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Em reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), ocorrida nesta quinta-feira (28), foi aprovado um aumento da tarifa de ônibus em 7,07%. Com o reajuste, o anel A subirá de R$ 3,20 para R$ 3,43, com provável arredondamento para R$ 3,45. O Anel B pula de R$ 4,40 para R$ 4,68 e o G salta de R$ 2,10 para R$ 2,25. O anel tarifário D será extinto, sendo transformado no A. Os novos valores começam a ser cobrados a partir do sábado (2).

O encontro foi realizado no prédio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, na Zona Oeste do Recife. Pedro Josephi e Márcio Morais, representantes da sociedade civil, se retiraram antes do início da discussão. 

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A proposta aprovada foi a do Governo, através do Grande Recife Consórcio de Transporte. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) havia proposto uma recomposição de 16,18%. Movimentos contrários ao aumento cobravam que fosse aprovado um reajuste para tarifa única de R$ 2,90.

Questionado sobre o impacto do aumento em tempos de crise e desemprego elevado, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação e presidente do CSTM, Marcelo Bruto, disse que o governo tem feito esforço fiscal para controlar o valor. "Posso dizer que o Governo do Estado tem feito um esforço muito grande para que a tarifa do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife (RMR) seja uma das menores do Brasil. O sistema tem custo e a melhor solução para melhor a qualidade do sistema não é simplesmente ignorar esse fato porque o resultado disso seria, na verdade, a redução de linhas e de melhoria de serviço para a população", explicou.

Como contrapartida da recomposição, o governo cobra a renovação de 655 ônibus, sendo que desde dezembro foram adquiridos 185 desses. Caso não sejam adquiridos os demais até dezembro de 2019, o governo diz que poderá tomar medidas nos cálculos de reajuste futuros. 

Indagado também se o reajuste seria justo, Bruto respondeu apenas que "foi um reajuste possível dentro dos custos que têm variado no setor". Ele também foi questionado sobre a qualidade dos ônibus e do sistema:"Precisa ser aprimorado, para isso é que são feitos esse esforços de renovação de frota, as cobranças e fiscalização. A gente sabe que o serviço como um todo no Brasil e outras regiões precisa ser melhorado, mas a solução para isso não é o congelamento tarifário porque os custos continuam avançando". 

Reuniões adiadas

A primeira reunião do CSTM, ocorrida dia 12 de janeiro, já previa a discussão sobre o aumento da passagem, mas uma decisão judicial proibiu deliberações sobre o tema. Um novo pedido de liminar foi solicitado na Justiça. Para justificar o pedido, os movimentos alegaram que não foram apresentados documentos que comprovassem a necessidade de aumento e que não são considerados nos cálculos valores extratarifários, como comércio e publicidade nos ônibus.

Após ação da Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP), o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital Teodomiro Noronha determinou que o Estado não poderia discutir e nem aprovar qualquer reajuste das tarifas de ônibus na Região Metropolitana do Recife. A nova reunião ocorreu, mas o Conselho voltou a adiar a discussão para fevereiro.

Com informações de Jorge Cosme

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