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Estabelecido em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Dia do Jornalista é comemorado neste domingo (7). A data ficou marcada por homenagear Líbero Badaró, jornalista assassinado em 1830. A morte de Badaró foi um dos fatores preponderantes para desestabilização do regime imperial que governava o Brasil, forçando Dom Pedro I a abrir mão do poder e voltar a Portugal no dia 7 de abril 1831.

Apesar da liberdade de imprensa no Brasil e em boa parte do mundo, os crimes de assassinato contra jornalistas no exercício da profissão são alarmantes. De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras, a Síria é o país mais perigoso para os jornalistas. Em segundo lugar está o México. Já nos dados do Comitê para a Proteção de Jornalistas, a conta é de 2.037 profissionais mortos e desaparecidos entre 1992 e 2019.

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O LeiaJá relembra alguns casos mais marcantes:

1. Alí Domínguez

Foto: Reprodução

Após denunciar ameaças do governo de Nicolás Maduro, o jornalista venezuelano morreu após ser espancado, em março deste ano. Domínguez, que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado morto na capital Caracas. Apesar de apoiar o regime de Hugo Chávez, ele havia rompido relações com o governo Maduro e era considerado um dissidente. De acordo com a ONG Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea), Domínguez foi encontrado por policiais com traumatismo craniano, fraturas e desprendimento dos dentes, o que poderia indicar que ele teria sido torturado.

2. Viktoria Marinova

Foto: Reprodução

Em outubro de 2018, a jornalista búlgara foi encontrada morta com sinais de estupro e estrangulamento em um parque acoplado ao Rio Danúbio, em Ruse, Bulgária. Durante a última edição do programa que apresentava na TV, Viktoria entrevistou dois jornalistas, o búlgaro Dimitar Stoyanov e o romeno Attila Biro que, naquela semana, denunciaram casos de corrupção envolvendo políticos do país. Como Viktoria também já havia denunciado casos que se referiam a dirigentes búlgaros, a grande suspeita foi de envolvimento dos denunciados na morte da jornalista. As autoridades prenderam Severin Krasimirov, assassino confesso do crime, mas ainda não há esclarecimentos se Krasimirov agiu a mando de alguém.

3 - Jairo Souza

Foto: Reprodução

O jornalista e radialista atuava na Rádio Pérola, em Bragança (PA), e foi morto a tiros quando chegava ao trabalho, em junho de 2018. Souza era conhecido por denunciar casos de corrupção que envolviam o poder executivo municipal, além de veicular casos de homicídio e tráfico de drogas. Amigos próximos do jornalista informaram, na época, ele havia reportado à Polícia ameaças e chegou a usar colete a prova de balas por um período.

4 - Tim Lopes

Foto: Reprodução

O repórter da TV Globo, vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo em 2001 pela reportagem "Feira das Drogas", que mostrava a facilidade que traficantes encontravam para comercializar entorpecentes, foi morto por chefes do tráfico da Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. Famoso pela reportagem que lhe deu o prêmio, Tim Lopes voltou ao local em junho de 2002 após receber uma denúncia de que em bailes funk, além de consumo e venda de drogas, menores participavam de orgias sexuais. Ao ser reconhecido, Tim Lopes foi levado pelos bandidos a uma espécie de tribunal do crime, onde lhe deram a sentença de morte. O jornalista foi assassinado, teve o corpo esquartejado e queimado.

5 - Jamal Khashoggi

Foto: Reprodução

Apesar de muito próximo dos príncipes sauditas, Khashoggi era um jornalista crítico dos monarcas e do regime adotado no país. Em outubro de 2018, Khashoggi adentrou o consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, e não saiu vivo. Depois de diferentes versões, o governo com sede em Riad acabou reconhecendo que o jornalista havia sido morto pelas mãos de agentes que, segundo o governo, agiram por conta. O principal suspeito de ordenar a morte de Khashoggi é o herdeiro do trono Mohammad bin Salman.

Homenagem a Vladmir Herzog

A Praça Memorial Vladimir Herzog, que fica ao lado da Câmara Municipal de São Paulo, recebeu uma réplica em alumínio do troféu que leva o nome do jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975. A obra é do artista plástico Elifas Andreato.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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