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“O Santa Cruz não pode pagar por um crime que não cometeu”. Foi dessa maneira que o presidente do clube tricolor, Alírio Moraes, se referiu no que diz respeito à condenação do Santa pela morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva. No dia 2 de maio de 2014, uma privada foi atirada de dentro do Estádio do Arruda e atingiu o rapaz, que morreu na hora. A decisão judicial diz que o time pernambucano e a CBF devem indenizar a família da vítima em R$ 500 mil.

Em entrevista ao LeiaJá nesta quarta-feira (13), Alírio afirmou que o setor jurídico do Santa Cruz vai recorrer da decisão proferida pela 32ª Vara Cível da Capital. O gestor usa como argumento que a pena pelo óbito de Paulo Ricardo não pode passar dos infratores.

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“Vamos recorrer acreditando que existe uma chance razoável do processo ser revertido. Fundamentalmente, o Santa Cruz e a própria CBF estão entrando como solidários no cumprimento de uma obrigação de indenizar, sem ter demonstrado no processo quais foram os atos do Santa Cruz que culminaram para o clube ser dado como coobrigado nesse dever de indenizar”, justifica Alírio. “A Constituição Federal tem um princípio máximo que diz que a pena não pode passar da pessoa do infrator. Quem deve responder pela indenização são as pessoas que cometeram o crime. Inclusive os acusados foram condenados”, completou o presidente coral, enfatizando que o clube, acima de tudo, se mostra condolente com a perda da vida do rapaz.

De acordo com o gestor, o que a legislação do futebol obriga o clube, inclusive com atuação do Estatuto do Torcedor, é manter circuito de câmeras. “Isso tudo ficou demonstrado na época. Tanto que o processo penal correu só contra os infratores. Eles entraram no estádio de uma forma furtiva. O Santa Cruz, efetivamente, não pode pagar o preço pelo absurdo cometido pelos infratores”, disse Alírio.

O presidente coral, destacando que também possui vasta experiência na carreira de advogado, acredita que o julgamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ocorreu de forma antecipada. “Não aconteceram audiências com as partes. Acho que houve precipitação. Não há outro caminho, se não recorrer”, completou.

Questionado pelo LeiaJá se a segurança do estádio tricolor falhou no dia do crime, uma vez que os agressores conseguiram entrar no estádio, já com o jogo finalizado, Alírio respondeu que não houve falhas, porque, segundo ele, o ato foi criminoso, com a invasão das dependências do estádio coral por parte dos infratores. Ainda de acordo com o presidente, na época, quem fazia a evacuação de torcedores do anel superior do Arruda era a Polícia Militar. “O Estado era quem fazia a vigilância”, complementa o gestor.

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