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O volume total de crédito do sistema financeiro cresceu 516,4% nos últimos dez anos, ao passar de R$ 351,647 bilhões em junho de 2002 para R$ 2,167 trilhões em junho de 2012. De acordo com levantamento feito pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em junho deste ano o volume equivalia a 50,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em junho de 2002, o volume representava 27,2% do PIB. O total corresponde tanto a recursos livres, que as instituições financeiras emprestam livremente, quanto a recursos direcionados - recursos obrigatórios por legislação.

No caso dos recursos livres, o crescimento no período foi de 446,3%. O volume passou de R$ 209,506 bilhões em junho de 2002 para R$ 1,144 trilhão em junho de 2012. O volume de crédito para pessoa física cresceu ainda mais (613,4%) na mesma base de comparação, passando de R$ 76,519 bilhões para R$ 545,869 bilhões. No caso das pessoas jurídicas, o volume de crédito chegou a R$ 598,676 bilhões em junho de 2012, ante R$ 132,986 bilhões em junho de 2002, alta de 350,2% no período.

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Para a Anefac, a expansão é positiva, mas o volume total de crédito brasileiro ainda é baixo em comparação com as principais economias mundiais, onde o número chega a corresponder a mais de 100% do PIB.

A Análise de Dez Anos do Crédito do País, feita pela Anefac, compilou dados do relatório de Política Monetária do Banco Central. O estudo não computou operações feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os cortes nos juros promovidos por bancos públicos em abril foram seguidos pelas instituições privadas e provocaram uma redução generalizada nas taxas das operações de crédito ao consumidor e à pessoa jurídica, mostra uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

As reduções para o cheque especial, por exemplo, vão de 0,16% a 56,12% do valor das taxas anuais. Mas, mesmo com grande parte da concorrência aderindo ao processo de diminuição dos juros, algumas taxas foram elevadas entre as duas datas de coleta dos valores comparados na pesquisa - 30 de março e 30 de abril.

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"Por conta da forte competição que se iniciou com o anúncio de redução de juros pelos bancos públicos, houve quedas de juros nas operações de crédito nas principais instituições financeiras", afirma a Anefac, em nota distribuída à imprensa.

A pesquisa refere-se às taxas médias cobradas em cada modalidade de crédito e avalia os juros oferecidos por seis instituições: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC.

No caso do cheque especial, a maior redução foi verificada na Caixa, onde os juros do cheque especial baixaram de 151,54% para 66,50% ao ano (uma redução de 56,12%), chegando à menor taxa entre os bancos analisados. A menor queda (-0,16%) foi registrada no HSBC, que levou sua taxa anual de 217,98% em março para 217,63% em abril. O Santander foi o único banco que aumentou os juros do cheque especial, de 224,62% para 225,68% (uma alta de 0,47%).

A Caixa também promoveu a maior redução nos juros de empréstimo pessoal (queda de 18,62%), o que baixou sua taxa de 31,68% para 25,78% ao ano. Entre os bancos privados, o maior corte foi feito pelo Itaú - de 62,15% para 55,91% ao ano (recuo de 10,04%).

Os cortes de juros da linha CDC Financiamento de Veículos não foram constatados em todas as instituições consultadas. O HSBC elevou essa taxa de 21,41% para 23,58% ao ano. Nesse tipo de operação, porém, quem detém a maior taxa é a Caixa: 24,16%, ante 24,31% em março.

A linha de crédito de CDC-Bens Diversos para pessoa física teve cortes no Banco do Brasil (de 29,23% para 23,73% ao ano), Caixa (de 101,68% para 99,63%) e Bradesco (de 47,98% para 38,96%). Santander (de 52,69% para 56,99% ao ano) e HSBC (de 62,33% para 64,97%) aumentaram os juros nesse tipo de operação. O Itaú não teve suas taxas de CDC-Bens Diversos informadas.

Pessoa jurídica

Nas operações para empresas, houve cortes de todos os seis bancos para a linha de capital de giro e as maiores reduções ocorreram na Caixa (de 23,43% para 13,62% ao ano) e no HSBC (de 34,65% para 20,13%). No caso de desconto de duplicatas, enquanto a Caixa promoveu o maior corte (de 33,70% para 30,76% ao ano), o HSBC elevou os juros de 33,70%para 35,91% ao ano.

O HSBC também aumentou as cobranças em conta garantida, de 176,66% para 180,65% ao ano, e foi seguido do Bradesco, que elevou as taxas de 54,65% para 55,55% ao ano. Nessa linha de crédito, o maior corte foi feito pelo Banco do Brasil, que rebaixou os juros de 91,42% para 80% ao ano.

Mesmo com a redução da Selic promovida pelo Banco Central em março, as taxas de juros das operações de crédito praticamente não se alteraram. De acordo com a Pesquisa de Juros da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), os juros médios para pessoa física de março ficaram no mesmo patamar de fevereiro, de 6,33% ao mês (108,87% ao ano). Essa taxa mensal é a menor desde o início da pesquisa, em 1995.

De acordo com o levantamento da Anefac, a taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,02 ponto porcentual, de 3,72% ao mês (55,01% ao ano) em fevereiro para 3,70% ao mês em março (54,65% ao ano).

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Para a Anefac, o aumento da inadimplência em alguns segmentos fez com que diversas instituições financeiras elevassem as taxas de juros de fevereiro para março nos seguintes produtos: cheque especial (8,33% para 8,34%), empréstimo pessoal via bancos (de 3,81% para 3,84%) e empréstimo pessoal via financeiras (de 8,24% para 8,26%).

Das outras linhas de crédito pesquisadas, ficaram estáveis o cartão de crédito rotativo e CDC para financiamento de veículos. Os juros do comércio caíram 0,08 ponto porcentual, para 4,87%.

As três linhas de crédito para pessoas jurídicas pesquisadas tiveram juros reduzidos no mês. São elas: capital de giro (2,24% ao mês), desconto de duplicatas (2,78%) e conta garantida (6,07%). Com isso, houve uma redução de 0,54% na taxa de juros média, a menor desde dezembro de 2009. Nos três primeiros meses do ano, a redução foi de 3,07 pontos porcentuais: de 57,72% ao ano em dezembro de 2011 para 54,65% ao ano em março.

A taxa de juros média para pessoa física caiu 5,97 pontos porcentuais, passando de 114,84% ao ano em dezembro de 2011 para 108,87% ao ano em março de 2012 (redução de 5,20%). Essa taxa acompanhou a trajetória da Selic, que de dezembro até março caiu de 11,00% ao ano para 9,75% ao ano, diminuição de 1,25 ponto porcentual, equivalente a uma redução de 11,36%.

A expectativa da Anefac é de que os juros voltem a ser reduzidos nos próximos meses, diante das sinalizações do Banco Central e das medidas que tanto a autarquia quanto o Ministério da Fazenda vêm promovendo para evitar uma desaceleração forte na economia.

Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) com 631 consumidores mostra que 60% deles pretendem utilizar o 13º salário para o pagamento de dívidas. O número era de 57% na consulta realizada em outubro do ano passado. "Isto demonstra que a redução da atividade econômica e a inflação elevaram o endividamento dos consumidores", afirma a entidade no estudo.

Do restante dos consumidores entrevistados, 17% planejam usar esse dinheiro para comprar presentes, 12% vão poupar para as despesas comuns de começo de ano, 6% já receberam parte ou todo o 13º em 2011, 3% pretendem poupar a parte que sobrar e 2% querem aproveitar os recursos para ajudar na compra ou reforma da casa.

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De acordo com a pesquisa, 76% das dívidas que os consumidores pretendem quitar com o 13º salário são de cartão de crédito e cheque especial. Os compromissos com cartão de crédito atingiram 39% do endividamento e as dívidas com cheque especial, 37%.

Segundo a pesquisa, 80% dos consumidores irão utilizar cartões de crédito para as compras de Natal. Os produtos mais procurados neste fim de ano serão eletroeletrônicos (74% das intenções), celulares (72%) e roupas (68%).

"Diversos segmentos de compras apresentaram uma redução na intenção de gastos dos consumidores (brinquedos, bens diversos, eletroeletrônicos, celulares, linha branca e móveis), demonstrando uma maior cautela e redução de gastos dos consumidores seja por conta de um ano de 2011 um pouco mais difícil seja por conta do cenário externo", afirma a Anefac.

O consumidor está pagando juros menores sobre as operações de crédito desde agosto, mas a redução ainda não embute o impacto do corte de 0,50 ponto porcentual da Selic no último dia 31, de 12,50% para 12,00% ao ano, segundo pesquisa divulgada hoje pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa média de juros nas linhas de financiamento da pessoa física caiu de 6,84% ao mês (121,21% ao ano) em julho para 6,75% ao mês (118,99% ao ano) em agosto, voltando ao nível de agosto de 2010. Para a pessoa jurídica, a taxa média mensal fechou agosto em 3,99% ao mês (59,92% ao ano), ante 4,05% ao mês (61,03% ao ano) em julho e 3,82% ao mês (56,81% ao ano) em agosto do ano passado.

De acordo com o presidente da Anefac, Miguel de Oliveira, a diminuição foi influenciada pela redução da taxa de juro futuro, que incorporava a expectativa do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), iria parar de elevar juros em sua reunião de agosto e os cortes começariam só em outubro. Com este cenário, diz Oliveira, as instituições financeiras anteciparam a redução nas taxas de financiamentos.

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"Nesta pesquisa não tem o impacto da Selic. Ela se refere a todo o mês de agosto e o corte da Selic ocorreu apenas no dia 31. Ninguém esperava a redução já em agosto. Mas como é o juro futuro que determina as taxas dos bancos, o mercado resolveu antecipar o corte", explicou Oliveira.

Para o presidente da Anefac, além da influência do mercado futuro de juros, outros fatores contribuíram para a redução das taxas. A maior oferta de crédito, frente a redução do ritmo de aumento da concessão dos empréstimos, está entre os fatores que contribuíram para o declínio dos juros de mercado.

De acordo com a pesquisa da Anefac, de junho para julho as operações de crédito cresceram 1,1%. De maio para junho, o crescimento tinha sido de 1,67%. De abril para maio, a expansão havia sido de 1,72% e, de março para abril, de 1,83%. De fevereiro para março, o aumento havia sido menor, de 1,26%, mas de janeiro para fevereiro havia crescido 2,01%, segundo números fornecidos pelo presidente da Anefac à Agência Estado.

Ainda de acordo com Oliveira, a redução dos juros começou mesmo após todas as medidas restritivas implementadas em dezembro pelo BC para reduzir a demanda interna e combater a inflação, como a elevação dos depósitos compulsórios, o aumento da exigência de capital para operação de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses e o aumento de exigência de capital das instituições financeiras nas operações de crédito consignado feitas através do cartão de crédito com prazos superiores a 36 meses.

IPC-Fipe

As taxas de juros para a pessoa física em agosto, de acordo com a pesquisa da Anefac, caminharam na contramão da inflação medida no período pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Enquanto a inflação subiu 0,09 ponto porcentual, de 0,30% para 0,39%, os juros do comércio, por exemplo, caíram 0,10 ponto, de 5,70% em julho para 5,60% em agosto. A taxa do cheque especial caiu 0,02 ponto porcentual, de 8,27% para 8,25%.

Na mesma comparação, a taxa incidente sobre as operações de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) nos bancos caiu de 2,37% para 2,29%. O empréstimo pessoal caiu de 4,63% para 4,58% e o empréstimo pessoal das financeiras caiu de 9,34% em julho para 9,11%. A única taxa que se manteve foi a do cartão de crédito: 10,69%.

Para a pessoa física, a taxa de juro sobre capital de giro fechou agosto em 2,95%, ante 3,07% em julho. O juro cobrado sobre as operações de descontos de duplicatas caiu 0,05 ponto porcentual, de 3,18% em julho para 3,13% em agosto, enquanto a taxa cheque especial recuou 0,02 ponto, de 5,90% para 5,88%.

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