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A crise que assola a Juventus, com resultados ruins no campo e problemas administrativos que causaram a saída em peso da diretoria, também atingiu seu presidente, Andrea Agnelli. Sob investigação do Ministério Público de Turim por causa de irregularidades contábeis, o dirigente se despediu do clube nesta terça-feira após renunciar ao cargo no dia 28 de novembro.

"Deixar a presidência não foi uma decisão fácil para mim, que além de amar a Juve, trabalhei muito para alcançar os resultados extraordinários dos últimos anos, dentro e fora do campo. Tomei esta decisão com toda a serenidade", afirmou Agnelli, que estava na direção da equipe desde 2010, em Assembleia Geral de Acionistas no Allianz Stadium, em Turim. "Foi uma honra ser presidente da Juventus, que vem antes de tudo e de todos. Até o fim."

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A Juventus definirá seu substituto no dia 18 de janeiro. Até lá, o clube terá de prestar esclarecimentos à Justiça por causa das contas negativas e por tentativa de manipular o mercado divulgando informações financeiras inverídicas.

Agnelli, contudo, garante que seu trabalho foi de excelência, apenas de déficit de quase 240 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,34 bilhão) e, pelo quinto ano, com o clube fechado no vermelho.

"Continuo firmemente convencido do bom trabalho de todos estes anos, opinião confirmada também nas últimas semanas pelas análises de numerosos especialistas", disse. "A Juventus demonstrará as suas boas e legítimas razões."

Após se defender, ele explicou o motivo de deixar o cargo, no qual sua família vinha se perpetuando há quase 100 anos. "Achei por bem dar um passo atrás, para evitar sequer pensar que as escolhas e decisões que serão feitas daqui para a frente foram condicionadas pelo meu envolvimento pessoal."

BRASILEIROS DE VOLTA

A terça-feira também marcou o retorno do trio brasileiro que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar. Os laterais Danilo e Alex Sandro e o zagueiro Bremer voltaram sorridentes e já trabalharam com os demais companheiros.

Na sexta-feira, a Juventus faz amistoso com o Standard Liège, da Bélgica. O retorno oficial aos campos ocorre no dia 4 de janeiro, na casa da Cremonese, pelo Campeonato Italiano. Terceira colocada com 31 pontos, a equipe reiniciará sua caça ao líder Napoli, que soma 41.

A Juventus comunicou nesta segunda-feira, em meio às investigações de fraude contábil das quais é alvo, a renúncia de toda a cúpula de sua diretoria. Assim, Andrea Agnelli deixa o cargo de presidente juventino após 12 anos no poder, acompanhado pelo ex-meia checo Pavel Nedved, até então vice-presidente, e pelos demais membros do Conselho de Administração.

A Promotoria de Turim investiga acusações de que a Juve, listada na Bolsa de Valores de Milão, teria obtido lucro por meio de um esquema para recebimento de comissões ilegais de jogadores transferidos e emprestados. Também está sendo apurado se investidores foram enganados com emissões de faturas de transações inexistentes para demonstrar receitas. As autoridades estão analisando contratos, transferências e acordos feitos entre o clube e agentes no período de 2018 a 2020.

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Em nota publicada em seu site oficial, o clube italiano comunicou que a decisão pela renúncia coletiva foi tomada após uma reunião comandada nesta segunda por Agnelli, na qual foram apresentados "pareceres jurídicos e contábeis de especialistas designados" para uma auditoria nas contas da instituição. De acordo com o texto, a conclusão foi que, embora o balanço se enquadre "no permitido pelas normas contábeis aplicáveis", ainda exige uma "abordagem mais prudente".

"Por proposta do Presidente Andrea Agnelli e a fim de permitir que a decisão sobre a renovação do Conselho seja encaminhada à Assembleia Geral com a maior brevidade possível, todos os membros do Conselho de Administração presentes na reunião declararam que renunciaram ao cargo", diz um trecho do comunicado.

"Pelas mesmas razões, cada um dos três conselheiros titulares (o Presidente Andrea Agnelli, o Vice-Presidente Pavel Nedved e o Diretor Presidente Maurizio Arrivabene) consideraram oportuno entregar os poderes conferidos.. No entanto, o Conselho solicitou a Maurizio Arrivabene que mantenha o cargo de CEO", completa.

A partir de agora, o Conselho continuará a funcionar em regime de prorrogação, sob o comando do diretor Maurizio Scanavino, até o dia 18 de janeiro de 2023, quando será realizada uma Assembleia Geral para a nomeação dos novos conselheiros. A Juventus também disse que irá "continuar colaborando e cooperando com as atividades das autoridades, sem prejuízo da proteção de seus direitos em relação às controvérsias levantadas contra suas demonstrações financeiras"

Além da crise administrativa, a Juventus não vive um bom momento dentro de campo, pois foi eliminada ainda na fase de grupos da atual edição da Liga dos Campeões.No Campeonato Italiano, ocupa a terceira colocação, com 31 pontos, dez atrás do líder isolado Napoli.

O presidente da Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês), Andrea Agnelli, disse nesta terça-feira que a Uefa está preparando uma terceira competição entre times do continente a partir de 2021.

O dirigente, que também é o mandatário da Juventus, comentou que a nova competição deve envolver equipes de menor expressão. "Foi dado sinal verde para criação de uma terceira competição europeia", disse Agnelli durante assembleia da Eca que aconteceu nesta terça-feira em Split, na Croácia.

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A frase foi reproduzida pelo Twitter da entidade. No entanto, os dirigentes da Uefa ainda discutem se haverá de fato uma terceira competição. Isso porque há uma outra ideia de expandir a Liga Europa, acrescentando mais 16 equipes, com uma fase de grupos com um total de 64 clubes.

A preferência de Agnelli e dos membros da ECA é criar um outro torneio com 32 times em paralelo à Liga Europa. De uma forma ou de outra, o objetivo é dar espaço para equipes menores. O mandatário da Juventus informou que caso haja uma dessas mudanças um total de 96 equipes estará envolvida em disputas continentais - hoje 64 equipes estão envolvidas na Liga dos Campeões e na Liga Europa.

A terceira competição europeia, para existir, depende ainda de aprovação do Comitê Executivo da Uefa. Agnelli também é um dos conselheiros da entidade máxima europeia e deve influenciar na decisão. A próxima reunião do grupo será dia 27, em Nyon, na Suíça.

O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi suspenso por um ano pela Federação Italiano de Futebol (FIGC) nesta segunda-feira (25). O dirigente foi acusado de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos para torcedores organizados do clube, que são considerados perigosos.

Segundo a FIGC, Agnelli autorizou a venda de ingressos para partidas e carnês para a temporada a integrantes de uma organizada da Juventus. Ele próprio admitiu ter se encontrado com Rocco Dominello, líder desta torcida que é ligado à 'Ndrangheta, máfia localizada na Calábria, e que já foi sentenciado a oito anos de prisão.

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"Sabedores da decisão de hoje do Tribunal Nacional da FIGC, os advogados da Juventus anunciaram a apelação à Corte de Apelação da FIGC pela plena convicção de seus próprios bons argumentos", anunciou a Juventus em nota. "O clube também manifesta sua satisfação porque a decisão de hoje, apesar de banir o presidente e outras pessoas envolvidas, excluiu a possibilidade de representação (do clube) no crime organizado."

Promotor da federação, Giuseppe Pecoraro também disse que apelará contra a decisão, mas em busca de uma pena mais dura. Ele havia pedido dois anos e meio de suspensão a Agnelli, uma multa e a ordem para que a Juventus jogasse suas duas próximas partidas em casa com portões fechados.

"Eu estou parcialmente satisfeito porque nós conseguimos provar a culpa de todos, mas os fatos são tão sérios que eu acho que eles deveriam ser punidos mais duramente", disse Pecoraro à agência de notícias Ansa. "O julgamento de outra corte seria útil, levando em conta que os recursos vindo da venda de ingressos foram para uma organização criminosa, e isso é muito sério."

Além de Agnelli, o diretor de segurança da Juventus, Alessandro D'Angelo, foi banido do futebol por 15 meses, enquanto o diretor de ingressos, Stefano Merulla, e o ex-diretor de marketing, Francesco Calvo, receberam um ano de suspensão. Cada um deles ainda terá que pagar uma multa de 20 mil euros (cerca de R$ 74,6 mil), enquanto o clube foi multado em 300 mil euros (cerca de R$ 1,12 milhão).

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