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O candidato à Presidência do Novo, João Amoêdo, comentou nesta terça-feira, 21, que o resultado da mais nova pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra que o cenário continua indefinido e que somente a decisão sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ajudar a cristalizar o quadro.

"Mostrou mais uma vez que está tudo indefinido. Muita gente ainda não sabe em quem votar, os votos espontâneos ainda são baixos. Temos que aguardar também essa indefinição do Lula, que já deveria ter se resolvido", avaliou o presidenciável após participar de um evento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). O Novo foi um dos partidos que ingressou com um pedido de impugnação da candidatura do líder petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Amoêdo, que tem 1% de intenção de voto no último levantamento do Ibope, disse considerar ainda que as pesquisas devem ter "margem de erro grande", porque o número não corresponde com o que tem visto em suas agendas. O candidato reiterou ainda que vai continuar pedindo sua inclusão nos debates televisionados, que até o momento foi negada.

Único dos presidenciáveis que compareceu ao evento da Abraceel e também o mais rico entre os postulantes ao Palácio este ano - ele declarou R$ 425 milhões de patrimônio à Justiça Eleitoral, o ex-banqueiro foi também o mais assediado entre os presentes. Antes, em sua fala, defendeu temas caros à campanha, como a privatização da Eletrobras e medidas para desburocratizar a economia e a atividade do empreendedor.

O candidato do partido Novo a presidente da República, João Amôedo, declarou à Justiça Eleitoral R$ 425 milhões em bens. Ele é, até o momento, o candidato ao Palácio do Planalto mais rico dos seis com pedido de registro de candidatura já formalizados na Justiça Eleitoral.

No total, 13 chapas concorrem à sucessão de Michel Temer e devem solicitar o registro até esta quarta-feira, 15. Somados, os outros cinco candidatos que já informaram seu patrimônio ao Tribunal Superior Eleitoral possuem R$ 3,1 milhões.

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Os bens mais valiosos do candidato são aplicações financeiras, imóveis, objetos colecionáveis (obras de arte e joias), embarcações, automóveis, quotas de empresas e ações. Ele possui uma aplicação de renda fixa de R$ 217 milhões. A Justiça Eleitoral não detalhou os bens dos candidatos neste ano. Uma das empresas da família dele é a Fina Participações, holding com sede em São Paulo. Outra, é a CSA Fomento Comercial, também registrada em São Paulo.

Candidato a vice na chapa dele, o professor e cientista político Christian Lohbauer, informou possuir bens avaliados em R$ 4,1 milhões. Os outros cinco vices, juntos, somam R$ 8,1 milhões.

Fundador do partido Novo, Amoêdo é engenheiro e administrador de empresas e fez carreira no setor financeiro, tendo começado no Citibank. Amoêdo foi vice-presidente do Unibanco, fez parte do conselho de administração do Itaú-BBA e até o ano passado era conselheiro da João Fortes Engenharia.

Neste ano, ele poderá financiar a própria campanha até o limite de R$ 70 milhões no primeiro turno. Ele também poderá bancar mais R$ 35 milhões no segundo turno, caso avance na disputa.

Com base na lei eleitoral, o presidenciável está apto ainda a distribuir a outros candidatos, como doação, valores até o limite de 10% de seus rendimentos no ano anterior. Ele prega que os partidos não usem recursos públicos.

Pré-candidato à Presidência pelo Partido Novo, João Amoêdo afirmou nesta terça-feira, 17, ser "cético" em relação às credenciais liberais do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que também deve se lançar à corrida ao Palácio do Planalto este ano.

"Ao análise (o caso do Bolsonaro), gosto de avaliar alguns aspectos. Primeiro: qual instituição está trazendo esse candidato, que ideias representa, que propostas ela tem e se existe coerência entre o que instituição e a pessoa falam e o que fizeram", disse o pré-candidato, que passou a disputar com o deputado fluminense a bandeira do liberalismo no debate político. "Tenho dúvidas em relação à instituição e a pessoa, que esta há muito tempo no Congresso e não claramente defende essas bandeiras", completou. Amoêdo disse ter inclusive feito um desafio a Bolsonaro. "Dado que ele ainda tem muito tempo de mandato, ele podia aproveitar e trazer algum projeto na linha liberal", comentou.

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Alianças

O empresário foi convidado a palestrar durante a 19ª Conferência Anual de Investidores do Santander, que também recebeu hoje os ex-ministros Marina Silva e Henrique Meirelles. Assim como a pré-candidata da Rede, Amoêdo disse que ainda não entrou na discussão de possíveis alianças, mas salientou que elas serão decididas com base no alinhamento do programa das candidaturas, e não em questões como tempo de TV ou palanque. As pessoas no fundo querem renovação, coerência e a gente não poderia abrir mão disso logo na largada", disse.

Instado a comentar de quais nomes se sente mais próximo, Amoêdo disse ter maior proximidade com nomes como Meirelles, que pode sair pelo MDB, e Flávio Rocha, do PRB, do que pré-candidatos como Manuela d'Ávila (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT). Mas voltou à questão dos partidos: "independente da qualificação técnica do Meirelles ou do Rocha, será que os partidos vão querer sair da política profissional, abrir mão das práticas antigas, dos benefícios? Acho pouco provável".

O pré-candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, disse nesta segunda-feira, 9, que o governo pode trabalhar com 12 a 15 ministérios. "É mais do que suficiente", afirmou o empresário, que é defensor de uma redução do Estado.

Amoêdo participa de um debate em Porto Alegre com outros cinco pré-candidatos: Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Flávio Rocha (PRB) e Henrique Meirelles (MDB). Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL, também foi convidado, mas recusou. O debate ocorre em um evento chamado Fórum da Liberdade e é promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais, organização de cunho liberal.

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O pré-candidato do Novo disse que o partido não vai fazer coligações para obter privilégios. "Não é o DNA do Novo", declarou. "Só faz sentido fazer coligação se tivermos as mesmas ideias", disse. Reafirmou também o compromisso de não usar nenhum centavo do fundo eleitoral.

Com uma agenda liberal, Amoêdo defendeu a privatização das estatais. "Chega de dizer que as estatais são estratégicas. Elas são estratégicas para alguns políticos, que as usam para atender a interesses privados", afirmou. "A melhor forma de melhorar serviços públicos é delegar à iniciativa privada", declarou.

Entre suas demais propostas, o pré-candidato defendeu também a revogação do estatuto do desarmamento, aprovação de uma reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central (BC) e o combate ao crime organizado.

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