O indicativo de que a bancada do PT na Câmara Federal deve marchar em apoio à candidatura do deputado Rodrigo Maia (DEM) a presidência tem gerado polêmicas nos bastidores petistas. Contrária a postura, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou, nesta segunda-feira (11), que não votará em “quem jogou a Câmara nesta lama” e cobrou uma atitude dos correligionários na chamada “luta contra o golpe”.
“Temos que fortalecer um campo firme contra o golpe e contra o [Eduardo] Cunha. Eu não vou votar no DEM e nem em quem jogou a Câmara nesta lama que está”, disparou a parlamentar, em publicação no Twitter.
##RECOMENDA##A postura foi reforçada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). Segundo ele, não há possibilidade do PT votar em candidatos que se posicionaram a favor do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). “A posição do partido é clara: o PT não votará em um candidato que tenha apoiado o golpe e não tenha se colocado em defesa da democracia”, disse.
Até o momento, nenhum dos candidatos já inscritos ou dos nomes que indicam o desejo de entrar na disputa são de petistas ou de partidos aliados. O aval para apoiar o nome de Maia teria partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exposto pelo deputado Orlando Silva (PcdoB), na última quinta-feira (7), durante uma reunião com a presença do candidato. O colegiado se reúne nesta tarde para definir como vai votar e se lançará alguma candidatura ao mandato tampão.