broadcast Político, ele teria se sentido esnobado por outros partidos do grupo que não levaram a sério sua postulação como pré-candidato à Presidência.

O Estadão/Broadcast mostrou também que o Planalto ameaçou retirar cargos do partido, caso a legenda continuasse a terceira via.

ACM Neto negou ainda que o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) por parte de candidatos a governador do partido em Mato Grosso e Amazonas signifique uma reaproximação com o presidente.

"Cada Estado tem liberdade para adotar sua estratégia e promover alinhamento político mais adequado. Não há nenhuma surpresa no posicionamento do Amazonas e de Mato Grosso. Não existe orientação nacional de aproximação ou distanciamento com ninguém", declarou.

O secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), responderam ao ex-ministro Sérgio Moro (União) e disseram que vão pedir a desfiliação dele do partido caso não desista de ser candidato a presidente. "Se ele for se filiar para ser candidato a Presidente, vamos pedir a impugnação da filiação dele agora", afirmou Caiado ao Estadão.

ACM Neto declarou que será apresentado ainda nesta sexta-feira, 1º, o pedido de desfiliação do ex-ministro. "Vamos apresentar, ainda hoje, um requerimento de impugnação da filiação dele. Será assinado pelos 8 membros com direito a voto no partido, o que corresponde a 49% do colegiado. A filiação, uma vez impugnada, requer 60% para ter validade", disse.

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As declarações acontecem menos de uma hora depois de Moro anunciar que não "desistiu de nada" e que não será candidato a deputado federal. "Eu não desisti de nada, muito pelo contrário, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil", declarou o ex-juiz da Lava Jato.

Depois de ter se filiado ao Podemos em novembro do ano passado para ser candidato ao Palácio do Planalto, Moro trocou a legenda pelo União Brasil na quinta-feira, 31. O novo partido é resultado da fusão do DEM com o PSL. A filiação de Moro foi negociada com a ala oriunda do PSL, como o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e o deputado Júnior Bozzella, que administra a sigla em São Paulo.

No entanto, a ala do partido que veio do DEM só aceitou a filiação de Moro com a condição de que ele deixasse de ser presidenciável. A avaliação é que ter o ex-ministro como candidato ao Planalto atrapalharia a eleição para governadores, senadores e deputados. Caiado, em Goiás, e o secretário-geral do União, ACM Neto, na Bahia, são pré-candidatos a governadores e querem deixar o palanque presidencial aberto. Eles temem que a vinculação com Moro prejudique suas futuras candidaturas.

Na Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem muita força. Além disso, Neto tem uma aliança fechada com o PDT, de Ciro Gomes, presidenciável crítico de Moro. Já em Goiás é um Estado ruralista onde o bolsonarismo é muito presente.

O pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), fez aceno ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder do partido que deve ser seu maior rival nas urnas nas eleições estaduais. Questionado sobre deixar seu palanque aberto para o petista, ACM afirmou não ser adversário de Lula, apesar do histórico de críticas a ele.

O ex-prefeito de Salvador tem dito que vai dar independência a aliados para apoiarem os candidatos a presidente que quiserem. Um exemplo é a liberação para que o pré-candidato a Senado na sua chapa, João Leão (PP), para marchar com Lula.

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Aliados de ACM dizem que, com isso, ele pretende surfar na popularidade do ex-presidente na Bahia. Pesquisas apontam aumento das intenções de voto de candidatos associados a Lula.

"Eu não sou adversário de Lula. Lula é candidato à Presidência, eu sou candidato ao governo do Estado. Meus oponentes são candidatos ao governo da Bahia", disse ACM Neto em entrevista coletiva durante o anúncio da aliança com o PP.

Ele ainda afirmou que "o eleitor não quer ver seu candidato a governador em rixa com o candidato a presidente".

O PT lançou a pré-candidatura do secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao governo. O partido pretende colar a imagem dele à de Lula, como forma de alavancá-lo nas pesquisas de intenção de voto, nas quais ACM Neto aparece na liderança.

O PP anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (17), apoio à candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia. Com o acordo, o vice-governador João Leão (PP) vai disputar o Senado na chapa do ex-prefeito de Salvador, como antecipou o Broadcast Político, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ao falar sobre a composição, ACM disse não ver contradição na aliança com o PP. "A aliança vai ao encontro do que tenho pregando. Não sou o candidato que vai jogar pedra, criticar tudo o que está aí. Tenho honestidade intelectual de reconhecer que, nesses 16 anos, tem coisas boas que foram feitas pela Bahia, que vamos manter", afirmou.

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João Leão disse que quer "passar um espanador" em divergências do passado, provenientes dos 14 anos do PP na base petista na Bahia. "Eu tenho dois filhos, mas não tinha neto. Agora ganhei um netinho", brincou o vice-governador ao fazer referência ao sobrenome do ex-prefeito.

A composição com ACM era esperada após o PP romper, na segunda-feira (14), com o governo Rui Costa. O lançamento de candidatura própria de Leão ao governo chegou a ser cogitado, incentivado pela cúpula nacional da legenda para dar palanque ao presidente Jair Bolsonaro na Bahia. A proposta, no entanto, não prosperou.

Maior rival do PT na Bahia, ACM Neto ganha apoio do partido com o segundo maior número de prefeituras do Estado e que era considerado, junto ao PSD, um dos principais responsáveis pelo êxito das gestões petistas nas urnas - foram três eleições vencidas em primeiro turno enquanto durou a aliança.

O rompimento ganhou forma quando o senador Jaques Wagner (PT-BA) desistiu de concorrer ao governo. Um novo arranjo foi desenhado, com o senador Otto Alencar (PSD-BA) como pré-candidato ao governo, e Costa na disputa pelo Senado. O governador renunciaria ao mandato em abril para concorrer a uma vaga no Congresso, deixando a cadeira para João Leão. A proposta era vista com entusiasmo pelo PP.

O arranjo começou a ruir quando Otto decidiu não ser candidato a governador, e o PT optou por lançar a pré-candidatura do secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao governo. Neste cenário, Costa fica no mandato até o fim, deixando o PP fora da cadeira de governador. A decisão, anunciada por Wagner em um programa de rádio, foi encarada como descumprimento de acordo e desrespeito dos petistas ao partido.

A criação do partido União Brasil foi aprovada nesta terça-feira (8), por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com relatoria de Edson Fachin. A nova sigla, que terá o número de urna 44, é uma fusão entre DEM e PSL. A legenda se configura como a maior bancada do Congresso Nacional, com 81 deputados e sete senadores.

A junção dos dois partidos que receberam juntos, em 2021, R$ 147,5 milhões do fundo partidário, mais do que qualquer outro partido, significa que a União Brasil vai receber o maior valor do fundo. O dinheiro do fundo que será distribuído em junho prevê R$ 4,9 bilhões aos 33 partidos ativos no País. 

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O presidente nacional do DEM, ACM Neto, anunciou a oficialização do partido pela Justiça Federal nas redes sociais. Na publicação, ele afirma que o Brasil está “muito dividido”.  “Temos consciência do nosso papel e, com certeza, vamos corresponder às expectativas dos brasileiros que desejam uma política mais séria, eficiente e que seja capaz de fazer a diferença na vida das pessoas”, publicou. 

Por sua vez, o Twitter da sigla compartilhou um vídeo do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar. Ele parabeniza os membros do “partido que nasceu de uma conciliação”.

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O partido nasceu de um acordo fechado no final de setembro, e é cotado para apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, parte das lideranças defende uma aproximação com o ex-ministro e pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos).

Com a abertura da janela partidária, para a troca de partido dos parlamentares sem punição, a sigla deve ser reduzida. Conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que já confirmou sua filiação ao PL, a ala bolsonarista do PSL deve deixar a sigla, assim como fez o presidente no final de 2019. 

Atualmente, o PSL, chefiado pelo deputado Luciano Bivar (PE),  tem a maior bancada na Câmara com 55 deputados, mas o grupo é rachado desde o rompimento do presidente da República. 

Ainda assim, a fusão das duas siglas deve criar uma das maiores forças políticas do Congresso a partir deste ano. Para fazer frente a ela, outras legendas têm articulado a formação das federações partidárias, criadas por lei no ano passado e que devem valer pela primeira vez nas eleições de 2022.

Pela federação, os partidos aliados somarão forças em outubro, mas terão que permanecer unidos por pelo menos os próximos quatro anos. Na prática, as legendas unidas funcionam no Congresso como um só bloco. A articulação mais avançada, que reúne o PT e mais três partidos, pode resultar em uma bancada de cem parlamentares. 

Aprovação

Tendo como relator no processo o ministro Edson Fachin, que votou favorável à integração partidária, ele afirmou ter checado o cumprimento de todos os requisitos necessários para que a fusão fosse aprovada. 

Como aspectos contemplados para a aprovação da nova sigla, o ministro mencionou, por exemplo, a ata da convenção nacional conjunta, realizada em 6 de outubro de 2021, quando os órgãos nacionais de deliberação do DEM e do PSL aprovaram a fusão das siglas. 

O projeto do partido e o estatuto aprovado em convenção, também em outubro do ano passado, foi levado em consideração por Fachin para a aprovação. O Ministério Público Eleitoral também deu parecer favorável à junção. 

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), informou na manhã desta quarta-feira, 12, em suas redes sociais, que testou positivo para covid-19. De acordo com o ex-prefeito, ele está com sintomas "muito leves" e seguirá os trabalhos de forma remota. ACM Neto aproveitou para reforçar a importância da vacinação e também destacou a necessidade de se manter os cuidados devido ao recrudescimento da pandemia, alavancada principalmente pela variante Ômicron.

"Graças a Deus essa variante do coronavírus parece menos agressiva, e está claro, bem claro, que quem está vacinado tem muito menos chance de agravar", disse. "A gente precisa continuar mantendo todos os cuidados básicos, uso de máscara, higiene das mãos, e vacina".

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Nesta quarta-feira, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já havia informado que ele, o marido Rodrigo Groberio, e o filho Gabriel, de sete anos de idade, contraíram a covid-19. Mais cedo, O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também avisou que testou positivo e contraiu covid pela segunda vez. Leite havia sido contaminado no ano passado e se recuperou.

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) oficializou nesta quinta-feira, 2, a candidatura ao governo da Bahia, em evento no Centro de Convenções de Salvador. Políticos de todo o Estado e membros do futuro União Brasil - que se formará a partir da fusão do DEM, de Neto, e o PSL - fizeram parte do evento. Pelo DEM, estiveram o governador de Goiás Ronaldo Caiado e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Presidente do PSL, Luciano Bivar representou a sigla.

"Estamos fazendo uma festa do União Brasil", disse Neto a jornalistas. O atual presidente do DEM e futuro secretário da nova sigla tem o desafio de impedir a quinta eleição consecutiva no PT no Estado. O nome que a sigla deve levar é a do ex-governador Jaques Wagner, o mesmo que derrubou a sucessão de vitórias do PFL e aliados na Bahia pela primeira vez, em 2006.

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No discurso, Neto centrou suas críticas ao atual governo do PT, a Wagner e resgatou o famoso jingle "ACM, meu amor", feito para o seu avô, Antônio Carlos Magalhães.

Apoio na eleição presidencial

Nenhuma das lideranças do União Brasil asseguraram apoio a algum candidato para a eleição presidencial em 2022. O presidente Luciano Bivar desconversou sobre a possibilidade de que Mandetta seja o nome do partido para a disputa. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse que o partido ainda está "em momento de consolidação" e que o nome virá depois de janeiro. Membros projetam a finalização dos trâmites para a formalização do partido para fevereiro.

O evento oficial da pré-candidatura de Neto veio no mesmo dia em que o ex-aliado, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), - candidato que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro para a disputa ao governo estadual - anunciou ao Estadão o plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022.

Segundo Roma, o apoio do Partido Liberal (PL) a sua candidatura foi um dos temas discutidos por Bolsonaro com a direção da sigla, antes de assinar a ficha de filiação, na terça-feira, 30. No Estado, o PL compõe a base do governador Rui Costa e estava em negociações com Neto.

Questionado sobre a possível disputa com Roma, Neto disse não querer "fulanizar", mas adicionou que "não há mais retrato do passado do que achar que alguém virá de fora e resolver a eleição na Bahia. Isso vale para Bolsonaro e Lula".

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) afirmou que "alguém de fora não vai resolver a eleição da Bahia". Foi uma resposta do pré-candidato ao governo baiano em 2022 ao ser questionado sobre a candidatura do ministro da Cidadania, João Roma, ao governo estadual, com apoio do presidente Jair Bolsonaro.

ACM Neto, que lançou a pré-candidatura nesta quinta-feira (2), em evento em Salvador (BA), evitou citar Roma nominalmente, mas disse que não precisará recorrer a bênção de um candidato à Presidência para concorrer em 2022.

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"Lamento que algumas pessoas na política subestimem a inteligência do eleitor baiano e fiquem com a cabeça no passado, de achar que alguém vai vir de fora e resolver a eleição na Bahia. Isso vale para Bolsonaro, Lula, qualquer um", declarou.

"Talvez quem não tenha um discurso forte como o nosso, com poder de mobilização como o nosso, precise recorrer a isso, achando que vai vir alguém de fora e vai resolver a eleição", criticou.

Até fevereiro deste ano, Roma era um dos homens de confiança de ACM Neto. Mas se tornou desafeto do ex-prefeito ao aceitar o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Cidadania, a contragosto do seu padrinho político.

Ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto disse que Eduardo Leite (PSDB-RS) é mais agregador que João Doria (PSDB-SP). A fala aconteceu em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (1º), no contexto de avaliação do melhor nome para a chamada “terceira via”, na qual os governadores disputam o direito de representar o partido tucano nas eleições de 2022.

Embora tenha enfatizado que as primárias tucanas são soberanas, Neto destacou que precisava “externar sua simpatia” por Leite, a quem avalia como “um nome mais agregador, que permite uma construção política mais ampla''. Já sobre Doria, o ex-prefeito de Salvador declarou que o paulista dá “sinais de que quer ser candidato a presidente de qualquer jeito”.

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"Caso se pretenda viabilizar um projeto maior, é preciso ter uma visão coletiva e não individual. Precisa ser um projeto de uma construção mais ampla, como é o de Leite", opinou ACM Neto. A declaração acontece em meio às intensas articulações da direita em busca de um nome para disputar o cargo de chefe do Executivo no ano que vem.

Além disso, ao que tudo indica, a fusão do DEM com o PSL, partido que elegeu o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve acontecer até o final deste ano. Nomes como o do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (sem partido), Luís Henrique Mandetta (DEM), ex-titular da Saúde, da senadora Simone Tebet (MDB) e do apresentador José Luis Datena (PSL) também são cotados para a disputa.

Em uma reunião realizada na noite desta terça-feira (21) a Executiva Nacional do Democratas (DEM) aprovou, por unanimidade, a possível fusão com o PSL. Os 41 votos  favoráveis e nenhum contrário submetem a decisão à convenção nacional, que deve acontecer em outubro. A possibilidade de revisão, no entanto, é quase nula.

A aprovação massiva do “super  partido de direita” contou com os votos favoráveis dos ministros Onyx Lorenzoni, do Trabalho, e Tereza Cristina, da Agricultura. Ambos são possíveis candidatos a disputar o governo do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, respectivamente. Ademais, também participaram da reunião o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente do partido, ACM Neto (DEM-BA), além de outros quadros da legenda.

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Durante o encontro da Cúpula, os discursos de oposição ao governo e também ao PT foram marcados pela disputa interna entre os nomes que almejam o pleito presidencial no ano que vem. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, por exemplo, sinalizou a disponibilidade de seu nome para “enfrentar a esquerda”. Da mesma forma, o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, mostrou entusiasmo no que chamou de “chance de viabilizar a terceira via”.

De acordo com ACM Neto, ainda é cedo para falar sobre o projeto nacional que surgirá da fusão, mesmo assim, a estimativa é de que “o partido tenha papel decisivo nas eleições, inclusive na sucessão presidencial”. Caso seja confirmado, ainda neste ano, a nova legenda terá outro nome e novas diretrizes.

 

 

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