A atriz francesa Danielle Darrieux morreu na terça-feira, aos 100 anos, depois de participar de mais de uma centena de filmes, com frequência interpretando personagens elegantes.
O estado de saúde "havia deteriorado um pouco recentemente após uma queda", afirmou à AFP seu companheiro, Jacques Jenvrin.
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A atriz morreu em casa, no noroeste da França.
Arquétipo da beleza de sua geração, loura e delicada, teve um início de carreira precoce e aos 14 anos participou de "Semente do Mal", do diretor Billy Wilder.
Ela trabalhou em Hollywood e na Broadway nos anos 1930 e foi aclamada pelo filme romântico "A Sensação de Paris", de 1938.
Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou durante a ocupação nazista da França, inclusive para o estúdio Continental, dirigido pelos alemãs, o que a levou a ser chamada de colaboracionista.
Apesar disso, após a libertação da França pelos aliados, Darrieux continuou emplacando sucessos, especialmente sob a direção do cineasta francês Max Ophuls, em filmes como "O Prazer" e "Conflitos de Amor".
Também participou em "Cinco Dedos", de Joseph Mankiewicz, e interpretou a rainha da Espanha em "Entre o Amor e o Trono", de Jean Cocteau. Também integrou o elenco de "Duas Garotas Românticas", de Jacques Demy.
Mais recentemente apareceu em "8 Mulheres", de François Ozon, e em 2007 emprestou sua voz para a animação "Persepolis", indicada ao Oscar.
Darrieux se casou três vezes, com o cineasta Henri Decoin, o milionário Porfirio Rubirosa e o roteirista Georges Mitsinkidès, que faleceu nos anos 1990. Com este último, adotou um filho, que morreu pouco depois do marido.