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O ex-presidente do Peru Alan García, que se suicidou para evitar ser preso, deixou uma carta em que diz que sua detenção seria uma humilhação pessoal e que ele não iria sofrer esta injustiça.

O corpo de García, um dos vários políticos suspeitos de fazer parte de esquemas de corrupção da construtora Odebrecht no Peru, foi velado nesta sexta-feira. A família rejeitou a realização de um funeral com honras de Estado. A carta foi lida por uma das filhas dele.

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"Não tenho porque aceitar vexames. Eu vi outros desfilarem algemados mantendo sua miserável existência, porém Alan García não tem porque sofrer estas injustiças e circos. Lhes deixo meu cadáver como uma mostra de desprezo aos meus adversários", leu com voz embargada Luciana, a filha do ex-presidente.

A Associated Press não pode comprovar até o momento a veracidade da carta. Não se sabe o dia nem a hora em que foi escrita, tampouco se foi manuscrita ou datilografada.

A procuradoria peruana alega que García teria recebido US$ 100 mil de propina da Odebrecht, sob a alegação de pagamento por uma conferência que ele ministrou em São Paulo em 2012.

No funeral, o ex-primeiro-ministro Jorge del Castillo, que serviu ao governo de García entre 2006 e 2008, disse que García foi o "melhor presidente do Peru".

Ricardo Pinedo, secretário pessoal de García, comentou que os detratores do ex-presidente "não entenderão que o único objetivo dele era um lugar na História". "Eles viverão presos aos seus ódios e assim morrerão", disse.

Pouco depois, milhares de simpatizantes procedentes de todo o país foram à sede da Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra) para seguir o cortejo funeral pelas ruas de Lima.

O funeral foi antecedido de outra tragédia. Um ônibus com militantes que iam para o enterro de García capotou nas proximidades de Lima. Oito pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas.

García morreu na última quarta-feira horas depois de disparar com um revolver Colt contra a cabeça ao saber que seria preso preventivamente. Ele tinha 69 anos e foi presidente de 1985 a 1990, quando o país entrou na maior crise econômica contemporânea, e de 2006 a 2011. Na corrida presidencial de 2016 terminou em 5º lugar, com apenas 5,8% dos votos. Fonte: Associated Press.

Uma verdadeira multidão foi acompanhar o velório do ex-presidente peruano Alan García, que se matou nessa quarta-feira (17) depois de ter atirado contra si mesmo após ter um mandato de prisão anunciado pela polícia em um caso vinculado ao escândalo da empreiteira Odebrecht.

O corpo de García foi velado por aliados e apoiadores na sede de seu partido, a Aliança Popular Revolucionária, na cidade de Lima, capital do Peru. Alan se matou dentro da própria casa.

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O secretário pessoal de García, Ricardo Pinedo, disse que a sede do partido estaria aberta a todos que queiram prestar uma última homenagem. Assim, uma multidão com celulares e flores cercou o caixão do ex-presidente.

O funeral do ex-presidente acontecerá ao meio dia desta sexta-feira (19). O governo decretou três dias de luto nacional. Quando García foi levado para o hospital, dezenas de simpatizantes foram ao local para expressar indignação e tristeza.

García, que atirou contra a própria cabeça, chegou a ser submetido a uma cirurgia, mas teve três paradas cardíacas e não resistiu.

O ex-presidente do Peru Alan García atirou na própria cabeça na manhã desta quarta-feira (17) no momento em que policiais chegaram a sua casa, na cidade de Lima, capital do país.

 Os oficiais objetivavam prendê-lo por um caso de corrupção ligado à Odebrecht. Ele foi acusado de receber dinheiro ilegal da empreiteira durante uma campanha eleitoral em 2006.

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 A Justiça do Peru havia determinado a prisão de dez dias de Alan García, os policiais chegaram até a casa dele às 6h25 (8h25 no horário de Brasília) com o mandado de busca e apreensão.

 Após uma breve conversa, em que a equipe comunicou ao ex-presidente que também havia um pedido de detenção, García pediu para conversar com seus advogados em particular. Neste momento, os policiais ouviram o disparo de arma de fogo.

De acordo com a ministra da saúde do Peru, Zulema Tomas, o ex-presidente foi levado ao hospital Casimiro Ulloa, submetido a uma cirurgia, ficou em estado de coma e morreu horas depois.

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O ex-presidente do Peru Alan García tentou se matar na manhã desta quarta-feira, 17, com um tiro na cabeça quando policiais chegaram em sua residência, na capital do país, para prendê-lo por conexões com uma investigação sobre suborno no caso Odebrecht, informou seu advogado.

"Esta manhã aconteceu este acidente lamentável: o presidente tomou a decisão de atirar", disse Erasmo Reyna na entrada do Hospital de Emergências Casimiro Ulloa, em Lima.

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O hospital indicou que García, de 69 anos, tem "um ferimento de bala na cabeça" e está sendo operado.

A informação de que o ex-presidente - que comandou o Peru de 1985 a 1990 e de 2006 a 2011 - havia tentado tirar a própria vida foi divulgada mais cedo por fontes policiais que pediram para não ser identificadas.

Imagens de emissoras locais de TV mostraram o filho do ex-presidente e apoiadores chegando ao hospital.

A polícia fez um cordão de isolamento para garantir a segurança no local. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Lima, 18/11/2018 - O ex-presidente peruano Alan Garcia pediu asilo na embaixada do Uruguai horas depois de um juiz reter seu passaporte, como parte de uma investigação sobre corrupção, informou o Ministério do Exterior do Peru neste domingo.

A chancelaria disse ter sido informado pelo embaixador do Uruguai na manhã neste domingo que Garcia entrou em sua residência na noite de sábado em busca de proteção. O Uruguai vai avaliar o pedido de Garcia.

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Na noite de sábado, um juiz em Lima atendeu ao pedido de promotores peruanos para que Garcia fosse proibido de deixar o Peru por 18 meses, enquanto avançam as investigações a respeito de suposto recebimento de suborno durante seu governo, entre 2006 e 2011, pago pela construtora Odebrecht, relacionado à construção do metrô de Lima.

"Para mim, não é um castigo ser confinado por 18 meses em minha terra natal", disse Garcia no Twitter, negando que tivesse recebido dinheiro da Odebrecht.

O Peru é um dos países mais afetados pelos escândalos de corrupção da Odebrecht. Além de Garcia, também estão sendo investigados o ex-presidente Pedro Pablo Kucyznski, que foi forçado a renunciar neste ano por esconder seu trabalho anterior como consultor para Odebrecht e Garcia; Ollanta Humala (2011-2016) e Alejandro Toledo (2001-2006).

O atual presidente Martin Vizcarra, que fez do combate à corrupção o foco de sua

administração desde que assumiu o cargo de Kuczynski, rejeitou as alegações de Garcia de que o caso contra ele foi construído com base em falso testemunho. "Perseguição política não existe no Peru, e todos nós, peruanos, devemos

obedecer a Justiça, sem exceções", escreveu ele no Twitter logo após as notícias de pedido de asilo de Garcia.

Esta é a segunda vez que Garcia tenta fugir para outro país em meio a acusações de corrupção. Após o final do seu primeiro governo, nos anos 1980, ele passou nove

anos no exílio na vizinha Colômbia e depois na França, após de seu sucessor, Alberto Fujimori, invadir sua casa e reabrir uma investigação de corrupção.

Fonte: Associated Press

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