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A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu alerta para baixo índice de umidade relativa do ar no interior do Estado desta quinta-feira (20) até segunda-feira (24), especialmente para cidades do noroeste paulista, que podem atingir níveis críticos, chegando a 17%. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal para o organismo humano fica em torno de 40% e 70%.

De acordo com levantamento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, a taxa de umidade relativa do ar deve variar entre 17% e 20%. Na região de Franca, Barretos e Ribeirão Preto, as chances de chegar ao patamar mais baixo é alta, o que deve prejudicar consideravelmente a qualidade do ar e aumentar o risco para incêndios. Já na região de São José do Rio Preto, a umidade relativa do ar fica entre 19% e 20%.

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De acordo com o meteorologista do CGE Vitor Takao Suganuma, o baixo índice de umidade relativa do ar é uma característica predominante desta época do ano, quando não há entrada de ar úmido da região oceânica em direção ao centro do continente.

"Um dos motivos para não ocorrer essa entrada de umidade se dá por conta das condições climáticas, que atuam sobre o continente e não têm 'força' o suficiente para adentrar até regiões centrais, sendo o extremo noroeste do estado uma delas", explica. "Com a falta de umidade no ar e o aumento de incidência solar, que é natural em dias que não chove, a umidade relativa do ar tende a cair mesmo no período da tarde."

Cuidado redobrado

O tempo seco propicia doenças respiratórias e acidentes cardíacos em pessoas que já têm predisposição, além de causar mal estar. Por isso, a Defesa Civil recomenda que, nesse período, as pessoas bebam bastante água e se protejam do sol.

"Evitem exercícios físicos ao ar livre nos horários mais críticos do dia e usem soro nos olhos e nariz", diz o órgão. Além disso, é preciso atenção redobrada contra incêndios: "não descarte bitucas e brasas onde há vegetação e não coloque fogo em terrenos - além de causar incêndios de grande proporção, é crime ambiental", afirma.

Na cidade de São Paulo não chove há 43 dias, a quarta maior marca de seca já registrada pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura. A última chuva significativa registrada pelo órgão ocorreu no dia 13 de junho, quando a capital entrou em estado de alerta para alagamentos.

Agora, a atenção é para a baixa umidade do ar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana, mas a previsão do CGE para os próximos dias é que a umidade relativa do ar fique abaixo dos 30% e, além disso, não há possiblidade de chuvas.

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O meteorologista do CGE, Michael Pantera, afirma que nos últimos dias uma frente fria trouxe ventos úmidos do mar para a capital, mas com força suficiente apenas para deixar o tempo menos seco. "Ela trouxe um pouco de nebulosidade, ventos e derrubou as temperaturas", explica.

Ainda segundo o CGE, o primeiro semestre deste ano registrou 36,6% menos chuva do que o previsto para o período. A média registrada foi de 831,8 milímetros, enquanto este ano choveu 527,3 milímetros.

 

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