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Com um discurso forte e uma temática que permeia as discussões sobre gênero e sexualidade, a primeira produção cinematográfica do olindense Felipe Soares teve sua estreia na noite do sábado (1°) em solo pernambucano, durante a mostra competiviva do Cine PE. Produzido sem incentivo público ou privado, o curta-metragem Autofagia traz provocações e reflexões sobre a realidade vivida por muitos travestis. Segundo o diretor, o filme é um grito de socorro já que o Brasil é o país onde mais se mata travestis.

Durante a apresentação da produção, Felipe trouxe um discurso, bastante aplaudido, carregado de críticas. “Vivemos em uma sociedade hipócrita, preconceituosa. Autofagia vem com força, debater, gritar. Viva as diferenças, viva a diversidade, viva o cinema pernambucano”, declarou.

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A narrativa, com duração de 11 minutos, acontece na cidade de Bezerros, Agreste pernambucano. O local das filmagens não foi escolhido à toa. Segundo Felipe Soares, a escolha foi baseada em estatísticas. “As cidades interioranas apresentam um grande índice de transfobia. O machismo e a questão religiosa são muitos fortes por lá", explica.

A trama não precisa de diálogos para envolver o espectador no universo dos dois personagens, interpretados pelo ator Emanuel D'Lucard e o bezerrense Arlindo Ferreira, e suas realidades distintas. Em entrevista ao LeiaJá, Emanuel falou de sua participação em 'Autofagia' e a construção de seu personagem. Confira:

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O japonês Yoshinori Ohsumi foi anunciado nesta segunda-feira como vencedor do prêmio Nobel de Medicina de 2016, por suas pesquisas sobre a autofagia, cruciais para entender como as células se renovam e a resposta do corpo à fome e às infecções.

"As mutações dos genes da autofagia podem provocar doenças e o processo autofágico está envolvido em várias afecções como o câncer e as enfermidades neurológicas", destacou o júri do prêmio.

O conceito de autofagia surgiu nos anos 1960, quando os pesquisadores observaram pela primeira vez que as células poderiam destruir seu próprio conteúdo, envolvendo o mesmo e transportando para um "compartimento de reciclagem" chamado lisossoma, explicou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska, que concede o prêmio.

O conhecimento do fenômeno foi, no entanto, limitado até os trabalhos de Yoshinori Ohsumi que, no início dos anos 1990, realizou "experiências brilhantes" com lêvedo e identificou os genes da autofagia.

Ele evidenciou os mecanismos subjacentes e mostrou que o mesmo sistema funcionava no corpo humano.

Yoshinori Ohsumi, de 71 anos, nascido em Fukuoka, obteve o doutorado em 1964 na Universidade de Tóquio. Depois de três anos na Universidade Rockefeller de Nova York, retornou para a capital japonesa para criar o próprio laboratório.

Desde 2009 é professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio.

"Ficou um pouco surpreso", afirmou o secretário do júri, Thomas Perlmann, que telefonou para o japonês antes do anúncio.

Yoshinori Ohsumi sucede William Campbell, americano nascido na Irlanda, o japonês Satoshi Omura e a chinesa Tu Youyou, premiados em 2015 por pesquisas sobre tratamentos contra as infecções parasitárias e a malária.

O diploma e a medalha Nobel são acompanhados de uma premiação de oito milhões de coroas suecas (834.000 euros, 934.000 dólares).

O Nobel de Medicina é o primeiro da temporada. Na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e no dia seguinte o de Química. Na sexta-feira será a vez do Nobel da Paz e na segunda-feira o de Economia.

O Nobel de Literatura fecha a temporada em 13 de outubro.

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