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O vereador do Recife Chico Kiko (PP) enviou para apreciação um Projeto de Lei (PL) que defende a presença de bebedouros com água gratuita em shows e eventos de grande porte. O PL 291/2023 também obriga empresas promotoras de grandes eventos públicos e privados a permitirem a entrada de garrafas de água para consumo individual. A proposta já está em tramitação na Câmara do Recife. 

A lei é inspirada na Lei Ana Clara Benevides, apresentada na Câmara dos Deputados, em tributo à fã que morreu em um show da Taylor Swift no Rio de Janeiro. A estudante de 23 anos teve uma parada cardiorrespiratória e morreu por exaustão térmica provocada pelo calor. “Nosso objetivo é evitar que outras pessoas morram por causa das condições climáticas nos espaços de evento, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os participantes”, justifica o vereador Chico Kiko. 

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De acordo com o projeto de lei, a obrigatoriedade da entrada de garrafas de água para consumo individual e da instalação de bebedouros é válida para shows e eventos públicos e privados com público igual ou superior a duas mil pessoas. Os bebedouros devem ser colocados em lugares estratégicos e de fácil acesso e estar devidamente sinalizados em mapas, anúncios ou outros meios adequados. As empresas promotoras desses eventos não poderão cobrar taxas ou valores adicionais pelo acesso à gratuitidade da água potável. 

A proposta determina ainda que o não cumprimento da medida acarretará a suspensão da autorização para a realização do evento, que também pode ser aplicada caso os bebedouros não funcionem ou sejam retirados, ou caso as empresas imponham restrições ao acesso de garrafas, entre outras condições. 

Em caso de suspensão da autorização para realização do evento durante o ato do espetáculo, as empresas deverão devolver integralmente o valor do ingresso aos seus clientes. “Ao exigir a disponibilização de bebedouros gratuitos, este projeto não apenas estabelece uma salvaguarda contra a desidratação, mas também assume um papel fundamental na promoção da saúde pública”, afirma Chico Kiko. 

 

A Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) informou na tarde desta sexta-feira, 7, que a água da unidade Higienópolis, na região central de São Paulo, está com problemas de qualidade desde a manhã de quinta, 6. Alunos têm relatado mal-estar após beber a água e todos os bebedouros foram lacrados.

Diversos estudantes relataram, nas redes sociais, que sofreram com náuseas, diarreia aguda, dores no corpo, fraqueza, pressão baixa, febre e dor de cabeça após beber o líquido. Lívia Uilian, aluna do curso de Relações Internacionais, sentiu enjoos e diz ser uma "palhaçada" pagar R$ 4 mil de mensalidade e ter que lidar com esse tipo de problema. Ela passa bem.

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A universidade afirma ter acionado o Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual da Saúde, para a análise da água e contratou uma empresa - não revelada à reportagem - para ajudar no esclarecimento do problema. Os exames laboratoriais e possíveis soluções para o caso ainda estão em estudo.

Até que esse trabalho seja concluído, a instituição fornecerá água mineral engarrafada a todos os alunos, professores e colaboradores. Além disso, distribuiu avisos pelo prédio, pedindo para evitar o consumo. As aulas e demais atividades do câmpus não foram canceladas e, segundo estudantes, alguns professores não passarão lista de chamada até que o problema seja solucionado.

Ao Estado, a Sabesp afirma que técnicos foram ao câmpus e identificaram que o ocorrido não tem a ver com a qualidade da água fornecida, pois não há indícios de problemas em outros locais do bairro. "Não há hipótese de a água tratada estar contaminada. Se isso fosse verdadeiro, não haveria problema em um só endereço. os responsáveis sobre a necessidade de verificarem as instalações hidráulicas internas, cuja manutenção é responsabilidade dos proprietários", explica.

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