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A ONG Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam) incentiva a inclusão por meio do esporte, em Belém, oferecendo treinamento de judô para pessoas com deficiência. Desde 2010, a Asfam forma atletas e alguns conquistaram medalha de ouro nas Paralimpíadas.

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Os organizadores da ONG, Ana Cecília e Reinaldo Costa, trabalham o esporte inclusivo. Na academia, pessoas com deficiências treinam judô no mesmo espaço que alunos sem deficiência. “Tive a ideia do projeto junto com o meu marido, para trabalharmos com pessoas com deficiências, porque aqui em Belém ainda não tinha visto e tive vontade de fazer esse trabalho que só via fora do Estado”, disse Ana Cecília. Ela contou que sua inspiração também foi a admiração que tem pelo atleta Antônio Tenório, que é deficiente visual e ganhou seis medalhas em Paralimpíadas. “Sempre achei muito dignificante a superação dele e quis fazer um trabalho desse tipo aqui na cidade”, disse Ana.

A associação funciona na avenida Alcindo Cacela. A organizadora informou que o projeto saiu de um espaço alugado para o prédio próprio. “Nós construímos aqui em cima de casa. Na construção contamos com ajuda de alguns amigos. Teve uma hora que o recurso acabou e saí pedindo tijolo, cimento e tinta aos amigos que foram doando material e hoje nós temos 50 pessoas com deficiência que fazem parte do projeto. Tinha mais, mas como agora em 2018 estamos sem apoio nenhum do governo, estamos pedindo uma ajuda de custo de R$ 60,00 para os pais, para o projeto não parar, mas nem todo mundo tem condições de ajudar”, contou a organizadora.

Atualmente são 150 alunos inscritos no projeto, mas somente cinco pagam a ajuda de custo da academia que está passando por momentos de dificuldades financeiras. “Deus sempre manda alguém para nos ajudar. Às vezes vão cortar a energia, mas um amigo liga e pergunta: ‘Ana, está precisando de alguma coisa?’. E respondo: ‘Olha, eu estou com uma conta de energia aqui’”, detalha Ana, que disse contar com a ajuda dos amigos para manter o projeto. “Recebemos cinco pacotes de sabão e papel higiênico que vão ajudar, porque não tinha mais sabão para lavar o banheiro”, contou a coordenadora.

Entre os alunos com deficiência beneficiados pelo projeto está Thiago Gatinho, 25 anos, que foi campeão brasileiro de judô. O atleta é deficiente visual e faz parte do projeto desde 2011. “Tenho o judô como um complemento em minha vida, porque antes eu não tinha expectativa de nada”, disse Thiago, que explica como entrou para o esporte: “Um amigo disse ‘entra no Judô que você é um cara grande, com um porte bom para o judô’. Entrei, gostei e estou até hoje”, disse Thiago.

Os alunos que fazem parte do projeto vão de 3 a 47 anos de idade. “Somos no mundo o único espaço que trabalha judô inclusivo para pessoas com e sem deficiência, todo mundo no mesmo horário. Aqui temos deficiente visual, autista, pessoas sem deficiências, tem crianças com TDH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e hiperativas, mas entrou aqui é tudo igual”, declarou Ana Cecília.

O projeto já formou vários atletas. Entre eles Valdirene Santos, que é faixa preta em judô e jiu-jítsu e hoje dá aulas do esporte para dos alunos do projeto. “É muito gratificante pode contribuir com outros colegas como os com deficiência visual, síndrome de down. Aprendo muito com eles”, contou a atleta, que venceu o campeonato Brasileiro de Judô em Fortaleza.

O professor de judô Reinaldo Costa disse que existem poucos treinadores para pessoas com deficiência, mas acredita que quando o trabalho é feito com amor as coisas fluem. “Aprendo mais do que ensino. Observamos o aluno, vemos a limitação dele e tentamos implementar a filosofia do judô, que fala de superação e motivação, também falamos que Deus carimbou eles como superatletas. Sempre enxergamos dessa forma e sempre tento ajudar no desenvolvimento deles, respeitando a limitação de cada um”, concluiu o professor.

 Os treinos começam às  6 horas e vão até 21 horas no endereço avenida Alcindo Cacela, nº 322, altos. Para mais informações sobre o projeto: (91) 8047 – 0022.

Por Rosiane Rodrigues.

Dois judocas paraenses foram convocados para a última fase de treinamentos da Seleção Brasileira Paralímpica principal, que em agosto disputa o Parapan-Americano. Thiego Marques, de Parauapebas, e Larissa Silva, que faz parte do projeto Dorinha, da Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), estão perto de confirmarem vaga para defender o Brasil pela primeira vez em uma competição adulta. Além da dupla, o treinador da Asfam, Reinaldo Ribeiro, integra a comissão técnica brasileira. Os treinos serão no período de 21 a 28 de junho, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

"Esse será o terceiro período de treinamento. Depois, a seleção é definida e nossos medalhistas de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 - Alana Maldonado, Antônio Tenório, Lúcia Teixeira e Wilians Araújo - vão para Tóquio fazer um intercâmbio. Ter nossos atletas no meio dos grandes nomes do judô é algo incrível, disse Reinaldo Ribeiro, que também é treinador da seleção brasileira de base.

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Thiego Marques, que atua na categoria ligeiro (até 60kg), recentemente conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em março, tendo no currículo também o pentacampeonato nacional, de 2011 a 2015, e a prata no Mundial de Jovens de Judô 2013, nos Estados Unidos. Já Larissa Oliveira, que também atua na categoria ligeiro (até 52kg), foi bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. "Devemos ir para o Parapan, em São Paulo, com cerca de 22 atletas. O Thiego e a Larissa são duas apostas do Brasil, que está começando uma renovação para o ciclo paralímpico", explica Reinaldo.

O Parapan-Americano de Judô da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos , sigla em inglês) será realizado de 23 a 27 de agosto, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Inscrições - O Projeto Dorinha, que tem o apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e dá a oportunidade de praticar judô, atende crianças em situação de risco social, deficientes visuais, autistas, com Síndrome de Down, paralisia cerebral e deficientes físicos. Atualmente, cerca de 150 jovens são atendidos, aumentando o espaço para reinserção social e revelação de talentos esportivos.

Em julho, o projeto receberá 70 novas inscrições, sendo 40 vagas para jovens sem deficiência e 30 para pessoas com deficiência. A preferência é para atletas de 4 a 12 anos, com a obrigação de estar estudando. A Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam) fica localizada na avenida Alcindo Cacela, entre Bernal do Couto e Oliveira Belo, no bairro do Umarizal, em Belém.

Com informações da assessoria da Seel.

 

 

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Aos 9 anos de idade, Ana Beatriz Oliveira ia com a mãe se inscrever em um curso de balé. Enquanto se inscrevia, a recepcionista mencionou que havia vagas para um curso de judô. A mãe então perguntou à filha se ela queria se inscrever, e a garota disse que sim. E assim começou a saga de Ana Beatriz, uma das judocas que mais conquistaram medalhas para o Pará nos últimos dez anos. Ela foi várias vezes melhor atleta do Ranking da Federação de Judô e ganhou o troféu Rômulo Maiorana de Melhor Atleta de Judô de 2015.

Pela manhã, Ana cursa Fisioterapia na Unama (Universidade da Amazônia) e à tarde treina, de segunda a sábado, na Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), a qual representa em competições. A Asfam ensina artes marciais para jovens com deficiência, e têm ajudado a atleta desde que ela entrou para a associação.

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Ana conta que, pela falta de dinheiro, é difícil participar de competições. “Preciso correr atrás de amigos que me emprestem o dinheiro da passagem de ônibus e das hospedagens.” Até mesmo manter uma dieta balanceada é difícil. “Uma dieta requer dinheiro pra comprar os alimentos, e eu não tenho. Isso afeta meu desempenho.” Mesmo com o desempenho comprometido, a atleta conta com o apoio de seus amigos e treinadores da Asfam para conquistar premiações. A última foi na categoria sub-21 do torneio Elmo Vieira, principal competição do Pará.

Ana pretende treinar mais ainda e melhorar seu desempenho. Além disso, ao terminar o curso de Fisioterapia, tem um objetivo em mente: treinar novos atletas. “Quando temos um fisioterapeuta, acabamos amando essa pessoa e o bem que ela nos faz, e eu espero um dia receber esse mesmo carinho e afeto de futuros atletas, já que quero fazer fisioterapia esportiva.”

Contatos:

(91) 98047-0022 – Ana Cecília / Coordenadora do Projeto.

(91) 98047-0000 –Reinaldo Costa / Treinador da Equipe de Judô.

Por Henrique Sá/Assessoria de comunicação da Asfam.

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