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As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram em janeiro pelo 16º mês consecutivo e atingiram o maior nível desde fevereiro de 2005, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

No caso das pessoas físicas, mais uma vez houve aumento nos juros em todas as seis linhas pesquisadas (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras). O juro médio subiu 0,11 ponto porcentual (pp) em janeiro ante dezembro, para 7,67% ao mês (142,74% ao ano), igualmente o nível mais alto em 11 anos.

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No cartão de crédito, a taxa subiu 0,21 pp, para 14,56% ao mês (410,97% ao ano) em janeiro, permanecendo no maior nível desde outubro de 1995. Em relação aos juros do comércio (crediário), houve alta em todos os 12 tipos de lojas pesquisadas, com a média geral subindo 0,10 pp, para 5,60% ao mês (92,29% ao ano).

A taxa mais alta foi registrada em Minas Gerais, com 5,71% ao mês (94,71% ao ano). Nos financiamentos de veículos, o prazo médio se manteve em 36 meses.

Entre as pessoas jurídicas, houve alta nas três linhas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida). O juro médio avançou 0,06 pp no mês passado ante o anterior, para 4,33% ao mês (66,31% ao ano), o maior nível desde fevereiro de 2009. No caso da conta garantida, a taxa subiu 0,10 pp, para 7,40% ao mês (135,53% ao ano), a taxa mais alta desde setembro de 1999.

Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a alguns fatores, como o cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência e o avanço das taxas de juros futuros por conta da turbulência política e econômica. "A tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", diz a entidade.

A Anefac lembra que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve aumento de 7,00 pontos porcentuais (ou alta de 96,55%) na taxa básica de juros, para o nível atual de 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 54,77 pp (+62,26%). Já na pessoa jurídica houve alta de 22,73 pp (+52,16%).

As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram em agosto pelo 12º mês consecutivo e renovaram os maiores patamares desde 2009, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

No caso das pessoas físicas, novamente houve aumento nos juros em todas as seis linhas pesquisadas: juros do comércio (crediário); cartão de crédito rotativo; cheque especial; CDC bancos-financiamento de veículos; empréstimo pessoal - bancos; e empréstimo pessoal -financeiras). O juro médio subiu 0,09 ponto porcentual em setembro ante agosto, para 7,23% ao mês (131,10% ao ano), o maior nível desde junho de 2009.

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No cartão de crédito, a taxa subiu 0,22 ponto porcentual, para 13,59% ao mês (361,40% ao ano) em setembro, o maior nível desde março de 1996. Em relação aos juros do comércio (crediário), houve alta em todos os 12 tipos de lojas pesquisadas, com a média geral subindo 0,02 ponto porcentual, para 5,32% ao mês (86,26% ao ano). A taxa mais alta foi registrada em Minas Gerais, com 5,42% ao mês (88,40% ao ano). Nos financiamentos de veículos, o prazo médio se manteve em 36 meses.

Entre as pessoas jurídicas, houve alta nas três linhas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida). O juro médio avançou 0,03 ponto porcentual no mês passado ante o anterior, para 4,12% ao mês (62,33% ao ano), o patamar mais alto desde maio de 2009. No caso da conta garantida, a taxa subiu 0,04 ponto porcentual, para 7,03% ao mês (125,98% ao ano), o patamar mais elevado desde outubro de 1999.

Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a alguns fatores, como o cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência, o avanço das taxas de juros futuras por conta da turbulência política e econômica, a maior carga tributária e o rebaixamento da nota de crédito do País pela agência de rating Standard & Poor's. "A tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", diz a entidade.

A Anefac lembra que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve um aumento de 7,00 pontos porcentuais (ou alta de 96,55%) na taxa básica de juros, para o nível atual de 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 43,13 ponto porcentual (+49,03%). Já na pessoa jurídica houve uma elevação de 18,75 ponto porcentual (+43,02%).

Um dos primeiros a salientar que a poupança teria meses bastante complicados em 2015, o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, acredita que a situação ainda vai se agravar. "O quadro de retiradas maiores vai continuar se acentuando", disse Oliveira na tarde desta segunda-feira, 6, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ele mantém essa avaliação com base na rentabilidade maior de aplicações financeiras em títulos públicos como fundo de renda fixa, CDBs e Tesouro Direto, por exemplo, em detrimento a uma menor rentabilidade da poupança no atual processo de alta dos juros.

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Além disso, Oliveira acredita que a retração econômica, somada à inflação elevada e juros altos, além de aumento de encargos e impostos reduz a renda das famílias. Com menos recursos no bolso, sobra menos para a poupança, que muitas vezes também acaba sendo um local de socorro, segundo ele, para arcar com os compromissos econômicos do dia a dia das famílias.

Para o diretor da Anefac, dificilmente esse quadro vai se alterar este ano e ainda não está certo de que haverá melhoras em 2016. "Quando a inflação ficar mais baixa, o juro cair e a atividade começar a crescer, daí a poupança volta", avaliou. "Mas isso não será em 2015 com certeza e, em 2016, ainda não sabemos."

Oliveira lembrou ainda que o BC mexeu recentemente na regra dos compulsórios para garantir mais funding para a construção civil. Para isso, no entanto, precisou preparar uma engenharia financeira complexa. Não há como saber agora, de acordo com o diretor da Anefac, se a instituição terá como proporcionar um novo fôlego ao setor caso a poupança continue a sangrar nos próximos meses. "O BC está entre a cruz e a espada e nós não sabemos o que vai fazer", comentou.

Não foi à toa, disse ainda o economista, que a Caixa Econômica Federal mexeu nas regras de financiamento imobiliário, aumentando de 50% para 70% o mínimo de empréstimo para casa própria. Na outra ponta, a maior financiadora de imóveis do País agora dá incentivos extras aos poupadores.

A taxa de juros média para pessoa física subiu 0,09 ponto porcentual em janeiro ante dezembro, atingindo 6,39% ao mês, o maior nível desde janeiro de 2012, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Para as pessoas jurídicas, o juro médio subiu 0,13 pp, para 3,67% ao mês, patamar mais elevado desde março de 2012.

Segundo a Anefac, a alta nos juros pode ser atribuída à elevação da Selic e ao cenário de inflação elevada, que reduz a renda das famílias e aumenta o risco de crescimento na inadimplência. "Agregado a isto temos o baixo crescimento econômico, que deve resultar no aumento dos índices de desemprego", diz o relatório, acrescentando que os juros no mercado brasileiro devem continuar subindo nos próximos meses.

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O documento lembra que desde março de 2013 o BC elevou a Selic em 5 pontos porcentuais, para 12,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 22,32 pp, chegando a 110,29% ao ano em janeiro. No caso das pessoas jurídicas, houve uma elevação de 10,53 pp, para 54,11% ao ano.

Em pesquisa separada, o Procon de São Paulo informou que as taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal voltaram a subir em fevereiro. No primeiro caso, a taxa média avançou 0,13 pp, para 10,50% ao mês, enquanto no segundo caso a alta foi de 0,16 pp, para 6,01% ao mês.

"Neste período, o orçamento do consumidor continua sofrendo os reflexos dos gastos do fim de ano e das despesas típicas do começo do ano. Os juros continuam altos para o tomador de crédito, sendo assim é aconselhável refletir antes de contratar um empréstimo", diz a fundação.

O resgate líquido de R$ 5,5 bilhões da poupança em janeiro é o primeiro sinal de como a caderneta vai "sofrer" este ano, na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. "Essa retirada já era esperada e, daqui para a frente, a gente vai continuar a ver números negativos", previu o economista. "A poupança vai sofrer em 2015. Este ano será muito difícil para as famílias", acrescentou. Nesta quinta-feira (5), o Banco Central informou que os depósitos nessa aplicação somaram R$ 147,467 bilhões no primeiro mês de 2015, enquanto as retiradas totalizaram R$ 152,996 bilhões.

O primeiro golpe nesse tipo de investimento é a atual fase de aperto monetário. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou o juro básico da economia, a Selic, para 12,25% ao ano e a perspectiva é de que um novo aumento virá no mês que vem. "Isso faz com que as pessoas prefiram aplicar seu dinheiro em fundos, já que, com os juros mais altos, eles acabam rendendo mais", disse Oliveira.

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O presidente da Anefac lembrou que o ambiente econômico também proporciona maiores dificuldades para a economia das famílias, já que a inflação está em alta. Amanhã, o IBGE divulga o IPCA de janeiro e a previsão de especialistas é de uma taxa superior a 1%. "A inflação alta corrói a renda do trabalhador", considerou o economista. Além disso, de acordo com ele, os recentes anúncios de aumento de preços, como de energia elétrica e combustíveis, vão continuar diminuindo o poder de compra da população. Não apenas em relação ao consumo desses itens especificamente, mas também de outros bens que são impactados por essa elevação, avaliou Oliveira.

Oliveira salientou que o reajuste do preço do diesel, por exemplo, afeta diretamente o custo do frete, elevando o preço de todos os produtos que são deslocados pelo País, porque o natural é que a indústria repasse esse aumento de custo. "Feijão, arroz. Tudo vai subir", citou.

O economista mencionou ainda que a restrição de crédito também é um dos vilões da formação de poupança. Muitas famílias estão endividadas, lembrou, e o resgate da caderneta pode estar relacionado também à necessidade de honrar compromissos financeiros. "Isso, sem contar as pessoas que resgataram esses recursos para complementar seus orçamentos", considerou. "O grande problema é o aumento seguido de preços frente a uma renda que não cresce", finalizou.

O Brasil se manteve em 2013 entre os países mais desiguais do G-20 pelo terceiro ano consecutivo, mostrou estudo elaborado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) com base em uma compilação de números da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil continuou na 17ª colocação no quesito desigualdade social, à frente apenas de África do Sul e Índia. Em quatro anos de pesquisa, o melhor desempenho brasileiro foi em 2010, quando ocupava a 15ª posição. O levantamento desconsidera a participação da União Europeia e, por isso, conta com 19 países.

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"Particularmente o coeficiente de Gini é um indicador importante relacionado a este ranking e mostra o Brasil em situação bastante desconfortável com relação à distribuição da renda (...). O Brasil tem melhorado neste coeficiente de Gini ao longo dos últimos anos, no entanto, ainda há um longo caminho a percorrer", alertou a Anefac. Austrália, Alemanha e Canadá aparecem como os países menos desiguais do G-20, nesta ordem.

O Brasil ocupou a 14ª colocação no ranking de pobreza, mesmo patamar do ano anterior. "Os países abaixo do Brasil nesse ranking apresentam desempenho que não ameaça a 14ª posição brasileira, porém, aliado ao indicador de desigualdade, constata-se uma distância entre a posição do Brasil como economia global em relação à posição correspondente ao desenvolvimento humano", explicou a Anefac. Abaixo do Brasil seguem México, Indonésia, África do Sul, China e Índia. A associação acrescentou que aproximadamente 10% da população brasileira vive na miséria, e 10 milhões vivem com apenas US$ 1,25 por dia.

No ranking geral, que além desses itens já citados leva em conta tópicos como IDH, Saúde, Educação, Renda e Economia, Desigualdade de Gênero e Sustentabilidade, o Brasil manteve a 15ª colocação pelo segundo ano consecutivo, à frente de Turquia, Indonésia, África do Sul e Índia. A associação explicou que a nota brasileira melhorou, subindo de 4,22 pontos para 4,45 pontos, mas ponderou que os demais países progrediram mais.

As primeiras posições do ranking geral são ocupadas por Alemanha, França e Canadá. Os EUA, maior economia do mundo, estão na oitava colocação. Segundo a Anefac, esse desempenho norte-americano é explicado pelas pontuações fracas nas categorias Saúde e Educação.

O Brasil piorou nas avaliações de IDH (14 para 15), Educação (14 para 15) e Desigualdade de Gênero (14 para 17). O País apresentou estabilidade em Saúde (13) e melhorou em Sustentabilidade (3 para 2) e em Renda e Economia (15 para 11). Este último item passou por uma revisão de critério em relação ao ano anterior. Segundo a Anefac, o Brasil "não apresenta um posicionamento equivalente nos indicadores que compõem a avaliação de renda na ONU".

Após mais de um ano de altas seguidas, as taxas de juros das operações de crédito caíram em setembro ante agosto, mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgada nesta quinta-feira (9). Para pessoa física, a média das taxas interrompeu uma sequência de 15 meses de elevação, ao cair de 6,08% ao mês para 6,06%. Já para empresas, a taxa baixou de 3,44% para 3,43%, pondo fim a 12 meses de altas seguidas.

Em nota à imprensa, o coordenador da pesquisa e diretor executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, atribuiu as reduções a três fatores. O primeiro foi a interrupção da elevação da taxa básica de juros (Selic), aliada à sinalização do Banco Central (BC) de que ela vai permanecer inalterada nos próximos meses. Os outros dois fatores são a estabilidade nos índices de inadimplência e as medidas anunciadas recentemente pelo BC para redução dos depósitos compulsórios.

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Para os próximos meses, a associação prevê que as taxas de juros das operações de crédito não devem ser alteradas, na medida em que a tendência é de a Selic ser mantida no período. "A não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada - o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa básica de juros", pondera a Anefac em nota.

A instituição pondera que outro fator a ser considerado e que eventualmente poderá provocar redução nas taxas de juros está relacionado ao fato de o Banco Central ter reduzido os compulsórios. Na avaliação da Anefac, isso poderá provocar alguma redução dos juros nas operações de crédito.

Linhas de crédito

Para pessoa física, das seis linhas de crédito pesquisadas, quatro tiveram taxas de juros reduzidas em setembro: juros do comércio (de 4,68% para 4,63%), CDC de bancos para financiamento de veículos (1,81% para 1,79%), empréstimo pessoal em bancos (3,47% para 3,44%) e empréstimo pessoal em financeiras (de 7,32% para 7,26%). Uma se manteve estável: cartão de crédito rotativo (10,78%).

Já para pessoa jurídica, das três linhas pesquisadas, duas tiveram as taxas de juros reduzidas no mês: desconto de duplicatas (de 2,55% para 2,54%) e conta garantida (de 5,89% para 5,88%). A taxa de capital de giro ficou estável em 1,88%.

Análise divulgada nesta quinta-feira (7) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mostra que o volume de crédito do sistema financeiro brasileiro cresceu 539,7% em dez anos, passando de 26,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 para 55,3% em 2014. Mas, para a Anefac, o estoque de empréstimos no País ainda é baixo.

"Não obstante esta expansão, é fato que o volume total do crédito do País ainda é baixo quando comparado às principais economias, onde este número atinge mais de 100% do PIB. Isso demonstra que temos ainda um ambiente favorável à expansão de crédito", disse o diretor executivo de Pesquisas e Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

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De acordo com o levantamento da associação, o volume total de crédito (incluindo recursos livres e direcionados) atingiu em junho a marca de R$ 2,83 trilhões, contra R$ 442,38 bilhões em junho de 2004. No período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 72,8%.

Neste período de dez anos, segundo ele, além da forte expansão no volume de crédito concedido, houve redução das taxas de juros, redução dos spreads bancários, aumento dos prazos médios de financiamento e redução da inadimplência.

"Entretanto, taxas e spreads se encontram em patamares elevados, o que abre margem para que continuem sendo reduzidos ou pela redução da taxa básica de juros (Selic) ou por uma maior competição no sistema financeiro ou ainda por eventuais medidas a serem tomadas pelo governo, como redução de impostos e compulsórios, além da queda dos índices de inadimplência", finalizou Oliveira.

As taxas de operações de crédito subiram novamente em junho, pelo 13º mês consecutivo, de acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Em pontos porcentuais, as elevações superaram as recentes altas da Selic, destaca a instituição. Para os próximos meses, a associação projeta ser "provável" que as taxas se mantenham "inalteradas", caso a inadimplência se mantenha estável.

De março do ano passado para junho deste ano, a taxa Selic passou de 7,25% para 11% ao ano, alta de 3,75 pontos porcentuais. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física subiu de 87,97% ao ano para 101,90%, aumento de 13,93 pontos porcentuais, segundo a Anefac. Já para pessoa jurídica, na análise de março de 2013 para junho de 2014, as operações de crédito subiram 6,48 pontos porcentuais, ao passar de 43,58% para 50,06% ao ano.

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Das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas pela Anefac, cinco subiram em junho (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, empréstimo pessoal em bancos e empréstimo pessoal em financeiras) e apenas uma teve uma queda - o CDC em bancos para financiamento de automóveis, com -1,11%. Na média, a taxa de juros subiu de 5,98% em maio para 6,03% ao mês em junho, a maior taxa registrada desde julho de 2012 (6,12%).

Entre as três linhas de crédito para pessoa jurídica pesquisadas, apenas uma foi reduzida (capital de giro) e duas foram elevadas (desconto de duplicadas e conta garantida), informou a Anefac. Na média, a taxa de juros passou de 3,41% em maio deste ano para 3,44% ao mês em junho. O resultado foi a maior taxa de juros desde julho de 2012 (3,53%).

O diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, atribui as elevações tanto ao aumento da inadimplência quanto ao cenário econômico nacional, com expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico. Para ele, esses fatores aumentam o risco de crédito, na medida em que há expectativa de aumento nos índices de inadimplência.

Com a tendência de manutenção da Selic em 11% no curto prazo, o economista projeta que as taxas de juros de operações de crédito devam se manter "inalteradas". "A não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada, o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa básica de juros", pondera em comunicado enviado à imprensa.

A alta da taxa básica de juros (Selic) em pouco mais de um ano atingiu em cheio o custo de tomar crédito. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa de juro praticada no crédito subiu 15,27% no período.

Em abril de 2013, a Selic estava em 7,25% ao ano. Atualmente está em 11% ao ano. Nesta terça-feira, 15, começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica, que será anunciada na quarta-feira, 16.

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O cartão de crédito foi a categoria que mais sofreu aumento. Quando a Selic estava em 7,25% ao ano, no cartão era cobrado o juro de quase 193% ao ano. Atualmente, a taxa já está em 238,67%, uma alta de 23,7%.

Em simulação é mostrada a diferença que isto faz no bolso do consumidor. Ao utilizar o rotativo do cartão por 30 dias, no valor de R$ 3 mil, o cliente pagaria R$ 281,10 de juros no ano passado. Em 2014, já pagaria R$ 321.

No longo prazo, as diferenças se tornam maiores. No financiamento de um automóvel de R$ 25 mil em 60 meses, o custo subiu R$ 2.401. No ano passado, o veículo sairia por R$ 38.482,90. Em 2014, o financiamento custaria R$ 40.884,39

Nova Selic

Caso a taxa de juros suba a partir desta semana, o custo irá acompanhá-la. Se subir dos atuais 11% para 11,25%, a taxa média do crédito avançará de 101,98% para 102,44%. Em uma alta maior, para 11,5%, o juro do crédito passará para 102,90%. Na última reunião do Copom, a Selic foi mantida em 11% e, para a maioria do mercado, a taxa deve seguir neste patamar até o fim do ano.

As taxas de operações de crédito subiram novamente em maio, pela 12ª vez consecutiva, apurou a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Em pontos porcentuais, as elevações superam as recentes altas da Selic, informou a instituição.

De abril do ano passado a abril deste ano, a taxa Selic passou de 7,25% para 11,00% ao ano, alta de 3,75 pontos porcentuais. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física subiu de 87,97% ao ano para 100,76%, aumento de 12,79 pontos porcentuais, de acordo com a Anefac. Na análise de março de 2013 a maio de 2014, as operações de crédito para pessoa jurídica subiram 5,96 pontos porcentuais, ao passar de 43,58% para 49,54% ao ano.

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Cinco das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas em maio subiram: juros do comércio, cheque especial, CDC bancos-financiamentos de automóveis, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras. A taxa de cartão de crédito se manteve estável. Na média, a taxa de juros subiu de 5,96% ao mês em abril para 5,98% em maio, a maior registrada deste agosto de 2012 (6,02%).

Todas as linhas de crédito para pessoa jurídica pesquisadas apresentaram alta em maio, com taxa média de 3,41% ao mês. Em abril, a taxa média era de 3,39% ao mês. O resultado de maio também é a maior taxa registrada desde agosto de 2012, quando chegou a 3,44%. A Anefac considera nas linhas de crédito para pessoa jurídica o desconto de duplicatas, capital de giro e conta garantida.

O diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, relaciona as elevações nos juros à expectativa de que o Banco Central elevasse novamente a taxa Selic em maio e também à percepção negativa quanto aos índices de inflação e crescimento econômico. A perspectiva é de que, com a esperada estabilidade da Selic nos próximos meses, as taxas de juros das operações de crédito também se mantenham inalteradas, a menos que haja aumento da inadimplência neste período.

A elevação da taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto porcentual terá um efeito "muito pequeno" nas operações de crédito, de acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A decisão de subir a Selic de 10,75% para 11,00% ao ano foi anunciada na noite desta quarta-feira (2) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e ficou em linha com a maior parte das estimativas dos analistas consultados pelo AE-Projeções.

Segundo o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, há um grande "descolamento" entre a Selic e os juros praticados junto aos consumidores. A instituição estima que, com a nova Selic, a taxa média de juros para pessoa jurídica passará de 3,32% ao mês (48,04% ao ano) para 3,34% ao mês ou 48,38% ao ano.

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Na linha de crédito de capital de giro, por exemplo, a taxa iria de 1,74% ao mês (23,00% ao ano) para 1,76% (23,29% ao ano). Quando a Selic estava em 10,75% ao ano, os juros pagos num empréstimo de capital de giro pelo prazo de 90 dias, no valor de R$ 50 mil, somavam R$ 2.655,68. Já com a Selic em 11,00%, os juros desembolsados sobem para R$ 2.686,74, uma alta de R$ 31,06, conforme simulação feita pela Anefac.

Ainda no mercado de pessoa jurídica, a Anefac informou que, na linha de crédito de desconto de duplicatas, a taxa de juros deve avançar de 2,41% (33,08% ao ano) para 2,43% ao mês (33,39% ao ano), enquanto na conta garantida haveria variação de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) para 5,84% ao mês (97,61% ao ano).

Com a nova Selic, a taxa de juros média para pessoa física, nas contas da Anefac, vai subir dos atuais 5,82% ao mês - ou 97,05% ao ano - para 5,84% ao mês, o equivalente a 97,49% ao ano. A variação prevista também é pequena ao considerar apenas os juros praticados no comércio, que, de acordo com a Anefac, passam de 4,46% ao mês (68,81% ao ano) para 4,48% ao mês (69,20% ao ano). O mesmo acontece com cartão de crédito (de 10,08% ao mês ou 216,59% ao ano para 10,10% e 217,28%); cheque especial (de 8,08% ou 154,06% para 8,10% ou 154,63%); CDC bancos - financiamento de veículos (de 1,75% ou 23,14% para 1,77% ou 23,43%); empréstimo pessoal - bancos (de 3,30% ou 47,64% para 3,32% ou 47,98%); e empréstimo pessoal - financeira (de 7,22% ou 130,84% para 7,24% ou 131,36%).

A Anefac simulou a compra de um veículo de R$ 25 mil, a ser pago em 60 meses, pela linha CDC bancos para financiamento de automóveis. Com a mudança da Selic de 10,75% ao ano para 11%, o valor da parcela passa de R$ 676,33 para R$ 679,71 e o valor total pago sobe de R$ 40.580,04 para R$ 40,782,81.

Ainda sem contabilizar a elevação da Selic de 9,50% para 10% ao ano anunciada no dia 27 de novembro, as taxas de juros das operações de crédito ficaram estáveis em novembro, após registrarem seis elevações ao longo de 2013, apontou pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 11, pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os efeitos da última alta da Selic só devem ser repassados às operações de crédito em dezembro.

A taxa de juros média geral para pessoa física passou de 5,56% ao mês (91,42% ao ano) em outubro para 5,57% ao mês (91,64% ao ano) em novembro, alta de 0,01 ponto porcentual no mês (0,22 ponto porcentual no ano), o que para a Anefac aponta estabilidade.

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Das seis linhas de crédito pesquisadas para pessoa física em novembro, três ficaram estáveis (rotativo do cartão de crédito, cheque especial e CDC de bancos para financiamento de veículos) e três tiveram um pequeno aumento de custo: juros do comércio, que passaram de 4,19% ao mês para 4,20%; empréstimo pessoal de bancos, de 3,16% para 3,18%; e empréstimo pessoal de financeiras, que subiu de 7,09% ara 7,10%.

No caso dos juros para pessoas jurídicas, das três linhas de crédito pesquisadas em novembro, a de capital de giro ficou estável ante outubro, com taxa de juros de 1,61% ao mês. Já a linha de crédito de conta garantida teve queda de 5,73% para 5,71% e o desconto de duplicatas teve alta de 2,30% para 2,31%. Com isso, a taxa de juros média geral para pessoa jurídica também registrou estabilidade na passagem de outubro para novembro (0 ponto porcentual no mês e 0 ponto porcentual em 12 meses), ficando em 3,21% ao mês (46,10% ao ano).

Segundo Oliveira, por conta da expectativa de uma nova elevação da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, em janeiro, "é provável que as taxas das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses".

Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), realizada em outubro e divulgada nesta segunda-feira, 11, mostra que a maioria dos consumidores brasileiros - 62%, ante 61% no ano passado - pretende utilizar os recursos do 13º salário para pagar dívidas. Em nota enviada à imprensa, a Anefac credita a alta do endividamento dos consumidores ao ambiente de redução da atividade econômica e inflação mais elevada.

O levantamento, feito com 612 consumidores de todas as classes sociais, apurou ainda que recuou de 16% para 14% o total de brasileiros que pretendem utilizar o 13º para a compra de presentes, o que, para a Anefac, mostra maiores dificuldade e preocupações com os gastos neste ano. A pesquisa também verificou que 77% dos consumidores têm dívidas contraídas no cheque especial ou no cartão de crédito.

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De acordo com a Anefac, os produtos que mais vão atrair os recursos do 13º salário serão celulares (74%), roupas (70%) e eletroeletrônicos (68%). O levantamento mostra a preocupação dos consumidores em reduzir o volume de seus gastos neste Natal: 80% pretendem gastar até R$ 500 ante 76% em 2012, enquanto 20% devem gastar mais de R$ 500 contra 24% no ano passado. A maioria dos consumidores (81%) utilizará o cartão de crédito para as compras de Natal.

As taxas de juros nas operações de crédito subiram pela quarta vez no ano em agosto, atingindo o maior patamar desde novembro do ano passado, informou a Associação Nacional de Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), nesta quinta-feira, 12. O coordenador de estudos econômicos da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, atribuiu a nova alta à elevação na taxa de juros básica, a Selic, que passou de 8,5% para 9% ao ano na última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom), em agosto.

A taxa de juros média geral para pessoa física subiu 0,03 ponto porcentual, passando de 5,48% ao mês em julho para 5,51% em agosto, totalizando 89,69% ao ano. Das seis linhas pesquisadas pela Anefac, apenas a taxa do cartão manteve-se estável, em 9,37% ao mês. As outras cinco tiveram elevação: juros do comércio (de 4,10% para 4,11%), cheque especial (7,77% para 7,81%), CDC-Bancos-financiamento de automóveis (1,58% para 1,61%), empréstimo pessoal-bancos (3,08% para 3,10%) e empréstimo pessoal-financeiras (6,99% para 7,03%).

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No mesmo sentido, a taxa de juros média geral da pessoa jurídica também registrou elevação de 0,03 ponto porcentual, passando de 3,13% ao mês em julho para 3,16% em agosto, totalizando 45,26% ao ano. Todas as três linhas de crédito pesquisadas mostraram elevação em agosto. Capital de giro passou de 1,52% para 1,54%; desconto de duplicata de 2,23% para 2,24% e conta garantida de 5,65% para 5,69%.

Ao traçar uma perspectiva para os próximos meses, Oliveira avaliou que, tendo em vista a pressão inflacionária atual, acima do centro da meta de 4,5% ao ano - em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação, bateu 6,09% na medição dos últimos 12 meses -, uma nova alta na taxa de juros Selic é esperada para a próxima reunião do Copom, em outubro. Com isso, na avaliação do economista, as taxas das operações de crédito devem ser novamente elevadas nos próximos meses.

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir no mês de julho. É a terceira alta no ano, conforme pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "É a terceira vez que acontece neste ano e (a alta) pode ser atribuída à última elevação da taxa de juros básica promovida pelo Banco Central", disse em nota o diretor executivo de estudos econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, em referência à recente alta da Selic, de 8% para 8,5% ao ano.

A taxa de juros média geral para pessoa física passou para 5,48% ao mês em julho ante 5,45% em junho, chegando a 89,69% ao ano. De acordo com a Anefac, esta é a maior taxa de juros desde novembro do ano passado.

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Os juros do comércio subiram de 4,08% ao mês em junho para 4,10% em junho e as de cheque especial foram de 7,73% ao mês para 7,77%. Já em CDC a taxa subiu de 1,53% para 1,58% ao mês. Em empréstimo pessoal dos bancos, a taxa saiu de 3,04% em junho para 3,08% em julho e em empréstimo pessoal das financeiras foi de 6,96% ao mês para 6,99%. Já a taxa de cartão de crédito foi a única operação de crédito para pessoa física que se manteve estável, em 9,37% ao mês.

A taxa de juros média geral para pessoa jurídica subiu de 3,09% ao mês em junho para 3,13% ao mês em julho (44,75% ao ano), também a maior taxa desde novembro de 2012. Os três indicadores analisados apresentaram alta de junho para julho: capital de giro saiu de 1,48% ao mês para 1,52%; desconto de duplicata foi de 2,21% para 2,23%; e conta garantida foi de 5,58% para 5,65% ao mês.

Oliveira, da Anefac, ressalta que, apesar de "os atuais indicadores mostrarem pressões inflacionárias, bem como o fato do índice oficial de inflação estar bem acima do centro da meta do Banco Central, deveremos ter nova elevação da Selic na próxima reunião do Copom". Por essa razão, o diretor da instituição projeta que as taxas de juros das operações de crédito voltarão a subir nos próximos meses.

A Anefac aponta que, de junho de 2011 a julho de 2013, a Selic baixou de 12,5% ao ano para 8,5% ao ano. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física baixou de 121,21% para 89,69% ao ano. Nas operações de crédito para pessoa jurídica, a taxa média passou de 61,03% para 44,75% ao ano.

A Associação Nacional do Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) anunciou nesta quinta-feira, 17, as empresas ganhadoras do Troféu Transparência, o 17º Prêmio Anefac - Fipecafi - Serasa Experian. As companhias foram escolhidas após a análise de 2 mil demonstrações financeiras feitas pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e pela Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). A ideia é premiar as melhores práticas contábeis e o conjunto de informações mais objetivas para o mercado.

A análise das demonstrações financeiras é feita por especialistas e alunos de Contabilidade e Controladoria da FEA-USP. As empresas que apresentaram melhor transparência em suas demonstrações contábeis foram selecionadas após quatro meses de análise, que inclui, entre os critérios, a aderência aos princípios e práticas de contabilidade, qualidade do relatório de administração, qualidade da apresentação, inovação na divulgação de informações adicionais e parecer de auditoria sem ressalvas.

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Nas companhias com capital aberto e faturamento acima de R$ 5 bilhões foram premiadas AES Eletropaulo, Braskem, Sabesp, Cemig, Embraer, Gerdau, Pão de Açúcar, Petrobras, Usiminas e Vale. Nas empresas abertas com faturamento até R$ 5 bilhões, ganharam AES Tietê, BM&FBovespa, Fibria Celulose, JSL e Tractebel Energia. Já na categoria companhias de capital fechado foram premiadas Furnas, Embasa - Empresa Baiana de Águas e Saneamento, Energisa Paraíba - Distribuidora de Energia, Petrobras Distribuidora e Samarco Mineração.

O aumento da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 8% ao ano, terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito, avalia a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para a entidade, que fez simulações em diversos cenários aplicando a nova taxa, há um deslocamento muito grande entre a taxa referencial Selic e as taxas cobradas dos consumidores pelos bancos. "Na média da pessoa física (as taxas) atingem 88,61% ao ano, provocando variação de mais de 1.000% entre as duas pontas", afirmou a entidade por meio de nota distribuída à imprensa.

"O último aumento da Selic (em abril, quando a taxa passou de 7,25% para 7,50%) não repercutiu em aumentos significativos nas taxas de juros dos bancos", lembrou o Diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

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Para Miguel, o recente ciclo de aperto monetário do Banco Central, iniciado em abril, reflete uma pressão da sociedade que está começando a ficar incomodada com o aumento da inflação. "Eles (BC) estão aumentando a taxa devido ao aumento da inflação, que começa a chegar no bolso das pessoas", avaliou.

Santander

O economista-chefe do Banco Santander, Mauricio Molan, avaliou que o aumento na taxa básica de juros pode representar o fim do ciclo de alta na taxa de juros. "Algumas palavras usadas no comunicado do Copom sinalizam uma probabilidade elevada que essa tenha sido uma alta definitiva e que (o Copom) não vá realizar movimentos posteriores", disse Molan, ressaltando que a alta foi descrita como sendo um processo que contribui para colocar a inflação em declínio.

"Se for verdade, temos uma decisão que faz sentido no ambiente de crescimento de demanda modesta (o consumo das famílias cresceu apenas 0,1% no trimestre)", disse. "Senão for, esse aumento colide e pode abortar ciclo de crescimento (do PIB) que já é fraco", emendou.

Molan disse, no entanto, que essas são interpretações possíveis, que uma visão mais clara do tema será possível apenas com a publicação da ata da reunião. "Essa interpretação é baseada nas palavras usadas no comunicado, há uma linha muito tênue entre uma coisa e outra. Apenas com a ata poderemos saber", ressaltou.

Pela primeira vez, em outubro a taxa de juro média mensal do cartão de crédito rotativo caiu para um dígito no Brasil. De acordo com pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa recuou de 10,41%, em setembro, para 9,37% ao mês, a mais baixa da série histórica, iniciada em 1995. Mesmo assim, a taxa média anual continua em três dígitos, e ainda entre as mais altas do mundo: passou de 228,17% para 192,94%.

A queda dos juros do cartão de crédito começou a aparecer em setembro, quando houve a primeira alteração depois de 33 meses de estabilidade na taxa. O movimento resultou da pressão do governo para fazer chegar aos usuários de cartão o efeito do forte corte promovido na taxa Selic, usada como referência para os empréstimos no País.

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O vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, atribui a queda na taxa média em outubro ao Bradesco, que cortou pela metade os juros cobrados no crédito rotativo dos seus cartões de crédito. No mês anterior, a pesquisa refletira a redução dos juros nos cartões do Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

"A tendência ainda é de queda para os próximos meses", afirma Ribeiro de Oliveira. "Como os principais bancos reduziram suas taxas, inevitavelmente os outros bancos vão ter de fazer o mesmo para não perder clientes."

Para o economista Roberto Luís Troster, que durante anos dirigiu a área econômica da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a tendência é de queda, mas numa velocidade muito lenta. Troster argumenta que "a taxa continua um absurdo".

Segundo ele, enquanto a taxa do cartão de países que cobram mais caro está na casa de 30% ao ano, na média, no Brasil ainda está em quase 200%. Na Argentina, por exemplo, a taxa média está em torno de 50%, já nos Estados Unidos é de 11,95% ao ano.

Pressão. O economista diz que as taxas do cartão estão caindo num momento em que a inadimplência está subindo. Normalmente, quando a inadimplência sobe, as taxas sobem também. "É um indicador de que o movimento de queda é muito mais por causa de uma pressão política do que pelo comportamento padrão do mercado", afirma.

Os bancos, em geral, reconhecem que as taxas de juros estão altas e atribuem isso à inadimplência e a uma peculiaridade do mercado brasileiro: o financiamento parcelado sem juros pelo cartão. Atualmente, discute-se o que fazer .

O levantamento da Anefac mostrou que, em outubro, os juros caíram em todas as linhas de crédito para consumidores pesquisadas. Foi o oitavo mês consecutivo de queda na taxa média geral para pessoa física, que passou de 5,81% ao mês, em setembro, para 5,50% (90,12% ao ano), também a menor da série histórica.

A taxa média de juro mensal para empresas também caiu, de 3,31% para 3,17%, o que representa 45,43% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

A maioria dos consumidores vai usar o 13º salário para pagar dívidas, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A proporção deste ano (61%) está um ponto porcentual acima de 2011, quando chegava a 60%. De acordo com a instituição, o resultado mostra que a redução da atividade econômica e a inflação mais alta aumentaram o endividamento dos consumidores.

O número de consumidores que pretendem usar o 13º para comprar presentes caiu 5,88% de 2011 para 2012. "Como vem ocorrendo todos os anos, a grande parte dos consumidores (mais de 70%) tem dívidas contraídas no cheque especial e no cartão de crédito e pretendem utilizar os recursos do 13º salário para regularizar estas situações", afirmou o coordenador do estudo, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

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Entre 2011 e 2012, houve redução de dois pontos porcentuais no número de endividados com cheque especial, que passaram de 37% para 35%. As dívidas com cartão de crédito, contudo, aumentaram. No último ano, 39% dos consumidores tinham dívidas no cartão; neste ano, a porcentagem chegou a 40%.

O número de consumidores que pretendem gastar valores menores neste Natal aumentou do ano passado para 2012. Aqueles que pretendem gastar valores mais altos, por sua vez, diminuiu. Em 2011, 24% dos consumidores pretendiam gastar entre R$ 100 e R$ 200, mas essa fatia passou para 26% neste ano. Aqueles que pretendem gastar entre R$ 200 e R$ 500 também são em maior quantidade, 39% neste ano contra 37% em 2011. Já os que querem gastar entre R$ 500 e R$ 1.000 são 13% (eram 14% em 2011). Outras duas faixas de gasto superior a R$ 1.000 também registraram queda nas intenções.

Com uso do 13º salário e de financiamentos, os produtos que mais despertam a atenção dos consumidores para o Natal são eletroeletrônicos e eletroportáteis (75% das intenções), celulares (74%) e roupas (68%). A intenção de compra caiu, de 2011 para 2012, nos setores de brinquedos (de 65% para 54%), produtos de linha branca (de 25% para 23%) e produtos de informática (de 51% para 47%). A redução do desejo de compra de brinquedos está relacionada com a mudança no perfil de consumo e substituição destes produtos por eletrônicos e celulares, avalia a associação..

Para a Anefac, os resultados mostram "maior cautela e redução de gastos dos consumidores seja por conta de um ano de 2012 um pouco mais difícil seja por conta do cenário externo".

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